sexta-feira, abril 26, 2024

Bridgerton | Quais as principais diferenças entre o livro e a nova série da Netflix?

Como parte de um novo acordo multimilionário com a Netflix, a aclamada realizadora Shonda Rhimes deu vida à aguardada adaptação ‘Bridgerton’, série baseada na saga de época homônima da autora best-seller Julia Quinn.

A série estreou na plataforma de streaming no último dia 25 de dezembro, fechando com chave de ouro um ano marcado por turbulências e pelo isolamento social. Aliás, a primeira temporada alcançou uma marca sólida de 94% de aprovação no Rotten Tomatoes, além de ganhar o coração do público e se tornar o segundo título mais visto da plataforma de streaming da última semana.

Entretanto, vale lembrar que, por se tratar de uma adaptação, nem tudo do apaixonante universo vitoriano arquitetado por Quinn entrou para o corte final. Por essa razão, listamos as principais diferenças entre os romances originais e a primeira temporada do show.

Confira abaixo:

O DESTINO DE MARINA THOMPSON

Marina Thompson (Ruby Barker) virou a família Featherington de cabeça para baixo ao chegar à Londres, mas a personagem não aparece na saga de romances até o quinto volume, ‘Para Sir Phillip, com Amor’. Na verdade, Marina tem uma trágica história que envolve a perda do amor e uma brutal tentativa de suicídio. A jovem foi a primeira esposa de Phillip Crane, interesse romântico de Eloise Bridgerton, e entrou em depressão após a morte do irmão mais velho de Phillip, com quem deveria ter se casado. Tentando se afogar em um lago no meio do inverno, Marina foi resgata por Phillip, mas sucumbiu à febre, falecendo e deixando para trás o marido e duas crianças.

Na série, Marina é uma construção totalmente diferente. Ela é uma prima distante dos Featheringtons que foi mandada do interior para a cidade por uma gravidez indesejada. Ela procura dar um fim ao filho que carrega ou até mesmo enganar um dos filhos da família Bridgerton para aceitá-la em matrimônio – mas as coisas não saem como o planejado. Ao menos ela ainda está envolvida com os irmãos Crane, apesar de uma forma completamente divergente.

UM ELENCO INFINITO

Grande parte dos protagonistas aparece nos livros de Quinn, é claro – mas Rhimes e o criador Chris Van Dusen resolveram acrescentar novas tramas à narrativa de época e criaram uma série de personagens que nem ao menos são citados nos romances.

Não deixe de assistir:

A cantora de ópera Siena Russo (Sabrina Bartlett), por exemplo, nunca foi mencionada nos livros. Na série, ela tem um papel de peso na ascensão e na queda de Anthony Bridgerton (Jonathan Bailey), criando uma afeição proibida com um visconde da alta socidade. Entretanto, Quinn originalmente a construiu como Maria Rosso, uma soprano que aparece apenas em algumas páginas do volume ‘O Visconde que me Amava’, apenas para despertar ciúmes na futura esposa de Anthony, Kate.

A Rainha Charlotte (Golda Rosheuvel) também foi acrescentada aos episódios. A monarca simplesmente não existe no panteão dos livros, apesar de ter sido uma pessoa real que comandou a Inglaterra e a Irlanda entre 1761 e 1818. A narcótica presença francesa da modista Genevieve Delacroix (Kathryn Drysdale) foi uma adição nova à adaptação, insurgindo como o interesse romântico proibido de Benedict (Luke Thompson), segundo filho mais velho dos Bridgertons.

DAPHNE & SIMON

Daphne Bridgerton (Phoebe Dynevor) e Simon Bassett (Regé-Jean Page), também conhecido como o Duque de Hastings, se conhecem pela primeira vez na série numa espécie de tirada austeniana, esbarrando acidentalmente em um belíssimo baile real e não se dando bem logo de cara, mas forjando uma parceria sem precedentes pouco depois.

Nos romances, as coisas são um pouco diferentes. Em ‘O Duque e Eu’, volume que abre a saga literária ‘Os Bridgertons’, Simon está apenas de tocaia no jardim enquanto Daphne rejeita a insuportável presença de Nigel Berbrooke, que insiste em ter a mão da jovem em casamento. Ele a ajuda depois que Daphne desfere um soco em Berbrooke quando ele tenta tomá-la a força (uma sequência que foi levada com alvoroço para o segundo episódio do show).

Mais do que isso, a dupla também carrega outras diferenças: nos livros de Quinn, Daphne está em sua segunda temporada de encontrar um marido e está bem nervosa sobre todo esse processo matrimonial; na série, a jovem faz sua estreia na high society e não parece ansiosa com toda a burocracia. Simon, por sua vez, não participa de nenhum torneio de boxe nas páginas originais, enquanto utiliza o esporte como meio de escape e de investimento na releitura da Netflix.

UM AFFAIR NADA ROMÂNTICO

Nos livros, Anthony não é nem metade do jovem superprotetor para com Daphne como demonstra na série. Na verdade, ele é parceiro da irmã mais nova e se une com ela para manter pretendentes indesejados bem longe de suas vistas – enquanto se transforma em um tóxico homem com ganas parentais.

Mais do que isso, Anthony é aliado da farsa criada por Daphne e Simon. A dupla, unindo-se para um bem comum, conta para Anthony sobre o pseudo-cortejo, levando-o a concordar com o arranjo sob três condições: que tudo permaneça em segredo; que Simon e Daphne não fiquem sozinhos em nenhum momento; e que, “se você sequer beijar a mão dela sem um acompanhante, vai ter a cabeça decepada”.

VOLTANDO DOS MORTOS

Ben Miller fez um trabalho esplêndido ao interpretar Lorde Featherington na primeira temporada de ‘Bridgerton’, acrescentando certas camadas de profundidade à família em questão e insurgindo como pivô de segredos chocantes. Ainda que sua aparição não tenha sido constante, o personagem foi uma adição interessante à gama de nobres da Londres vitoriana.

Entretanto, no primeiro livro de Quinn, Lorde Featherington já havia morrido. Na série, ele eventualmente encontra um destino familiar, conseguindo reaver todo o dinheiro perdido em apostas inescrupulosas antes de ser confrontado por dois mercenários que o envenenam em troca de manter o nome da família intacto.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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