sábado , 23 novembro , 2024

Crítica | Troco em Dobro – Ação da Netflix diverte, mas se perde em trama bagunçada

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Mark Wahlberg continua na sua empreitada em fazer filmes de ação com um tom mais descontraído e encontra na Netflix um local ideal para isso. Com Troco em Dobro (Spenser Confidential, 2020), o ator protagoniza uma divertida e explosiva opção para os fãs de séries policiais e da franquia Velozes e Furiosos, com um longa que apoia em uma aventura sobre fazer a coisa certa, uma dupla de protagonistas com personalidades diferentes e que são forçados à trabalhar juntos, e claro, reviravoltas que movimentam a trama. 

Troco em Dobro se baseia nas figuras vistas na franquia de livros escritos pela dupla Robert B. Parker e Ace Atkins, e por mais que conte com uma história bem realista sempre há espaço para uma piração aqui e ali e um toque de grandiosidade desenfreada que é caraterística do gênero, e que aqui marca o novo filme do diretor Peter Berg que trabalha com Wahlberg mais uma vez, depois dos filmes O Dia do Atentado (2016) e 22 Milhas (2018). 



Foto: Netflix

Wahlberg é o grande destaque do elenco, e sua parceria tanto com Winston Duke e Alan Arkin é invejável. Comparado com outros dois filmes do diretor com o ator, Troco em Dobro é muito mais leve e tranquilo, trazendo os protagonistas abraçando o lado mais descompromissado e com uma veia mais cômica. 

Porém, Troco em Dobro esquece simplificar sua trama investigativa, e se embola ao longo do caminho ao não saber unir esse lado mais descontraído com a seriedade das questões policiais que o filme apresenta. Ao sair da prisão por ter batido no capitão Boylan (Michael Gaston), vemos Spenser (Wahlberg) de volta para a cidade de Boston onde precisa colocar sua vida em ordem agora que está finalmente livre. E com a ajuda do seu amigo, e treinador de boxe Henry (Alan Arkin, sempre hilário) e um novo (e para ele irritante!) colega de quarto chamado Hawk (Winston Duke), o ex-policial volta a investigar a trama de conspiração e corrupção que o fez ser preso da primeira vez. 

O roteiro tenta criar uma complexa e interligada história típica de seriados policiais, onde temos possíveis membros da máfia infiltrados na polícia de Boston, e é quase como se tivéssemos que escolher entre os personagens para saber quem fala a verdade, e quem mente. Escrito por Sean O’Keefe e Brian Helgeland, o roteiro cria essa aura de mistério sobre os personagens, mas que acaba apenas por entregar uma trama confusa e sem pé nem cabeça, em que tenta dar pistas sobre as verdadeiras intenções e motivações de cada um deles, seja uma frase solta no meio de uma conversa, um palito de dente caído no chão, ou ainda provas de uma câmera de segurança convenientemente na frente de um bar onde os vilões do filme se reúnem. 

Foto: Netflix

No final, Troco em Dobro se demonstra uma produção simples com uma roupagem de filme complexo. Claro, a trama se desenrola de uma forma fluída e as peças se encaixam certinho ao longo do caminho, mesmo que o sentimento que fique é já vimos isso antes em diversos momentos. Mas o bacana é ver Wahlberg interpretar novamente o papel do policial comum, mesmo que aqui, seu Spenser seja criado sem ter aquela aura de ser invencível como, por exemplo, o personagem de Keanu Reeves na franquia John Wick. 

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Mark Wahlberg continua na sua empreitada em fazer filmes de ação com um tom mais descontraído e encontra na Netflix um local ideal para isso. Com Troco em Dobro (Spenser Confidential, 2020), o ator protagoniza uma divertida e explosiva opção para os fãs de séries policiais e da franquia Velozes e Furiosos, com um longa que apoia em uma aventura sobre fazer a coisa certa, uma dupla de protagonistas com personalidades diferentes e que são forçados à trabalhar juntos, e claro, reviravoltas que movimentam a trama. 

Troco em Dobro se baseia nas figuras vistas na franquia de livros escritos pela dupla Robert B. Parker e Ace Atkins, e por mais que conte com uma história bem realista sempre há espaço para uma piração aqui e ali e um toque de grandiosidade desenfreada que é caraterística do gênero, e que aqui marca o novo filme do diretor Peter Berg que trabalha com Wahlberg mais uma vez, depois dos filmes O Dia do Atentado (2016) e 22 Milhas (2018). 

Foto: Netflix

Wahlberg é o grande destaque do elenco, e sua parceria tanto com Winston Duke e Alan Arkin é invejável. Comparado com outros dois filmes do diretor com o ator, Troco em Dobro é muito mais leve e tranquilo, trazendo os protagonistas abraçando o lado mais descompromissado e com uma veia mais cômica. 

Porém, Troco em Dobro esquece simplificar sua trama investigativa, e se embola ao longo do caminho ao não saber unir esse lado mais descontraído com a seriedade das questões policiais que o filme apresenta. Ao sair da prisão por ter batido no capitão Boylan (Michael Gaston), vemos Spenser (Wahlberg) de volta para a cidade de Boston onde precisa colocar sua vida em ordem agora que está finalmente livre. E com a ajuda do seu amigo, e treinador de boxe Henry (Alan Arkin, sempre hilário) e um novo (e para ele irritante!) colega de quarto chamado Hawk (Winston Duke), o ex-policial volta a investigar a trama de conspiração e corrupção que o fez ser preso da primeira vez. 

O roteiro tenta criar uma complexa e interligada história típica de seriados policiais, onde temos possíveis membros da máfia infiltrados na polícia de Boston, e é quase como se tivéssemos que escolher entre os personagens para saber quem fala a verdade, e quem mente. Escrito por Sean O’Keefe e Brian Helgeland, o roteiro cria essa aura de mistério sobre os personagens, mas que acaba apenas por entregar uma trama confusa e sem pé nem cabeça, em que tenta dar pistas sobre as verdadeiras intenções e motivações de cada um deles, seja uma frase solta no meio de uma conversa, um palito de dente caído no chão, ou ainda provas de uma câmera de segurança convenientemente na frente de um bar onde os vilões do filme se reúnem. 

Foto: Netflix

No final, Troco em Dobro se demonstra uma produção simples com uma roupagem de filme complexo. Claro, a trama se desenrola de uma forma fluída e as peças se encaixam certinho ao longo do caminho, mesmo que o sentimento que fique é já vimos isso antes em diversos momentos. Mas o bacana é ver Wahlberg interpretar novamente o papel do policial comum, mesmo que aqui, seu Spenser seja criado sem ter aquela aura de ser invencível como, por exemplo, o personagem de Keanu Reeves na franquia John Wick. 

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