domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | The Score: Will Poulter brilha em inesperado thriller criminal musical

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Inusitado em sua abordagem, o thriller criminal The Score é uma surpresa aos olhos e ouvidos de um bom cinéfilo. Em meio a um esquema de roubo onde dois jovens aguardam uma entrega dentro de uma pacata e reclusa lanchonete na beira de uma estrada, o roteiro de Malachi Smyth se desenvolve como um épico musical, um suspense onde um romance muda os rumos dos personagens, a partir de canções autorais intimistas e introspectivas.



Smyth faz da sua estreia na direção um inusitado e apaixonante espetáculo, que cativa a audiência pelo mistério de sua trama, mas a hipnotiza por sua ascensão narrativa poderosa no final de seu segundo ato. Trazendo um Will Poulter diferente de tudo que já vimos, somos contemplados por uma performance poderosa, contida, ensimesmada e regada por um talento vocal até então desconhecido. Ele é acompanhado pelo talentoso Johnny Flynn, que ainda assina a trilha sonora original da produção, e por Naomi Ackie.

Um casamento peculiar e impecável entre música, suspense e romance – gêneros tão díspares que jamais pensaríamos que funcionariam tão bem -, The Score apresenta uma trilha sonora original que enche os ouvidos, marcada por uma mistura de rock alternativo e new wave. Com um design de produção simples e uma história que se firma prioritariamente na tensão constante e desconfortável entre os personagens, o longa é um tipo raro dentro do subgênero “heist”, trazendo um olhar mais intimista sobre ambição, traição e escolhas.

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Aqui, enquanto Poulter (Troy) e Flynn (Mike) aguardam pelo encontro que pode mudar suas vidas para sempre, o tempo e as circunstâncias dessa longa espera mudarão os rumos da narrativa – tanto de cada personagem, como do próprio filme. Conflitos emocionais, morais e complexos de identidade entram em cena, fazendo de The Score um suspense criminal mais simbólico, violento à sua maneira, mas acima de tudo, muito mais autêntico e marcante.

Poderoso em seu ato final, o suspense se transforma um pouco mais diante dos olhos da audiência, apresentando uma estética diretorial de thrillers de espionagem dos anos 60. Enquanto explora diversos ângulos e perspectivas de uma única cena, o filme leva os nossos olhos a um frenesi elétrico em que somos instigados a absorver cada instante da palpável tensão em tela. Cômico, doce e enérgico em seu encerramento , The Score é uma experiência cinematográfica rara. Com o frescor da originalidade e a autenticidade do cinema mais indie – que não tem medo de quebrar padrões -, o suspense de Smyth ainda nos dá de bandeja um Will Poulter mais maduro, que emana uma versatilidade riquíssima em tela.

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Inusitado em sua abordagem, o thriller criminal The Score é uma surpresa aos olhos e ouvidos de um bom cinéfilo. Em meio a um esquema de roubo onde dois jovens aguardam uma entrega dentro de uma pacata e reclusa lanchonete na beira de uma estrada, o roteiro de Malachi Smyth se desenvolve como um épico musical, um suspense onde um romance muda os rumos dos personagens, a partir de canções autorais intimistas e introspectivas.

Smyth faz da sua estreia na direção um inusitado e apaixonante espetáculo, que cativa a audiência pelo mistério de sua trama, mas a hipnotiza por sua ascensão narrativa poderosa no final de seu segundo ato. Trazendo um Will Poulter diferente de tudo que já vimos, somos contemplados por uma performance poderosa, contida, ensimesmada e regada por um talento vocal até então desconhecido. Ele é acompanhado pelo talentoso Johnny Flynn, que ainda assina a trilha sonora original da produção, e por Naomi Ackie.

Um casamento peculiar e impecável entre música, suspense e romance – gêneros tão díspares que jamais pensaríamos que funcionariam tão bem -, The Score apresenta uma trilha sonora original que enche os ouvidos, marcada por uma mistura de rock alternativo e new wave. Com um design de produção simples e uma história que se firma prioritariamente na tensão constante e desconfortável entre os personagens, o longa é um tipo raro dentro do subgênero “heist”, trazendo um olhar mais intimista sobre ambição, traição e escolhas.

Aqui, enquanto Poulter (Troy) e Flynn (Mike) aguardam pelo encontro que pode mudar suas vidas para sempre, o tempo e as circunstâncias dessa longa espera mudarão os rumos da narrativa – tanto de cada personagem, como do próprio filme. Conflitos emocionais, morais e complexos de identidade entram em cena, fazendo de The Score um suspense criminal mais simbólico, violento à sua maneira, mas acima de tudo, muito mais autêntico e marcante.

Poderoso em seu ato final, o suspense se transforma um pouco mais diante dos olhos da audiência, apresentando uma estética diretorial de thrillers de espionagem dos anos 60. Enquanto explora diversos ângulos e perspectivas de uma única cena, o filme leva os nossos olhos a um frenesi elétrico em que somos instigados a absorver cada instante da palpável tensão em tela. Cômico, doce e enérgico em seu encerramento , The Score é uma experiência cinematográfica rara. Com o frescor da originalidade e a autenticidade do cinema mais indie – que não tem medo de quebrar padrões -, o suspense de Smyth ainda nos dá de bandeja um Will Poulter mais maduro, que emana uma versatilidade riquíssima em tela.

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