quinta-feira , 21 novembro , 2024

20 Filmes Indestrutíveis que Completam 20 anos em 2019

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Depois da lista de 30 Filmes que Completaram 30 anos em 2019, o CinePOP preparou uma nova remessa de filmes que não perderam a validade após 20 anos do lançamento. Há quem diga que 1999 foi um ano abençoado para os amantes da sétima arte, com obras expressivas e inesquecíveis. Na lista abaixo existem, pelo menos, três filmes entre os 50 melhores eleitos pelo público no IMDb, ou seja, talvez essas pessoas estejam certas.

21 Filmes de Terror que Completam 30 anos em 2019



Dos ganhadores do Oscar 2000 aos filmes independentes, são obras que fizeram história e nos fizeram ir à locadora toda semana para revê-los. Seguem abaixo as obras indestrutíveis de todos os gêneros que completam 20 anos em 2019 e, claro, não deixe de comentar quais filmes você acredita que mereciam estar aqui também.

Eleição (Election)

Com a perfeita combinação de humor negro e uma escrita inteligente, a comédia projetou Reese Witherspoon inspiradíssima no papel da irritante e adorável Tracy Flick. Ela tem um timing perfeito na guerra velada com o professor mal sucedido Jim McAllister (Matthew Broderick). Reprisado diversas vezes na TV aberta, Eleição é entretenimento de qualidade com assinatura de Alexander Payne (Pequena Grande Vida).

American Pie: A Primeira Vez é Inesquecível (American Pie)

Por conta da irreverência e situações constrangedoras, American Pie popularizou o gênero desabrochar sexual dos adolescente no cinema no século XXI e trouxe um filão de filmes similares. Semelhante ao clássico Porky’s (1981), o plot da comédia é o pacto dos amigos Jim (Jason Biggs), Oz (Chris Klein), Finch (Eddie Kaye Thomas) e Kevin (Thomas Ian Nicholas) para perder a virgindade antes da formatura. As aventuras do grupo rendeu mais três filmes com o mesmo elenco, além de quatro spin-offs.

O Sexto Sentido (The Sixth Sense)

“Eu vejo gente morta” se tornou uma das frases mais famosas do cinema contemporâneo e funcionou como pontapé inicial da super aclamada carreira, de altos e baixos, do diretor indiano  M. Night Shyamalan (Vidro). Até hoje Haley Joel Osment, aos 30 anos, é lembrado pelo seu personagem Cole Sear. Afinal, este é um filme com um dos melhores plot twists e final inesperado. Se você nasceu ontem e ainda não o conferiu, busque-o pelos streamings.

A Múmia (The Mummy)

Comédia, efeitos especiais, história do antigo Egito e dois protagonistas inspirados e cativantes fizeram de A Múmia uma das sensações de 1999. O sucesso e química da dupla Rachel Weisz e Brendan Fraser rendeu a sequência O Retorno da Múmia (2001) e o spin-off O Escorpião Rei (2002). Com várias cenas hilárias e um enredo de aventuras, o longa nos lembra as artimanhas de Indiana Jones.

Um Lugar Chamado Notting Hill (Notting Hill)

Queridinho do público entre os filmes de comédia romântica, é difícil achar opositores dessa história de amor entre um vendedor de livros (Hugh Grant) e uma estrela de Hollywood (Julia Roberts). Com roteiro de Richard Curtis, criador das mais elogiadas comédias românticas do cinema norte-americano, as cenas são engraçadas, charmosas e, claro, apaixonantes. Sem falar na canção final ‘She’, cantada pelo saudoso Charles Aznavour e o nonsense coadjuvante Spike (Rhys Ifans).

A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça (Sleepy Hollow)

Com assinatura de Tim Burton inspirada no expressionismo alemão, este terror de aventura impressiona pelo visual assombroso e atmosfera horripilante, vencedora do Oscar de Melhor Direção de Arte. Além disso, o filme marca o terceiro encontro de Burton com Johnny Depp, anteriormente juntos nos ótimos Ed Wood (1994) e Edward Mãos de Tesoura (1990).

