terça-feira , 4 março , 2025
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Crítica | Ouija: O Jogo dos Espíritos

Eu Sei quem Você Contatou Espiritualmente no Verão Passado

Ouija: O Jogo dos Espíritos é um filme de terror genérico, que traz apenas má reputação para o já avariado e marginalizado gênero. Isso não é grande surpresa. O que causa espanto é saber que a obra é o primeiro filme da Hasbro, empresa de brinquedos responsável por produtos como Transformers, Comandos em Ação (G.I. Joe) e Batalha Naval (Battleship). A fabricante de brinquedo aventura-se agora como produtora de cinema. Mas não apenas isso, Ouija serve como lançamento do novo produto da empresa mirado para as crianças.

Ao assistirmos ao filme o pensamento que fica é o de que alguém estava muito desesperado, deve ser demitido, ou ambos. Imagine dar para seu filho ou sobrinho uma tábua de comunicação com espíritos. Mesmo que você e sua família não acreditem nisso, não deixa de ser algo de péssimo gosto. E a campanha de marketing vinculada ao filme também não faz um bom serviço de merchandising, afinal pessoas são mortas das piores maneiras imagináveis após utilizarem o artefato.

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Na trama, amigos de infância brincam com a tábua do além-vida. Na fase adulta, Debbie (Shelley Hennig) volta a se aventurar pelo sobrenatural e sozinha tentar a comunicação com os espíritos. No entanto, tudo o que atrai é coisa ruim. A cena de abertura traz um impactante momento, que é o ponto alto do filme, para os fãs de terror e suspense. Pena que isso some apenas uns três minutos iniciais. Depois Ouija recai nos inúmeros clichês do gênero, e chega a ser divertido contá-los. Filmes assim servem mais como jogos entre amigos do que como entretenimento nas telas.

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São sustos fáceis, nos quais o que conta é o som alto em momentos chave. Personagens que saem de trás de portas e das sombras de forma despropositada. Sentimos o desconforto desses jovens atores desconhecidos ao terem que emular as mesmas situações de quinhentos outros filmes ruins. Aqui ainda temos espaço para reflexões juvenis sobre a vida e morte, quando personagens ponderam sobre sua existência após a morte de um colega. Tudo é claro com a profundidade de um pires, com uma filosofia existencialista digna de boteco.

Também ganhamos frases célebres. -“It´s an Old house”, diz um personagem sobre um barulho que ouviu no andar de cima, bem na hora da sessão espírita. Um forte argumento é que os personagens em filmes de terror são tão idiotas que merecem morrer. Pra onde foram os jovens espertos, que sabiam estar num filme de terror, do final da década de 1990? Ou melhor, aonde foram parar tais roteiros, que ao invés de tratar a audiência da mesma forma que seus personagens, brincavam com tudo dando novo sabor. Outro forte argumento é que esta é uma produção de Michael Bay…, bem este argumento fala por si só.

Crítica 2 | O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos

Um por todos e todos por um

Para os fãs da série do Anel criada por Tolkien, qualquer crítica de um dos (agora) seis filmes é redundante. Para eles, assim como para fãs fervorosos em geral, qualquer palavra contra seu objeto de afeto não merece crédito. Então, este texto não é para você “Tolkienmaníaco”, mas sim para todos os outros que não se deixam levar apenas pela emoção. Não que eu vá achincalhar a obra transformada em mais um filme do diretor Peter Jackson, este é apenas um olhar mais distanciado, de alguém que não necessariamente é fã da saga.

A trilogia original de Jackson, no entanto, parecia mais adulta, digna e urgente. O impacto foi tanto, já que era a volta por cima do gênero da fantasia (seguido pelos musicais), que até mesmo a Academia se curvava indicando os três filmes ao prêmio máximo do cinema. A nova trilogia não teve esse aval de prestígio, somente os muitos bilhões de dólares em caixa. Na verdade, pode-se dizer que a segunda trilogia é considerada por muitos um grande caça-níquel.

