domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Tour de France

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A amizade duplica as alegrias e divide as tristezas. Exibido na Quinzena dos Realizadores no Festival de Cannes ano passado, Tour de France usa a amizade para falar sobre preconceito e questões profundas entre pais e filhos.

Quarto longa metragem do ator e diretor Rachid Djaidani, o filme busca por meio de uma linguagem bastante jovem, com elementos musicais fortes, reproduzir uma história de afeto e esperança em uma França repleta de descriminação e preconceito.



Tour de France conta a história de Far’Hook (Sadek), um jovem músico introspectivo que arruma confusão com invejosos outros músicos e acaba tendo que buscar refúgio na casa do pintor Serge (Gérard Depardieu), pai de seu produtor. Assim inicia-se uma jornada em torno de uma amizade que vai nascendo e onde as diferenças vão sendo postas aos poucos de lado conforme vão cruzando parte da França em busca de uma reprodução de quadros de um famoso pintor.

Os dois lados da moeda. A figura do protagonista, interpretado pelo rapper Sadek (em seu primeiro papel em um filme), representa o alcance do preconceito, tanto religioso como social, sua luta durante todo o longa é buscar seus objetivos descobrindo um novo mundo aos olhos de seu novo e mais velho amigo. Já Depardieu, em bela atuação, representa a força da amargura por erros no passado e a figura do preconceito. Durante boa parte do filme, situações vão fazendo esses dois mundos repensarem o país onde vivem, sejam nas representações de outras culturas, seja por atos de terceiros. Há uma bela construção e desconstrução dos personagens.

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As subtramas conseguem um certo alcance dentro da história. Principalmente a do filho (o produtor de Far’Hook) que não fala mais com o pai (Serge). Quando conhecemos melhor a história de Serge, o filme cresce e muitas pontas soltas do roteiro são rapidamente amarradas deixando o filme transbordar em emoção. Talvez por ter uma linguagem bastante jovem, muito pelo foco demasiado em alguns momentos captados pelo diretor, o filme demora um pouco a entrar no ritmo. A variação de tipos de imagens, com câmeras de celulares em alguns momentos, deixam o filme com uma grande personalidade e originalidade.

Tour de France é um filme para se refletir, faz força em falar sobre como o mundo estão nos dias de hoje, tudo isso pelos olhos de intrigantes personagens.

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Os dois lados da moeda. A figura do protagonista, interpretado pelo rapper Sadek (em seu primeiro papel em um filme), representa o alcance do preconceito, tanto religioso como social, sua luta durante todo o longa é buscar seus objetivos descobrindo um novo mundo aos olhos de seu novo e mais velho amigo. Já Depardieu, em bela atuação, representa a força da amargura por erros no passado e a figura do preconceito. Durante boa parte do filme, situações vão fazendo esses dois mundos repensarem o país onde vivem, sejam nas representações de outras culturas, seja por atos de terceiros. Há uma bela construção e desconstrução dos personagens.

As subtramas conseguem um certo alcance dentro da história. Principalmente a do filho (o produtor de Far’Hook) que não fala mais com o pai (Serge). Quando conhecemos melhor a história de Serge, o filme cresce e muitas pontas soltas do roteiro são rapidamente amarradas deixando o filme transbordar em emoção. Talvez por ter uma linguagem bastante jovem, muito pelo foco demasiado em alguns momentos captados pelo diretor, o filme demora um pouco a entrar no ritmo. A variação de tipos de imagens, com câmeras de celulares em alguns momentos, deixam o filme com uma grande personalidade e originalidade.

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