A Bruxa de Blair (The Blair Witch Project)

Um dos filmes mais rentáveis da história cinematográfica,Bruxa de Blair trouxe uma perspectiva totalmente original às telonas por meio do gênero pseudo documentário, no estilo found footage (gravações encontradas). A obra brincou com o psicológico do público prometendo imagens reais e mostrando apenas escuridão, mas deixando a imaginação dos espectadores criarem as mais aterrorizantes situações e um final apavorante. Quem não se lembra da angustiante cena dos olhos apavorados e uma lanterna?

Clube da Luta (Fight Club)

Na época do seu lançamento, Clube da Luta foi um fracasso nas bilheterias, mas depois o filme atingiu status de cult e passou a ser cultuado pela sua crítica social, ao capitalismo e o seu jogo de percepções psicológicas, trazendo à tona milhares de análises para suas mensagens –  e, consequentemente, vários adoradores da obra de David Fincher (Garota Exemplar). O humor negro, a violência física e os diálogos escrachados criam uma atmosfera única e brilhante, principalmente pela atuação do trio Brad Pitt, Edward Norton e Helena Bonham Carter.

Beleza Americana (American Beauty)

A começar pela narrativa de um morto sobre os acontecimento antes de seu próprio falecimento, Beleza Americana é um primor de roteiro e desenvolvimento, lembrando o início do icônico Crepúsculo dos Deus (1950). Ganhador do Oscar, Kevin Spacey dignamente constrói Lester Burnham, um personagem em divergência com o statu quo social e alucinado por uma fantasia adolescente. Os coadjuvantes são ótimos e a narrativa merece atenção a cada frame.

À Espera de Um Milagre (The Green Mile)

Baseado no romance de Stephen King, o drama estrelado por Tom Hanks conquistou plateias no mundo inteiro pelo tocante personagem John Coffey, estrelado pelo falecido Michael Clarke Duncan. Além da mensagem emocionante, o final também é um dos mais inesperados e toda a construção da história mantém uma aura de suspense e apreensão. Como quatro indicações ao Oscar, o filme está no Top 50 do IMDb.

De Olhos Bem Fechados (Eyes Wide Shut)

Estrelado pelo então casal na vida real, Tom Cruise e Nicole Kidman, o filme divide opiniões sobre a mise en scene criada por Stanley Kubrick, considerado um dos seus filmes mais fracos. Por outro lado, há aqueles que glorificam a forma como o diretor e roteirista trabalha a psiquê humana e os seus desejos secretos. Por conta da nudez, sexo e linguagem, o filme é considerado cult e polêmico.

Matrix (The Matrix)

Considerado uma revolução na história do cinema, Matrix quebrou barreiras dos efeitos especiais e ousou em um espetáculo visual jamais visto na telona. Além da formato inédito, o filme das irmãs Wachowski (Sense 8) também abriu discussões sobre universos paralelos e realidade dimensional, tecendo dezenas de teorias sobre qual pílula a gente deve tomar até os dias atuais. É o maior sucesso da carreira de Keanu Reeves (John Wick: Chapter 3 – Parabellum) e uma das obras imperdíveis da cinematografia mundial.

10 Coisas Que Eu Odeio em Você (10 Things I Have About You)  

Inspirado na obra de William Shakespeare, A Megera Domada, a comédia adolescente tornou-se um clássico por conta das interpretações fabulosas de Heath Ledger e Julia Stiles, além do jovem Joseph Gordon-Levitt. Além dos atores, o roteiro dinâmico e engraçado caiu no gosto do público e eternizou a canção ‘Can’t take my eyes off you’, de Frankie Valli, para uma nova geração. Diversão garantida diante da tela.

Segundas Intenções (Cruel Intentions)

Ryan Phillippe e Sarah Michelle Gellar mexeram com o imaginário dos adolescentes neste ano, no papel de Sebastian e Kathryn respectivamente. Apesar do plot do filme ser bastante tacanho (uma aposta de poder, sexo e manipulação entre jovens ricos e mimados),  o filme aborda conservadorismo e perversão em relação ao sexo, com cenas icônicas, como o beijo entre Selma Blair e Sarah Michelle Gellar. Sem esquecer da presença de Reese Witherspoon mesmo que apagada.

Tarzan (Tarzan)

Ganhador do Oscar de Melhor Canção, ‘You’ll Be In My Heart’, na voz de Phil Collins, Tarzan foi o grande sucesso da Disney em 1999. Em homenagem a clássica história do menino criado pelos macacos, o filme ganhou movimentos ágeis e excelentes números musicais. Para interpretar as vozes dos protagonistas, os atores Tony Goldwyn (Tarzan) e Minnie Driver (Jane) foram convocados.  