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Baseada não apenas no menor dos livros, mas em anotações extras do escritor, a trilogia do Hobbit foi, a partir do primeiro filme, mais infantil, ingênua e mais artificial. A coisa engatou mesmo no segundo exemplar, apresentando talvez um dos astros da série, o Dragão Smaug, voz de Benedict Cumberbatch. Quem for esperando um desfecho que envolva a temível criatura, irá se desapontar, digamos apenas isso. Explorando o filão do 3D, Peter Jackson nos leva, talvez pela última vez, por mais uma incursão na Terra Média.

O início é eletrizante, com o combate ao dragão. Depois, A Batalha dos Cinco Exércitos se desenvolve estranhamente em um drama psicológico, envolvendo um dos maiores pecados capitais, a ganância. Ela consome o líder dos anões, Thorin Escudo de Carvalho, interpretado por Richard Armitage (do prazer culposo No Olho do Tornado). Esse é o momento de maior destaque da obra, um forte estudo de personagem e situações. A Oscarizada Cate Blanchett aparece num momento chave eletrizante, ao lado do nonagenário Christopher Lee e de Hugo Weaving. Existe também muito fan service aqui, ligando esta trilogia com a amada trilogia do Anel. Os fãs irão adorar.

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Orlando Bloom e Evangeline Lilly dão sequência ao seu arco dramático, envolvendo um triângulo amoroso com o anão Kili (Aidan Turner). O desfecho desta subtrama é interessante e amargo. O novo Hobbit é o mais curto da saga, o que não quer dizer muito. Com duas horas e vinte minutos, o filme poderia ser mais podado e enxuto. As cenas de ação e batalhas se excedem, dando aos escolados exatamente o que querem, porém, alienando todo resto do público com intermináveis combates.

Como resultado, A Batalha dos Cinco Exércitos sobressai ao bonitinho e aguado primeiro Hobbit, no entanto, fica abaixo do vivo e perspicaz segundo episódio. Talvez só um pouco abaixo. Com um visual de cair o queixo, o fim da saga de Jackson deverá conquistar indicações de efeitos no próximo Oscar. E para finalizar, alguém poderia nos comentários abaixo explicar o porque do título, já que contamos apenas quatro exércitos (dos anões, dos humanos, dos elfos e dos orcs).

Crítica | Mommy

Intenso e questionador

Com apenas 25 anos de idade, o cineasta canadense Xavier Dolan tem currículo de gente grande, e não apenas no que se refere à quantidade e qualidade, já que todos os seus trabalhos foram elogiados e premiados, mas por ser uma figura multifacetada, assinando inúmeras funções. Além de produzir e dirigir, o sujeito escreve, monta, cuida do figurino e seleciona as canções presentes nos filmes – e de quase sempre protagoniza-los. Seu cinema é preocupado em apontar peculiaridades, desde conflitos familiares (Eu Matei a Minha Mãe) e relações humanas (Amores Imaginários) a questionamentos sobre o amor (Laurence Anyways) e a dor da culpa (Tom à la ferme).

Em seu mais novo longa, Momy, que foi um dos destaques da 67ª edição do Festival de Cannes, sendo ovacionado pelo público e levando o Prêmio Júri, Dolan nos entrega a obra mais forte e madura de sua carreira. Apesar de se apresentar como uma ficção científica – onde vemos um Canadá que através da lei permite que os pais internem filhos mais problemáticos, sem qualquer restrição -, o filme trata de temas bem reais e delicados, como, novamente, a convivência colidente entre mãe e filho e o fato de arcar com responsabilidades que surgem como verdadeiros carmas, digamos assim.

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No primeiro ato vemos a dura e contagiante relação entre os personagens Diane ‘Die’ Després (Dorval) e Steve Després (Pilon), que brigam incansavelmente, mas momentos depois estão trocando carinhos; soltam xingamentos pesados e ao mesmo tempo elogios tocantes. A moderna e estreita convivência familiar, por si, já abre margem para um interessante debate, onde vemos uma senhora alertar: você não deveria tratar sua mãe dessa maneira, garoto. A reação instantânea é ainda mais curiosa. Mas será mesmo que respeito está ligado a tratamento formal? Socialmente, somos ensinados que sim, entretanto, vemos casos que contradizem tal lógica.

