domingo, abril 28, 2024

Crítica | 2ª temporada de ‘Eu Sou Groot’ é pura diversão para a molecada

Há alguns meses, o público se despediu do roteirista, diretor e produtor James Gunn da franquia Guardiões da Galáxia. Com sua ida para a chefia da DC, Gunn deixou “suas crias” mais ilustres nas mãos da Marvel para serem conduzidas por quem quer que Kevin Feige ache mais competente para os desajustados espaciais mais amados do momento. E agora, com a chegada da segunda temporada de Eu Sou Groot, os fãs da árvore antropomórfica de vocabulário limitado vão poder conferir a primeira produção da franquia dos Guardiões feita sem qualquer tipo de envolvimento de James Gunn.

Isso porque Gunn participou da primeira temporada como produtor e consultor, papéis que não pode mais desempenhar por estar completamente envolvido na construção do novo universo da rival. Agora, Kirsten Lepore retorna para a direção da segunda temporada, tentando manter o espírito do personagem e explorando suas traquinagens pelo espaço entre 2014 e 2016. Com isso, ela cria a produção do MCU mais curta já feita, trazendo cinco episódios que totalizam aproximadamente 15 minutos de duração.

Mas não pense que esse tempo é pouco para divertir e instigar, principalmente o público infantil. Afinal, quer forma mais eficiente de atrair a criançada do que colocar justamente uma criança como protagonista de uma aventura espacial? E talvez seja por essa energia meio caótica de criança encapetada que a primeira temporada tenha feito tanto sucesso.

Enquanto a primeira temporada era focada em situações mais primárias da infância, como o primeiro banho, os primeiros passos e o entendimento do que é família, essa segunda empreitada mostra o Bebê Groot tocando o terror por aí em situações de crianças mais crescidas, como ter um mascote, sair para brincar na neve e o primeiro cárcere por baderna e destruição de automóveis. Em meio a isso, vemos o pequeno Groot usando uma série de roupas e acessórios que foram friamente pensados para aquilo que vocês já devem imaginar… Vender bonecos.

Pois é, todo mundo sabe que faz parte desse “jogo”, mas chega a ser engraçado ver algumas situações em que tal peça ou roupinha foi incluída ali exclusivamente para vender brinquedos. Vale lembrar que parte do sucesso da primeira temporada veio justamente da quantidade de produtos e vendas que ela gerou, ajudando a expandir o lucro da casa e a própria franquia no imaginário popular, já que o Bebê Groot é muito fofo e ganhou novas “skins” para serem usadas em parques e jogos.

Bonecos da primeira temporada foram sucesso de vendas

Além da diversão caótica do graveto ambulante, que vai encantar a molecada e divertir os mais velhos, a série traz algumas participações especiais que dialogam com o resto do Universo Cinematográfico Marvel. Por exemplo, o episódio final (“Groot e a Grande Profecia”) conta com a participação do Vigia, que é novamente interpretado por Jeffrey Wright, e mostra um pouco mais de como funciona sua existência no MCU.

O episódio em si é o mais elaborado deles, ao trazer o Grootinho como um pequeno explorador atrás de uma semente lendária escondida dentro de um templo secreto. Então, numa pegada Indiana Jones ou até mesmo de Peter Quill (Chris Pratt) no primeiro Guardiões da Galáxia (2014), o tampinha tenta invadir esse templo para recuperar o objeto. Mas claro que ele faz tudo isso brincando em meio aos perigos.

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O Vigia marcou presença nesta segunda temporada

E o mais interessante disso tudo é que trouxeram novamente Vin Diesel para interpretar o Bebê Groot. Quando anunciaram a série, muitos acharam que ele seria substituído por um Voice Actor mais barato, já que a voz do bebê é mais caricata, mas não foi isso que aconteceu. O careca bombado fez questão de interpretar o gravetinho nas duas temporadas. E recebeu um grande elogio da diretora por isso.

“Ele gosta desse trabalho. É nítido em sua atuação, como ele ama o personagem e está dando tudo de si. Ele não repete apenas suas falas, ele sempre faz esforços extras que sequer foram solicitados. Ele se compromete totalmente com o personagem e é isso que mais amo em sua atuação”, comentou Kirsten Lepore.

No fim das contas, a segunda temporada de Eu Sou Groot é um entretenimento bobinho e divertido que vai prender a atenção do público por seus 15 minutinhos, vai arrancar risadas das crianças e fazer os adultos procurarem na internet pelos novos bonequinhos colecionáveis, enquanto explora um pouco mais das trapalhadas e aventuras de um dos personagens mais amados da saudosa Fase Dois do MCU. Ou seja, cumpre bem sua “função” sem ousar ou se perder.

A segunda temporada de Eu Sou Groot está disponível no Disney+.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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