sábado, maio 4, 2024

Crítica | Ainda Estou Aqui: Romance da Netflix com Joey King mira em Ghost, mas acerta na cafonice

Ainda Estou Aqui até possui boas intenções ao trazer uma abordagem a la amores desafortunados, onde um casal teoricamente perfeito e destinado para a longevidade é separado por uma terrível tragédia. Mas entre as inúmeras e enfadonhas referências a Ghost – Do Outro Lado da Vida e uma trama um tanto piegas, o que poderia ser um fofo e apaixonante romance teen se transforma em quase duas horas de cafonices, melodramas e um clímax exagerado demais para nos importarmos.

E o diretor Arie Posin e o roteirista Marc Klein até possuem boas intenções com o novo original da Netflix. Mas ainda que a dinâmica entre Joey King e Kyle Allen até possua o seu valor, nada no drama romântico é verdadeiramente substancial para fazer com que a trama seja marcante. Com seu primeiro ato se desenvolvendo bem, com bastante dinamismo e momentos que naturalmente levarão o público juvenil a suspirar, o longa se perde ao trazer elementos sobrenaturais exagerados e até mesmo bregas. Tentando se espelhar na fórmula brilhantemente criada por Ghost, o filme não nos convence de sua abordagem espiritualizada e a desenvolve sempre por uma perspectiva mais caricata e absolutamente inverossímil.

Explorando os clichês do gênero de forma cansativa, o drama ainda apresenta uma sidekick bem estereotipada e vazia, cujo efêmero arco é meramente uma demonstração de virtude da cartilha progressista – mas que pouco agrega à trama. Apresentada como uma caricatura, Shannon (Celeste O’Connor) facilmente poderia ser extinguida da narrativa, mediante alguns ajustes de roteiro. Sem qualquer tipo de identificação direta com a audiência, a personagem carrega frases de efeito frequentemente replicadas nos mais recentes filmes teens e embora seja um suposto alívio cômico, a falta de profundidade e de sacadas elaboradas a tornam um estorvo para a protagonista principal.

Trazendo um clímax exagerado e ultra melancólico, Ainda Estou Aqui não consegue ir além da superfície. E embora aborde um tema tão importante, que são as fases do luto, Joey King e sua sofrência passam mais de uma hora no estágio de negação, em um roteiro que anda em círculos a maior parte do tempo – criando memórias excessivas entre o casal, a fim de aumentar o grau de empatia e reconhecimento na audiência. Ainda assim, é inegável que o charme da dupla King-Allen é cativante aos olhos pueris e juvenis. E ainda que não seja o tipo de drama que A Culpa é das Estrelas e O Maravilhoso Agora conseguiram lindamente ser, Ainda Estou Aqui consegue encontrar um lugar aconchegante nos corações mais jovens, embora seja inadvertidamente esquecível.

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