Ignoremos isso e entendamos que estamos diante de um caso particular, já que, visivelmente, o garoto tem problemas crônicos de hiperatividade. Como lidar então com a cátedra de cuidar e viver bem nesta situação? Será o amor a grande formula que irá empalidecer todos os demais problemas físicos e psicológicos, e fazer com que a caminhada siga incessantemente? Mas se existe uma opção que parece lógica e correta, pelo menos na visão da sociedade e do governo, por que não recorrer a ela e livrar-se de uma vez por todas do entrave? Qual é o limite real dos nossos sentimentos, até onde aguentamos e o que é certo e errado? São essas e outras indagações que permeiam a fita e nos faz repensar concepções.

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Possuindo a razão de aspecto 1:1, logo percebemos a ideia do formato, pois isso é transposto não só em linguagem e alegoria, mas no que os personagens transmitem e a história emite. Falta espaço, tudo é restrito, até mesmo os pensamentos, o vazio lateral expressa ainda mais o buraco daquele universo, e quando este é tapado, somos presenteados com uma das cenas mais líricas que surgiu no cinema esse ano, ao som de Wonderwall do Oasis. O significado de liberdade é impresso poeticamente. A cristalina e fulgente fotografia do sempre ótimo André Turpin é a cereja do bolo, por conferir intensa energia e dar o clímax final.

Vale também destacar os atores que, sem exceções, passam veracidade em seus papéis. Anne Dorval, que tinha estrelado o primeiro longa do diretor, volta a viver uma forte figura materna, e é mesmo de se imaginar que Dolan tenha visto nela a personagem Die. O jovem Antoine-Olivier Pilon é um monstro quando está em tela, muito espontâneo, parece sempre improvisar. Suzanne Clément também é parceira de longa data de Xavier, sua Kyle diz muito sobre o poder que a família Després é capaz de passar, a misteriosa gagueira que detém (ou impossibilidade de expressão) logo é curada quando começa a se envolver com ambos.

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Momy impacta e emociona, questiona e nos faz refletir, é excepcional e mantem assim o bom nível de Xavier Dolan, aparecendo como uma das grandes joias engendradas em 2014. Obtém êxito tanto no ponto de vista temático, quanto estético, já que as ferramentas cinematográficas utilizadas são muitas, apesar de pontuais. É um filme que, provavelmente e felizmente, ainda será discutido ao passar dos anos.

Crítica | O Hobbit – A Batalha dos Cinco Exércitos

Sensação de dever cumprido

Durante todo tempo que aguardávamos o lançamento dessa nova trilogia tolkieniana de Peter Jackson, vimos muitas reclamações referente à duração e divisão fílmica, isso, principalmente, por ser sabido que a adaptação em três longas-metragens trata-se na verdade de apenas um livro de tamanho médio e proposta simples. É bem verdade que todos eles, sem exceção, mostram-se prolixos e suas intenções são absolutamente diferentes do conto original. Por outro lado, podemos enxergar algo positivo nesse aspecto.

Caso fosse uma transposição literal teríamos um esquemático filme caça-ao-tesouro, que provavelmente traria aventura e divertiria pelo carisma dos personagens, o que não é ruim. No entanto, temos agora (muito) mais que isso. Jackson e companhia transformaram o troço num épico gigantesco, em produção e substância. Introduziram vários elementos mitológicos da Terra Média, trouxeram novas tramas e desafios mais temíveis, ou seja, enriqueceram a história e deixaram-na ainda mais interessante, pelo menos em conteúdo.

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Essa terceira e última parte tem como intento focar nas batalhas. São inúmeras e extensas tomadas de muita ação, realizadas com precisão e ainda levando certo peso dramático, já construído nos títulos anteriores. Com um aparato técnico impressionante e possuindo o poder máximo dos efeitos gráficos e práticos – que vão de gigantescos cenários internos e externos a centenas diferentes vestimentas com minuciosos detalhes -, a equipe constrói uma enorme zona de guerra e transporta o espectador para aquele ambiente hostil. Como não citar também a cidade sendo devastada pelas chamas de Smaug, potencializada pelo desespero dos habitantes. O dragão é novamente interpretado por Benedict Cumberbatch, que quase sussurrando expressa a personalidade maliciosa e arrogante do monstro.

