terça-feira , 4 março , 2025
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“Fomos arrogantes em planejar duas sequências”, diz produtor de ‘Independence Day’

Inicialmente, o plano do diretor Roland Emmerich e do produtor Dean Devlin era rodar de uma vez só duas sequências de ’Independence Day’, mas recentemente a Fox aprovou a produção de apenas uma continuação.

Em entrevista ao Nerd Report, Devlin explicou os motivos para a mudança de planos da franquia.

“Nós decidimos fazer ‘Independence 2’ primeiro para ter a certeza de que as pessoas gostarão do que estamos fazendo. Se funcionar, vamos continuar com o divertido mundo que planejamos. Eu e Roland queremos sentir se as pessoas ainda têm interesse pela história 20 anos depois [do longa original]. Nós fomos um pouco arrogantes de pensar em fazer dois filmes ao mesmo tempo.”

O produtor também falou sobre a recusa de Will Smith em retornar para ’Independence Day 2’.

“Não sei quais foram os motivos para Will decidir não voltar. É melhor perguntar isso para ele. Mas acho que ele realmente considerou voltar. Tivemos vários encontros com Will, mas no final ele achou que não seria legal para ele.”

A aguardada continuação começará a ser filmada em maio do próximo ano para um lançamento em 24 de junho de 2014, exatamente quase 20 anos depois da estreia do longa original.

Roland Emmerich, diretor do original, produzirá o segundo filme e está prestes a fechar contrato para retornar à direção.

Escrito originalmente por James Vanderbilt (‘O Espetacular Homem-Aranha’), Emmerich e Dean Devlin, o roteiro de ‘Independence Day 2’ não agradou a Fox, que contratou Carter Blanchard (do inédito ‘Spy Hunter’) para trabalhar numa nova versão. Vanderbilt havia escrito dois textos: um com a presença de Will Smith, e outro sem.

Smith não aceitou retornar para a produção, após ter pedido um alto salário (especula-se US$ 60 milhões). Já os atores Bill Pullman e Jeff Goldblum devem voltam.

Depois de diretor, ‘O Corvo’ pode perder protagonista

Segue turbulento os bastidores da nova versão aos cinemas de ’O Corvo’.

Após a saída do diretor F. Javier Gutiérrez, anunciada ontem, o filme agora corre o risco de perder seu protagonista, Luke Evans. Questionado pelo Den of Geek se continua ligado ao projeto, o ator disse que tem outras prioridades no momento.

“Não. Neste momento, ‘O Corvo’ não é pra mim. Tenho certeza de que o filme vai seguir adiante em algum momento, mas eu tenho outros projetos que receberam sinal verde e estão prontos [para ser rodados], projetos dos quais estou muito interessado em fazer. Então, eu não posso esperar por muito tempo [as filmagens de ‘O Corvo’]”, disse Evans.

O estreante Corin Hardy é o novo diretor contratado para substituir Gutiérrez. Hardy foi indicado pelo cineasta Edgar Wright (‘Scott Pilgrim Contra o Mundo’) e Gutiérrez abandonou o posto para dirigir ‘O Chamado 3’.

James O’Barr, o criador de ‘O Corvo‘, comentou em recente entrevista sobre os planos para a nova versão cinematográfica do personagem. Segundo ele, o recomeço da franquia não está sendo tratado como um remakeleia mais.

“Não estamos refilmando o longa original. Nós estamos readaptando o livro. Tem o ‘Drácula’ de Bela Lugosi e tem o ‘Drácula’ de Francis Ford Coppola. Eles usam o mesmo material, mas são dois filmes completamente diferentes. O novo [‘O Corvo’] será mais próximo de um ‘Taxi Driver’ ou de um filme de John Woo, e acho que há espaço para as duas coisas. Parte do charme dos quadrinhos de ‘O Corvo’, no final das contas, é que eles podem contar muitas histórias diferentes.”

O artista revelou também que, além de servir como consultor criativo, ainda controla a trilha sonora do longa.

Luke Evans, astro de ‘Drácula – A História Nunca Contada‘ e do vindouro ‘O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos‘, estrela a nova adaptação de ‘O Corvo‘ como o roqueiro Eric, que é assassinado ao tentar salvar sua noiva de malfeitores.

 Norman Reedus, que interpreta Daryl Dixon na série ‘The Walking Dead‘, será James – personagem foi criado especialmente para o filme.

