quinta-feira, março 28, 2024

Crítica| Sick Note 2ª temporada – Lindsay Lohan, reviravoltas e falta de desfecho

Depois de uma primeira temporada estranhamente boa, apesar da premissa politicamente incorreta sobre um protagonista que finge ter câncer, Sick Note começou sua segunda parte exatamente de onde parou (e se você ainda não viu a primeira ou está na metade da maratona, te recomendo parar por aqui porque rolarão alguns spoilers). E nessa leva de episódios, para a felicidade geral da nação (ou pelo menos a minha), Lindsay Lohan faz o seu merecido retorno e Rupert Grint, para a alegria dos fãs de Harry Potter, continua mostrando que seu talento não foi exclusivo para a pele de Rony Weasley. Bom, vamos lá:

Na season finale, Daniel (Rupert Grint) é surpreendido com a chegada de seu companheiro de jogos online em sua casa – e a segunda temporada tem início exatamente daí. Rupert com um corte de cabelo diferente e outro ator por trás da máscara que esconde a suposta cicatriz do garoto da Internet comprometem a continuidade – mas eu, provavelmente, posso só ter percebido esses detalhes por ter começado o episódio logo em seguida. A partir daí, começa um novo desafio para o protagonista: depois de achar que estava livre da acusação do assassinato do amigo Ash (Tolu Ogunmefun) e de descobrirem a farsa do câncer, seu amigo virtual – que sabe todos os detalhes da história – ameaça contar a verdade para todos se Daniel não fizer suas vontades. A primeira delas é ficar de hóspede em sua casa enquanto não chega o dia de um suposto casamento que ele tem para ir na Alemanha – com direito à comida e bebida na mão e até banho de banheira, para começar.

Assim, a série acaba ganhando um ar maior de suspense com o cara com uma estranha máscara tampando um lado do rosto comandando as decisões de Daniel a cada minuto. O câncer acaba ficando um pouco de lado, e o foco passa a ser o assassinato mal resolvido de Ash e o risco de Vanessa (Camilla Beeput) acabar descobrindo o caso extraconjugal que o marido falecido mantinha com a namorada de Daniel – Becca (Pippa Bennet) – por, sem nem imaginar, estar com o celular em que os dois trocavam mensagens sensuais em mãos. Não dá para negar que esse novo foco da trama prende atenção e dá um ritmo mais intenso à Sick Note – ainda mais quando o oficial Hayward (Daniel Rigby) entra na história para continuar desvendando o caso que, antes, acreditava ter a ver com a KGB Russa. No entanto, o enrendo perde o que tanto fez com que se destacasse na primeira temporada: o humor nonsense e britânico que fazia até mesmo uma absurda história politicamente incorreta funcionar.

Nessa segunda temporada, por mais que a química entre Rupert Grint e Nick Frost continue afiada, senti falta de mais momentos constrangedores entre o falso paciente e o médico que não saca nada de Medicina. Também queria mais de Michael (Karl Theobald) e suas caras de compaixão pelo câncer de Daniel e de desespero pelas atitudes incorretas de seu ex-chefe Kenny West. Ele é um dos melhores da primeira temporada e aqui aparece meio apagado. Mas, novamente, tem Lindsay; e ver a eterna Mean Girl tentando voltar à boa forma acalenta o coração de qualquer fã. Tudo bem que ela está meio mecanizada no papel e bem diferente da adolescente promissora que conhecemos no seu tempo de ouro nos anos 2000… Porém, independentemente disso, é bom vê-la em um dos papeis principais da série e se esforçando para entregar uma boa atuação. Aqui, ela interpreta Katerina West, que passa a chefiar a empresa “Nós Cobrimos Seguros” depois da estranha (e bizarra) morte de seu pai na temporada anterior.

Bem diferente dele, que tratava todos os funcionários com grosseria e promovia caçadas para matar animais, a personagem de Lohan aparece como uma mulher mais compreensiva com os trabalhadores da empresa e que,  com um comportamento oposto ao de seu pai, até cria macacos como filhos em casa. No entanto, em um dos episódios com mais reviravoltas da série (o 4!! Fique bem atento quando chegar nele), descobrimos que ela não é bem o que parece e é uma personagem cheia de camadas sombrias para explorar. A repetição da frase “A vida é como ela é” enquanto conta os dedos é um dos tiques que revela esse outro lado de Katerina West em uma das cenas mais pesadas da temporada (e paro por aqui para não dar spoiler).

Mas, infelizmente, ainda não se sabe se você e eu poderemos descobrir mais sobre ela (juro que estou curiosa até agora com o subtexto da personagem) e nem se Daniel e Dr. Ian Glennis saíram ilesos de toda essa história de câncer e assassinato, porque Sick Note ou Dá Licença, Saúde ainda não foi renovada para uma próxima season. A última cena deixa um gancho daqueles para a terceira temporada – além de pontas soltas de outros personagens que começaram a ser mais desenvolvidos, como a de Lohan; só que há quem acredite que não terá mais continuidade. Meu lado curioso lamenta, até porque a história realmente não teve um desfecho; mas, talvez, seja realmente melhor guardar a série assim, com um final aberto, antes que ela perca de fato o fôlego ou acabe indo para caminhos totalmente diferentes do que foi apresentado inicialmente – como já estava começando a acontecer. Porém, se me permitem, faço só um pedido: alguém dá logo outro trabalho mais duradouro para minha menina Lindsay? Obrigada!

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