Por falar em personagens, de toda saga do Anel, o Bilbo de Martin Freeman certamente será uma das figuras mais lembradas. O carisma, as gags e as sacadas do ator são impagáveis. Aqui, em determinado momento, é exigido seu lado dramático, e este se entrega por inteiro. O ladrão Baggins vai deixar saudades. Richard Armitage talvez seja o grande destaque de fita, já que Thorin protagoniza e também vilaniza tal volume. Evangeline Lilly e Orlando Bloom têm aqui mais tempo de tela e não desperdiçam, são eficientíssimos. Bem como o veterano Ian McKellen e seu eternizado Gandalf. Somente Cate Blanchett parece exagerar nas caras e bocas de Galadriel.

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Pouco menor que os dois primeiros, o filme, no contexto geral, ainda parece inchado, já que a narrativa de Jackson, como foi já dito, aposta basicamente em seguidos combates, muitas vezes deixando de lado o desenvolvimento da trama, causando certa impaciência no público. No entanto, como sempre traz uma ou outra tomada chocante, entre as elipses, não chega a ser enfadonho como Uma Jornada Inesperada (2012). O ritmo é mais semelhante a seu outro irmão, A Desolação de Smaug (2013), que também depende de aventura e trilha sonora para alicerce. Howard Shore é hábil por aproveitar e mesclar as canções das duas trilogias. Andrew Lesnie dá o retoque final, sua fotografia confere uma estética luxuosa ao design de produção.

Afinal, se formos então somar os pontos negativos e positivos da saga do Hobbit, no cinema, veremos que o troço foi bem mais produtivo. Além de trazer novamente o clima da saga do Anel – gerando debates e aumentando a fanbase -, apresentar novos personagens que ficarão marcados na cultura pop e explanar ainda mais o universo da Terra Média, do ponto de vista temático e visual, a trilogia é um deleite. O diretor diz ser seu último trabalho baseado na obra de J. R. R. Tolkien, mas quem sabe a saudade não bate e junto a figurões como Guillermo del Toro, não vemos O Silmarillion sair do papel. Um seriado seria uma boa pedida, não acham?

2ª temporada de ‘True Detective’ terá o cantor Rick Springfield

O cantor e compositor australiano Rick Springfield anunciou no Twitter que estará na segunda temporada de ‘True Detective’.

“Acabei de encerrar o meu primeiro dia de filmagem. Que ótimo roteiro! Trabalhei com Colin Farrell e Rachel McAdams!”, escreveu hoje no microblog.

A HBO ainda não divulgou informações sobre o personagem de Springfield.

Recentemente, o ator/músico terminou de rodar sua participação no filme ‘Rick and the Flash’, que traz Meryl Streep como uma roqueira.

Colin Farrell, Vince Vaughn e Taylor Kitsch serão os protagonistas do segundo ano de ‘True Detective

Na nova temporada, três policiais e um criminoso terão que lidar com uma rede de conspiração em torno de um assassinato. Farrell interpretará Ray Velcoro, um detetive comprometido cuja lealdade está dividida entre seus chefes em um departamento de polícia corrupto e a máfia da qual ele recebe dinheiro. Vaughn será Frank Semyon, um criminoso que corre o risco de perder todo império quando sua intenção de começar um novo e legítimo negócio é abalada pelo assassinato de seu sócio.

Dentre os novos integrantes do elenco, Rachel McAdams vai interpretar Ani Bezzerides, uma detetive do Condado de Ventura cuja ética inflexível irá colocá-la em desacordo com os colegas e o sistema para o qual trabalha. Kitsch será Paul Woodrugh, um veterano de guerra e oficial da patrulha de estradas da Califórnia que vive fugindo de um passado difícil e da repercussão de um escândalo que nunca aconteceu. Já Kelly Reilly interpreta Jordan, a esposa de Frank Semyon, uma ex-atriz que é sócia do marido nos negócios e o apoia totalmente em seus projetos e ambições.

Criada por Nic Pizzolatto, que também assina o roteiro, a segunda temporada já começou a ser produzida na Califórnia. Os dois primeiros episódios – que compõem um total de oito, cada um com uma hora de duração – serão dirigidos por Justin Lin.

True Detective‘ já tem previsão para retornar nos EUA. A segunda temporada do hit estreará no próximo verão americano, entre junho e agosto de 2015. As filmagens começam entre setembro e novembro, na Califórnia.