Ed Pressman, produtor do longa original que retorna para o reboot, definiu o novo ‘O Corvo‘ como “um anti-Homem-Aranha” e afirmou que, apesar da longa gestação do filme, o personagem “continua tendo uma base fiel de fãs”.

O Corvo‘ é baseado na história em quadrinhos criada por Jams O´Barr na década de 1980, e levada aos cinemas pela primeira vez em 1994.

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As Aventuras de Paddington

(Paddington)

 

Elenco:

Nicole Kidman, Peter Capaldi, Sally Hawkins, Hugh Bonneville, Julie Walters, Jim Broadbent, Matt Lucas, Ancuta Breaban, Samuel Joslin.

Direção: Paul King

Gênero: Comédia, Família

Duração: 95 min.

Distribuidora: Diamond Pictures

Orçamento: US$ 50 milhões

Estreia: 04 de Dezembro de 2014

Sinopse:

Baseado em série literária voltada para o público infantil escrita por Michael Bond, o ursinho falante chega do Peru e é detido na estação de mesmo nome em Londres. Perseguido por uma perversa taxidermista, ele recebe abrigo e carinho de uma boa família e inicia sua busca pelo explorador que inspirara sua tia anos antes.

 

Curiosidades:

» Colin Firth abandonou o elenco de ‘Paddington‘, fantasia britânica produzida por David Heyman, da franquia ‘Harry Potter‘. Ele, que iria dublar o ursinho protagonista, anunciou que se demitiu do projeto quando viu que o urso criado em CGI não tinha a sua voz. “Depois de um período de negação, nós escolhemos uma ‘separação amigável’. Tem sido agridoce ver esta criatura maravilhosa tomar vida e chegar à triste conclusão de que ele simplesmente não tem a minha voz. Eu tive a alegria de ver a maior parte do filme e ele vai ser muito maravilhoso. Ainda me sinto bastante protetor deste urso e eu estou incomodando a todos com sugestões para encontrar uma voz digna para ele”, afirmou.

Crítica:

As Aventuras de Paddington, por Pablo Bazarello (Nota: 7,5)

 

Trailer:

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Cartazes:

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Fotos:

Brincante

(Brincante)

 

Elenco: Antonio Nóbrega, Rosane Almeida

Direção: Walter Carvalho

Gênero: Documentário

Duração: 93 min.

Distribuidora: Espaço Filmes/Gullane

Orçamento: R$ — milhões

Estreia: 4 de Dezembro de 2014

Sinopse: 

Um olhar lírico sobre o universo de Antonio Nóbrega. O trabalho de uma vida que se caracteriza pela consistente leitura da cultura popular. Um espetáculo em que todos os elementos da nossa cultura se misturam. A viagem musical e visual é guiada pelos personagens João Sidurino e Rosalina, das peças Brincante e Segundas Histórias. ​

Curiosidades: 

» Foi exibido no Festival do Rio 2014.

 

Trailer:

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Cartazes:

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Fotos:

 

Michael Kohlhaas – Justiça e Honra

(Age of Uprising – The Legend of Michael Kohlhaas)

 

Elenco: Mads Mikkelsen, Bruno Ganz, Mélusine Mayance, Delphine Chuillot

Direção: Arnaud des Pallières

Gênero: Drama, Épico

Duração: 122 min.

Distribuidora: H2O

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 4 de Dezembro de 2014

Sinopse: 

No século XVI, em algum lugar em Cévennes, Michael Kohlhaas, um próspero comerciante de cavalos, leva uma vida familiar confortável e feliz. Vítima de uma injustiça, este homem justo e honesto levanta um exército e saqueia cidades para restaurar seu direito.

Curiosidades: 

» Rodado na Alemanha, mas falada em francês.

» Nova adaptação do personagem literário criado por Heinrich von Kleist há 200 anos.

» Michael Kohlhaas já ganhou outras três versões cinematográficas.

» Durante seu laboratório para o filme, Mads Mikkelsen viveu entre os animais e aprendeu francês.

» O longa foi selecionado na competição oficial do Festival de Cannes em 2013.

 

Trailer:

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Los Nobles – Quando os Ricos Quebram a Cara

(Nosotros Los Nobles)

 

Elenco: Gonzalo Vega, Karla Souza, Luis Gerardo Méndez

Direção: Gary Alazraki

Gênero: Comédia

Duração: 108 min.

