O CinePOP foi o primeiro site do Brasil a trazer a dica em vídeo para você assistir o drama ‘Milagre na Cela 7‘, lançado silenciosamente pela Netflix. Agora, o drama se tornou um fenômeno no Brasil – e as pessoas se emocionaram MUITO!
Pensando nisso, o CinePOP resolveu separar 10 filmes disponíveis no catálogo da Netflix de um gênero que, apesar do descanso em casa, promete fazer refletir e pensar: o drama. Vem conhecer e não esqueça de anotar e comentar.
Joias Brutas
Desde que estreou em festivais pelo mundo, este drama criminal foi alvo dos mais variados elogios por parte dos críticos e do público. Tanto que muitos apostavam na indicação ao Oscar do protagonista Adam Sandler – mudando seu repertório da água pro vinho com uma boa atuação para variar. A indicação ao maior prêmio do cinema não veio, mas Sandler levou o Spirit Awards e alguns outros menores.
E os responsáveis pelo prestígio do comediante foram os irmãos Benny e Josh Safdie, diretores independentes que já haviam feito o mesmo por Robert Pattinson em Bom Comportamento (2017), se tornando uma dupla de cineastas para ficarmos de olho. No longa, Sandler vive um joalheiro de Nova York, apostando alto e se endividando num negócio que pode lhe custar muito. Joias Brutas foi lançado direto na plataforma Netflix no Brasil.
Crítica | Joias Brutas – Filme da Netflix com Adam Sandler é uma obra-prima
Amor por Direito
Bem, se já não cabia antes, hoje temos certeza absoluta de que não existe mais lugar no mundo para intolerância contra relacionamentos do mesmo sexo e homofobia. Amor por Direito não discute tanto estas questões, mas sim um tópico que vem como o próximo passo da aceitação, o direito.
Neste filme baseado numa história real, Julianne Moore (recém-saída do Oscar por Para Sempre Alice) e Ellen Page interpretam um casal, lutando na justiça pelo direito de pensão. Tal benefício só era concedido às esposas de policiais e a personagem de Moore, sendo uma agente da polícia, briga para que sua companheira tenha os mesmos privilégios.
O Irlandês
Novo filme do icônico Martin Scorsese, considerado por muitos o maior diretor de cinema vivo, O Irlandês é baseado no livro que relata os feitos criminosos de Frank Sheeran (papel de Robert De Niro), um sujeito que desenvolveu fortes laços com a máfia e se tornou amigo do líder sindicalista Jimmy Hoffa (papel de Al Pacino, em sua terceira colaboração com o igualmente monstruoso De Niro). Além da dupla, Scorsese tira da aposentadoria outro grande nome do gênero, Joe Pesci.
O Irlandês, no entanto, tem afastado parte do público mais jovem devido à sua extensa duração – com 3h30min de projeção (meia hora a mais do que o queridinho da garotada Vingadores: Ultimato). Tudo é questão de prioridade. De qualquer forma, após ser exibido brevemente nos cinemas de nosso país, talvez seja mais fácil de ser digerido na Netflix, onde o público pode assistir de forma moderada ao longo de um dia – ou dias.
Crítica | O Irlandês – Scorsese, De Niro e Pesci retornam ao universo da máfia com Pacino a tiracolo
História de um Casamento
Até esta edição do Oscar, a musa Scarlett Johansson nunca havia sido sequer indicada. Eu sei, parece uma grande injustiça. Mas tudo mudou este ano, no qual Scarlett recebeu não apenas uma, mas duas indicações logo em sua estreia. A mais importante ocorreu por seu papel protagonista aqui nesta produção original da Netflix. Escrito e dirigido pelo cineasta Noah Baumbach, um especialista em histórias sobre o comportamento e relacionamento humano, o longa retrata o fim de um casamento e o doloroso processo de divórcio.
Adam Driver interpreta o companheiro da atriz principal, um diretor de teatro iniciando um embate com sua ex-esposa. No meio de tudo o filho do casal. História de um Casamento apresenta exímias performances do casal principal, extremamente reais e identificáveis. Mas quem se deu melhor foi a coadjuvante Laura Dern, que vive a advogada da protagonista no filme e levou pra casa o Oscar. O longa recebeu mais cinco indicações, incluindo melhor filme, ator para Driver e roteiro.
Crítica | História de um Casamento – Filme da Netflix com Scarlett Johansson é APAIXONANTE!