Indicada a 12 Emmys este ano, ‘True Detective‘ se tornou a série mais assistida do canal norte-americano desde a primeira temporada de ‘Six Feet Under‘, que teve em média 11,4 milhões de espectadores quando foi ao ar em 2001. Cada episódio de ‘True Detective‘ teve uma média de 2 milhões de espectadores.

Harrison Ford diz que ‘Blade Runner 2’ tem o melhor roteiro que já leu

Enquanto promove o épico ‘Exôdo: Deuses e Reis’, o diretor Ridley Scott também vem falando sobre seus vindouros projetos, como ‘Prometheus 2’ (leia aqui) e a sequência de ‘Blade Runner’.

À MTV, o cineasta contou que Harrison Ford já deu uma olhada no roteiro de ‘Blade Runner 2’ e que o ator considera o melhor script que já leu na vida.

“Harrison e eu nos damos muito bem. Eu enviei o script para ele e ele me disse: ‘Isso é a melhor coisa que eu já li’.”

Scott justificou ainda a produção da sequência que, segundo ele, terá influências do longa original.

“É muito relevante [para o roteiro] o que aconteceu no primeiro filme. Eu não estou fazendo uma sequência apenas pelas cenas de ação e para ver o quão longe podemos ir nos efeitos especiais. Com ‘Blade Runner’, de alguma forma nós exploramos um futuro bem verossímil, e agora é muito difícil mudar isso [no segundo filme] por causa de toda a influência que o original exerceu.”

Recentemente, Scott declarou que não voltaria para dirigir ‘Blade Runner 2, mas ele pode ter mudado de ideia. Em entrevista ao Yahoo, o cineasta disse que está sendo difícil passar o bastão para outro diretor e que pode voltar atrás na sua decisão.

“O roteiro é muito, muito bom. Muito bom mesmo. Não sei que diretor queremos, mas é algo difícil de decidir, pois é algo muito pessoal. ‘Blade Runner’ talvez seja um dos trabalhos mais pessoais que fiz. Foi tão desgastante e cheguei a dizer que não tentaria novamente. Mas aqui estamos. E o filme está lá, esperando para ser rodado.”

Independente se assumirá ou não a direção, o cineasta disse que continuará envolvido com a sequência como produtor – Scott também dividiu a autoria do script com Hampton Fancher, roteirista do longa original.

Segundo ele, o filme vai ser dividido em “três grandes atos” e girar em torno das buscas por Rick Deckard, personagem de Harrison Ford, que só vai aparecer no último ato. As filmagens começam em 2015.

Não foram revelados os motivos iniciais para Scott ter abandonado a direção de ‘Blade Runner 2’, mas tudo aponta para sua ocupada agenda – o diretor vai rodar a seguir ‘The Martian’, ficção científica com Matt Damon, e na sequência a continuação de ‘Prometheus’.

O novo ‘Blade Runner’ se passará décadas após o primeiro. A história foi adaptada do romance ‘O Caçador de Androides’ (Do Androids Dream of Electric Sheep?), de Phillip K. Dick.

Lançado em 1982, o longa foi dirigido por Ridley Scott. Além de ser um dos filmes mais cultuados da história, ‘Blade Runner‘ foi indicado aos Oscars de Melhor Direção de Arte e Melhores Efeitos Visuais.

‘Star Wars’ empurra ‘Kung Fu Panda 3’ para 2016

A DreamWorks Animation adiou em três meses o lançamento de ‘Kung Fu Panda 3’.

Programada para sair em 23 de dezembro de 2015, a animação agora chegará aos cinemas em 18 de março de 2016. Segundo a Variety, o estúdio decidiu empurrar a estreia do filme para evitar a concorrência com ‘Star Wars: O Despertar da Força’, que sairá em 18 de dezembro.

Angelina Jolie volta a dublar a Tigresa e Jack Black empresta sua voz novamente para o panda Po, o animal mais tranqüilo do Vale da Paz. Seth Rogen também retorna ao elenco de vozes como o Louva-a-Deus. Bryan Cranston (da série ‘Breaking Bad’), Rebel Wilson (‘Quatro amigas e um Casamento’) e Mads Mikkelsen (‘A Caça’) são as novas adições.

