domingo, abril 28, 2024

Crítica | Nada Suspeitos – Série de Suspense Cômico dos Roteiristas de ‘Vai Que Cola’ é um Alívio para o Fim de Mês

Fim do mês chegou, e o salário já acabou faz é tempo, não é verdade? Apesar do solzão lá fora, o jeito é mesmo ficar em casa, maratonando uns filmes e séries nos streamings para descansar a cabeça já que não dá mesmo para sair de casa. Se é entretenimento para se divertir que você está buscando, a pedida é a série brasileira ‘Nada Suspeitos’, que estreou há poucos dias na plataforma da Netflix e já anda figurando entre o Top 10.

Jorginho Peixoto (Paulo Tiefenthaler) é um milionário às vésperas de completar 50 anos, e, para celebrar, decide chamar as três mulheres de sua vida para a festa. É assim que aparecem em sua mansão sua atual esposa, de quem está se separando, Patricia (Fernanda Paes Leme), o irmão dela, Maurício (Rômulo Arantes Neto), advogado da família, e a massagista dela, Xandra (Gkay); sua atual namorada, a evangélica Thyellen (Thati Lopes), e seu irmão músico, Raul (Cézar Maracujá); e sua ex-mulher Bete (Maíra Azevedo), que leva junto sua filha com Jorginho, Yara (Gi Uzêda), seu irmão, Aquila (Silvero Pereira) e sua mãe, Zanina (Dhu Moraes). Incomodados com a situação, o povo começa a reclamar, porém, o mordomo Washington (Eliezer Mota) acomoda-os em quartos separados. Enquanto aguardam o jantar com explicações, reencontram Darlison (Raphael Logam), irmão de Bete e Aquila, que está trabalhando como cozinheiro na mansão. Porém, Jorginho é assassinado, e a partir desse momento todos se tornam suspeitos na investigação do detetive Charles Nunes (Marcelo Médici).

Dos mesmos roteiristas da série e do filme ‘Vai Que Cola’, ‘Nada Suspeitos’ é um desses alívios que você liga a tv e deixa rolando sem ter que se preocupar com teorias mirabolantes para acompanhar. Misturando suspense com comédia, os nove episódios de pouco mais de trinta minutos cada intercalam os dois gêneros de uma maneira bem brasileira, bem estilo do programa humorístico da Multishow, contrastando núcleos diferentes da sociedade – o rico, o pobre e o religioso/evangélico – em que todos os personagens têm seus segredinhos a esconder.

A ideia de ‘Nada Suspeitos’ é bastante atraente, mas, em nove episódios, dá uma cansada. Talvez o formato fílmico funcionasse melhor para a história, que acaba se arrastando sem necessidade. O roteiro de César Amorim, César Rodrigues e Leandro Soares apresenta o plot todo na primeira parte, de modo que a barriga no meio da temporada fica maior do que o aceitável, dando a sensação de que não tem história, porque o suspeito só pode ser revelado perto do fim. Para preencher, há capítulos inteiros com vários nadas, colocando o grupo hora em harmonia, hora em desavença por conta das diferenças sociais e os interesses de cada um. Se enxugasse esse meio, dava um bom filme-bobagem, como o igualmente suspense cômico ‘Detetive Madeinusa’, que surfa na mesma vibe.

Dirigido por César Rodrigues e Eduardo Vaisman (‘Juntos e Enrolados’), os destaques da série ficam com o furacão azul Silvero Pereira, que faz a gente terminar falando que nem baiano, e Cézar Maracujá, cujo personagem é tão sem noção, que parece natural dentro do contexto. Gravado e pensado durante a pandemia, dá para entender que esse tipo de produção era uma solução segura de produzir entretenimento numa época que não sabíamos ainda o por vir. Para quem curte bobeirol de riso solto, é uma série para aliviar o fim do mês sem pensar nos boletos.

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