O Menino que Descobriu o Vento
Outra produção original da Netflix, esta muito adorada e elogiada pelo público da plataforma, O Menino que Descobriu o Vento fez enorme sucesso no início do ano passado. Trata-se do primeiro esforço atrás das câmeras como diretor do ator indicado ao Oscar Chiwetel Ejiofor (12 Anos de Escravidão), que também adaptou o livro de William Kamkwamba para as telas. Na trama, de forma milagrosa, um menino num pobre vilarejo africano em Malawi, inventa uma forma utilizar o vento a seu favor, salvando sua família da fome. Ejiofor também atua no papel do pai do menino.
Crítica | O Menino que Descobriu o Vento – Drama africano possui mensagem fortíssima
El Camino
Breaking Bad é uma das séries mais elogiadas de todos os tempos. E você pode conferir todas as cinco temporadas no acervo da Netflix. Ano passado, a plataforma foi além e decidiu agraciar os fãs com uma novidade: o primeiro filme da série. Ou quase, já que El Camino é um derivado que foca no personagem coadjuvante Jesse Pinkman (novamente vivido por Aaron Paul) e lhe dá um desfecho continuando sua história depois da série.
E para tal empreitada, ninguém melhor do que o próprio criador da série, Vince Gilligan, que escreve o roteiro e dirige o longa. Antes de El Camino, Breaking Bad já havia ganho um derivado, na forma de outro programa de TV, este focado no advogado Jimmy McGill (Bob Odenkirk), Better Call Saul (que estreia este ano sua quinta temporada).
Crítica Netflix | El Camino: A redenção de Jesse Pinkman em um filme que honra sua jornada
Ted Bundy: A Face Irresistível do Mal
Por falar em filmes sobre crimes, alguns dos mais hediondos da história recente americana foram cometidos pelo psicopata Ted Bundy na década de 1970. Bem apessoado, simpático e cheio de lábia, Bundy se tornou uma figura infame, muito comentada, preso e executado. O assassino virou tema de um novo filme que explora sua psique abalada, e dá a chance de um dos papeis mais desafiadores na carreira do jovem Zac Efron, que interpreta o assassino. A abordagem aqui é do ponto de vista de sua companheira Liz, papel de Lily Collins.
Dois Papas
Voltando a falar de produções originais Netflix indicadas ao Oscar, esta é dirigida por ninguém menos que nosso conterrâneo Fernando Meirelles (Cidade de Deus), e chegou a ser exibida nos cinemas de nosso país antes de cair na plataforma. O longa reproduz o encontro fictício entre o Papa conservador Bento XVI (Anthony Hopkins) e o liberal Francisco (Jonathan Pryce), que viria a ser seu sucessor no cargo. O show de atuações dos veteranos lhes rendeu indicações ao Oscar, e o filme ainda foi lembrado na categoria de roteiro adaptado.
Crítica | Dois Papas – Fernando Meirelles encanta em comédia eclesiástica da Netflix
O Rei
Por falar em indicações ao Oscar, o jovem Timothée Chalamet tinha apenas 23 anos quando recebeu sua indicação por Me Chame pelo seu Nome, drama gay que o colocou nos holofotes de Hollywood. Agora, o rapaz parece estar em todo lugar, inclusive na Netflix, com este filme original. Marcando o reencontro da equipe do australiano Reino Animal, temos a direção de David Michôd e as presenças de Joel Edgerton (que também assina o roteiro ao lado do diretor) e Ben Mendelsohn. Na trama, Michôd e Edgerton dão uma de Shakespeare e desbravam a vida do príncipe Hal, que se torna o Rei Henrique V, herdando o trono da Inglaterra após a morte de seu pai.
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22 de Julho
O diretor Paul Greengrass (Voo United 93) é conhecido por seu cinema inquietante e muito desconfortável. E o cineasta segue por essa linha com 22 de Julho, retratando um dos crimes mais horripilantes de anos recentes, numa produção detalhada e minuciosa, que aborda todos os aspectos e questões envolvendo o caso. Na trama, baseada no livro One of Us, de Asne Seierstad, um retiro para jovens numa ilha da Noruega se torna o palco de um verdadeiro inferno quando um terrorista chega no local, fazendo mais de 70 vítimas. O filme aborda o ato, as consequências traumáticas para as vítimas que conseguiram sobreviver e o sistema político do país, acompanhando o julgamento do criminoso.
Crítica | 22 de Julho – Filme obrigatório da Netflix sobre atentado terrorista real