Distribuidora: Tucuman

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 4 de Dezembro de 2014

Sinopse: 

O poderoso empresário Germán Noble descobre que seus três filhos estão gastando dinheiro de forma descontrolada e são completamente irresponsáveis. Barbara fica noiva de um gigolô de 40 anos de idade, Javi negligencia os negócios da família em troca de suas próprias idéias, e Cha foi expulso da faculdade após ser pego fazendo sexo com uma professora. Então, Germán arma um grande plano para dar aos filhos uma lição antes que seja tarde demais: fingir que sua empresa faliu e que a família está sendo procurada pela polícia. Sem o luxo e o dinheiro com o qual estão acostumados, agora os três jovens terão que aprender a se virar e fazer algo que eles nunca pensavam em fazer: trabalhar.

Curiosidades: 

» Rodado no México.

» Foi o segundo filme mais visto da história do México, com 7,5 milhões de espectadores.

» Após o sucesso, a Netflix encomendou uma série que vai continuar as histórias dos personagens.

 

Trailer:

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Fotos:

 

Crítica | Canção para Marion

E se acontecer de você vir a garota mais bonita do mundo? Cante para ela! Explodindo carisma e alegria, principalmente do elenco da terceira idade, chega aos cinemas nesta quinta-feira (04.12.14), um dos projetos mais legais do ano, o drama com pitadas cômicas Canção para Marion. A simpatia e a alegria de todos no coral vão gerar lindos sorrisos na maioria dos espectadores. O filme trata de um tema duro, denso, complicado mas a história se desenrola de maneira tão doce e amável que chega bem forte em nossos corações

Entre um cigarrinho e outro, o ranzinza Arthur (Terrence Stamp) vive com sua mulher Marion (Vanessa Redgrave) em uma casa simples num bairro afastado do grande centro. Marion possui uma doença terminal e a única alegria que possui em seus melancólicos dias é cantar e se reunir com o coral da cidade, repleto de outros carismáticos velhinhos. Arthur, a acompanha em todos os ensaios mas faz questão de ser antipático com todos. Quando Marion falece, Arthur começa a tentar se reconstruir com a ajuda de todos que conhecem sua dolorosa história.

Terrence Stamp e seu Arthur, e a eterna dama Vanessa Redgrave e sua Marion possuem uma sintonia afiada em todas as cenas deste belo projeto. Para complementar e ser o chantilly dessa deliciosa história, Gemma Arterton e sua delicada personagem Elisabeth dão o toque, o elo, que a trama necessitava, deixando essa fita bem mais especial. Há carisma em todos os curtos 90 minutos de fita, os diálogos são profundos, as músicas emocionantes. O filme ainda tem o mérito de colocar os artistas para cantar e isso aparecer no filme, diferente do medroso filme de Dustin Hoffman, O Quarteto.

Dentro de nossos corações, alguém sempre vai comandar a festa, vai se unir com nossos sonhos, vai nos fazer crescer e a cada dia que passa vamos desejar nunca nos separarmos. Esse filme retrata bem isso, a reconstrução que o amor pode fazer na vida de uma pessoa. Você não pode perder!

Crítica | Quero Matar Meu Chefe 2

Quero Sequestrar Meu Quase Parceiro Profissional

Nem todo sucesso no cinema precisa de uma continuação. É muito difícil Hollywood aprender essa lição, ainda mais atualmente, com a notória e patológica falta de originalidade. Mas isto não é um artifício utilizado apenas pela maior indústria de cinema do mundo. As continuações muitas vezes são exigidas pelo público, querendo ver suas histórias preferidas continuarem. Por outro lado, muitas sequências surgem sem necessidade ou exigência do espectador.

Obviamente é onde se encaixa este Quero Matar Meu Chefe 2, cuja existência explica-se apenas pelo fator financeiro, do desejo de capitalizar em cima de um sucesso moderado de 2011. A ideia do primeiro filme até era legal, misturando elementos de Como Eliminar Seu Chefe (1980) e Pacto Sinistro (1951) de Alfred Hitchcock. O filme trazia três amigos sofrendo com os mandos e desmandos de seus empregadores, e como pano de fundo apresentava o subtexto da crise econômica americana, na qual ficar desempregado é quase cometer suicídio.