Jonathan Aibel (‘Alvin e os Esquilos 2’) e Glenn Berger (‘Monstros vs. Alienígenas’) são os roteiristas. A direção é de Jennifer Yuh, que comandou o filme anterior.

Os dois primeiros ‘Kung Fu Panda‘ arrecadaram US$ 1,2 bilhão mundialmente.

Ator de ‘Jornada nas Estrelas’ se candidata à direção de ‘Star Trek 3’

Com a demissão de Roberto Orci, o cargo de diretor de ‘Star Trek 3’ ficou aberto, mas candidatos já começam a surgir.

Um deles é o ator/diretor Jonathan Frakes, intérprete do Comandante William T. Riker na série ‘Jornada nas Estrelas: A Nova Geração’ (1987-1994). Ele vem fazendo campanha nos bastidores para assumir a franquia de J.J. Abrams.

Em entrevista ao Komo News Radio (via Latino Review), Frakes disse que ele contactou o próprio Abrams para pedir o cargo, enquanto seu agente foi diretamente no estúdio Paramount tentar fechar um acordo.

“Estou de olho [na vaga]. Eu adoraria ter esse trabalho. Eu digo descaradamente que serei um ótimo diretor e amaria fazer isso.”

Frakes tem experiência de sobra no assunto: dirigiu oito episódios da série que estrelou, três de ‘Jornada nas Estrelas: Deep Space Nine’ e três de ‘Jornada nas Estrelas: Voyager’, além de ter comandado dois filmes da saga – ‘Jornada nas Estrelas: Primeiro Contato’ (1996) e ‘Jornada nas Estrelas: Insurreição’ (1998).

Apesar dos seus esforços, Frakes admite que é improvável ser escolhido para substituir Orci e Abrams, mas não quer perder as esperanças.

“Estou tentando manter meu entusiasmo sobre a possibilidade [de dirigir ‘Star Trek 3’], mesmo sabendo ser um longo tiro no escuro. Mas não há nada que eu gostaria mais do que isso.”

Segundo o Deadline, no momento a Paramount visa o diretor Edgar Wright (‘Scott Pilgrim Contra o Mundo’) para o cargo.

Coroteirista da franquia, Orci também fez uma enorme campanha para conquistar o cargo de diretor de ‘Star Trek 3‘, apesar do estúdio ter inicialmente ficado receoso em deixar a direção do blockbuster com um novato. Esta seria a estreia de Orci na função.

“Em [Além da Escuridão] eles partiram finalmente para onde a série original começou. Os dois primeiros filmes – especialmente o [Star Trek] de 2009 – eram uma história de origem. Era sobre eles se unindo. Assim, eles não eram aqueles personagens que estavam na série original. Eles foram crescendo dentro deles e isso continuou no segundo filme. Então, neste filme eles estão mais próximos do que são na série de TV que você conhece. Eles partiram em uma missão de cinco anos. Então a aventura vai ser no espaço profundo”, afirmou o diretor.

John Cho diz que ‘Star Trek 3’ vai “explodir as cabeças das pessoas”

Star Trek 3‘ promoverá ainda uma reunião histórica entre William Shatner e Leonard Nimoy, as versões originais de Capitão Kirk e Spock, marcando a nova parceria dos atores desde ‘Jornada nas Estrelas VI – A Terra Desconhecida‘ (1991) – saiba detalhes sobre esse reencontro.

Chris Pine, Zachary Quinto e Zoë Saldana, os principais astros da franquia, vão retornar.

O novo ‘Star Trek‘ será parcialmente rodado na cidade de Seul, na Coreia do Sul, na primeira metade de 2015. Recentemente, o coroteirista e diretor Roberto Orci disse que a primeira versão do roteiro estava pronta. Ele e sua equipe esperam iniciar a produção do filme entre março e junho de 2015.

Especula-se que a Paramount agendará o lançamento de Star Trek 3′ para 2016, ano em que a série ‘Jornada nas Estrelas’ completa seu 50º aniversário.

Conheça os indicados ao Globo de Ouro 2015

Foram anunciados na manhã desta quinta-feira (11) os indicados à edição 2015 do Globo de Ouro, considerado o maior termômetro para o Oscar.