Quero Ser John Malkovich (Being John Malkovich)

Fabulosamente engraçado e deliciosamente perturbador, este filme é uma visão sombria de um voyeur, mas a partir da mente de outra pessoa, olhando para fora. Com direção de Spike Jonze e roteiro de Charlie Kaufman, mestres dos filmes de revirar a nossa cabeça, Quero Ser John Malkovich é um pérola única, não há outro filme semelhante e ele não podia faltar nesta lista.

Dogma (Dogma)

Dirigido e escrito por Kevin Smith (O Balconista), Dogma é uma sátira religiosa irreverente e nada respeitosa – chamado por muitas pessoas de profano, mas totalmente engraçado para as bem humoradas. O elenco é cheio de estrelas como Ben Affleck, Matt Damon, Linda Fiorentino e Salma Hayek, além da cantora Alanis Morissete no papel de Deus, o todo poderoso.

O Gigante de Ferro (The Iron Giant)

Com uma pegada do filme E.T, o Extraterrestre (1982), o simpático Gigante de Ferro funciona como uma fábula para temas complexos das relações humanas a partir da amizade do menino Hogarth Hughes (Eli Marienthal) com um ser espacial (Vin Diesel) –  que aprendem a respeitar suas diferenças. Embora seja uma animação, o filme é recomendado por todas as idades e suas mensagens são poderosas, assim como a direção de Brad Bird (Os Incríveis 2).

O Pequeno Stuart Little (Stuart Little)

Uma das sensações de 1999, com certeza, foi o pequeno ratinho Stuart, com a voz de Michael J. Fox. Os efeito especiais chamaram a atenção do público infantil, mas também dos adultos e da crítica, ganhando o título de um filme bem-humorado e leve para todo a família, além de ter uma mensagem bonitinha embutida. O sucesso gerou a sequência O Pequeno Stuart Little 2 (2002), com o pequeno ratinho solto pela cidade.

Meninos Não Choram (Boys Don’t Cry)

Com a aclamada performance de Hilary Swank – vencedora do Oscar de Melhor Atriz – , Meninos Não Choram é uma homenagem ao transsexual Brandon Teena, nascido como Teena Brandon. Baseado em fatos reais, o drama apresenta as trágicas experiências desse homem para viver plenamente a sua sexualidade. Emocionante e imperdível.

Bônus 1, 2, 3

Star Wars: Episódio I – A Ameaça Fantasma (Star Wars: Episode I – The Phantom Menace)

Quando o filme foi lançado nos cinemas, a euforia dos fãs da saga Star Wars foi imensa, no entanto, o desapontamento também. Considerado o filme mais fraco de toda a saga até o momento, a origem de Anakin Skywalker (Jake Lloyd) e todo o visual da época desagradou os fãs da trilogia dos anos 70 e 80. Apesar das sete indicações ao Framboesa de Ouro, ainda assim é um filme para assistir e descobrir todos os caminhos dos cavaleiros Jedi.

South Park: Maior, Melhor e Sem Cortes (South Park: Bigger, Longer & Uncut)

Altamente não recomendado para os menores de 18 anos e as pessoas mais puritanas, o longa do famoso desenho South Park possui piadas profundamente ousadas, constrangedoras e rudes, mas ao mesmo tempo hilárias, ou seja, é um entretenimento culposo. Se você não tinha idade na época do lançamento, tente assisti-lo agora.

Nunca Fui Santa (But I’m a Cheerleader)

Esquecida pelo público geral, essa comédia é uma sátira à repressão sexual homoafetiva, no entanto, o filme ressalta estereótipos e não faz nenhuma evolução sobre a discussão do tema. Em tempos de O Mau Comportamento de Cameron Post e Boy Erased: Uma Verdade Anulada, o filme de Jamie Babbit já abordava comicamente a perspectiva de um centro de reabilitação para jovens homossexuais. Obviamente, o filme apresenta o fracasso deste tipo de intenção e foca no romance das jovens Megan (Natasha Lyone) e Graham (Clea DuVall).

