sexta-feira, abril 19, 2024

Crítica | O Poderoso Chefinho 2: Negócios de Família – Sequência amadurece e muda o tom dos personagens

Lançado mundialmente em 2017, o primeiro filme de ‘O Poderoso Chefinho’ fez um enorme sucesso por trazer a inusitada história de um bebê que falava, agia e se vestia como adulto. Mais que isso, ele pensava como um adulto bem-sucedido, deixando seu irmãozinho mais velho no chinelo, afinal, era também um agente com uma super missão secreta. Não foi nenhuma surpresa quando, anos depois, a produção da Universal ganhou uma extensão derivada em formato de série animada e, em 2020, finalmente o público internacional pôde conferir ‘O Poderoso Chefinho 2: Negócios de Família’, continuação da franquia que chega essa semana nos cinemas brasileiros.

Tim Templeton (na voz original de James Marsden) agora é adulto e pai de duas meninas: a pré-adolescente Tabitha (Ariana Greenblatt) e a bebê Tina (Amy Sedaris), e tenta sempre animá-las com suas mirabolantes histórias do passado com seu irmão Ted (Alec Baldwin), que era um bebê falante. Tabitha não acredita muito, e, aos poucos, vai se afastando da família. Às vésperas do Natal, Tim é surpreendido ao descobrir que sua filha Tina é também um bebê falante da BabyCorp, em uma perigosa missão para desmascarar o plano da escola que Tabitha frequenta, pois eles querem tirar o controle parental e colocar os bebês no comando do mundo. Para impedir esse plano diabólico, Tim terá que retomar o contato com seu irmão Ted, a quem não vê há anos.

A primeira impressão que temos ao assistirmos a ‘O Poderoso Chefinho 2: Negócios de Família’ é que estamos vendo personagens diferentes. Se o espectador não tiver acompanhado a série animada para observar a progressão dos personagens e/ou dos conflitos e pular direto do primeiro filme para este, a sensação é exatamente esta: os protagonistas mudaram, e muito. E isso não tem só a ver com os dois já serem adultos agora, mas sim porque os dois se tornaram indivíduos completamente diferentes: Tim é um pai de família amoroso, porém meio que um perdedor, e Ted é simplesmente odiável, arrogante, que nunca participa e/ou sequer responde a qualquer convite de reunião familiar, nem mesmo comparece ao casamento do próprio irmão! Tudo bem que ele se tornou um CEO superimportante e influenciador, mas existia um laço de amizade fraternal ali que simplesmente desapareceu no início deste longa.

Outro choque no roteiro de Michael McCullers (baseado na ideia dele e de Tom McGrath, inspirado no livro de Marla Frazee) é a inserção da bebê menina. Por colocá-la nos pôsteres e apresentá-la ao espectador, partimos do princípio de que Tina será o centro da história (numa pegada de protagonismo feminino, etc), mas não é o caso. Ao contrário, Tina está no enredo apenas para apresentar a aventura aos dois irmãos, funcionando apenas como personagem acessório à trama.

Algumas situações provocam divertimento, mas por se tratar de duas aventuras paralelas que, ao final, se juntam em um outro propósito, ‘O Poderoso Chefinho 2’ dá uma cansada. É um filme que entretém, mas tem uma proposta bem diferente do sucesso primevo. É como se chegássemos para uma aventura quase toda nova, com pouco vínculo com a anterior. Agrada, e, recheada de easter eggs das franquias da Dreamworks, deixa a porta aberta para novas continuações.

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