Neste último domingo, 20 de julho, a artista e empresária Preta Gil faleceu aos cinquenta anos de idade em virtude de complicações contra um câncer reincidente.
Há alguns meses, a cantora e compositora subiu aos palcos com o pai, o lendário Gilberto Gil, para uma tocante apresentação que se sagraria como seu último.
Confira um trecho abaixo:
Que Preta Gil fique em paz. Lutou até o fim e amava a vida. Era uma pessoa cercada de amigos e partiu no dia do amigo. Força pra Gilberto Gil, que emocionou neste último show ao lado da filha, e dos familiares e amigos dessa pessoa tão querida por todos.pic.twitter.com/Dxbp7h2Hg3
— Sérgio Santos (@ZAMENZA) July 20, 2025
Preta nasceu em 8 de agosto de 1974, no Rio de Janeiro, e sempre utilizou sua plataforma para falar de temas bastante importantes, ainda mais tendo sido uma mulher preta e bissexual. Lutando contra o racismo, a LGBTQIAfobia e a gordofobia, a artista foi fortemente influenciada pelo movimento da Tropicália, do qual o pai participou à época da Ditadura Militar brasileira.
A performer fez sua estreia no cenário musical em 2003, com o lançamento de ‘Prêt-à Porter’. Desde então, lançou outros três álbuns de estúdio e eternizou canções como “Sinais de Fogo”, “Relax”, “Ser Diferente É Normal”, “Andaraí” e muitas outras.
Preta deixa seu filho Francisco Gil, conhecido como Fran, integrante do grupo Gilsons, formado ao lado de José Gil (filho de Gilberto Gil) e João Gil (neto).
Durante a luta contra o câncer, Preta manteve os fãs atualizados por meio das redes sociais, sendo inspiração por sua franqueza, otimismo e ativismo pela saúde das mulheres. Após se curar de um tumor no intestino, a performer descobriu uma reincidência do câncer em 2024, com a aparição de dois novos tumores, uma metástase e um nódulo. Logo depois, ela informou ao público que estava em tratamento.
Preta também buscou tratamento nos Estados Unidos, tendo revelado a seus fãs que “a quimioterapia que eu fiz lá no Brasil, ela não foi tão eficaz como os médicos esperavam e eu também. Então, a gente tem que buscar alternativas em países diferentes, com tipo de estudos diferentes, ensaios diferentes, ainda não publicados ou publicados, drogas que ainda não chegaram [ao] Brasil” através de um vídeo nas redes sociais.
Além da música, Preta era figura constante na televisão, nos carnavais e na cena empresarial — fundou a Bloco da Preta, um dos maiores blocos de rua do carnaval carioca, e era reconhecida pelo apoio a causas sociais e pelos projetos voltados ao empoderamento feminino.