Quando pensamos sobre filmes que possuem uma nítida melancolia, alguns até ingênuos, logo pensamos naquela expressão água com açúcar. Muitas vezes, em meio ao caos do cotidiano que se forma ao nosso redor, precisamos relaxar assistindo projetos que de alguma forma causem essa sensação de tranquilidade e que no final já sabemos que tudo vai dar certo! Pensando sobre isso, segue abaixo 10 filmes água com açúcar:
Tal Pai, Tal Filha
Na trama conhecemos Rachel (Kristen Bell), uma jovem, workaholic, que vem crescendo rapidamente na empresa onde trabalha. Sua vida é 90% trabalho e isso acaba por terminar seu noivado no dia da cerimônia de casamento, evento que seu pai Harry (Kelsey Grammer) apareceu de surpresa. Sem entender direito a sucessão de fatos que acontecem nesse dia direito, Rachel, resolve à noite, sair, para uma bebedeira com Garry, que não vê a mais de duas décadas e acabam acordando em um cruzeiro onde seria sua lua de mel. Assim, ao longo de curtos dias, os dois precisarão enfrentar os dramas do passado e tentar construir uma ponte para um entendimento melhor para o futuro.
A busca pelos sonhos e seus caminhos diferentes para cada indivíduo. Em seu primeiro longa-metragem, o cineasta mexicano Roberto Fiesco nos mostra sua adaptação a uma comédia homônima espanhola de 2015. Mesmo na água com açúcar, esbarrando em muitos clichês, provoca um pequeno mas válido debate sobre o querer ou não ser pai ou mãe dentro de uma sociedade que muitas vezes impõe seu modo de pensar dentro do senso comum. Há conflitos internos e psicológicos dos personagens como se fossem um escudo para enfrentar as questões da vida até ali. Disponível na Netflix.
O Bom Sam
Na trama, conhecemos a corajosa e persistente repórter Kate (Tiya Sircar), que busca a todo dia a melhor matéria para subir na sua concorrida carreira. Filha de um senador norte americano, não desiste da luta em sair dos holofotes com matérias sobre tragédias que beiram ao sensacionalismo. Sua grande chance chega de maneira inusitada, quando fontes da emissora onde trabalha descobre um caso inicial de uma pessoa que recebeu 100 mil dólares e ninguém sabe o paradeiro de quem deu essa bolada de maneira gratuita. Assim, reunindo toda sua experiência e seu faro para notícia, Kate embarca em uma jornada de descobertas que vai além de uma matéria para a televisão.
Na trama, conhecemos Will (Jesús Zavala), um jovem economista de formação, sem amigos, que nunca se diverte, workholic, pentelhado pelo seu chefe inclusive aos sábados, que mora em Los Angeles próximo a seus avós de origem mexicana. Quando seu avô morre no mesmo deserto que atravessou anos atrás quando chegou aos Estados Unidos, o tempo passa e Will encontra uma pequena caderneta que o avô deixou dizendo todas as coisas que ele precisa fazer no México (redescobrir suas origens, cantar com mariachis, ficar bêbado com mezcal, ir até a praça da constituição, ao palácio belas artes…encontrar um amor, fazer amigos…) para ser uma pessoa mais feliz. Assim, parte em busca desse país multicultural e lá acaba conhecendo pessoas que mudarão sua maneira de ver o mundo, principalmente a atriz de teatro Dani (Ximena Romo), por quem se apaixona loucamente.