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Além da química entre os três protagonistas (Jason Bateman, Jason Sudeikis e Charlie Day), o que chamava atenção de forma positiva na comédia original era a subversão de algumas personalidades. O galã Colin Farrell, por exemplo, trajava uma caracterização a la Tom Cruise em Trovão Tropical , e a namoradinha da América Jennifer Aniston interpreta uma ninfomaníaca da pior espécie. Tais elementos se mostraram curiosos e deram apoio ao resultado final.

A continuação já começa errada em seu título. Dessa vez, o trio decide iniciar seu próprio negócio. Para isso criam um produto revolucionário, um chuveiro que jorra xampu e condicionador em seu usuário. Tudo o que eles precisam agora é de um investidor, alguém que compre sua ideia e a distribua, enquanto fabricam os pedidos aos montes. E eles encontram, na forma de pai e filho figurões. Christoph Waltz (Django Livre) e Chris Pine (Star Trek – Além da Escuridão) são os novos tratantes, que precisam ser “eliminados” depois de prejudicar os protagonistas.

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O plano agora não é assassinato, mas sequestro. A situação é impulsionada quando o herdeiro do império (Pine) decide colaborar com os infratores inexperientes para destronar o pai. Embora desnecessárias para a trama, o filme reutiliza as presenças de Jennifer Aniston como a dentista Julia, Jamie Foxx como o pseudo-criminoso “Ferra-Mãe” e Kevin Spacey como o encarcerado Harken. Para a sequência, tais personalidades não iriam ficar de fora do filão, apesar de apenas reprisarem gags e ideias recicladas do original.

Aliás, reciclagem é a palavra de ordem aqui. Quero Matar Meu Chefe 2 é uma repetição desavergonhada do original, que espreme toda a graça e o mínimo de diversão presentes do original. Aqui o roteiro investe pesado na idiotice de seus personagens (em especial Sudeikis e Day, que parecem não dar uma dentro) e no humor cansado, como a comédia visual na cena de abertura, na qual através do chuveiro vemos pelas sombras um ato impróprio mal interpretado. Humor datado lá de 2002, com Austin Powers em O Homem do Membro de Ouro.

Crítica | As Aventuras de Paddington

Criação do britânico Michael Bond ganha um gracioso filme em live-action

A primeira aparição do ursinho Paddington foi em 1958. Criado pelo inglês Michael Bond, o personagem se tornou sucesso em seu país, protagonizando uma série de livros infantis. Você muito provavelmente, mesmo que não tenha se dado conta, já deve ter visto a imagem do ursinho de chapéu e casaco de chuva (muito útil, já que suas aventuras se passam na chuvosa Londres). O longa-metragem do simpático ursinho é uma coprodução entre França e Reino Unido.

O curioso é que a campanha de marketing para a divulgação da obra infantil quase saiu pela culatra. O público (em parte os chamados trolls da internet) achou a imagem do ursinho parado encarando, de roupa, chapéu e mala, muito creepy (ou perturbadora) e começou a vender essa ideia. Logo, o ursinho virou um meme, que ao invés de impulsionar sua imagem fofa e inocente, trazia a criaturinha ao lado de massacres e vilões assustadores, tudo para enfatizar sua qualidade desconcertante.

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O resultado do filme, no entanto, não poderia ser mais oposto. A figura de Paddington nos conquista imediatamente. No filme, conhecemos a origem do ursinho nas florestas do Peru, vivendo ao lado da tia Lucy (voz de Imelda Staunton no original) e do tio Pastuzo (voz de Michael Gambon no original). Já o protagonista recebe a dublagem de Ben Whishaw no original e de Danilo Gentili na versão brasileira. Após um acidente, que destrói os sonhos da família se mudar para Londres, o pequeno animal falante precisa viajar sozinho.

Chegando à fria cidade inglesa, o bichinho é tratado como um imigrante pedinte e desabrigado, um dos interessantes paralelos traçados pela obra. As Aventuras de Paddington é um filme infantil com diversas referências espertas o suficiente para trazer sorriso ao rosto dos pais, sem que estes fiquem checando o relógio de tempos em tempos. Não chega a ter a dinâmica a jato de Uma Aventura Lego, tampouco é bobinnho e vazio como Os Smurfs.

