A franquia ‘Transformers‘ já se demonstrou à prova de críticas, assim como ‘A Saga Crepúsculo’. A cada nova sequência, as críticas negativas aumentam tanto quanto a arrecadação nas bilheterias, provando que o público não procura só “filmes-cabeça” que ganham prêmios em festivais, mas também cinema pipoca em sua forma mais bruta.
Quando a Paramount Pictures percebeu que a franquia começou a demonstrar desgaste com o terceiro e mais fraco capítulo, ‘Transformers – O Lado Oculto da Lua‘, os executivos do estúdio decidiram renovar: o elenco foi trocado e um reboot foi anunciado, aproveitando apenas a história e descartando os personagens principais e até a aparência dos robôs. Com isso, foi injetado sangue novo na franquia.
Depois de uma colaboração bem-sucedida no filme ‘Sem Dor, Sem Ganho‘, o diretor Michael Bay escolheu o ator indicado ao Oscar® Mark Wahlberg para estrelar no lugar do cansativo Shia LaBeouf – que já não tinha mais tanto apelo com o público após uma série de declarações polêmicas e atitudes duvidosas com a mídia.
Wahlberg faz o seu melhor: corre, pula, explode coisas, faz caretas e piadas. Tudo que se espera de um protagonista da franquia ‘Transformers‘. Como a franquia também precisa de jovens para que seu público tenha uma identificação, entram em cena a filha do protagonista (a magrela bonitinha Nicola Peltz) e seu namorado piloto de Rally (o convincente Jack Reynor).
Ambientado após os eventos de ‘Transformers: O Lado Oculto da Lua’, ‘A Era da Extinção‘ traz a humanidade tentando se reerguer após o desaparecimento dos Autobots e dos Decepticons da face do Planeta Terra. Porém, um grupo de empresários poderosos e cientistas pesquisar a passagem dos Transformers pela Terra, e acabam empurrando a tecnologia a limites para além do que eles podem controlar. Ao mesmo tempo, uma poderosa ameaça Transformer coloca a Terra em sua mira.
A sinopse serve apenas de pano de fundo para que a explosão comece e os efeitos digitais corram solto. No pensamento megalomaníaco de Michael Bay, mais é mais. E mais. E mais.
Trata-se de um filme sobre robôs gigantes lutando entre si, o que significa que é quase impossível levá-lo a sério no nível narrativo. Entre um – fraco – diálogo e outro, os robôs entram em ação em batalhas que são um deleite visual com os efeitos 3D extremamente bem utilizados, fazendo do filme uma obra bem sucedida em termos técnicos. Todas as cenas são grandiosas e espetaculares.
Os novos carros são um show à parte: Chevrolet Camaro SS 1967, Sonic RS Rally, Lamborghini Aventador, o belíssimo Pagani Huayra e o Bugatti Veyron, o carro mais veloz do mundo.
Michael Bay se renova neste filme, e volta a fazer o que sabe de melhor, com belas paisagens, cenas acompanhadas de um pôr do sol espetacular, explosões e cenas de ação em slow motion de deixar ‘Matrix‘ no chinelo.
Quando chega ao terceiro ato, toda a correria chega a cansar o espectador – e você sente que os produtores poderiam ter diminuído as longas 2 hrs. 45 min. de projeção e economizado US$ 100 milhões em pancadaria.
Com menos humor e mais ação, ‘Transformers 4: A Era da Extinção’ é um blockbuster pipoca que cumpre exatamente o prometido e entretém ao longo de quase três horas, com um roteiro que serve apenas para induzir a ação frenética. A crítica especializada vai odiar; O público, amar.