quinta-feira , 14 novembro , 2024

Como ‘Aquaman’ deixou de ser uma piada e se tornou um herói respeitado

Aquaman foi motivo de piada por muito tempo. O Rei de Atlântida sempre foi muito conhecido pelo público-geral, tal qual personagens da DC como Superman, Batman, Mulher Maravilha e Flash, porém, passava longe de ser o super-herói preferido dos fãs dos quadrinhos e desenhos. Mesmo sendo extremamente poderoso, suas habilidades eram pouco valorizadas.

Alguns motivos contribuíram para isso. Como exemplo, o desenho Superamigos (Superfriends, no original, lançado em 1973), que tinha um tom mais leve, humorístico e que colocava o personagem em situações cômicas em relação a seus poderes, de certa forma o ridicularizando – como a habilidade de falar com os peixes e como ele conduzia, explorada de modo sarcástico.



Além disso, a Cartoon Network, que exibia o citado desenho animado, fazia alguns mini-blocos em sua programação utilizando piadas com o Aquaman. Uma espécie de “bullying” com o personagem. Tudo isso contribuiu para que ele virasse motivo de chacota por muito tempo.

Como o nicho de quem lia HQ’s era muito pequeno e a grande referência do público geral era aquilo com um melhor acesso – os desenhos na TV – todo o senso comum definia aquela versão do Superamigos como a oficial de Arthur Curry.  Enquanto isso, os bons quadrinhos dos arcos Maré Americana, Tempo e Maré, a Busca por Mera e A Morte de um Príncipe eram publicadas sem conseguir alcançar o espectador médio.

No início dos anos 2000, outro desenho da DC chegou à televisão e fez um enorme sucesso: A Liga da Justiça, que provavelmente você já assistiu no SBT. Em um tom mais sério e fiel ao material original, as HQ’s, todos os heróis foram muito bem representados, inclusive o Aquaman, porém, ele apareceu em poucos episódios, fazendo com que não fosse o suficiente para o público mudar completamente sua visão em relação a ele. Mas foi um começo.

Apesar dos quadrinhos não atingirem uma parcela grande dos fãs de super-heróis, foi na HQ que foi fortalecida uma reviravolta em termos de popularidade e respeito ao personagem. Em setembro de 2011, a DC Comics lançou Os Novos 52, dando assim um reboot em toda a sua linha editorial, tornando possível novos fãs passarem a acompanhar religiosamente os arcos desde o início.

Nesta reformulação, Aquaman foi apresentado em um tom muito mais sério e imponente. Muitas de suas ações se passavam fora d’água, dando assim um fim à falácia de que o herói é inútil sem o mar em volta. Uma das demonstrações de seu poder foi a luta contra o Superman.

O grande responsável por esse trabalho de conseguir trazer a popularidade para Aquaman foi Geoff Johns, autor de 23 edições do personagem nos Novos 52. Os arcos foram elogiados pelo público, que chegou a romper a barreira do nicho de fã de quadrinhos e trouxeram holofotes a Arthur. Ele já não era mais uma piada para muita gente.

Na mesma época, em 2015, a DC, que sempre foi excelente em animações, lançou Liga da Justiça: O Trono de Atlântida e reforçou ainda mais a nova imagem de Curry. Aos poucos, o respeito voltava.

Nos quadrinhos e nas animações o trabalho já estava feito, mas faltava algo: uma mídia que atingisse um público enorme, independentemente de serem fãs e/ou conhecedores do herói – o cinema.

E então chegou o filme da Liga da Justiça (2017). Era importante que Aquaman não voltasse a ser uma piada, sua aparência deveria ser imponente. Pensando nisso, Jason Momoa foi uma excelente escolha dentro deste contexto. Mesmo visualmente não sendo tão fiel ao personagem, o fato de sua imagem estar ligada a alguém muito forte era o mais importante.

Há prós e contras no papel de Momoa no filme. Como positivo, sua personalidade rock’n roll fez com que os espectadores gostassem do personagem. O negativo é que aparentemente o Aquaman do DC Universe nada mais é do que um extremo do jeito de ser do próprio ator. De todo modo, foi aprovado pelo público geral e consolidou o super-herói como alguém legal, um personagem que é digno de respeito e não de piadas.

No dia 13 de dezembro, chega ao Brasil o filme-solo do Rei de Atlântida. O trailer deu a esperança de um bom filme e fez com que crescesse a expectativa dos fãs. Após o turbulento início do Universo DC nos cinemas, parece que Aquaman será bem avaliado, assim como Mulher-Maravilha (2017) fez.

