domingo, abril 28, 2024

Crítica ‘Mulher-Hulk’ | Sétimo episódio leva Jen para uma sessão de terapia

[ANTES DE COMEÇAR A MATÉRIA, FIQUE CIENTE QUE ELA ESTÁ RECHEADA DE SPOILERS] 

Se você ainda não assistiu aos sete primeiros episódios de Mulher-Hulk: Defensora de Heróis, evite esta matéria, pois ela contém spoilers

A dois capítulos do fim, Mulher-Hulk: Defensora de Heróis trouxe enfim seu episódio “terapia”, que vem se tornando parte fundamental da “Fórmula Marvel” nas séries. É neles que os grandes conflitos dos protagonistas são jogados contra eles e começa a virada em suas tramas. Porém, a coitada da Mulher-Hulk já vem há uns três episódios seguidos sendo constantemente humilhada e julgada por não aceitar sua nova realidade, com Jennifer Walters (Tatiana Maslany) tratando a Mulher-Hulk como uma condição em sua vida. Aos poucos, ela tenta trabalhar sua autoconfiança e autoestima, mas parece que sempre chega um novo acontecimento para colocá-la no chão.

E o acontecimento da semana foi o Josh, o supostamente “cara legal” que ela conheceu no casamento do último episódio. Com o contato do rapaz, ela marcou encontros, saiu com ele, se divertiu, deu uns pegas e se permitiu ser vulnerável, algo que não é muito comum quando se é um Hulk. O problema é que o cara desapareceu após conseguir o que queria. Para Jen, ele queria sexo e provavelmente acabou se decepcionando após ela tentar manter contato. Mas, para o público, ficou claro que ele era apenas um dos capangas do grande vilão da série, que provavelmente é o Líder, mas que ainda não foi revelado.

E enquanto ela não sabe que ele violou sua integridade física, coletando o sangue dela para os experimentos da “Inteligência”, Jen apenas acredita que ele foi um grande babaca, que meteu um chá de sumiço. E o efeito psicológico que isso causa nela é terrível. Nunca é fácil se abrir com alguém, ainda mais tendo problemas com insegurança e baixa autoestima. Sim, é incomum ver isso no meio dos heróis, mas a série conseguiu construir uma protagonista com autoestima baixa justamente por conta de sua outra faceta, a Mulher-Hulk, que é forte, tem cabelos longos e brilhosos, um corpão e desperta a atenção de todo mundo por onde passa, enquanto a Jen é miudinha e fofinha, com os cabelos curtinhos e ondulados. Essa competição com ela mesma é um dos pontos altos da série até aqui, e ter um cara que consegue desarmá-la e deixa bem, só para derrubá-la de novo é uma crueldade sem tamanhos. Desde o caixa do banco, que negou a torradeira para a Tia May em Homem-Aranha 2 (2004), que a Marvel não trazia um vilão tão desprezível pra suas produções.

Em meio a sua crise de insegurança, Jen recebe uma ligação do guarda que toma conta de Emil Blonsky (Tim Roth), alegando que o inibidor de poderes dele apontou uma transformação. Assim, como representante legal do Abominável, ela vai para a propriedade onde ele reside. Junto ao guarda, ela descobre que o inibidor supostamente deu defeito por conta do contato com uma cerca elétrica. Depois que o policial vai embora, o carro da Jen acaba sendo atingido pelo Homem-Touro, que estava em uma briga com El Águila, mais um mutante no MCU, ambos membros de um tipo de retiro espiritual comandado por Blonsky. Já falamos mais deles em outra matéria que você pode conferir clicando abaixo:

‘Mulher-Hulk’ | Quem são os ‘desajustados’ do episódio e como eles se conectam ao futuro do MCU? | CinePOP Cinema

Não deixe de assistir:

A primeira coisa que vale a pena ressaltar aqui é que os poderes do El Águila são justamente emanar bioeletricidade, o que poderia ser a tal “cerca elétrica” que o Blonsky disse ter desregulado seu inibidor. Mas o importante é que esse grupo de vilões meia-boca e com crises de identidade acabam acolhendo Jen e trazendo ela para a sessão de terapia. Por mais que sejam caras de índole mais do que questionável, a crise em que ela se encontrava era tão grande que poder falar sem preocupações com esse banco de esquisitões acabou sendo uma forma muito válida de terapia, mostrando para ela que ninguém pode deixá-la mal se ela aprender a se valorizar.

Eu, particularmente, ainda não comprei essa redenção de Emil Blonsky. E como ainda há dois episódios por vir, ainda há tempo para que essa história de “inibidor com defeito” seja melhor explicada. Mas ainda assim é interessante ver como Jen conseguiu se abrir e ser ajudada por um dos maiores rivais de seu primo, que está desaparecido no espaço, como ela cita brevemente neste episódio.

Pode ser que Blonsky use dessas inseguranças mais pra frente em um eventual confronto entre os dois? Pode, mas pelo menos até aqui, ele vem ajudando bastante Jen a se compreender melhor agora que também é uma criatura influenciada pelos raios gama.

Por fim, Jen volta para sua vida na cidade com a carona do reboque. Reboque esse que faz referência a Dan Slott, o quadrinista responsável por uma das fases mais celebradas da personagem. Então a série revela que o motivo do Josh ter sumido foi justamente porque ele é um dos incels da “Inteligência” e que foi usado apenas para conseguir o sangue extraído dela sem permissão.

O episódio termina com Jen aparentemente aprendendo a se valorizar mais, mas ainda há dois episódios para que isso se confirme e ela enfrente o principal vilão, e provavelmente o Josh também, já compreendendo que ela é Jennifer Walters e a Mulher-Hulk, sem que uma de afaste da outra. E também deve rolar o date com o Demolidor (Charlie Cox), só pra segurar a choradeira da galera que tá vendo a série mais pelo Diabo de Hell’s Kitchen do que pela Mulher-Hulk.

Os novos episódios de Mulher-Hulk: Defensora de Heróis estreiam toda quinta no Disney+.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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