domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | The Boys – Série violenta de super-heróis que parodia Liga da Justiça

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São várias as séries de super-heróis que chegaram às telinhas na última década. Agents of SHIELD, Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage, Punho de Ferro, Arrow, The Flash, Supergirl, Legends of Tomorrow, Titans, Legion, The Gifted, The Runaways e muitas outras produções fizeram a alegria (umas nem tanto) dos fãs dos quadrinhos nos últimos tempos. Agora, é a vez de The Boys chegar fazendo barulho nas telas do Amazon Prime Video. E o mais interessante sobre a série é que ela, ao mesmo tempo, celebra e subverte o universo dos heróis.

Baseada nos quadrinhos homônimos de Garth Ennis e Darick Robertson, The Boys se passa em um mundo repleto de super-heróis, muitos deles tomados pela fama e pela sede de poder. Isso acaba passando uma imagem negativa para a maioria dos heróis, colocando-os numa posição de antagonistas da história, o que por si só já oferece algo diferente do padrão em sagas do gênero.



A trama acompanha Hughie Campbell (Jack Quaid), um jovem que sofre uma perda após uma fatalidade envolvendo um super-herói. Ele, então, passa a olhar com desconfiança para tais figuras, o que o coloca na mira de Billy Butcher (Karl Urban), um agente da lei que parece não ter uma boa relação com heróis. Ao mesmo tempo, seguimos a história de Annie (Erin Moriarty), uma jovem com super-poderes que é convidada para se juntar ao grupo “Os Sete”, time de super-heróis controlado pela megacorporação Vought.

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As histórias de Hughie e Annie vão se unindo e, aos poucos, o público vai tendo uma noção maior do que acontece, embora o roteiro tente sempre manter um suspense. Neste sentido, ajuda o fato dos dois protagonistas serem figuras iniciantes em seus universos. Isso faz com que o público consiga se identificar facilmente com a dupla.

Criada por Evan Goldberg, Eric Kripke e Seth Rogen, a série é uma releitura bem interessante do universo de Marvel, DC e companhia. “Os Sete” é uma paródia clara da Liga da Justiça, com versões mais perturbadoras de Superman, Mulher-Maravilha, Aquaman e Flash. Acompanhamos os heróis matando vilões e inocentes de forma indiscriminada, temos casos de assédio sexual, e muitos outros exemplos de violência física e moral que geralmente passam bem longe de produções do gênero.

Conhecido pelo trabalho no curta Portal: No Escape e no ótimo Rua Cloverfield, 10, Dan Trachtenberg foi o responsável por dirigir o primeiro episódio. E ele, de fato, consegue dar bem o tom da produção, instigando o público e oferecendo um cliffhanger que torna muito difícil não partir logo para o capítulo seguinte.

A produção conta com ótimos efeitos especiais e uma violência gráfica que chama a atenção. Lembra um pouco os excessos de Deadpool, mas com um tom mais pesado, sem tantas piadas. Neste sentido, é interessante notar que a série se leva a sério. É bizarra, absurda, mas em momento algum trata tudo como pura diversão.

A primeira temporada da série conta com oito episódios, com direito a um final bem aberto para novas temporadas. Inclusive, o cliffhanger é tão impactante que será frustrante se a Amazon não renovar a produção para pelo menos um segundo ano. E há sim motivos para tanto, afinal a trama permite inúmeros desenvolvimentos.

Ainda que tenha mais méritos do que problemas, a série sofre um pouco com a atuação de seus principais atores. Urban faz bem o cara durão e determinado, e Jack e Erin também não comprometem tanto. O mesmo não pode ser dito de Antony Starr como Homelander (O Superman da série). É um personagem complexo, que é prejudicado pelo overacting do ator. Completam o time nomes como Elisabeth Shue, Chace Crawford, Jennifer Esposito, Dominique McElligott, Simon Pegg e Jessie T. Usher, a maioria em performances de pouco destaque.

The Boys é uma série com altos e baixos, mas que é quase sempre original e surpreendente. O que, por si só, já é muito num gênero com tantas produções nos tempos atuais. Vale a maratona dessas primeiras oito horas. E ainda vai deixar um gostinho de quero mais.

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Baseada nos quadrinhos homônimos de Garth Ennis e Darick Robertson, The Boys se passa em um mundo repleto de super-heróis, muitos deles tomados pela fama e pela sede de poder. Isso acaba passando uma imagem negativa para a maioria dos heróis, colocando-os numa posição de antagonistas da história, o que por si só já oferece algo diferente do padrão em sagas do gênero.

A trama acompanha Hughie Campbell (Jack Quaid), um jovem que sofre uma perda após uma fatalidade envolvendo um super-herói. Ele, então, passa a olhar com desconfiança para tais figuras, o que o coloca na mira de Billy Butcher (Karl Urban), um agente da lei que parece não ter uma boa relação com heróis. Ao mesmo tempo, seguimos a história de Annie (Erin Moriarty), uma jovem com super-poderes que é convidada para se juntar ao grupo “Os Sete”, time de super-heróis controlado pela megacorporação Vought.

As histórias de Hughie e Annie vão se unindo e, aos poucos, o público vai tendo uma noção maior do que acontece, embora o roteiro tente sempre manter um suspense. Neste sentido, ajuda o fato dos dois protagonistas serem figuras iniciantes em seus universos. Isso faz com que o público consiga se identificar facilmente com a dupla.

Criada por Evan Goldberg, Eric Kripke e Seth Rogen, a série é uma releitura bem interessante do universo de Marvel, DC e companhia. “Os Sete” é uma paródia clara da Liga da Justiça, com versões mais perturbadoras de Superman, Mulher-Maravilha, Aquaman e Flash. Acompanhamos os heróis matando vilões e inocentes de forma indiscriminada, temos casos de assédio sexual, e muitos outros exemplos de violência física e moral que geralmente passam bem longe de produções do gênero.

Conhecido pelo trabalho no curta Portal: No Escape e no ótimo Rua Cloverfield, 10, Dan Trachtenberg foi o responsável por dirigir o primeiro episódio. E ele, de fato, consegue dar bem o tom da produção, instigando o público e oferecendo um cliffhanger que torna muito difícil não partir logo para o capítulo seguinte.

A produção conta com ótimos efeitos especiais e uma violência gráfica que chama a atenção. Lembra um pouco os excessos de Deadpool, mas com um tom mais pesado, sem tantas piadas. Neste sentido, é interessante notar que a série se leva a sério. É bizarra, absurda, mas em momento algum trata tudo como pura diversão.

A primeira temporada da série conta com oito episódios, com direito a um final bem aberto para novas temporadas. Inclusive, o cliffhanger é tão impactante que será frustrante se a Amazon não renovar a produção para pelo menos um segundo ano. E há sim motivos para tanto, afinal a trama permite inúmeros desenvolvimentos.

Ainda que tenha mais méritos do que problemas, a série sofre um pouco com a atuação de seus principais atores. Urban faz bem o cara durão e determinado, e Jack e Erin também não comprometem tanto. O mesmo não pode ser dito de Antony Starr como Homelander (O Superman da série). É um personagem complexo, que é prejudicado pelo overacting do ator. Completam o time nomes como Elisabeth Shue, Chace Crawford, Jennifer Esposito, Dominique McElligott, Simon Pegg e Jessie T. Usher, a maioria em performances de pouco destaque.

The Boys é uma série com altos e baixos, mas que é quase sempre original e surpreendente. O que, por si só, já é muito num gênero com tantas produções nos tempos atuais. Vale a maratona dessas primeiras oito horas. E ainda vai deixar um gostinho de quero mais.

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