domingo , 22 dezembro , 2024

‘Chucky’ | Conheça as histórias que inspiraram o ‘Boneco Assassino’

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Astro da mais nova série do Star+, Chucky, o Boneco Assassino, é um dos grandes ícones do terror Hollywoodiano. Criado em 1988 por Don Mancini, ele estreou no mesmo ano no filme Brinquedo Assassino. Na trama, o menino Andy (Alex Vincent) é filho de uma viúva que compra um boneco da linha Good Guys para o pequeno. O que ela não sabe é que o tal brinquedo estava possuído pelo espírito de um assassino em série que transferiu sua alma para o corpo de plástico em um ritual vodu. Assim, o Chucky (Brad Dourif) desperta sedento por sangue e vingança.



A morte de Charles Lee Ray acontece em uma loja de brinquedos, em Chicago, onde o assassino é traído por seu comparsa, Eddie Caputo (Neil Giuntoli), que foge desesperado sem ele, e acaba sendo baleado pelo Detetive Mike Norris (Chris Sarandon). Ao perceber que estava morrendo em decorrência dos tiros, possesso de raiva, Charles, na ausência de outras pessoas por perto, puxa um dos bonecos da linha Good Guys e começa o experimental ritual vodu de transferência de almas para que ele possa viver no corpinho de plástico do brinquedo, podendo assim continuar seu legado de mortes e concluir sua vingança contra o capanga traidor e o policial que o vitimou.

O criador do personagem, Don Mancini, revelou que a história do boneco foi baseada em um caso real que aconteceu na Flórida. Além disso, o próprio Charles Lee Ray foi inspirado em três assassinos famosos da história americana.

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A inspiração do nome do serial killer é a seguinte: “Charles” é uma referência a Charles Manson, o famoso assassino e líder de seita que aterrorizou os Estados Unidos na década de 1960. Seus seguidores cometeram furtos, assaltos e assassinatos que deveriam iniciar um guerra no país. A morte mais famosa foi a da atriz Sharon Tate.

O serial killer Charles Manson foi a inspiração principal para o nome da “alma por trás do boneco”.

O nome do meio, “Lee”, vem de Lee Harvey Oswald, um fuzileiro naval americano que se refugiou na União Soviética e retornou para os EUA nos anos 60, quando, segundo as investigações, planejou e executou o disparo que assassinou o presidente John F. Kennedy, rendendo um dos momentos históricos mais retratados nos filmes de Hollywood.

Apesar de ter negado o envolvimento no assassinato, Lee Harvey Oswald foi considerado culpado pelos investigadores.

E o “Ray” vem de James Earl Ray, o homem que atirou em Martin Luther King Jr., resultando na morte do pastor, ativista político, vencedor do Nobel da Paz e líder do movimento racial sem violência nos EUA. O assassino conseguiu evitar a cadeira elétrica, mas foi condenado a 99 anos de prisão, tendo morrido em 1998.

Apesar de ter confessado o crime, Ray passou anos na prisão alegando inocência.

Já a história do boneco em si é ainda mais macabra por ter sido inspirada em Robert, The Doll, um boneco de pano que tinha o tamanho de uma criança, feito pela Steiff Company, e vestia com as roupas de seu dono, o excêntrico artista plástico Robert Eugene Otto, que ganhou o boneco como presente de aniversário em 1904. Diz a história que ‘Gene’ e Robert eram inseparáveis, com o menino carregando o brinquedo para todo canto. Entretanto, os pais ouviam o menino conversando com a figura com duas vozes diferentes. Eles acreditavam ser o próprio Eugene atuando. Porém, o menino passou a ter pesadelos e sempre culpava o boneco quando alguns de seus pertences eram encontrados jogados pelo chão da casa.

Quando cresceu, Otto casou e herdou a antiga Artist House, na Flórida. Como tinha medo do boneco, a esposa pediu que o marido o guardasse em um cômodo separado. Então, começaram a surgir as histórias de crianças que viam o boneco andando sozinho pela casa e fazendo caras estranhas para elas pela janela. Em 1974, Otto faleceu. Dois anos depois foi a vez de sua esposa, fazendo com que a casa fosse comprada por Myrtle Reuter, que viveu lá por 20 anos. Nesse tempo, a mulher trancou o boneco no sótão, mas relatou ouvir passos e risos estranhos pela casa. Ela também afirmou que teria visto o brinquedo fazer cara de raiva quando falou mal do falecido Otto.

Em 1994, após afirmar que o boneco teria perseguido sua filha e torturado a própria Myrtle, a mulher o doou para o museu East Martello, alegando que o boneco era mal-assombrado e deveria ser guardado de uma forma que não conseguisse escapar. O museu não comprou muito a história, mas guardou a doação em um porão até conseguir expô-lo em uma caixa de vidro. Então, os visitantes da instituição passaram a visitá-lo com frequência. Anualmente, o museu recebe centenas de cartas com pedidos de desculpas ao boneco de turistas que afirmam terem sofrido acidentes de carro e assombrações nos pesadelos após tirarem sarro ou desrespeitarem o boneco. Além disso, o próprio museu passou a sugerir que os interessados devem se apresentar e pedir respeitosamente ao próprio brinquedo a permissão para tirar fotos.

Com o passar dos anos, as histórias acerca de Robert cresceram e ganharam várias versões. Algumas diziam que ele teria sido amaldiçoado com um tipo de vodu das Bahamas e que teria sido dado de presente a Otto por um menino que teria sido destratado por ele, enquanto outras dizem que além das aparições e risadas sinistras, Robert teria causado acidentes e infortúnios para quem cruzou seu caminho. Fato é que sua história rende frutos até hoje e agora o público pode ver seu “filho” mais notório, o Chucky, tocando o terror na série do Star+.

