quinta-feira, abril 25, 2024

Crítica | Todos os Meus Amigos Estão Mortos – Terrir da Netflix é um divertido filmaço a la Tarantino

Pense nos filmes do Tarantino. O que eles têm de assinatura do diretor? Um tema profundo, elenco hollywoodiano que fala inglês, uma atmosfera de faroeste, uma sensação crescente de que vai dar ruim e um grand finale que espalha sangue para todos os lados. Pois bem. Agora tire a língua, os rostinhos conhecidos e o debate político e você tem ‘Todos os Meus Amigos Estão Mortos’, o novo lançamento sensacional da Netflix.

O filme começa com o policial Dabrowski (Michal Meyer) e o inspetor Kwasniewski (Adam Woronowicz), que são chamados para uma investigação absurda: uma casa onde todas as pessoas estão mortas. Então, o espectador volta no tempo para entender o que aconteceu na festa de ano novo na casa de Marek (Kamil Piotrowski), que recebeu como convidados Gloria (Monika Krzywkowska), Filip (Mateusz Wieclawek), Anastazja (Julia Wieniawa), Jordan (Adam Turczyk), Pawel (Nikodem Rozbicki), Angelika (Katarzyna Chojnacka), Rafal (Michal Sikorski), Robert (Szymon Roszak), Dariusz (Wojciech Lozowski), Oliwia (Aleksandra Pisula) e mais umas quarenta outras pessoas. Em algum momento, essa festa deu muito, muito errado, e o espectador é convidado a desvendar o quê (e como) tudo aconteceu.

Na maior pegada ‘Premonição’, o filme criado, escrito e dirigido por Jan Belcl é um ótimo terrir zoadão, desses que facilmente seriam exibidos na sessão de meia-noite em festivais de cinema. Com uma atmosfera de suspense crescente, o espectador deve tentar encaixar as peças de um quebra-cabeças maluco, como o próprio título anuncia – ‘Todos os Meus Amigos Estão Mortos’ –, tal como Agatha Christie brilhantemente fazia em seus livros (com a diferença de que seus quebra-cabeças não eram malucos). Comparativamente, podemos igualá-lo na mesma pegada que o recente ‘Entre Facas e Segredos’, mas, ao contrário do sucesso hollywoodiano, a produção da Netflix é polonesa – e isso a torna ainda mais legal.

Fica evidente, já na abertura do longa – com os créditos em fundo preto e letras amarelas –, que a principal referência de Jan Belcl é o diretor Quentin Tarantino, especialmente com a maior assinatura do diretor estadunidense [SPOILER]: um filme com um fio tensionado crescente que explode com um banho de sague no final e uma trilha sonora épica de fundo. [FIM DO SPOILER] Em ‘Todos os Meus Amigos Estão Mortos’ isso ocorre de maneira hilária, sem o peso do tema político e sim com a leveza de uma juventude que só queria curtir uma festa, porém tudo deu terrivelmente errado.

É bem verdade que temos personagens bem caricatos, representando estereótipos típicos dessa faixa etária (os nerds que não pegam ninguém, o gótico, o estrangeiro, a gostosona, a mãe gostosona, o que acha que pega todo mundo, a garota zen, etc), mas a forma como esses personagens são trabalhados é hilária, engrandecidos ainda mais por convincentes atuações.

Não deixe de assistir:

Todos os Meus Amigos Estão Mortos’ é uma brisa de filme. Diverte, dá nojinho, entretém e faz rir. É uma ótima opção para ver com os amigos vivos.

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