quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | ‘How to Have Sex’ – Um recorte angustiante da violência contra a mulher [Festival do Rio 2023]

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Recortando a juventude e as badalações de uma fase de transição para a vida adulta com um alvo em expectativas, além de toda a frustração que chega de forma traumática, How to Have Sex é um poderoso drama que encosta no suspense, nos abalos psicológicos provocados pela violência contra a mulher. Dirigido pela cineasta britânica Molly Manning Walker, de apenas de 30 anos, em seu primeiro longa-metragem, o projeto tem uma reviravolta angustiante trazendo a reflexão sobre um forte tema.

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Na trama, conhecemos três adolescentes britânicas que já pensando no futuro após a conclusão do ensino médio embarcam em uma viagem para Mália, na Grécia, um lugar paradisíaco de aventuras, bebedeira, possibilidades de relações. Só que uma delas, Tara (Mia McKenna-Bruce), começa aos poucos a perceber que a alegria e descobertas que esperava se transforma num enorme pesadelo com abalos traumáticos que levará por toda a vida.

A narrativa esconde muito bem o que de fato traz pra refletir. O primeiro ponto é a amizade, um laço profundo aqui representado por três amigas que no meio do descontrole de um lugar sem limites vão descobrir mais sobre uma a outra. A sexualidade, a ação e inconsequência, a inveja, são tópicos que se somam. Poderia ser mais um filme sobre a juventude e o descontrole de ações impensadas. Mas o filme é muito mais que isso. Após um fato, a grande reviravolta do roteiro, começamos a caminhar no desespero de uma personagem que revela sua aflição pelo olhar e não se sente bem mais ali naquele lugar, transformando a alegria em uma marca para sempre de tristeza e aflição.

Um novo olhar para o mundo chega para Tara, a real protagonista dessa história. E tudo isso é mostrado com sequências que parecem confrontar sua nova visão sobre as relações, sobre os homens, o consentimento, o sexo, sobre o lugar onde está e também sobre as amizades com as duas amigas. A direção de Molly Manning Walker é estupenda, capta as emoções com maestria juntamente com uma trilha sonora que parece chegar como um complemento para tudo que assistimos.

Premiado no Festival de Cannes 2023, How to Have Sex estreia dia 15 de novembro nos cinemas e logo após entra no catálogo da MUBI.

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Na trama, conhecemos três adolescentes britânicas que já pensando no futuro após a conclusão do ensino médio embarcam em uma viagem para Mália, na Grécia, um lugar paradisíaco de aventuras, bebedeira, possibilidades de relações. Só que uma delas, Tara (Mia McKenna-Bruce), começa aos poucos a perceber que a alegria e descobertas que esperava se transforma num enorme pesadelo com abalos traumáticos que levará por toda a vida.

A narrativa esconde muito bem o que de fato traz pra refletir. O primeiro ponto é a amizade, um laço profundo aqui representado por três amigas que no meio do descontrole de um lugar sem limites vão descobrir mais sobre uma a outra. A sexualidade, a ação e inconsequência, a inveja, são tópicos que se somam. Poderia ser mais um filme sobre a juventude e o descontrole de ações impensadas. Mas o filme é muito mais que isso. Após um fato, a grande reviravolta do roteiro, começamos a caminhar no desespero de uma personagem que revela sua aflição pelo olhar e não se sente bem mais ali naquele lugar, transformando a alegria em uma marca para sempre de tristeza e aflição.

Um novo olhar para o mundo chega para Tara, a real protagonista dessa história. E tudo isso é mostrado com sequências que parecem confrontar sua nova visão sobre as relações, sobre os homens, o consentimento, o sexo, sobre o lugar onde está e também sobre as amizades com as duas amigas. A direção de Molly Manning Walker é estupenda, capta as emoções com maestria juntamente com uma trilha sonora que parece chegar como um complemento para tudo que assistimos.

Premiado no Festival de Cannes 2023, How to Have Sex estreia dia 15 de novembro nos cinemas e logo após entra no catálogo da MUBI.

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