Christina Aguilera é um dos nomes mais conhecidos da indústria fonográfica – e uma cantora com voz notável que imediatamente é reconhecível por guturais rendições e músicas icônicas que até hoje permeiam nossa existência. Como se não bastasse, Aguilera é uma das artistas mais prolíficas da última geração, tendo vendido mais de 75 milhões de álbuns e singles ao redor do mundo.
Entretanto, muitos consideram que a musicista carrega consigo uma mancha na carreira. Com exceção dos fãs, ‘Bionic’ permaneceu na obscuridade por muito tempo – e, em seu aniversário de quinze anos, é mais que necessário trazermos essa brilhante obra de volta aos holofotes, tentando ao máximo fazer jus ao que a cantora e compositora queria nos mostrar com uma virada tremenda em sua identidade sonora.
Pensando nisso, preparamos uma breve lista elencando as cinco melhores canções desse subestimado compilado de originais.
Confira abaixo as nossas escolhas e conte para nós qual a sua faixa favorita:
5. “I AM (STRIPPED)”

Apesar da falta de edição clara do álbum, ‘Bionic’ abre espaço para algumas das produções e rendições mais diferenciadas e experimentais da artista. No final do disco, temos a faixa de encerramento “I Am (Stripped)”, uma elegante balada em que a cantora se mostra vulnerável e humana – e devo dizer que, em qualquer outro lugar, essa arquitetura quase minimalista teria funcionado com o potencial do qual se vale.
4. “SEX FOR BREAKFAST”

O blasfemo e controverso liricismo do álbum pode até ter sido comparado com álbuns que vieram anteriormente, mas é inegável dizer que Aguilera trouxe um toque único para absolutamente tudo o que desejou colocar em voga. “Sex for Breakfast”, nesse quesito, é uma inteligente e envolvente balada que se mascara com a presença inesperada de sintetizadores e não pensa duas vezes antes de deixar estampado o que quer passar.
3. “BIONIC”

Apesar dos claros deslizes, o ponto de maior foco é o audacioso e sinestésico projeto do qual Aguilera se dispõe. Seguindo os passos de suas conterrâneas, porém com maior “resplandecência”, por assim dizer, ela fez algo que estaria fora de seu radar, talvez numa busca por reencontrar-se ou descobrir um novo lado. Enquanto vários entendem a faixa-título como uma espécie de “surto” fonográfico, sente-se uma vigorosa paixão de Christina em fazer aquilo que mais ama e sem se preocupar com a resposta que receberá.
2. “VANITY”

‘Bionic’ insurgiu como pioneiro em diversos aspectos – ainda mais trazendo para discussão temas críticos como sexualidade, sensualidade e pós-feminismo. Ao longo de letras cruas demais para serem absorvidas de uma vez, “Vanity”, de longe uma das melhores entradas do álbum, é um orgulhoso solilóquio guinado por batidas instigantes de electro-pop e que, sem sombra de dúvida, merecia mais atenção do que teve.
1. “NOT MYSELF TONIGHT”

O lead single do álbum, “Not Myself Tonight”, foi o primeiro gostinho de uma repaginada completa da identidade que Aguilera havia eternizado em seu álbum anterior, ‘Back to Basics’. Infundida com electro-pop, future-pop e breves incursões do R&B em uma explosão sonora, a faixa é uma celebração clara da libertação e do empoderamento sexual da cantora e compositora, contando com versos viscerais e um videoclipe recheado de menções a fetiches – principalmente no tocante ao BDSM.
E, apesar de ter sido recebida com críticas mornas à época do lançamento, é notável como a faixa posa como uma das mais exultantes e interessantes da discografia da cantora – motivo pelo qual se encontra em primeiro lugar na nossa lista.