segunda-feira , 4 novembro , 2024

Dossiê 007 | Goldfinger (1964) – Conheça o terceiro filme da franquia do espião James Bond

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007 – Sem Tempo para Morrer, o vigésimo quinto filme oficial da franquia mais duradora do cinema, tem estreia programada para o dia 7 de outubro de 2021 – após ser adiado do ano passado devido à pandemia. Como forma de irmos aquecendo os motores para esta nova superprodução que, como dito, faz parte de uma das maiores, mais tradicionais e queridas franquias cinematográficas da história da sétima arte, resolvemos criar uma nova série de matérias dissecando um pouco todos os filmes anteriores, trazendo a você inúmeras curiosidades e muita informação.

Vamos direto ao assunto: 007 Contra Goldfinger (1964) é considerado pela maioria dos fãs o melhor filme da franquia do espião James Bond. A terceira aventura é considerada o ponto de virada na franquia e a que serviria de modelo para todos os vindouros filmes de 007, assim como seus inúmeros imitadores. Confira abaixo.

Leia também: Dossiê 007 | O Satânico Dr. No (1962) – Conheça o primeiro filme da franquia do espião James Bond

Produção

O Satânico Dr. No (1962), o primeiro filme de 007, havia feito um sucesso moderado, mas foi a sua sequência, Moscou Contra 007 (1963) que cimentou as histórias do espião na cultura pop elevando o jogo. Assim, os produtores Harry Saltzman e Albert R. Broccoli desembolsaram para o orçamento da terceira aventura mais que o valor dos anteriores combinados. Mas um elemento estava desfalcado. Terrence Young, diretor dos dois primeiros filmes da franquia, abria espaço para Guy Hamilton sentar na cadeira de comando. Young, porém, serviria como produtor associado no filme.

A este ponto, esta era a maior investida em um filme de 007, que aqui já galgava assumindo o posto de verdadeiro fenômeno da cultura pop. A intenção era entrar de vez no mercado americano e em Hollywood, e para tanto este foi o primeiro 007 a ter grande parte de sua trama centrada nos EUA, com cenas em Miami, Flórida, e em Kentucky, com as famosas cenas no Fort Knox.

Leia também: Dossiê 007 | Moscou Contra 007 (1963) – Conheça o segundo filme da franquia do Espião James Bond

James Bond

Sean Connery retornava para seu terceiro round na pele do protagonista James Bond. Mas não apenas isso, segundo a maioria dos fãs e especialistas, aqui o ator escocês entrega sua melhor interpretação na pele do herói agente secreto. Essa é a atuação que serviria de modelo para todas as outras, sendo constantemente lembrada e citada. Aqui é onde o espião começou a utilizar verdadeiramente seus gadgets que virariam a marca registrada da série e também utilizava seu Aston Martin DB5 turbinado. Afinal, quem poderia esquecer a cena em que Bond sai da água com seu traje de mergulho, somente para revelar um smoking branco indefectível por debaixo? A cena foi referenciada em True Lies (1994), com Arnold Schwarzenegger.

Dito isso, é muito sabido também que depois de Goldfinger, Sean Connery foi se tornando cada vez mais descontente com sua obrigação com a franquia e a cada filme mais ligado no automático. Então podemos dizer que foi até este terceiro filme que o astro manteve a chamada “alegria de atuação” no papel.

Missão Secreta

Este é um dos filmes em que Bond passa mais tempo nos EUA – o objetivo era apelar ao público norte-americano igualmente. Aqui, o agente secreto precisa ficar na cola de um excêntrico milionário, suspeito de atividades criminosas. Ao contrário dos filmes anteriores, onde tínhamos o antagonismo declarado da agência de terrorismo SPECTRE, 007 Contra Goldfinger quebra este molde pela primeira vez na franquia ao apresentar uma missão paralela, sem qualquer ligação com tal organização. O alvo aqui é Auric Goldfinger, um magnata do ouro, que esconde um esquema em larga escala de dizimar toda a reserva de ouro do Fort Knox nos EUA. O sujeito é dono de seu próprio exército particular.

Bondgirls e Aliados

Aqui temos duas mocinhas que marcaram não apenas o filme, mas a história da franquia em si. A primeira é Jill Masterson, vivida pela britânica Shirley Eaton, o bibelô de biquíni nas cenas do hotel em Miami, que termina tragicamente sufocada ao ter o corpo inteiro pintado de ouro – numa das mortes mais emblemáticas da série. Sua irmã, Tilly Masterson (Tania Mallet), aparece na trama atrás de vingança pelo assassinato, mas termina despachada rapidamente num artifício para demonstrar o poder e precisão do chapéu com abas mortais do capanga Oddjob.