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Letícia Alassë
Crítica de Cinema desde 2012, jornalista e pesquisadora sobre comunicação, cultura e psicanálise. Mestre em Cultura e Comunicação pela Universidade Paris VIII, na França e membro da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine). Nascida no Rio de Janeiro e apaixonada por explorar o mundo tanto geograficamente quanto diante da tela.

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21 Filmes de Terror que Completam 30 anos em 2019

Dos ganhadores do Oscar 2000 aos filmes independentes, são obras que fizeram história e nos fizeram ir à locadora toda semana para revê-los. Seguem abaixo as obras indestrutíveis de todos os gêneros que completam 20 anos em 2019 e, claro, não deixe de comentar quais filmes você acredita que mereciam estar aqui também.

Eleição (Election)

Com a perfeita combinação de humor negro e uma escrita inteligente, a comédia projetou Reese Witherspoon inspiradíssima no papel da irritante e adorável Tracy Flick. Ela tem um timing perfeito na guerra velada com o professor mal sucedido Jim McAllister (Matthew Broderick). Reprisado diversas vezes na TV aberta, Eleição é entretenimento de qualidade com assinatura de Alexander Payne (Pequena Grande Vida).

American Pie: A Primeira Vez é Inesquecível (American Pie)

Por conta da irreverência e situações constrangedoras, American Pie popularizou o gênero desabrochar sexual dos adolescente no cinema no século XXI e trouxe um filão de filmes similares. Semelhante ao clássico Porky’s (1981), o plot da comédia é o pacto dos amigos Jim (Jason Biggs), Oz (Chris Klein), Finch (Eddie Kaye Thomas) e Kevin (Thomas Ian Nicholas) para perder a virgindade antes da formatura. As aventuras do grupo rendeu mais três filmes com o mesmo elenco, além de quatro spin-offs.

O Sexto Sentido (The Sixth Sense)

“Eu vejo gente morta” se tornou uma das frases mais famosas do cinema contemporâneo e funcionou como pontapé inicial da super aclamada carreira, de altos e baixos, do diretor indiano  M. Night Shyamalan (Vidro). Até hoje Haley Joel Osment, aos 30 anos, é lembrado pelo seu personagem Cole Sear. Afinal, este é um filme com um dos melhores plot twists e final inesperado. Se você nasceu ontem e ainda não o conferiu, busque-o pelos streamings.

A Múmia (The Mummy)

Comédia, efeitos especiais, história do antigo Egito e dois protagonistas inspirados e cativantes fizeram de A Múmia uma das sensações de 1999. O sucesso e química da dupla Rachel Weisz e Brendan Fraser rendeu a sequência O Retorno da Múmia (2001) e o spin-off O Escorpião Rei (2002). Com várias cenas hilárias e um enredo de aventuras, o longa nos lembra as artimanhas de Indiana Jones.

Um Lugar Chamado Notting Hill (Notting Hill)

Queridinho do público entre os filmes de comédia romântica, é difícil achar opositores dessa história de amor entre um vendedor de livros (Hugh Grant) e uma estrela de Hollywood (Julia Roberts). Com roteiro de Richard Curtis, criador das mais elogiadas comédias românticas do cinema norte-americano, as cenas são engraçadas, charmosas e, claro, apaixonantes. Sem falar na canção final ‘She’, cantada pelo saudoso Charles Aznavour e o nonsense coadjuvante Spike (Rhys Ifans).

A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça (Sleepy Hollow)

Com assinatura de Tim Burton inspirada no expressionismo alemão, este terror de aventura impressiona pelo visual assombroso e atmosfera horripilante, vencedora do Oscar de Melhor Direção de Arte. Além disso, o filme marca o terceiro encontro de Burton com Johnny Depp, anteriormente juntos nos ótimos Ed Wood (1994) e Edward Mãos de Tesoura (1990).

A Bruxa de Blair (The Blair Witch Project)

Um dos filmes mais rentáveis da história cinematográfica,Bruxa de Blair trouxe uma perspectiva totalmente original às telonas por meio do gênero pseudo documentário, no estilo found footage (gravações encontradas). A obra brincou com o psicológico do público prometendo imagens reais e mostrando apenas escuridão, mas deixando a imaginação dos espectadores criarem as mais aterrorizantes situações e um final apavorante. Quem não se lembra da angustiante cena dos olhos apavorados e uma lanterna?

