domingo , 22 dezembro , 2024

40 anos de ‘Fuga de Nova York’, emblemático filme da carreira de Kurt Russell

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A saga de um anti-herói e o bico nos valores morais. Em uma das críticas sociais mais contundentes da década de 80, quando pensamos em produções audiovisuais, Fuga de Nova York nos leva até um cenário de distopia onde um improvável anti-herói tem a missão de salvar o homem mais importante da política mundial enroscado em uma própria armadilha social e preconceituosa de seu governo.

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Escrito e dirigido por John Carpenter, tendo Nick Castle ajudando no roteiro, esse último, interprete de um personagem marcante da história do cinema, Michael Myers em Halloween, Fuga de Nova York acende os alertas de governos autoritários que passam por cima de princípios básicos de qualquer democracia.

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Na trama, conhecemos Snake Plissken (Kurt Russell), um tenente das forças especiais do exército norte-americano que é preso por roubo a um depósito e enviado para a prisão de segurança máxima que virou uma famosa parte de Nova York. Quando o famoso avião, Força Aérea Um, cai no lugar com o presidente à bordo, Snake é convocado para salvá-lo com o prazo final de 24 horas. Assim, adentrando um território extremamente hostil e violento, com subgrupos perigosos, o anti-herói fará de tudo para cumprir sua missão.

O contexto por aqui torna-se ferramenta fundamental para total compreensão sobre os rumos dos personagens. Final da década de 80, a maior potência do mundo enfrentando altíssimos índices de violência, crueldade e criminalidade. Como medida radical, fecha os 87 quilômetros de Manhattan e transforma o lugar em uma enorme prisão com a polícia apenas cercando a região. Uma medida autoritária que expõe o desespero e a falta de bom senso, um tapa em uma base fundamental de toda sociedade democrática: os direitos humanos.

A atmosfera tomada pela distopia coloca os espelhos das relações de uma sociedade, ampliada além dos Estados Unidos, que escorrega até hoje. Há muito o que se pensar quando analisamos de maneira profunda tudo que cerca a criativa trama. Algumas inspirações fizeram parte do processo criativo criado por Carpenter, uma viagem sua à Manhattan conhecendo várias partes tensas do lugar e também a obra cinematográfica Desejo de Matar (Death Wish). O filme também influenciou outras mentes brilhantes, como o designer japonês de jogos Hideo Kojima no seu primeiro grande sucesso nesse mercado, Metal Gear.

Mas nada disso seria tão impactante se não tivesse um protagonista carismático, emblemático, com problemas, um anti-herói de fato, que de alguma forma responde como uma voz em meio ao caos. O papel que era pra ser de Tommy Lee Jones ou Charles Bronson acabou indo para Kurt Russell que absorveu com maestria a essência de Snake Plissken. Inclusive a ideia do tapa olho foi dele!

Orçado em 7 milhões de dólares, com 5 meses de filmagens, muitos elementos vistos em cena chamam a atenção. Entre eles, o cenário, com muitas partes feitas em maquetes, inclusive reutilizadas para um outro grande filme daquele ano, Blade Runner.

Violento, metendo o dedo na hipocrisia das grandes potências, Fuga de Nova York completou recentemente quatro décadas, um filme para assistir e nunca mais esquecer!

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Escrito e dirigido por John Carpenter, tendo Nick Castle ajudando no roteiro, esse último, interprete de um personagem marcante da história do cinema, Michael Myers em Halloween, Fuga de Nova York acende os alertas de governos autoritários que passam por cima de princípios básicos de qualquer democracia.

Na trama, conhecemos Snake Plissken (Kurt Russell), um tenente das forças especiais do exército norte-americano que é preso por roubo a um depósito e enviado para a prisão de segurança máxima que virou uma famosa parte de Nova York. Quando o famoso avião, Força Aérea Um, cai no lugar com o presidente à bordo, Snake é convocado para salvá-lo com o prazo final de 24 horas. Assim, adentrando um território extremamente hostil e violento, com subgrupos perigosos, o anti-herói fará de tudo para cumprir sua missão.

O contexto por aqui torna-se ferramenta fundamental para total compreensão sobre os rumos dos personagens. Final da década de 80, a maior potência do mundo enfrentando altíssimos índices de violência, crueldade e criminalidade. Como medida radical, fecha os 87 quilômetros de Manhattan e transforma o lugar em uma enorme prisão com a polícia apenas cercando a região. Uma medida autoritária que expõe o desespero e a falta de bom senso, um tapa em uma base fundamental de toda sociedade democrática: os direitos humanos.

A atmosfera tomada pela distopia coloca os espelhos das relações de uma sociedade, ampliada além dos Estados Unidos, que escorrega até hoje. Há muito o que se pensar quando analisamos de maneira profunda tudo que cerca a criativa trama. Algumas inspirações fizeram parte do processo criativo criado por Carpenter, uma viagem sua à Manhattan conhecendo várias partes tensas do lugar e também a obra cinematográfica Desejo de Matar (Death Wish). O filme também influenciou outras mentes brilhantes, como o designer japonês de jogos Hideo Kojima no seu primeiro grande sucesso nesse mercado, Metal Gear.

Mas nada disso seria tão impactante se não tivesse um protagonista carismático, emblemático, com problemas, um anti-herói de fato, que de alguma forma responde como uma voz em meio ao caos. O papel que era pra ser de Tommy Lee Jones ou Charles Bronson acabou indo para Kurt Russell que absorveu com maestria a essência de Snake Plissken. Inclusive a ideia do tapa olho foi dele!

Orçado em 7 milhões de dólares, com 5 meses de filmagens, muitos elementos vistos em cena chamam a atenção. Entre eles, o cenário, com muitas partes feitas em maquetes, inclusive reutilizadas para um outro grande filme daquele ano, Blade Runner.

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