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São diversas gags visuais, trocadilhos e tiradas permeando os 95 minutos de exibição. Sozinho na estação de trem londrina, cujo nome serve para seu batismo humano, o urso conquista a família Brown. Levado inicialmente para passar apenas uma noite, a presença do peludo protagonista vai cativando um a um todos os membros desta irregular família. Obviamente, em seu todo, As Aventuras de Paddington possui uma estrutura muito familiar, que remete ao clássico oitentista E.T. – O Extraterrestre. Ou seja, a trama da criatura que chega para preencher uma lacuna ou ajustar uma estrutura.

É nas entrelinhas que o filme ganha, assim como todos que não utilizam a originalidade no roteiro, mas sim a criatividade. Paddington entrega momentos para a criançada, com o ursinho aprontando todas, igualmente satisfazendo os mais velhos com inúmeros detalhes em sua produção, como uma ótima direção de arte, efeitos de qualidade, e atuações mais empenhadas do que esperaríamos para um filme como este. Dentre as quais destacam-se as de Hugh Bonneville (da série Downton Abbey) como o severo e bonachão patriarca Sr. Brown, Julie Walters (Mamma Mia!) como a desmiolada Sra. Bird, e a estrela Nicole Kidman, no papel da eficiente vilã Millicent. Sally Hawkins (indicada ao Oscar por Blue Jasmine) e Jim Broadbent (vencedor do Oscar por Iris) completam o elenco.

Crítica | Caçada Mortal

Liam Neeson volta para o seu chute no traseiro semestral

Liam Neeson é um ator irlandês profissional, treinado por uma companhia de teatro, indicado ao Oscar em 1994 por A Lista de Schindler. Após trabalhos sérios e dramas de época, foi descoberto pela cultura pop (ou redescoberto, se levarmos em conta sua primeira investida com Darkman, em 1990) em Star Wars: A Ameaça Fantasma (1999) e A Casa Amaldiçoada (1999), culminando em Batman Begins (2005). Porém, foi em 2008, aos 56 anos, que Neeson se tornaria um dos mais eficientes protagonistas da atualidade para filmes de ação e suspense comercial.

Foi com Busca Implacável, um dos melhores do pacote, que o ator patenteou seu caminho como o herói (muitas vezes o anti-herói) que todos queríamos ao lado na hora em que “o caldo engrossa”. Na época, sua participação no thriller recheado de adrenalina, produzido por Luc Besson, soou fora de lugar. Hoje, estamos acostumados e felizes em ganhar o exemplar semestral, que traz Neeson distribuindo muitos sopapos. Embora seus personagens em tais filmes não difiram muito um do outro, os roteiros fazem questão de nos surpreender com reviravoltas e situações recheadas de tensão e ação.

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Neste repertório, temos os eficientes Desconhecido (2011), A Perseguição (2012) e o recente Sem Escalas (2014), todos fazendo uso dos principais elementos de filmes assim, grande diversão e forte valor de entretenimento. Neeson já precisou sobreviver às adversidades na natureza gelada, perdeu a memória, teve a identidade roubada e ficou preso num voo comercial com um psicopata. Agora, o durão e novo ator-personagem está do lado oposto da lei, na companhia de criminosos e assassinos em série.

Baseado no livro de Lawrence Block, o ator vive Matt Scudder, policial alcoólatra envolvido numa tragédia durante uma investida contra criminosos. Após a desgraça, o protagonista ganha a vida com serviços particulares, o que o leva diretamente até seu novo caso envolvendo um rico traficante. O sujeito teve a esposa sequestrada e assassinada, e somente Neeson pode encontrar os verdadeiros culpados, já que sua fama o precede.

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Caçada Mortal é meio noir, meio drama e thriller. Possui um teor único em relação aos outros filmes do ator no gênero. É mais cru e realístico, utilizando cenas de violência semi explícitas. Psicopatas trabalham na área, sequestrando, torturando e matando as mulheres ou familiares de criminosos. Ao contrário dos outros da lista recente do ator, o filme quase não utiliza as esperadas cenas de ação, perseguição de carros e tiroteios. Como dito, Caçada Mortal é mais intimista e enquadra-se como suspense investigativo.

A direção é de Scott Frank, do elogiado O Vigia (2007), com Joseph Gordon-Levitt. Embora banhando na estrutura dos clichês do gênero, Caçada Mortal funciona bem na criação do clima e na preparação do que está por vir. Como um satisfatório faroeste, o roteiro vai plantando durante toda a projeção o que personagens de lados opostos em uma disputa são capazes de fazer, para que no final, quando finalmente ganharmos o anunciado embate entre grandes forças em colisão, as apostas sejam muito altas.