Clube da Luta (Fight Club)

Na época do seu lançamento, Clube da Luta foi um fracasso nas bilheterias, mas depois o filme atingiu status de cult e passou a ser cultuado pela sua crítica social, ao capitalismo e o seu jogo de percepções psicológicas, trazendo à tona milhares de análises para suas mensagens –  e, consequentemente, vários adoradores da obra de David Fincher (Garota Exemplar). O humor negro, a violência física e os diálogos escrachados criam uma atmosfera única e brilhante, principalmente pela atuação do trio Brad Pitt, Edward Norton e Helena Bonham Carter.

Beleza Americana (American Beauty)

A começar pela narrativa de um morto sobre os acontecimento antes de seu próprio falecimento, Beleza Americana é um primor de roteiro e desenvolvimento, lembrando o início do icônico Crepúsculo dos Deus (1950). Ganhador do Oscar, Kevin Spacey dignamente constrói Lester Burnham, um personagem em divergência com o statu quo social e alucinado por uma fantasia adolescente. Os coadjuvantes são ótimos e a narrativa merece atenção a cada frame.

À Espera de Um Milagre (The Green Mile)

Baseado no romance de Stephen King, o drama estrelado por Tom Hanks conquistou plateias no mundo inteiro pelo tocante personagem John Coffey, estrelado pelo falecido Michael Clarke Duncan. Além da mensagem emocionante, o final também é um dos mais inesperados e toda a construção da história mantém uma aura de suspense e apreensão. Como quatro indicações ao Oscar, o filme está no Top 50 do IMDb.

De Olhos Bem Fechados (Eyes Wide Shut)

Estrelado pelo então casal na vida real, Tom Cruise e Nicole Kidman, o filme divide opiniões sobre a mise en scene criada por Stanley Kubrick, considerado um dos seus filmes mais fracos. Por outro lado, há aqueles que glorificam a forma como o diretor e roteirista trabalha a psiquê humana e os seus desejos secretos. Por conta da nudez, sexo e linguagem, o filme é considerado cult e polêmico.

Matrix (The Matrix)

Considerado uma revolução na história do cinema, Matrix quebrou barreiras dos efeitos especiais e ousou em um espetáculo visual jamais visto na telona. Além da formato inédito, o filme das irmãs Wachowski (Sense 8) também abriu discussões sobre universos paralelos e realidade dimensional, tecendo dezenas de teorias sobre qual pílula a gente deve tomar até os dias atuais. É o maior sucesso da carreira de Keanu Reeves (John Wick: Chapter 3 – Parabellum) e uma das obras imperdíveis da cinematografia mundial.

10 Coisas Que Eu Odeio em Você (10 Things I Have About You)  

Inspirado na obra de William Shakespeare, A Megera Domada, a comédia adolescente tornou-se um clássico por conta das interpretações fabulosas de Heath Ledger e Julia Stiles, além do jovem Joseph Gordon-Levitt. Além dos atores, o roteiro dinâmico e engraçado caiu no gosto do público e eternizou a canção ‘Can’t take my eyes off you’, de Frankie Valli, para uma nova geração. Diversão garantida diante da tela.

Segundas Intenções (Cruel Intentions)

Ryan Phillippe e Sarah Michelle Gellar mexeram com o imaginário dos adolescentes neste ano, no papel de Sebastian e Kathryn respectivamente. Apesar do plot do filme ser bastante tacanho (uma aposta de poder, sexo e manipulação entre jovens ricos e mimados),  o filme aborda conservadorismo e perversão em relação ao sexo, com cenas icônicas, como o beijo entre Selma Blair e Sarah Michelle Gellar. Sem esquecer da presença de Reese Witherspoon mesmo que apagada.

Tarzan (Tarzan)

Ganhador do Oscar de Melhor Canção, ‘You’ll Be In My Heart’, na voz de Phil Collins, Tarzan foi o grande sucesso da Disney em 1999. Em homenagem a clássica história do menino criado pelos macacos, o filme ganhou movimentos ágeis e excelentes números musicais. Para interpretar as vozes dos protagonistas, os atores Tony Goldwyn (Tarzan) e Minnie Driver (Jane) foram convocados.  

