sábado, abril 27, 2024

Assassinato, morte e tragédia! Conheça as histórias mais sombrias de Hollywood…

Recentemente, um incidente trágico que ocorreu no set de filmagens do longa-metragem americano Rust, dirigido por Joel Souza. Durante o intervalo das gravações que aconteciam no Novo México, em meio a um ensaio, o ator Alec Baldwin, protagonista e produtor do título, portava uma arma cenográfica que disparou contra a diretora de fotografia Halyna Hutchins e o diretor Joel Souza, como parte da encenação que filmariam em seguida – os dois simulavam os papéis dos atores. Não sabiam eles que a arma em questão estava municiada também com projeteis reais, segundo laudo técnico. O armeiro não percebeu a diferença das balas verdadeiras em relação às de festim que eram utilizadas.

O erro acabou tirando a vida de Halyna Hutchins, uma ucraniana de 42 anos, que estava realizada e vivendo um dos melhores momentos de sua carreira por trabalhar numa produção de Hollywood ao lado de grandes astros e profissionais.  

O fato ganhou contornos ainda mais sombrios quando descobriram a trama do filme, que se passa no Kansas em 1880 e conta a história de um garoto e seu avô que fogem da cidade após serem acusados de uma morte acidental (!). Além de ser o nome do protagonista, Rust é um filme de velho oeste que será (ou seria?) estrelado e produzido por Baldwin e que também tem no elenco os atores Jensen Ackles (Supernatural) e Travis Fimmel (Vikings).

Algo curioso a respeito das balas de festim, usadas ​​na indústria cinematográfica para simular a munição real, é que a maioria delas são essencialmente balas reais que foram modificadas. De acordo com informações do site da BBC, as balas atuais são feitas de cartuchos que consiste em uma cápsula contendo a dita pólvora propelente. Quando se atira com uma arma, ela acende o propelente e dispara o projétil preso na frente da cápsula.

Diferente das balas de festim que, em vez de usar um projétil de metal, contém materiais como algodão ou mesmo alguns papéis presos na frente. A utilização de armas cenográficas juntas às balas de festim traz uma autenticidade fiel às produções, obtendo assim não apenas um grande estrondo, mas também um recuo e o que é conhecido como o clarão do disparo, uma luz visível criada pela combustão da pólvora.

Contudo se engana quem pensa que este foi um caso isolado ou uma fatalidade rara e difícil de acontecer, pois, segundo dados divulgados pela Associated Press, entre os anos de 1990 a 2014 aconteceram cerca de 194 acidentes graves em sets de filmagens, apenas nos Estados Unidos, resultando na morte de 43 pessoas.

Um dos casos mais famosos, que também chocou o mundo, foi o marcante incidente com o ator Brandon Lee durante as filmagens de O Corvo, em 1993. Brandon foi atingido por um disparo feito pelo ator Michael Massee, onde o tiro também deveria ser de festim, mas, como no caso recente, uma das balas eram reais e isso foi o suficiente para tirar a vida do astro, que era filho de Bruce Lee. Após o ocorrido, Massee desenvolveu uma grave depressão e teve que dar uma pausa na carreira. Já o filme foi concluído por um dublê que assumiu o resto das cenas de Lee, com o diretor Alex Proyas utilizando vários efeitos visuais e técnicas de montagens.

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Aconteceram também diversos outros casos fatais que envolveram outras mortes acidentais e que se encaixam no risco que as produções de Hollywood impõem aos atores. Como no filme No Limite da Realidade, de 1983, onde Vic Morrow e mais dois atores mirins faziam uma cena em que precisavam fugir de um helicóptero que voava baixo. Devido uma estabilidade na aeronave, o piloto perdeu o controle e acabou deixando o helicóptero cair em cima dos três – que morreram na hora. Obviamente a equipe de produção do filme foi processada e os responsáveis julgados por homicídio culposo, sem intenção de matar.

Podemos também lembrar e lamentar outros casos fatais, como em Resident Evil 6: O Capítulo Final, onde o produtor Ricardo Cornelius, durante a gravação de uma cena, foi esmagado por um carro desgovernado. Cornelius não resistiu e faleceu. Ainda na mesma produção, a dublê de Milla Jovovich, Olivia Jackson, foi outro membro da equipe que também sofreu um grave acidente, que, felizmente não a matou, mas acabou decepando o seu braço esquerdo.

Batman O Cavaleiro das Trevas ficou marcado pela morte prematura de Heath Ledger, que aconteceu fora das filmagens, algo diferente do que ocorreu com o técnico de efeitos especiais Conway Wickliffe, que morreu devido a um acidente nas gravações do filme de Christopher Nolan. Conway, que estava numa 4×4, tentou escapar pela janela, mas acabou sendo esmagado contra uma árvore após o veículo se chocar com outro carro que vinha em alta velocidade.

Em Deadpool 2 a dublê de Zazie Beetz, Joi Harris, acabou morrendo após sofrer um acidente de moto durante as gravações do longa estrelado por Ryan Reynolds. Harris ainda foi socorrida, mas não resistiu ao acidente fatal. Na época foi divulgado amplamente pela imprensa que a dublê não tinha experiência em pilotar o tipo de moto utilizada nas filmagens. Um dia após o ocorrido, o dublê John Bernecker, que fazia entre outras cenas aquelas mais difíceis do protagonista Andrew Lincol em The Walking Dead, caiu da varanda de um edifício nas gravações da série da AMC e não resistiu aos ferimentos, falecendo pouco tempo depois.

Tivemos inúmeros casos ao longo dos anos e em produções famosas, como em Mercenários 2, que o dublê Kun Liu morreu após uma explosão; ou em Triplo X que o dublê Harry L. Connor faleceu quando era puxado por um barco a motor durante as filmagens. Mike Huber, integrante da equipe técnica de G.I. Joe: Retaliação, foi morto após um andaime hidráulico despencar sobre sua cabeça. Isso sem falar nas centenas de pessoas gravemente feridas em outros filmes, mesmo atores famosos passaram por isso, e exemplo de casos como o de Johnny Depp em O Cavaleiro Solitário, Nicole Kidman em Moulin Rouge, Tom Cruise em Missão Impossível Efeito Fallout, Harrison Ford em Star Wars, Brad Pitt em Seven, entre outros. Fica o alerta para Hollywood sobre o valor das vidas humanas.

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Wilker Medeiroshttps://www.youtube.com/imersaocultural
Wilker Medeiros, com passagem pela área de jornalismo, atuou em portais e podcasts como editor e crítico de cinema. Formou-se em cursos de Fotografia e Iluminação, Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica, Forma e Estilo do Cinema. Sempre foi apaixonado pela sétima arte e é um consumidor voraz de cultura pop.

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