terça-feira, abril 30, 2024

Red Sonja | Reboot pode enfim entregar versão digna da personagem

Guerreira do universo de Conan pode ter uma chance de redenção na nova aventura

A produção do vindouro reboot de Red Sonja não está sendo fácil. Inicialmente foi confirmado que o diretor Bryan Singer comandaria toda a realização, porém ele foi imediatamente afastado após denúncias de assédio sexual virem à tona em 2019. No mesmo ano foi declarado pelo estúdio, a Millenium Films, que a produção seria então paralisada.

Assim permaneceu até há alguns dias quando foi anunciado que Jill Soloway será a nova diretora e roteirista de Red Sonja. No seu currículo constam participações nos roteiros de séries como O Mundo de Tara, A Sete Palmos e Transparent; essa última sendo uma produção criada e conduzida exclusivamente por ela. Para o portal Deadline, Soloway afirmou que “mal pode esperar para trazer o épico mundo de Red Sonja à vida”, além de “explorar essa poderosa mitologia e o que significa ser uma heroína”.

A heroína Red Sonja está inserida no universo de Conan, o Bárbaro sendo livremente inspirada em outra personagem, essa criada pelo autor da saga Robert E.Howard, chamada Red Sonya de Rogatino para o conto The Shadow of Vulture. A diferença primordial é que essa história não possui quaisquer ligações com as aventuras do famoso bárbaro pois enquanto o primeiro se passa durante a Era Hiboriana (o equivalente ficcional de Howard à pré-história), o segundo tem sua ambientação estabelecida no século XVI durante uma disputa entre o império Ottomano e o império Austro-Húngaro.

A primeira aparição de Red Sonja foi em uma aventura de Conan

A versão mais conhecida da guerreira hiboriana vem da sua série solo nos quadrinhos da Marvel Comics publicados em 1975 e com a assinatura de Roy Thomas (que por sua vez também foi o responsável por adaptar pela primeira vez os livros de Robert E. Howard sobre Conan para os quadrinhos em outubro de 1970). Sua estreia, no entanto, aconteceu em 1973 durante a aventura em Conan, the Barbarian #23 como uma coadjuvante. 

Na ocasião o protagonista acaba sendo perseguido por soldados turanianos liderados por Mikhal Oglu (também conhecido como Vulture ele é uma clara referência ao principal vilão de The Shadow of Vulture, que por sua vez também é o título da edição 23, herdando não só o mesmo nome do temível assassino do Grão-vizir como também a mesma função de antagonista em ambas as tramas). Após os turanianos invadirem um pequeno vilarejo onde descansava, Conan consegue fugir mas é perseguido por eles até os portões da cidade de Makkalet. Cercado por turanianos, ele é salvo por um grupo de soldados liderados por alguém autointitulada Red Sonja.

Um detalhe sobre essa primeira aparição é que nessa ocasião Red Sonja ainda não trajava a famosa “armadura de bikini” com o qual a personagem se tornou icônica, sendo que essa vestimenta só foi usada a partir de The Savage Sword of Conan #1 em agosto de 1974 e ainda assim ela não era colorida. A sensualidade da personagem agiu em concordância com a proposta final do título, identificado oficialmente como revista para fugir da censura que existia sobre os quadrinhos, que era a de publicar histórias chocantes e violentas para um público maior de idade.

Famoso traje surgiu primeiramente em “Savage Sword of Conan”

A altura dos anos 80 a popularidade da heroína já estava muito bem estabelecida pelas suas aventuras solo e por participações em outros títulos da empresa (mais especificamente quando ela troca de corpo com a Mary Jane e luta ao lado do Homem-Aranha contra o feiticeiro Kulan Gath em Marvel Team-Up #79). Isso tudo levou à 1985 quando foi lançado o filme Red Sonja, estrelado por Brigitte Nielsen no papel título, no Brasil intitulado Guerreiros de Fogo.

Idealizada pelo produtor Dino De Laurentiis como o primeiro spin-off da saga Conan no cinema, protagonizada por Arnold Schwarzenegger, filmes esses que também foram produzidos por ele, a produção teria a difícil missão de condensar anos de história da Red Sonja em uma trama linear e direta em pouco menos de uma hora e meia. O resultado não foi positivo, com a crítica apontando para a má direção de Richard Fleischer (o mesmo de Conan – O Destruidor, 1984), péssima atuação de Birgitte Nielsen e o roteiro de qualidade duvidosa como as razões do fracasso da obra.

Não deixe de assistir:

Nem mesmo a participação de Schwarzenegger como Kalidor (a produção não havia obtido os direitos de utilizar Conan na trama então criaram um “novo” personagem) suavizou as pancadas do público. O próprio astro fala abertamente que esse foi um dos piores filmes da sua carreira. Inevitavelmente a rápida má fama obtida pela obra teve impacto notável na bilheteria. 

Nem a presença de Schwarzenegger salvou o filme do desastre.

Tendo um orçamento de mais ou menos US$ 15 milhões, o filme arrecadou, segundo o portal Box Office Mojo, apenas US$ 6.951.415. É interessante constatar que praticamente 99% desse valor final foi alcançado graças ao desempenho nas bilheterias nacionais, pois no resto do mundo o valor alcançado foi de apenas US$ 2.782. O fracasso do filme é constantemente citado como uma das razões, senão a principal, da franquia Conan, o Bárbaro ter sido abandonada. 

As aventuras de Red Sonja nos quadrinhos continuaram a ser publicadas pela Marvel Comics até dezembro de 1995 quando após a publicação de Red Sonja: Scavenger Hunt a editora decidiu por não aproveitar mais a personagem. Apenas em 2005 ela voltaria a ter um título solo, dessa vez pelas mãos da Dynamite Entertainment (a mesma editora de The Boys e da versão em quadrinhos de Game of Thrones) que se mantém até os dias atuais. 

 

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