domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica ‘What If…?’ | Season finale sintetiza acertos e erros da série

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[ANTES DE COMEÇAR A MATÉRIA, FIQUE CIENTE QUE ELA ESTÁ RECHEADA DE SPOILERS]

Se você ainda não assistiu ao nono episódio de What If…?, evite esta matéria se não quiser receber spoilers.



Após dois meses, a primeira temporada de What If…? terminou ao melhor estilo Marvel: com uma grande reunião de heróis para deterem uma ameaça comum. Neste season finale, o Vigia (Jeffrey Wright) se une ao Doutor Estranho OP (Benedict Cumberbatch) em uma busca pelos heróis mais poderosos do Multiverso – ou quase – para formarem os Guardiões do Multiverso e tentarem impedir aquele Ultron genocida interdimensional de destruir as linhas do tempo e matar o Vigia.

Estruturalmente falando, esse episódio consegue sintetizar todos os acertos e erros dessa primeira temporada de What If…?, já que apresenta muitas ideias legais e interessantes, mas parece que nunca tem coragem ou tempo de tela o bastante para desenvolvê-las a fundo. A diferença desse para os episódios mais fracos da série é justamente a união dos heróis, que dá uma bomba de carisma ao roteiro, permitindo que explorassem as relações entre os personagens e as interações dessas personalidades tão diferentes entre si.

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O maior exemplo disso é a Gamora. Usada para promover o episódio final, a personagem chega e vai embora sem dizer a que veio. Eles apenas mostram que ela aparentemente derrotou o Thanos daquele universo junto a um Tony Stark que sobreviveu a Sakaar, aquele planeta lixão de Thor: Ragnarok (2017).

Essa Gamora já havia aparecido no trailer da série e tinha um dos arcos mais aguardados pelos fãs. Introduzi-la no último episódio sem desenvolver a história da personagem nem mostrar o que e como aconteceu naquele universo só pra dizer que usou a personagem é um grande desperdício e uma grande decepção.

Por outro lado, a Capitã Carter ganha um pouco mais de desenvolvimento. No entanto, assim como no primeiro episódio, a história da personagem não parece seguir um rumo próprio, mas sim uma cópia espelhada da vida de Steve Rogers. Entende o problema? São personagens diferentes com personalidades distintas. Por que se prender a algo que já foi mostrado em um herói desenvolvido por dez anos em vez de fazer como o T’Challa da Estrelas, que teve sua própria história sem precisar se prender aos elementos já vistos do Senhor das Estrelas e do Pantera Negra dos cinemas?

De qualquer forma, assim como a amizade de Steve e Nat nos cinemas, a relação de amizade entre a Capitã Carter e a Viúva Negra foi um ponto legal de se ver nesse episódio.

Quanto aos outros heróis, é realmente uma pena que não possamos mais ver Chadwick Boseman nos cinemas. Seu T’Challa espacial, último papel inédito do falecido ator, é maravilhoso e teria sido incrível se tivessem aproveitado ele para os cinemas ou para uma nova temporada. Ele é carismático e criativo, além de ter um visual fantástico. Outro personagem que se destaca e que provavelmente será mostrado em uma nova temporada ou até mesmo nas versões live action é esse Doutor Estranho Supremo aí. É um personagem absurdo de bom e com um potencial “anti-heroico” gigantesco. Se bem trabalhado, seria um possível antagonista de primeira linha para os cinemas. E como seus poderes não têm limites, pense no potencial visual disso.

Por fim, o episódio termina apresentando a maior muleta já criada na história do cinema: a manipulação do Multiverso. Ao pegar a Viúva Negra de uma linha do tempo apocalíptica e realocá-la em um universo no qual Natasha faleceu, dando a ela um novo sentido na vida, o Vigia abre uma porta para que qualquer personagem morto dos cinemas retorne com a desculpa de “Multiverso”. Tomara que a Marvel não se renda a essa muleta e siga seu universo sem apelar para ela porque é uma ferramenta que tira muito do peso das mortes.

A primeira temporada de What If…? está disponível no Disney+.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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Estruturalmente falando, esse episódio consegue sintetizar todos os acertos e erros dessa primeira temporada de What If…?, já que apresenta muitas ideias legais e interessantes, mas parece que nunca tem coragem ou tempo de tela o bastante para desenvolvê-las a fundo. A diferença desse para os episódios mais fracos da série é justamente a união dos heróis, que dá uma bomba de carisma ao roteiro, permitindo que explorassem as relações entre os personagens e as interações dessas personalidades tão diferentes entre si.

O maior exemplo disso é a Gamora. Usada para promover o episódio final, a personagem chega e vai embora sem dizer a que veio. Eles apenas mostram que ela aparentemente derrotou o Thanos daquele universo junto a um Tony Stark que sobreviveu a Sakaar, aquele planeta lixão de Thor: Ragnarok (2017).

Essa Gamora já havia aparecido no trailer da série e tinha um dos arcos mais aguardados pelos fãs. Introduzi-la no último episódio sem desenvolver a história da personagem nem mostrar o que e como aconteceu naquele universo só pra dizer que usou a personagem é um grande desperdício e uma grande decepção.

Por outro lado, a Capitã Carter ganha um pouco mais de desenvolvimento. No entanto, assim como no primeiro episódio, a história da personagem não parece seguir um rumo próprio, mas sim uma cópia espelhada da vida de Steve Rogers. Entende o problema? São personagens diferentes com personalidades distintas. Por que se prender a algo que já foi mostrado em um herói desenvolvido por dez anos em vez de fazer como o T’Challa da Estrelas, que teve sua própria história sem precisar se prender aos elementos já vistos do Senhor das Estrelas e do Pantera Negra dos cinemas?

De qualquer forma, assim como a amizade de Steve e Nat nos cinemas, a relação de amizade entre a Capitã Carter e a Viúva Negra foi um ponto legal de se ver nesse episódio.

Quanto aos outros heróis, é realmente uma pena que não possamos mais ver Chadwick Boseman nos cinemas. Seu T’Challa espacial, último papel inédito do falecido ator, é maravilhoso e teria sido incrível se tivessem aproveitado ele para os cinemas ou para uma nova temporada. Ele é carismático e criativo, além de ter um visual fantástico. Outro personagem que se destaca e que provavelmente será mostrado em uma nova temporada ou até mesmo nas versões live action é esse Doutor Estranho Supremo aí. É um personagem absurdo de bom e com um potencial “anti-heroico” gigantesco. Se bem trabalhado, seria um possível antagonista de primeira linha para os cinemas. E como seus poderes não têm limites, pense no potencial visual disso.

Por fim, o episódio termina apresentando a maior muleta já criada na história do cinema: a manipulação do Multiverso. Ao pegar a Viúva Negra de uma linha do tempo apocalíptica e realocá-la em um universo no qual Natasha faleceu, dando a ela um novo sentido na vida, o Vigia abre uma porta para que qualquer personagem morto dos cinemas retorne com a desculpa de “Multiverso”. Tomara que a Marvel não se renda a essa muleta e siga seu universo sem apelar para ela porque é uma ferramenta que tira muito do peso das mortes.

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