sexta-feira, abril 26, 2024

Crítica | O Crush Perfeito – Reality da Netflix mostra encontros por vezes entediantes

O isolamento social imposto pela atual pandemia do corona vírus fez a gente ficar afastado dos nossos amigos e das pessoas queridas. A saudade dos encontros presenciais e das saídas de casa para um entretenimento social acaba levando nosso inconsciente a assistir ao novo reality da Netflix, ‘O Crush Perfeito’.

Com apenas seis episódios de menos de trinta minutos de duração cada ‘O Crush Perfeito’ traz seis personagens centrais em busca de um relacionamento mais sério: Elena, de 22 anos; Dieter, de 31; Joelma, de 51; Jota, de trinta e poucos anos; Raíssa, que também está na faixa dos trinta; e Paulo, já nos seus quarenta anos. Essas seis pessoas topam sair num encontro às escuras em São Paulo com cerca de cinco candidatos, sem que um supostamente saiba nada do outro e com um único ponto em comum: a orientação sexual. Assim, as pessoas vão aos encontros sem saber o que esperar estética, psicológica ou emocionalmente dos candidatos, e, por isso, tudo pode acontecer.

Para quem não sabe, ‘O Crush Perfeito’ é a versão brasileira de outro reality, chamado ‘Namoro, Amizade… Ou Adeus?’, e também é bastante similar a outros programas clássicos da tv aberta brasileira, como ‘Em Nome do Amor’, dos anos 1990 do SBT, ou ‘Vai Dar Namoro’, apresentado pelo Celso Portiolli. Com tantos programas similares, os únicos diferenciais desse ‘O Crush Perfeito’ da Netflix é ter o formato serial com um roteiro ficcional (ao contrário dos outros, que são quadros dentro de um programa televisivo com plateia presencial) e ter inserido personagens com orientação sexual diversas, não se limitando à normatividade. Por isso temos dois episódios que abordam relacionamentos gays e lésbicos.

Os episódios seguem um roteirinho básico: o protagonista se apresenta falando de si em 3ª pessoa, seguido pelo o que parecem ser dois amigos que também falam do colega em off; em seguida, o protagonista vai para o encontro e os candidatos aparecem para tomar um drink seguido de um jantar; se a coisa for bem, eles continuam e vão tomar mais um drink em outro lugar (e, enquanto se deslocam à pé, pode ser que role um beijinho); após essa última etapa, as pessoas voltam juntas no mesmo carro, onde devem trocar contatos; o episódio acaba com o protagonista escolhendo seu crush perfeito para um segundo encontro.

Com direção geral de Cassia Dian, ‘O Crush Perfeito’ é um entretenimento genérico cujo melhor benefício ao espectador é trazer esse aspecto de balada e curtição que perdemos por conta da pandemia. Os protagonistas escolhidos, em sua maioria, são rasos, com mania de falar em inglês e bem chatos – tanto que alguns desses sentimentos provocados no espectador se refletem nas impressões que alguns candidatos têm deles. Embora todos cumpram aspectos gerais que os enquadram em determinados estereótipos sociais, fica a pergunta de por que a produção não encontrou pessoas mais interessantes para a série.

Lembrando bastante o encontro da Sharon e do Gru em ‘Meu Malvado Favorito 2’, ‘O Crush Perfeito’ no final das contas pode servir como um treinamento sobre como conduzir um encontro para quando a gente começar a poder sair de casa e encontrar os crushs.

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