Anne Heche | Relembre os trabalhos mais marcantes da atriz na década de 90

A atriz Anne Heche faleceu hoje, dia 12 de agosto, aos 53 anos de idade. No dia 5 de agosto, Heche sofreu um grave acidente de carro em Los Angeles, na Califórnia, e terminou internada às pressas com lesão cerebral. Após uma semana em coma, a atriz foi declarada morta hoje. Muitos, em especial os mais novos, podem não conhecer ou lembrar dela, que possui um extenso currículo de mais de 90 créditos como atriz e era também produtora, roteirista e diretora. O ponto alto de sua carreira foi durante a década de 1990, onde atuou ao lado de grandes nomes de Hollywood como Harrison Ford, Tommy Lee Jones, Johnny Depp, Joaquin Phoenix, Jada Pinkett-Smith, Al Pacino, Robert De Niro e Dustin Hoffman.

Anne Heche tinha diversas indicações a prêmios em seu currículo, sendo o mais importante deles uma nomeação ao Emmy em 2004. A atriz também ficaria marcada pelo relacionamento com a apresentadora Ellen DeGeneres, que teve início no mesmo ano em que DeGeneres assumiu publicamente que era lésbica. Na época, DeGeneres estrelava a sitcom Ellen (1994-1998) e sua personagem no programa faria história assumindo sua sexualidade e se tornando a primeira protagonista gay de um seriado de TV no fim dos anos 1990. A relação de Anne Heche e Ellen duraria de 1997 a 2000, e na época elas eram um dos casais mais badalados de Hollywood, em especial por serem o casal gay mais famoso do período.

Anne Heche também participou de diversos programas de TV prestigiados, como Ally McBeal, Everwood, Hung, Chicago P.D., além do próprio Ellen, na época em que namorava a protagonista. Seu último trabalho na TV foi a na série All Rise (2021-2022).

Em homenagem a esta talentosa, e por vezes subestimada, atriz que nos deixa hoje, vamos relembrar alguns de seus trabalhos mais importantes nas telonas durante sua maior onda de popularidade. Confira abaixo.

Volcano – A Fúria (1997)

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O primeiro papel de destaque de Anne Heche em uma superprodução Hollywoodiana foi em Volcano – A Fúria. No fim dos anos 90, os filmes catástrofe haviam voltado com tudo após o sucesso de Twister (1996), onde cientistas enfrentavam os tornados mais convincentes do cinema, devido à primorosos efeitos especiais. Logo depois foi a vez de vulcões e meteoros, em filmes como O Inferno de Dante, Impacto Profundo e Armageddon. Heche estrelou o segundo filme de vulcão em 1997, com Volcano, e teve uma grande oportunidade na carreira ao atuar lado a lado com o protagonista Tommy Lee Jones nessa superprodução da 20th Century Fox. No filme a atriz vivia a Dra. Amy Barnes, a única que sabia como parar um vulcão em erupção em plena cidade de Los Angeles.

Donnie Brasco (1997)

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No mesmo ano do blockbuster Volcano, Anne Heche participava de um filme de máfia cultuado, ao lado de astros como Al Pacino e Johnny Depp. Baseado numa história real, o filme trazia Depp como o agente do FBI Joe Pistone, que se infiltra numa família mafiosa de Nova York, se fazendo passar pelo criminoso Donnie Brasco, e faz amizade com Lefty, o braço-direito da organização vivido pelo grande Al Pacino. Aqui, Heche aceitava um papel menor pela chance de estar ao lado de grandes figuras, e interpretava a esposa preocupada do policial, dividindo muitas cenas com um Johnny Depp no auge de sua carreira.

Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado (1997)

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Outra participação pequena de Anne Heche num filme que se tornou muito popular na época, porém, uma participação bem significativa. A atriz aparece somente em duas cenas nesse terror juvenil que marcou os anos 90, mas são dois momentos que ajudam a definir a trama, além de serem dois trechos extremamente nervosos e assustadores. Sua personagem, Missy, é uma das suspeitas de ser o assassino do filme. Após o sucesso de Pânico (1996), o mesmo roteirista Kevin Williamson, adaptava para o cinema um famoso livro de suspense, o transformando num slasher adolescente, que se tornava a segunda peça na reestruturação do subgênero no fim dos anos 90.

