Quando estreou nos cinemas dos Estados Unidos, no dia 02 de julho, a mais nova produção de M. Night Shyamalan (“Sinais”, “O Sexto Sentido”, “A Dama na Água”, entre outros), O ÚLTIMO MESTRE DO AR (The Last Airbender), foi bombardeado pela crítica norte-americana ficando com apenas 7% de aprovação no site Rotten Tomatoes.
Conhecendo apenas por nome e pelo sucesso entre os jovens, resolvi dar uma chance e conferir o filme baseado na famosa série de animação AVATAR: THE LAST AIRBENDER, do canal Nickelodeon. As expectativas eram baixas, tenho que confessar, mas não é que o filme acabou me surpreendendo positivamente e me fez pensar por que ele acabou sendo escorraçado.
As adaptações sempre são alvos de críticas dos fãs, que nunca se dão por satisfeitos e acabam achando defeitos em várias coisas, claro que algumas vezes os defeitos são visíveis, como acontece também em O ÚLTIMO MESTRE DO AR (The Last Airbender), mas não precisamos exagerar, pois o longa-metragem também tem seu lado bom.
Adaptar uma série de animação com cerca de 30 horas em um filme com atores reais não deve ser uma tarefa fácil. A história é boa e foi bem contada pelo diretor M. Night Shyamalan, isso não podemos negar, mas o filme acaba se tornando cansativo.
No filme, a Nação do Fogo, por quase uma década, trava uma batalha mortal para controlar as nações do Ar, Água e Terra, oferecendo a elas as opções de se entregarem ou serem aniquiladas. Dominando a todos, a Nação do Fogo volta suas atenções para a Nação da Água, lugar em que encontram Katara, uma jovem Dominadora de Água, seu irmão Sokka e um garoto chamado Aang.
O que ninguém sabe é que Aang, é na verdade é o último Dominador de Ar, o profetizado Avatar, o único capaz de controlar os quatro elementos, e será o único que conseguirá combater a temida Nação do Fogo e restaurar o equilíbrio no mundo.
O grande problema da produção acaba sendo a falta de experiência e carisma dos atores, fazendo com que o público não se envolva com os personagens. Mesmo mostrando a tradicional saga do herói, fica difícil se envolver com a história e com os protagonistas. Outra falha é não conseguir encontrar um público, pois, trazendo uma história mais voltada para as crianças, o filme por ser muito longo acabará as entediando e será difícil agradar aos adolescentes com mais de 12 anos.
Os efeitos especiais, os cenários, a trilha sonora e especialmente o 3D da produção são o ponto alto da produção, que mesmo com as criticas negativas, poderá ganhar mais dois filmes, fechando a trilogia ou então acabará se juntando a outros filmes como “Bússola de Ouro”, “Eragon”, “Desventuras em Série”, entre outros, que acabaram não ganhando as adaptações das outras obras.
Se você for ao cinema esperando uma grande produção comparando com franquias como “Senhor dos Anéis”, “Harry Potter” e “As Crônicas de Nárnia”, vai se decepcionar, pois O ÚLTIMO MESTRE DO AR (The Last Airbender), que chega aos cinemas nacionais com cópias dubladas e legendas, é uma boa pedida para uma sessão sem compromissos em família ou para divertir a garotada. Além de aguçar a curiosidade pela série de animação.
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