Quero Ser John Malkovich (Being John Malkovich)

Fabulosamente engraçado e deliciosamente perturbador, este filme é uma visão sombria de um voyeur, mas a partir da mente de outra pessoa, olhando para fora. Com direção de Spike Jonze e roteiro de Charlie Kaufman, mestres dos filmes de revirar a nossa cabeça, Quero Ser John Malkovich é um pérola única, não há outro filme semelhante e ele não podia faltar nesta lista.

Dogma (Dogma)

Dirigido e escrito por Kevin Smith (O Balconista), Dogma é uma sátira religiosa irreverente e nada respeitosa – chamado por muitas pessoas de profano, mas totalmente engraçado para as bem humoradas. O elenco é cheio de estrelas como Ben Affleck, Matt Damon, Linda Fiorentino e Salma Hayek, além da cantora Alanis Morissete no papel de Deus, o todo poderoso.

O Gigante de Ferro (The Iron Giant)

Com uma pegada do filme E.T, o Extraterrestre (1982), o simpático Gigante de Ferro funciona como uma fábula para temas complexos das relações humanas a partir da amizade do menino Hogarth Hughes (Eli Marienthal) com um ser espacial (Vin Diesel) –  que aprendem a respeitar suas diferenças. Embora seja uma animação, o filme é recomendado por todas as idades e suas mensagens são poderosas, assim como a direção de Brad Bird (Os Incríveis 2).

O Pequeno Stuart Little (Stuart Little)

Uma das sensações de 1999, com certeza, foi o pequeno ratinho Stuart, com a voz de Michael J. Fox. Os efeito especiais chamaram a atenção do público infantil, mas também dos adultos e da crítica, ganhando o título de um filme bem-humorado e leve para todo a família, além de ter uma mensagem bonitinha embutida. O sucesso gerou a sequência O Pequeno Stuart Little 2 (2002), com o pequeno ratinho solto pela cidade.

Meninos Não Choram (Boys Don’t Cry)

Com a aclamada performance de Hilary Swank – vencedora do Oscar de Melhor Atriz – , Meninos Não Choram é uma homenagem ao transsexual Brandon Teena, nascido como Teena Brandon. Baseado em fatos reais, o drama apresenta as trágicas experiências desse homem para viver plenamente a sua sexualidade. Emocionante e imperdível.

Bônus 1, 2, 3

Star Wars: Episódio I – A Ameaça Fantasma (Star Wars: Episode I – The Phantom Menace)

Quando o filme foi lançado nos cinemas, a euforia dos fãs da saga Star Wars foi imensa, no entanto, o desapontamento também. Considerado o filme mais fraco de toda a saga até o momento, a origem de Anakin Skywalker (Jake Lloyd) e todo o visual da época desagradou os fãs da trilogia dos anos 70 e 80. Apesar das sete indicações ao Framboesa de Ouro, ainda assim é um filme para assistir e descobrir todos os caminhos dos cavaleiros Jedi.

South Park: Maior, Melhor e Sem Cortes (South Park: Bigger, Longer & Uncut)

Altamente não recomendado para os menores de 18 anos e as pessoas mais puritanas, o longa do famoso desenho South Park possui piadas profundamente ousadas, constrangedoras e rudes, mas ao mesmo tempo hilárias, ou seja, é um entretenimento culposo. Se você não tinha idade na época do lançamento, tente assisti-lo agora.

Nunca Fui Santa (But I’m a Cheerleader)

Esquecida pelo público geral, essa comédia é uma sátira à repressão sexual homoafetiva, no entanto, o filme ressalta estereótipos e não faz nenhuma evolução sobre a discussão do tema. Em tempos de O Mau Comportamento de Cameron Post e Boy Erased: Uma Verdade Anulada, o filme de Jamie Babbit já abordava comicamente a perspectiva de um centro de reabilitação para jovens homossexuais. Obviamente, o filme apresenta o fracasso deste tipo de intenção e foca no romance das jovens Megan (Natasha Lyone) e Graham (Clea DuVall).

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Letícia Alassë
Crítica de Cinema desde 2012, jornalista e pesquisadora sobre comunicação, cultura e psicanálise. Mestre em Cultura e Comunicação pela Universidade Paris VIII, na França e membro da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine). Nascida no Rio de Janeiro e apaixonada por explorar o mundo tanto geograficamente quanto diante da tela.

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