Mera Coincidência (1997)

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O segundo passo mais importante na carreira de Anne Heche foi dado aqui, nesse filme do diretor Barry Levinson. Sátira política das grandes, o filme colocava a atriz de igual para igual como terceiro nome no elenco, atuando ao lado de pesos-pesados como os lendários Robert De Niro e Dustin Hoffman. Embora tenha sido lançado em algumas poucas partes dos EUA em 1997, sua estreia em grande circuito pelo país e no mundo (incluindo o Brasil) ocorreria mesmo em 1998 – onde concorreu a duas estatuetas do Oscar (melhor roteiro e ator para Hoffman). Baseado num livro, esse foi um dos filmes que pegou carona no escândalo sexual envolvendo o então presidente Bill Clinton. Na trama, o presidente dos EUA está envolvido num escândalo sexual. Então, uma assessora da Casa Branca, papel de Heche, contrata um articulador (De Niro) para tirar o foco disso. Os dois então entram em contato com um mega produtor de Hollywood (Hoffman) para confeccionar uma guerra de mentirinha e atrair toda a atenção do público e da mídia para isso. Esse foi o filme onde a atriz pôde demonstrar mais seu talento e versatilidade.

Seis Dias, Sete Noites (1998)

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Depois de ter estrelado o blockbuster Volcano – A Fúria, para a Fox, e ter entregue um dos melhores (quiçá o melhor) desempenhos de sua carreira em Mera Coincidência, da New Line, podemos apontar esta aventura de matinê à moda antiga como terceiro passo mais importante da carreira de Anne Heche. Aqui, a atriz descolava o papel protagonista numa superprodução da Disney (lançada através da subsidiária Touchstone Pictures) de US$70 milhões, dirigida pelo mesmo Ivan Reitman de Os Caça-Fantasmas. Como se não bastasse, Heche ainda teve a oportunidade de dividir a cena com o próprio Indiana Jones em pessoa, o astro Harrison Ford. Na trama, a atriz vive a fotógrafa de uma das maiores revistas de moda dos EUA, que está de férias numa ilha paradisíaca no Havaí. Então sua chefe a convence a voar até outra ilhota para um trabalho rápido, mas no processo ela termina caindo de avião no local com o piloto, interpretado por Ford. Assim, os dois vivem a aventura de suas vidas, enquanto enfrentam todo tipo de perigo e se apaixonam também.

Pela Vida de um Amigo (1998)

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No mesmo ano do blockbuster Seis Dias e Sete Noites, Anne Heche estrelaria um de seus filmes mais obscuros do período, apesar de ainda fazer parte da leva de seus grandes lançamentos dos anos 90. O drama sombrio, nu e cru, é na verdade a refilmagem de uma produção francesa chamada Force Majeure, de 1989. Na trama, três amigos interpretados por Vince Vaughn, Joaquin Phoenix e David Conrad estão de férias na Malásia. Seu paraíso começa a ruir quando a polícia local prende o personagem de Phoenix por posse de drogas – a política do país quanto a este tipo de crime é extremamente severa. Assim, dois anos depois, uma advogada, papel de Heche, encontra os outros dois amigos para lhes dar a triste notícia de que em oito dias seu amigo será executado, já que está condenado à pena de morte. Agora, eles precisam decidir se estão dispostos a assumir parte da culpa e encarar três anos de prisão para salvar a vida do amigo.

Psicose (1998)

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Último grande trabalho significativo da carreira de Anne Heche nos anos 90, essa foi uma superprodução muito badalada do período, mas também uma muito polêmica. Bancada pela Universal Pictures, como diz o título trata-se do remake do clássico atemporal do mestre Alfred Hitchcock. O original, um dos filmes mais adorados da história do cinema, é considerado um dos melhores longas de suspense e terror da sétima arte – todo filmado em preto e branco. A proposta do experimental e prestigiado Gus Van Sant foi repetir quase todos os mesmos ângulos e enquadramentos, adicionando apenas cor e mudando os intérpretes. Uma aposta corajosa e muito arriscada, que sem dúvidas deu o que falar na época. Repetindo a dobradinha com o colega Vince Vaughn, Heche ficou com o papel de Marion Crane, eternizado por Janet Leigh, enquanto o ator viveu o icônico Norman Bates. Completando o elenco, Julianne Moore e Viggo Mortensen. Apesar de nem de perto ter sido abraçado pelos amantes da sétima arte o grande público em geral como seu predecessor, esse foi um importante projeto do qual Anne Heche fez parte, obteve toda a confiança de um dos maiores estúdios de Hollywood, e pôde dar sua própria versão de uma obra emblemática.

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