Hoje reconhecido como um dos filmes mais influentes da história do cinema, ‘Pulp Fiction‘ não parecia ser tão grandioso assim aos olhos de Uma Thurman durante as filmagens. Em entrevista recente ao The Times U.K., a atriz relembrou sua experiência com o longa de Quentin Tarantino e como, à época, não fazia ideia da proporção que o projeto tomaria.
“Eu sabia que era especial, dava para perceber pela escrita, pela originalidade. Mas era um filme relativamente pequeno”, disse Thurman.
Com um orçamento modesto de sete dígitos, ‘Pulp Fiction‘ estreou em 1994, venceu a Palma de Ouro no Festival de Cannes e conquistou sete indicações ao Oscar, incluindo uma para Uma como Melhor Atriz Coadjuvante por sua icônica performance como Mia Wallace.
Mesmo com o visual marcante — corte de cabelo chanel preto, roupas monocromáticas e um cigarro sempre à mão —, Thurman não foi a primeira escolha do estúdio para o papel. Michelle Pfeiffer, Meg Ryan, Holly Hunter e Rosanna Arquette chegaram a ser consideradas. A própria atriz admitiu, em conversa anterior com a Vanity Fair, que hesitou ao aceitar o convite.
“Ele (Tarantino) ainda não era esse autor reverenciado, quase um semideus, em que se transformou depois”, relembrou. “Eu estava em um momento estranho da carreira, após o fracasso de Even Cowgirls Get the Blues, e fiquei em dúvida por causa das cenas mais vulgares. Na época, ninguém acreditava que eu hesitei — nem eu mesma acredito, olhando para trás.”
Durante a entrevista, Uma também comentou sobre sua filha, a atriz Maya Hawke (Stranger Things), e sua postura como mãe. “Ela sabe o que está fazendo. Estudou em Juilliard, graças a Deus. Terminou o ensino médio, o que eu não fiz. O que aprendi sobre maternidade é que ninguém escuta. Então o importante é estar presente para eles, e não dizer o que devem fazer.”
‘Pulp Fiction‘ segue a trajetória de dois matadores de aluguel, interpretados por John Travolta e Samuel L. Jackson, cujas histórias se cruzam com outros personagens do submundo criminoso de Los Angeles. O elenco ainda conta com Bruce Willis, Tim Roth, Christopher Walken e Harvey Keitel.
Considerado por muitos como a obra-prima de Tarantino, o filme levou o Oscar de Melhor Roteiro Original e permanece como uma referência cultural quase três décadas depois de sua estreia.
