O andar despreocupado buscando entender conflitos por meio de papos numa mesa de bar já foi alvo de várias narrativas no universo do cinema. Geralmente com personagens com seus respectivos presentes repletos de dilemas, de alguma forma acordam para seus cotidianos através de longas horas num mesmo lugar. Pensando nesse peculiar recorte, reunimos abaixo 5 filmes com reflexões em uma mesa de bar!
E Aí… Comeu?
Na trama, somos guiados a um pequeno resumo sobre as vidas de três amigos: um escritor rico, tarado, que pensa em suruba e sexo virtual quase que o tempo todo e adora mulheres casadas. Um outro amigo que acabou de se divorciar, vive amargurado. E um último, um jornalista revoltado com sua vida de casado e seu emprego entediante, vive à beira do divórcio. À noite, essas três almas se reúnem no bar onde se jogam em longas conversas.
The Tender Bar
Na trama, conhecemos Jr (Tye Sheridan) um jovem repleto de sonhos que cresceu nas dificuldades que sua mãe (Lily Rabe) enfrentou em sua jornada de mãe solteira, tendo que recomeçar a vida e voltando para a casa do seu avô (Christopher Lloyd), onde mora também seu tio Charlie (Ben Affleck) que acaba virando sua grande referência na vida. Charlie tem um bar, com enormes referências à literatura, e onde Jr passa muitos de seus dias aprendendo nas leituras de clássicos mas também com as histórias de vida dos frequentadores.
Na trama, ambientada em 1923 num lugar onde tiros de canhões e espingarda são audíveis vindo do continente (pois são tempos de guerra civil), conhecemos Pádraic Súilleabháin (Colin Farrell) um homem confortável na sua monotonia que vive seus dias sem muitas pretensões morando numa casa humilde com sua irmã Siobhán (Kerry Condon). Sua maior diversão (e a de todos ali naquela ilha) é ir até o bar e beber. Ele sempre faz isso com o melhor amigo Colm (Brendan Gleeson). Certo dia, ao chamar o amigo, ele percebe que algo está errado e Colm deseja romper a amizade que eles tem, o que acaba gerando enormes conflitos com variáveis imprevisíveis.
A Cor do Dinheiro
Na trama, voltamos a encontrar o mestre da sinuca Eddie (Paul Newman) que agora está aposentado das mesas e possui um empreendimento, vivendo sua vida sem a adrenalina das apostas pelos Estados Unidos. Tudo muda quando ele conhece o abusado e metido Vincent (Tom Cruise), um tremendo jogador, ainda muito jovem, arrogante, que leva Eddie a imaginar novos rumos para seu pacato presente. Ao lado da namorada de Vincent, Carmen (Mary Elizabeth Mastrantonio), resolvem fazer uma road trip em busca de apostas em mesas de sinuca de diversas cidades onde um vai conhecendo melhor o outro e onde um ponto de ruptura chega quando as ambições saem do equilíbrio.
Bar Esperança, o Último que Fecha
Vencedor de vários Kikitos no Festival de Cinema de Gramado, Bar Esperança nos leva a um badalado estabelecimento no número 39 de alguma das famosas ruas do bairro de Ipanema, na zona sul carioca de décadas atrás. Nesse lugar, encontramos diversos personagens que se reúnem noite após noite para tomar aquela cervejinha, ouvir música e papear sobre os mais diversos assuntos que envolvem a sociedade. Tem artista, tem camelô, tem jornalista do Pasquim. Assim conhecemos mais profundamente o relacionamento conturbado de Ana (Marília Pêra) e Zeca (Hugo Carvana), uma atriz que trocou o cinema pela televisão e um operário da dramaturgia, um escritor, num presente de desilusão na profissão. Quando a dona do bar esperança, cansada, desiludida, sozinha nos negócios da família, resolve vendê-lo, os assíduos frequentadores resolvem se unir contra a demolição ou até mesmo num último encontro.