Na categoria cinema, ‘Birdman’ lidera com 7 indicações, seguido de ‘Boyhood’ e ‘O Jogo da Imitação’, cada um com 5.

Em televisão, ‘Fargo’ é o recordista com 7 indicações, incluindo a de Melhor Minissérie.

Tina Fey e Amy Poehler, apresentadoras da edição deste ano, retornam ao comando da cerimônia em 2015, que será realizada em 11 de janeiro, com transmissão simultânea no Brasil pelo canal TNT.

Confira a lista completa de indicados:

TV

Melhor Série Dramática

The Affair
Downton Abbey
Game of Thrones
The Good Wife
House of Cards

Melhor Série de Comédia

Girls
Jane the Virgin
Orange Is the New Black
Silicon Valley
Transparent

Melhor Ator em Série Dramática

Clive Owen – The Knick
Liev Schreiber – Ray Donovan
Kevin Spacey – House of Cards
James Spader – The Blacklist
Dominic West – The Affair

Melhor Atriz em Série Dramática

Claire Danes – Homeland
Viola Davis – How to Get Away with Murder
Julianna Margulies – The Good Wife
Ruth Wilson – The Affair
Robin Wright – House of Cards

Melhor Ator em Série Cômica

Don Cheadle – House of Lies
Ricky Gervais – Derek
Jeffrey Tambor – Transparent
Louis C.K. – Louie
William H. Macy – Shameless

Melhor Atriz em Série Cômica

Lena Dunham – Girls
Edie Falco – Nurse Jackie
Gina Rodriguez – Jane the Virgin
Julia Louis Dreyfuss – Veep
Taylor Schilling – Orange Is the New Black

Melhor Ator em Minissérie ou Telefilme

Martin Freeman – Fargo
Woody Harrelson – True Detective
Matthew McConaughey – True Detective
Mark Ruffalo – The Normal Heart
Billy Bob Thornton – Fargo

Melhor Atriz em Minissérie ou Telefilme

Maggie Gyllenhaal – The Honorable Woman
Jessica Lange – American Horror Story: Freak Show
Frances McDormand – Olive Kitteridge
Frances O’Connor – The Missing
Allison Tolman – Fargo

Melhor Ator Coadjuvante em Série, Minissérie ou Telefilme

Matt Bomer – The Normal Heart
Alan Cumming – The Good Wife
Colin Hanks – Fargo
Bill Murray – Olive Kitteridge
Jon Voight – Ray Donovan

Melhor Atriz Coadjuvante em Série, Minissérie ou Telefilme

Uzo Aduba – Orange Is the New Black
Kathy Bates – American Horror Story: Freak Show
Johane Frogat – Downton Abbey
Allison Janney – Mom
Michelle Monaghan – True Detective

Melhor Minissérie ou Telefilme

Fargo
The Missing
True Detective
The Normal Heart
Olive Kitteridge

CINEMA

Melhor Filme Dramático

Boyhood
Foxcatcher
O Jogo da Imitação
Selma
A Teoria de Tudo

Melhor Filme de Comédia ou Musical

Birdman
O Grande Hotel Budapeste
Caminhos da Floresta
Pride
Um Santo Vizinho

Melhor Diretor

Wes Anderson – O Grande Hotel Budapeste
Ava DuVernay – Selma
David Fincher – Garota Exemplar
Alejandro González Iñárritu – Birdman
Richard Linklater – Boyhood

Melhor Ator em Filme Dramático

Steve Carell – Foxcatcher
Benedict Cumberbatch – O Jogo da Imitação
Jake Gyllenhaal – O Abutre
David Oyelowo – Selma
Eddie Redmayne – A Teoria de Tudo

Melhor Atriz em Filme Dramático

Jennifer Aniston – Cake
Felicity Jones – A Teoria de Tudo
Julianne Moore – Para Sempre Alice
Rosamund Pike – Garota Exemplar
Reese Witherspoon – Livre

Melhor Ator em Filme de Comédia ou Musical

Ralph Fiennes – O Grande Hotel Budapeste
Michael Keaton – Birdman
Bill Murray – Um Santo Vizinho
Joaquin Phoenix – Vício Inerente
Christoph Waltz – Grandes Olhos

