domingo , 3 novembro , 2024

Crítica | ‘Herege’: Terror com Hugh Grant tem trama genial com final decepcionante

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Falar de religião nunca é fácil, mas geralmente o assunto combina muito bem com filmes de terror. E é exatamente isso que o novo filme da aclamada produtora A24: discutir de maneira brilhante a fé e até aonde as pessoas estão dispostas a ir por suas crenças.

Herege‘ é roteirizado e dirigido pela badalada dupla Scott Beck e Bryan Woods, que também roteirizaram ‘Um Lugar Silencioso‘. E o grande acerto do filme está no talento da dupla em criar um universo envolvente e rico em detalhes, além de diálogos extremamente inteligentes e reflexivos.

herege1

A trama acompanha as irmãs Barnes e Paxton, duas missionárias que são convictas de suas fés e rodam as casas da cidade para levar a palavra do senhor para o maior número de pessoas que elas conseguirem.

Em uma tarde chuvosa, elas decidem fazer uma última pregação e chegam na casa do Mr. Reed (Hugh Grant), um senhor aparentemente bondoso e simpático que as convence a entrar com a promessa de que sua esposa está fazendo uma torta de blueberry.

Não demora muito para as garotas perceberem que Reed é um lunático e que não existe esposa nenhuma. Em pouco tempo, elas se encontram presas em um jogo mortal de gato e vão precisar sobreviver a uma noite infernal.

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Eu fiquei encantado em como os roteiristas conseguem discutir de maneira assertiva a maneira como as religiões são forçadas na maioria das pessoas, e também como a fé se tornou um comércio ao longo das décadas.

Com monólogos empolgantes declamados por Hugh Grant, no melhor papel de sua carreira com uma atuação deliciosamente pervertida, o filme consegue te envolver e te aterrorizar ao longo de seus dois primeiros atos.

Além de Grant, o filme tem a sempre ótima Sophie Thatcher (‘Yellowjackets’) e a pouco conhecida Chloe East (‘Os Fabelmans’), que foi quem roubou a cena para mim.

herege3

Porém, o terceiro ato se empolga com as reviravoltas do filme e traz uma resolução risível para um diálogo tão bem argumentado e acaba se perdendo com um desfecho inflado e pouco convincente.

Mas é como dizem: Às vezes vale mais a jornada do que o destino final, e foi exatamente o que senti aqui. A A24 entrega um filme genial em sua concepção, mas que não se banca até os minutos finais.

Vale a pena conferir, mas sabendo que você pode sair do cinema decepcionado.

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A trama acompanha as irmãs Barnes e Paxton, duas missionárias que são convictas de suas fés e rodam as casas da cidade para levar a palavra do senhor para o maior número de pessoas que elas conseguirem.

Em uma tarde chuvosa, elas decidem fazer uma última pregação e chegam na casa do Mr. Reed (Hugh Grant), um senhor aparentemente bondoso e simpático que as convence a entrar com a promessa de que sua esposa está fazendo uma torta de blueberry.

Não demora muito para as garotas perceberem que Reed é um lunático e que não existe esposa nenhuma. Em pouco tempo, elas se encontram presas em um jogo mortal de gato e vão precisar sobreviver a uma noite infernal.

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Eu fiquei encantado em como os roteiristas conseguem discutir de maneira assertiva a maneira como as religiões são forçadas na maioria das pessoas, e também como a fé se tornou um comércio ao longo das décadas.

Com monólogos empolgantes declamados por Hugh Grant, no melhor papel de sua carreira com uma atuação deliciosamente pervertida, o filme consegue te envolver e te aterrorizar ao longo de seus dois primeiros atos.

Além de Grant, o filme tem a sempre ótima Sophie Thatcher (‘Yellowjackets’) e a pouco conhecida Chloe East (‘Os Fabelmans’), que foi quem roubou a cena para mim.

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Porém, o terceiro ato se empolga com as reviravoltas do filme e traz uma resolução risível para um diálogo tão bem argumentado e acaba se perdendo com um desfecho inflado e pouco convincente.

Mas é como dizem: Às vezes vale mais a jornada do que o destino final, e foi exatamente o que senti aqui. A A24 entrega um filme genial em sua concepção, mas que não se banca até os minutos finais.

Vale a pena conferir, mas sabendo que você pode sair do cinema decepcionado.

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