terça-feira, março 19, 2024

Crítica | O Roubo do Século – Filme Argentino Traz a História Real de ‘La Casa de Papel’

O ano era 2006. Os noticiários entraram no ar com uma notícia literalmente inacreditável para os telespectadores: um grupo havia roubado um banco na Argentina e tinha fugido pelo esgoto, através de um túnel que eles calmamente haviam construído sem que ninguém tivesse percebido. Quatorze anos depois essa história cinematográfica finalmente ganha as telonas, com o título ‘O Roubo do Século’.

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Fernando Araujo (Diego Peretti) é um homem que, no meio de uma noite chuvosa, tem uma ideia mirabolante para dar uma guinada na sua vida: assaltar o Banco Rio. Para realizar esse plano ele conta com a ajuda de cinco outros homens: Luis (Guillermo Francella), Alberto (Rafael Ferro), Debauza (Mariano Argento), Sileo (Luis Luque) e Marciano (Pablo Rago). Em plena crise econômica no país – que ainda tentava recuperar a valorização do peso argentino frente ao dólar – eles vão protagonizar o maior roubo da história da Argentina.

Quando a vida real oferece uma história inacreditável, fica fácil para o cinema conseguir transpor o insólito para a produção. Esse mote parece familiar? Exato: é o mesmo que inspirou a série de sucesso ‘La Casa de Papel’, da Netflix. Embora Álex Pina não tenha falado abertamente sobre isso, fato é que esse assalto – ou melhor, atraco – da vida real chamou tanta atenção da mídia em 2006, que o criador dos Dalís assaltantes bebeu nessa fonte e acrescentou uma motivação mais universal, com a galera distribuindo dinheiro e/ou fabricando o próprio. Na vida real sabemos que as pessoas são mais egoístas, e, em ‘O Roubo do Século’ os homens só queriam ficar com o dinheiro mesmo para ter uma vida melhor.

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Nesse viés, o roteiro de Alex Zito e Fernando Araujo (vejam bem, o próprio sujeito que roubou o banco!) não perde tempo em ir direto para o que o povo quer: a elaboração do plano e o assalto em si. Portanto, os primeiros dois arcos do longa são bastante ágeis, facilitados por uma edição refinada que transforma as cenas (especialmente as da construção do túnel) em tomadas bem dinâmicas, quase como se fosse um videogame. As soluções de Fernando para as dificuldades encontradas na realização do assalto são extremamente criativas – tanto, que não geraram nenhuma desconfiança dos policiais. E o fato de o espectador já saber o resultado da operação só faz tudo ganhar um ar ainda mais de cinema, pois nos resta apenas uma pergunta: como eles conseguiram fazer isso?

O último arco desse ‘O Roubo do Século’ tem uma quebra brusca no ritmo, ao ponto de parecer que o longa se encerra vinte minutos antes de seu fim. Como diretor, Ariel Winograd deveria ter dosado mais o seu filme, talvez inserindo uma introdução mais mastigadinha para que o final não tivesse tanto a sensação de estar se arrastando.

Baseado numa história real, ‘O Roubo do Século’ é um filmão de ação, com muito deboche e uma trilha sonora de rock n roll argentino que mantém constante o clima de diversão. Para quem está pensando em voltar às salas de cinema, ‘O Roubo do Século’ é a melhor novidade em cartaz atualmente.

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