Melhor Atriz em Filme de Comédia ou Musical

Amy Adams – Grandes Olhos
Emily Blunt – Caminhos da Floresta
Helen Mirren – A 100 Passos de Um Sonho
Julianne Moore – Para Sempre Alice
Quvenzhané Wallis – Annie

Melhor Ator Coadjuvante

Robert Duvall – O Juíz
Ethan Hawke – Boyhood
Edward Norton – Birdman
Mark Ruffalo – Foxcatcher
J.K. Simmons – Whiplash

Melhor Atriz Coadjuvante

Patricia Arquette – Boyhood
Jessica Chastain – O Ano Mais Violento
Keira Knightley – O Jogo da Imitação
Emma Stone – Birdman
Meryl Streep – Caminhos da Floresta

Melhor Roteiro

O Grande Hotel Budapeste
Garota Exemplar
Birdman
Boyhood
O Jogo da Imitação

Melhor Animação

Operação Big Hero 6
Festa no Céu
Os Boxtrolls
Como Treinar o Seu Dragão 2
Uma Aventura LEGO

Melhor Canção Original

Big Eyes – Grandes Olhos (Lana Del Ray)
Glory – Selma (John Legend, COmmon)
Mercy Is – Noé (Patty SMith, Lenny kaye)
Opportunity – Annie
Yellow Flicker Beat – Jogos Vorazes: A Esperança – Pt I (Lorde)

Melhor Trilha Sonora

O Jogo da Imitação
A Teoria de Tudo
Garota Exemplar
Birdman
Interestelar

Melhor Filme Estrangeiro

Force Majeure Turist (Suécia)
Gett: The Trial of Viviane Amsalem Gett (Israel)
Ida (Polónia/Dinamarca)
Leviathan (Rússia)
Tangerines Mandariinid (Estónia)

Ancine quer exterminar ‘Jogos Vorazes: A Esperança’ e blockbusters predatórios

A Agência Nacional de Cinema (Ancine) se reuniu na tarde de ontem (10/11) no Rio de Janeiro para decidir sobre uma lei que regulamenta o limite de estreia de blockbusters em salas de cinema do Brasil.

A discussão começou com a estreia de ‘Jogos Vorazes: A Esperança — Parte 1‘ em 1.300 salas de cinema no país, 46% do total de complexos cinematográficos.

Em entrevista à Folha de São Paulo, Manoel Rangel, presidente da Ancine, revelou trata-se de uma ocupação “predatória” que destrói a concorrência e é desleal com filmes independentes e de orçamento menor.

“Não somos contra os grandes lançamentos, mas contra os lançamentos predatórios, que são os que ocupam muitas telas em poucos complexos. Esses grandes lançamentos têm uma importância para movimentar o mercado, mas o que não pode ocorrer é um lançamento predatório. Quando um filme é lançado em mais de 1.300 salas, como ‘Jogos Vorazes’ele está expulsando outros, homogeneizando a oferta e acabando com a diversidade. O espectador que encontrar apenas um título em quase 50% das salas desiste. É menos ingresso sendo vendido e redução o hábito do cinema.”, afirmou.

A Ancine planeja limitar a estreia de grandes filmes a uma porcentagem menor de salas de cinema, para aumentar a concorrência, como acontece nos cinemas na França.

A ação também ajudará as produções nacionais. Em 2013, 120 estreias de filmes brasileiros renderam 26 milhões de ingressos vendidos, um novo recorde. Foi o maior número de ingressos vendidos desde a Retomada, que começou em 1995 com ‘Carlota Joaquina – A Princesa do Brasil‘, de Carla Camurati.

Com o sucesso, Rangel e a ministra da Cultura, Marta Suplicy, anunciaram a criação de novas linhas de investimento do Fundo Setorial do Audiovisual – FSA.

A operação, que contará com recursos da ordem de R$ 400 milhões, é uma ação sem precedentes na política pública para o setor audiovisual brasileiro. O montante disponibilizado equivale à soma dos valores oferecidos nas quatro convocatórias anteriores do fundo voltadas para a produção e comercialização de filmes e séries para a TV.

“Com esta medida daremos visibilidade e maior destaque à importância estratégica que este segmento da produção audiovisual brasileira sempre teve para o Fundo Setorial do Audiovisual e para a cinematografia brasileira”, afirmou Manoel Rangel.