Os novos episódios de Chucky estreiam toda quarta-feira no Star+.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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Astro da mais nova série do Star+, Chucky, o Boneco Assassino, é um dos grandes ícones do terror Hollywoodiano. Criado em 1988 por Don Mancini, ele estreou no mesmo ano no filme Brinquedo Assassino. Na trama, o menino Andy (Alex Vincent) é filho de uma viúva que compra um boneco da linha Good Guys para o pequeno. O que ela não sabe é que o tal brinquedo estava possuído pelo espírito de um assassino em série que transferiu sua alma para o corpo de plástico em um ritual vodu. Assim, o Chucky (Brad Dourif) desperta sedento por sangue e vingança.

A morte de Charles Lee Ray acontece em uma loja de brinquedos, em Chicago, onde o assassino é traído por seu comparsa, Eddie Caputo (Neil Giuntoli), que foge desesperado sem ele, e acaba sendo baleado pelo Detetive Mike Norris (Chris Sarandon). Ao perceber que estava morrendo em decorrência dos tiros, possesso de raiva, Charles, na ausência de outras pessoas por perto, puxa um dos bonecos da linha Good Guys e começa o experimental ritual vodu de transferência de almas para que ele possa viver no corpinho de plástico do brinquedo, podendo assim continuar seu legado de mortes e concluir sua vingança contra o capanga traidor e o policial que o vitimou.

O criador do personagem, Don Mancini, revelou que a história do boneco foi baseada em um caso real que aconteceu na Flórida. Além disso, o próprio Charles Lee Ray foi inspirado em três assassinos famosos da história americana.

A inspiração do nome do serial killer é a seguinte: “Charles” é uma referência a Charles Manson, o famoso assassino e líder de seita que aterrorizou os Estados Unidos na década de 1960. Seus seguidores cometeram furtos, assaltos e assassinatos que deveriam iniciar um guerra no país. A morte mais famosa foi a da atriz Sharon Tate.

O serial killer Charles Manson foi a inspiração principal para o nome da “alma por trás do boneco”.

O nome do meio, “Lee”, vem de Lee Harvey Oswald, um fuzileiro naval americano que se refugiou na União Soviética e retornou para os EUA nos anos 60, quando, segundo as investigações, planejou e executou o disparo que assassinou o presidente John F. Kennedy, rendendo um dos momentos históricos mais retratados nos filmes de Hollywood.

Apesar de ter negado o envolvimento no assassinato, Lee Harvey Oswald foi considerado culpado pelos investigadores.

E o “Ray” vem de James Earl Ray, o homem que atirou em Martin Luther King Jr., resultando na morte do pastor, ativista político, vencedor do Nobel da Paz e líder do movimento racial sem violência nos EUA. O assassino conseguiu evitar a cadeira elétrica, mas foi condenado a 99 anos de prisão, tendo morrido em 1998.

Apesar de ter confessado o crime, Ray passou anos na prisão alegando inocência.

Já a história do boneco em si é ainda mais macabra por ter sido inspirada em Robert, The Doll, um boneco de pano que tinha o tamanho de uma criança, feito pela Steiff Company, e vestia com as roupas de seu dono, o excêntrico artista plástico Robert Eugene Otto, que ganhou o boneco como presente de aniversário em 1904. Diz a história que ‘Gene’ e Robert eram inseparáveis, com o menino carregando o brinquedo para todo canto. Entretanto, os pais ouviam o menino conversando com a figura com duas vozes diferentes. Eles acreditavam ser o próprio Eugene atuando. Porém, o menino passou a ter pesadelos e sempre culpava o boneco quando alguns de seus pertences eram encontrados jogados pelo chão da casa.

Quando cresceu, Otto casou e herdou a antiga Artist House, na Flórida. Como tinha medo do boneco, a esposa pediu que o marido o guardasse em um cômodo separado. Então, começaram a surgir as histórias de crianças que viam o boneco andando sozinho pela casa e fazendo caras estranhas para elas pela janela. Em 1974, Otto faleceu. Dois anos depois foi a vez de sua esposa, fazendo com que a casa fosse comprada por Myrtle Reuter, que viveu lá por 20 anos. Nesse tempo, a mulher trancou o boneco no sótão, mas relatou ouvir passos e risos estranhos pela casa. Ela também afirmou que teria visto o brinquedo fazer cara de raiva quando falou mal do falecido Otto.

Em 1994, após afirmar que o boneco teria perseguido sua filha e torturado a própria Myrtle, a mulher o doou para o museu East Martello, alegando que o boneco era mal-assombrado e deveria ser guardado de uma forma que não conseguisse escapar. O museu não comprou muito a história, mas guardou a doação em um porão até conseguir expô-lo em uma caixa de vidro. Então, os visitantes da instituição passaram a visitá-lo com frequência. Anualmente, o museu recebe centenas de cartas com pedidos de desculpas ao boneco de turistas que afirmam terem sofrido acidentes de carro e assombrações nos pesadelos após tirarem sarro ou desrespeitarem o boneco. Além disso, o próprio museu passou a sugerir que os interessados devem se apresentar e pedir respeitosamente ao próprio brinquedo a permissão para tirar fotos.

Com o passar dos anos, as histórias acerca de Robert cresceram e ganharam várias versões. Algumas diziam que ele teria sido amaldiçoado com um tipo de vodu das Bahamas e que teria sido dado de presente a Otto por um menino que teria sido destratado por ele, enquanto outras dizem que além das aparições e risadas sinistras, Robert teria causado acidentes e infortúnios para quem cruzou seu caminho. Fato é que sua história rende frutos até hoje e agora o público pode ver seu “filho” mais notório, o Chucky, tocando o terror na série do Star+.

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