Ainda que o filme não atenda às expectativas e decepcione, o fato é que agora tudo mudou. Aquaman, sim, é um bom personagem, um bom super-herói. A longa piada agora já não existe mais.

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Alguns motivos contribuíram para isso. Como exemplo, o desenho Superamigos (Superfriends, no original, lançado em 1973), que tinha um tom mais leve, humorístico e que colocava o personagem em situações cômicas em relação a seus poderes, de certa forma o ridicularizando – como a habilidade de falar com os peixes e como ele conduzia, explorada de modo sarcástico.

Além disso, a Cartoon Network, que exibia o citado desenho animado, fazia alguns mini-blocos em sua programação utilizando piadas com o Aquaman. Uma espécie de “bullying” com o personagem. Tudo isso contribuiu para que ele virasse motivo de chacota por muito tempo.

Como o nicho de quem lia HQ’s era muito pequeno e a grande referência do público geral era aquilo com um melhor acesso – os desenhos na TV – todo o senso comum definia aquela versão do Superamigos como a oficial de Arthur Curry.  Enquanto isso, os bons quadrinhos dos arcos Maré Americana, Tempo e Maré, a Busca por Mera e A Morte de um Príncipe eram publicadas sem conseguir alcançar o espectador médio.

No início dos anos 2000, outro desenho da DC chegou à televisão e fez um enorme sucesso: A Liga da Justiça, que provavelmente você já assistiu no SBT. Em um tom mais sério e fiel ao material original, as HQ’s, todos os heróis foram muito bem representados, inclusive o Aquaman, porém, ele apareceu em poucos episódios, fazendo com que não fosse o suficiente para o público mudar completamente sua visão em relação a ele. Mas foi um começo.

Apesar dos quadrinhos não atingirem uma parcela grande dos fãs de super-heróis, foi na HQ que foi fortalecida uma reviravolta em termos de popularidade e respeito ao personagem. Em setembro de 2011, a DC Comics lançou Os Novos 52, dando assim um reboot em toda a sua linha editorial, tornando possível novos fãs passarem a acompanhar religiosamente os arcos desde o início.

Nesta reformulação, Aquaman foi apresentado em um tom muito mais sério e imponente. Muitas de suas ações se passavam fora d’água, dando assim um fim à falácia de que o herói é inútil sem o mar em volta. Uma das demonstrações de seu poder foi a luta contra o Superman.

O grande responsável por esse trabalho de conseguir trazer a popularidade para Aquaman foi Geoff Johns, autor de 23 edições do personagem nos Novos 52. Os arcos foram elogiados pelo público, que chegou a romper a barreira do nicho de fã de quadrinhos e trouxeram holofotes a Arthur. Ele já não era mais uma piada para muita gente.

Na mesma época, em 2015, a DC, que sempre foi excelente em animações, lançou Liga da Justiça: O Trono de Atlântida e reforçou ainda mais a nova imagem de Curry. Aos poucos, o respeito voltava.

Nos quadrinhos e nas animações o trabalho já estava feito, mas faltava algo: uma mídia que atingisse um público enorme, independentemente de serem fãs e/ou conhecedores do herói – o cinema.

E então chegou o filme da Liga da Justiça (2017). Era importante que Aquaman não voltasse a ser uma piada, sua aparência deveria ser imponente. Pensando nisso, Jason Momoa foi uma excelente escolha dentro deste contexto. Mesmo visualmente não sendo tão fiel ao personagem, o fato de sua imagem estar ligada a alguém muito forte era o mais importante.

Há prós e contras no papel de Momoa no filme. Como positivo, sua personalidade rock’n roll fez com que os espectadores gostassem do personagem. O negativo é que aparentemente o Aquaman do DC Universe nada mais é do que um extremo do jeito de ser do próprio ator. De todo modo, foi aprovado pelo público geral e consolidou o super-herói como alguém legal, um personagem que é digno de respeito e não de piadas.

No dia 13 de dezembro, chega ao Brasil o filme-solo do Rei de Atlântida. O trailer deu a esperança de um bom filme e fez com que crescesse a expectativa dos fãs. Após o turbulento início do Universo DC nos cinemas, parece que Aquaman será bem avaliado, assim como Mulher-Maravilha (2017) fez.

Ainda que o filme não atenda às expectativas e decepcione, o fato é que agora tudo mudou. Aquaman, sim, é um bom personagem, um bom super-herói. A longa piada agora já não existe mais.

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