segunda-feira, abril 15, 2024

Crítica | Por Trás da Inocência – Atriz de ‘Sex and the City’ estrela suspense sensual na Netflix

Desde que a série novaiorquina ‘Sex and the City’ acabou, os fãs do quarteto de amigas se sentiram órfãos do elenco, pois mesmo tendo alcançado o estrelato, depois da série os atores fizeram poucos trabalhos, mesmo se incluirmos os filmes derivados da franquia. Então, no meio de notícias de revival da série, uma das atrizes se reuniu com um queridinho de comédia romântica dos anos 1990 no suspensePor Trás da Inocência’, lançamento da semana na Netflix.

Mary Morrison (Kristin Davis) é uma escritora de sucesso, autora de best-sellers de suspense erótico que se vendem sozinhos. Só que há tempos ela não escreve mais, totalmente desinteressada em continuar fazendo isso, afinal, já alcançou fama e fortuna. Certo dia, ela recebe a visita de seus editores, que lhe entregam uma proposta com um adiantamento de $2 milhões de dólares. Por mais que Mary queira recusar a proposta, a escritora acaba aceitando o desafio, pois seu marido, Tom (Dermot Mulroney) torrou as economias da família. Porém, para que Mary consiga se concentrar totalmente na escrita, eles precisarão contratar uma babá para cuidar dos filhos… e decidem chamar a bela e inocente Grace (Greer Grammer).

Boa parte dos espectadores que irão ver ‘Por Trás da Inocência’ reconhecerão de cara a Charlotte de ‘Sex and the City’, e é muito, muito estranho vê-la junto com Dermot Mulroney, cujo sucesso de carreira se resumiu a um único filme: ‘O Casamento do meu Melhor Amigo‘. Isto dito, é impressionante como esses dois atores ficaram tão atrelados ao que fizeram no passado, que, fora daquele contexto, o trabalho deles é muito ruim. Como casal, Dermot Mulroney e Kristin Davis não convence em nenhuma das poucas cenas em que aparecem juntos, nem mesmo nos momentos mais calientes.

Escrito e dirigido por Anna Elizabeth James, o filme tem até uma premissa interessante, mas sua execução falha miseravelmente, especialmente no terceiro arco. Do trio principal, a única personagem com mais expressividade é a babá, e Greer Grammer transmite bem o ar angelical pedido pelo papel de uma ‘Lolita’ repaginada diabolicamente, que em vez de focar no Humbert Humbert foca no casal como um conjunto, mas sem nenhum tipo de explicação para o espectador.

Apesar do elenco conhecido e de um conceito atraente, a construção de ‘Por Trás da Inocência’ é bem ruim e não convence. Todos os plot twists do enredo não viram a chave, não são bem erigidos e entram na trama de maneira tão fácil, tão apenas para justificar uma ação de um personagem, que faz o espectador perder a paciência. A produção optou em criar uma atmosfera esfumaçada para confundir o espectador – assim como Mary não tem certeza do que é realidade ou ficção –, mas tudo é tão mal feito, que o resultado, em vez de um clima de suspense, é muita incerteza e confusão de um roteiro mal escrito e com pouca atenção à continuidade.

Por Trás da Inocência’ é um suspense sensual que pretendia alcançar o patamar de ‘A Garota do Trem’ ou ‘Sharp Objects’, mas, sem a firmeza da motivação do enredo e com uma intenção maior em arquitetar cenas eróticas do que entregar um bom thriller para o espectador.

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