quarta-feira, abril 24, 2024

Crítica | A Bolha – Atores de Hollywood Sofrem com Confinamento em DIVERTIDA comédia da Netflix

Ainda estamos superando todo o período da pandemia. No primeiro ano, tínhamos muito medo, as pessoas não saíam de casa, descontaminavam tudo, não podíamos abraçar ninguém. Então, no segundo ano, veio a vacina e uma dose de esperança começou a percorrer o mundo, pois finalmente havia uma luz no fim do túnel. Mas, se teve uma coisa que ficou muito clara durante esses últimos anos é que a arte salva, e salvou muitas e muitas horas de confinamento dentro de casa. Porém, se por um lado, nós, consumidores, fomos gratos por finalmente botar as séries e filmes em dia, por outro os artistas e realizadores tiveram que se arriscar durante a pandemia para gravar novas produções para a gente. E é isso que podemos ver em ‘A Bolha’, novíssima comédia que acaba de estrear na Netflix.

As gravações de ‘Cliff Beasts 6’ estão prestes a começar, em pleno outubro de 2020. Para isso, elenco, equipe e colaboradores precisarão ficar confinados em um hotel de luxo na Inglaterra. Até aí, tudo bem, afinal, todo mundo está a fim de trabalhar, apesar do medo do vírus pairar no ar. Seguindo rígidos protocolos de saúde, Carol (Karen Gillian) se tranca no hotel com Howie (Guz Khan), Lauren (Leslie Mann) e seu ex-marido Dustin (David Duchovny), a tiktoker Krystal (Iris Apatow), Dietier (Pedro Pascal), Sean (Keegan-Michael Key), o diretor Darren (Fred Armisen), o produtor e os funcionários do hotel: Gunther (Harry Trevaldwyn), Bola (Samson Kayo), Anika (Maria Bakalova), em uma quarentena sem fim, em prol da segurança e da sétima arte. Mas, o que era para ser apenas mais uma gravação de filme acaba se tornando um tremendo pesadelo para toda a equipe – com o vírus sendo o menor dos problemas.

Com um elenco de renome – que inclui ainda participações engraçadíssimas de John Cena, Kate McKinnon, John Lithgow, Daisy Ridley e James McAvoy, boa parte em cenas virtuais via Zoom, o que é excelente porque traz também essa realidade para a ficção – o filme de Judd Apatow (‘Ligeiramente Grávidos’ e ‘O Virgem de 40 Anos’) é uma paródia neurótica sem fim, criando um retrato pandêmico dos anos 20202021 sem nenhum pudor, com todos os pontos positivos e negativos que a quarentena revelou sobre todos nós: uns criaram fixação por limpeza, por exercícios, por iluminação espiritual; outros, se tornaram influencers vazios em redes sociais; outros resolveram ter filhos, adotar, separar; há ainda os que se entregaram a todos os tipos de vícios para não lidar com a realidade. No meio disso tudo, há ainda os que não se importam com nada porque são ricos e esses problemas não atingem a quem é rico.

Através da suposta gravação de uma continuação de franquia de sucesso (bem tosca, aliás) o roteiro de Pam Brasy com Judd Apatow tenta retratar todas as características pandêmicas, e encontra chance até mesmo de socar todos os merchandisings possíveis de maneira orgânica no filme. Talvez o único porém do longa é seu tempo de duração, de pouco mais de duas horas; dava para recolher uns vinte minutos sem nenhum prejuízo à história, para evitar que ela se repetisse.

Todo metalinguagem, ‘A Bolha’ é uma bagunça deliciosa para o espectador, quebrando a quarta parede em diversas ocasiões e fazendo um retrato bastante real do que foi a experiência de gravar durante a pandemia. Se nós, espectadores, nos deleitamos com as produções, imagina para a equipe, que teve que se submeter a inúmeras situações – dentre breakdowns emocionais e psicológicos, paranoias, manias, medos, etc – para conseguir realizar a produção. Não foi fácil, não está sendo fácil. No mínimo, ‘A Bolha’ servirá como um retrato cômico desse período no futuro, quando nos perguntarem como foi gravar durante a pandemia.

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