quinta-feira, março 28, 2024

Cinco séries de TV LGBT que foram ao ar entre 1998 e 2010

Há pouco tempo começaram a surgir mais personagens LGBTs dentro das produções audiovisuais. Inclusive, é preciso citar a emissora norte-americana CW que, por mais que tenha alguns problemas técnicos em suas séries de TV, vem investindo cada vez mais quando o assunto é representatividade.

Hoje em dia muitos produtos seriados possuem ao menos um LGBT dentro da sua história por mais que nem sempre esses tenham tempo de tela suficiente. Entretanto, nem sempre foi desse jeito e algumas gerações precisaram esperar alguns anos para se verem em personagens fictícios. Portanto, trago essa lista com séries estreando entre 1998 e 2010 focada na comunidade LGBT. Vem conferir:

Will & Grace (1998-2006 | 2017-)

Criada por David Kohan (Partners) e Max Mutchnick (Good Morning, Miami), a série, que é considerada uma das mais queridas e melhores comédias norte-americanas, conta a história de Will Truman (Eric McCormack), um advogado assumidamente gay, e Grace Adler (Debra Messing), uma design de interiores hétero. Além dos protagonistas, a trama também conta com seus melhores amigos, o animado Jack McFarland (Sean Hayes) e a riquíssima Karen Walker (Megan Mullally).

Will & Grace: Nova Temporada – Primeiras Impressões

O roteiro de Will & Grace é uma quebra de paradigma para a época, afinal, ele traz uma comédia que não faz piadas de cunho ofensivo à comunidade LGBT. A ideia aqui é mostrar como é a vida dessas pessoas com um drama exagerado que se transforma em comédia. E é, de fato, divertidíssima e com um humor ácido pontual, que até mesmo os episódios mais antigos ainda se encaixam no mundo de hoje. Outro detalhe para se destacar é que a produção foi a primeira a mostrar um beijo entre dois homens dentro da TV norte-americana.

Queer as Folk (2000-2005)

Com Ron Cowen (AIDS, Aconteceu Comigo) e Daniel Lipman (Knots Landing) assumindo os papeis de criadores da versão norte-americana do canal Showtime, da série britânica de mesmo nome, aqui é possível acompanhar a vida de cinco homens gays de Pittsburgh. A narrativa entra também para o hall de quebras de paradigmas na televisão já que mostra personagens masculinos LGBTs em foco, em um drama que trabalha assuntos como drogas, sexo, amizade, amor e aventura.

Queer as Folk não só é um marco na TV realizando críticas a questões como direitos e no quesito que engloba problemas de saúde, como também deu abertura para que a Showtime, mais tarde, investisse em uma outra série com a mesma temática. E vamos combinar que é difícil não se apaixonar por seus personagens e querer saber mais deles uma vez que se comece a assistir.

The L Word (2004-2009)

Como dito no parágrafo anterior, a série de Cowen e Lipman deu abertura para que a Showtime investisse na famosa The L Word – que voltará com uma nova temporada mostrando as personagens 15 anos depois. Criada por Michele Abbott (Hector: Lost Souls with Switchblades), Ilene Chaiken (The Handmaid’s Tale) e Kathy Greenberg (Ratatouille), a produção mostra as vidas e os relacionamentos de um grupo fechado de mulheres LGBT vivendo em Los Angeles, e também de seus amigos e familiares que apoiam-nas ou as rejeitam.

Não deixe de assistir:

‘The L Word’ – Série foi e É um marco para o público feminino LGBT

A série de TV é um marco para a comunidade LGBT feminina e traz debates importantes à mesa como preconceito racial, homofobia, maternidade, inclusive, o tema transexualidade também é debatido em temporadas mais à frente. Um detalhe válido de se destacar é quando a narrativa explora a problemática dos estúdios em realizarem um filme com temática LGBT, algo muito comum na época. A trama teve uma series finale em aberto e agora abre caminho para que isso possa ser explorado no revival.

South of Nowhere (2005-2008)

Mais acima foram citados uma comédia e dois dramas com temática adulta, então, por qual razão não falar desta, que é um marco para o público adolescente numa época em que quase não se ouvia falar sobre sexualidade nas produções para esses espectadores?

South of Nowhere, infelizmente, nunca chegou ao Brasil, mas se você procurar direitinho, em sites internacionais, é possível encontrar os boxes de suas temporadas sendo vendidos. A série de TV criada por Tommy Lynch (The Other Kingdom) é pioneira quando o assunto é temática LGBT em roteiros voltados para os mais jovens. Aqui conhecemos a história da família Carlin que se muda de Ohio para Los Angeles e precisa lidar com uma realidade diferente do interior.

A protagonista Spencer (Gabrielle Christian), filha do casal Paula (Maeve Quinlan) e Arthur (Rob Moran), conhece Ashley Davies (Mandy Musgrave), uma jovem bissexual. A partir da rápida conexão com a mesma, a personagem de Christian começa a descobrir certos aspectos da sua sexualidade não antes pensados devido ao ambiente conservador em que vive. É interessante o desenvolvimento leve que a narrativa possui, além de abordar esse momento de descobrir a si, a trama também trata de assuntos como racismo e homofobia.

Lip Service (2010-2012)

Criada por Harriet Braun (Mistresses – versão britânica), o dramédia (drama + comédia) do canal BBC Three acompanha a vida romântica de três mulheres lésbicas vivendo em uma Glasgow contemporânea. Após dois anos vivendo e trabalhando em Nova York, Frankie (Ruta Gedmintas) retorna para sua cidade natal devido a uma morte na família e decide ficar para confrontar seus entes, a si mesma e também sua ex-namorada, Cat (Laura Fraser). A partir disso, as coisas começam a sair do controle.

A produção lembra a própria The L Word em alguns quesitos de criação, sendo um desses a personagem Frankie, que remete muito a Shane McCutcheon, interpretada por Katherine Moennig. Contudo, elas se diferenciam no ritmo da história apresentada e em quesitos de dramaturgia, já que esta tem um clima mais leve e uma abordagem não tão dramática quanto a vista na série norte-americana da Showtime. Lip Service também é considerada uma quebra de paradigma para o público britânico.

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E vocês, lembram de alguma outra série deste período com temática LGBT? Se sim, é só citar nos comentários!

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