Na trama, conhecemos Pedro (Tony Ramos), um homem que chegou ao limite de suas emoções e do seu pessimismo em relação ao mundo. Aos poucos foi perdendo o prazer de viver, cheio de dívidas, sem conseguir um novo empréstimo no banco está prestes a perder o estabelecimento da família, a Cantina Baresi, um restaurante italiano que está aberto faz mais de 50 anos, fundado pelo seu avô que veio da Itália sozinho e montou o negócio com todo seu esforço. Certo dia, acaba reencontrando dois grandes amigos, Ivan (Cássio Gabus Mendes) e Mariano (Ary França), para uma reportagem baseada em uma foto que ele e seus amigos tiraram no metrô na inauguração do mesmo, em 1974 (cerca de 40 anos atrás). O primeiro é um bem sucedido advogado, o segundo virou padre. Os três vão tentar reacender a chama dessa amizade entre longas conversas sobre suas visões e pensamentos sobre o mundo que vivem, a partir do desejo de morrer em breve de um deles.
Canção para Marion
Na trama, o ranzinza Arthur (Terrence Stamp) vive com sua mulher Marion (Vanessa Redgrave) em uma casa simples num bairro afastado do grande centro. Marion possui uma doença terminal e a única alegria que possui em seus melancólicos dias é cantar e se reunir com o coral da cidade, repleto de outros carismáticos velhinhos. Arthur, a acompanha em todos os ensaios mas faz questão de ser antipático com todos. Quando Marion falece, Arthur começa a tentar se reconstruir com a ajuda de todos que conhecem sua dolorosa história.
Na trama, conhecemos a carinhosa Marnie Minervini (Susan Sarandon), uma mulher já na metade final de sua vida que recentemente perdeu seu companheiro de toda uma vida. Completamente sem rumo, resolve se mudar para mais próximo de sua filha Lori (Rose Byrne), em Los Angeles, na Califórnia. Expondo sua solidão de diversas e muitas vezes engraçadas maneiras, Marnie acaba invadindo a privacidade de sua filha a todo instante (fruto de uma carência do momento) e após um chega pra lá de Lori, Marnie embarca em uma jornada de descobertas onde irá conhecer pessoas que mudarão para sempre esse momento instável que vive.
14 Dias, 12 Noites
Na trama, conhecemos Isabelle (Anne Dorval) uma mulher que sofre com os abalos de uma tragédia. Em paralelas passagens de tempo, acompanhamos essa oceanógrafa canadense que adota uma criança no Vietnã no início dos anos 90. Só que tempos depois descobrimos que algo acontece com a criança, fazendo ela retornar a cidadã natal dela. Nessa ida até o Vietnã, algo para superar o luto, acaba encontrando a mãe biológica da criança, a guia turística Thuy (Leanna Chea). Logo de cara não se identifica e acaba criando uma amizade com ela, assim, precisará encontrar o melhor momento para contar a verdade.
Na trama, acompanhamos a esforçada estudante de medicina Lulli (Larissa Manoela), uma jovem de classe média baixa que sempre teve o objetivo em ser médica. Na fase final desse sonho, já na residência, busca encontrar um equilíbrio entre sua carreira e o seu relacionamento com Diego (Vinícius Redd). Durante um exame em um paciente em estado muito debilitado, Lulli acaba levando um grande choque o que faz com que ela ganhe o poder de ler a mente das pessoas. Assim, acaba entrando em uma espiral de redescoberta sobre o poder da comunicação em relação ao que sente sobre os que a cercam.
Na trama, conhecemos Gianni (Pierfrancesco Favino) um mentiroso compulsivo, egocêntrico, arrogante, que adora desfilar seu carrão pelas ruas de Roma, dono de uma empresa de calçados com grande sucesso no mercado que gosta de contar vantagens para os amigos tão machistas quanto ele em relação as suas conquistas, todas elas baseadas em mentiras para embarcar em relacionamentos logo descartáveis. Certo dia, tentando seduzir a vizinha de porta do apartamento de sua mãe recém falecida, acaba conhecendo a bela violinista Chiara (Miriam Leone), que anos atrás, após um trágico acidente de carro, acabou perdendo os movimentos das pernas. Desse encontro, acaba nascendo uma relação que vai crescendo mas precisando enfrentar diversos conflitos pois Gianni à princípio mente dizendo também ser paraplégico.