A principal Bondgirl aqui, no entanto, é uma cujo nome ficaria para sempre marcado como um dos mais WTF do cinema. Pussy Galore é uma das capangas do vilão Goldfinger, chefe de sua guarda pessoal, que termina mudando de lado ao se apaixonar por 007. A personagem foi vivida por Honor Blackman, conhecida por protagonizar Os Vingadores, famoso programa de espionagem britânico da década de 1960, que ganhou uma malfadada adaptação cinematográfica em 1998 que teve – olhem só – a participação de ninguém menos que Sean Connery como vilão.

Pussy Galore é a primeira Bondgirl durona da franquia, que fazia frente a James Bond, se envolvendo em brigas físicas com ele, e que serviria de molde para outras tantas no futuro da série. Curiosamente, como você já pôde perceber, mesmo para a época, o nome soava, digamos, provocativo demais, e os produtores pensaram em mudá-lo para Kitty Galore, mas terminaram desistindo da ideia. A problemática em torno da personagem não para por aí. Pussy no livro do autor Ian Fleming era lésbica e “mudava de lado” ao conhecer James Bond. Para o filme, o fato foi levemente alterado, dando apenas pistas leves disto. O que diminui, mas pouco, o problema.

Em questão dos aliados de Bond, Felix Leiter – o agente da CIA que ampara o protagonista – retorna após ter tirado uma folga em Moscou Contra 007. Desta vez, porém, ele deixa de ser vivido pelo ator Jack Lord para tomar as formas de Cec Linder. Já “Q”, novamente vivido por Desmond Llewelyn, pode finalmente mostrar o potencial de suas invenções, tendo mais o que fazer na trama.

Vilões

Como dito, o antagonista desta vez nada tem a ver com a SPECTRE. Trata-se do independente Auric Goldfinger, um ricaço do ramo de ouro, que posa de empresário, mas tem objetivos pra lá de escusos e criminosos: explodir com uma bomba todo o ouro do Fort Knox nos EUA, assim aumentando consideravelmente o valor de seu acervo particular. Ou seja, um objetivo meramente financeiro. Goldfinger marcaria por seu estilo e pela icônica cena em que prende James Bond e tenta corta-lo ao meio com um laser. Goldfinger foi interpretado pelo grandalhão bonachão Gert Fröbe, ator alemão que precisou ser dublado em todas as suas cenas por não falar uma palavra sequer de inglês. Foi sua forma física, sua imponência e atuação que cativaram os produtores e diretor.

Em seu corner, Goldfinger possui inicialmente a chefe de segurança Pussy Galore, que comanda um pelotão de mulheres guerreiras. Ela muda de lado ao descobrir as intenções do patrão e se apaixonar por James Bond. Outro vilão bastante memorável é o guarda-costas pessoal de Goldfinger, o ameaçador Oddjob. Vivido pelo havaiano Harold Sakata, ex-halterofilista, o ator foi escolhido devido ao porte físico atarracado e muito forte. Oddjob está sempre bem vestido com ternos, além de contar com um item mortal em seu acervo, um chapéu com abas de lâminas, capaz de cortar a cabeça de uma estátua. Ele o usa para matar Tilly Masterson. Mortal e mudo, Oddjob faria escola para outros capangas na franquia.

Relatório

007 Contra Goldfinger ainda permanece como o melhor filme da franquia 007 na opinião de muitos fãs e especialistas. Foi o filme que moldou o que seriam as formas da franquia. Ou seja, deixava de ter um apelo “realista” para mergulhar de vez na megalomania e na ficção/fantasia, assumindo ares de blockbuster. Fora isso, elevou 007 ao status de febre mundial. É dito que na década de 60 só dava James Bond e os Beatles. Os produtores com este filme atingiam seu objetivo de penetrar no mercado norte-americano. E na época, o sucesso foi tanto que os cinemas tinham que ficar abertos 24 horas para exibições do filme, a fim de acomodar o público que lotava as sessões. De fato, se fosse reajustado para a inflação e valores atuais, 007 Contra Goldfinger seria um dos maiores filmes de todos os tempos em questão de bilheterias, rompendo a barreira do US$1 bilhão.

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007 – Sem Tempo para Morrer, o vigésimo quinto filme oficial da franquia mais duradora do cinema, tem estreia programada para o dia 7 de outubro de 2021 – após ser adiado do ano passado devido à pandemia. Como forma de irmos aquecendo os motores para esta nova superprodução que, como dito, faz parte de uma das maiores, mais tradicionais e queridas franquias cinematográficas da história da sétima arte, resolvemos criar uma nova série de matérias dissecando um pouco todos os filmes anteriores, trazendo a você inúmeras curiosidades e muita informação.

Vamos direto ao assunto: 007 Contra Goldfinger (1964) é considerado pela maioria dos fãs o melhor filme da franquia do espião James Bond. A terceira aventura é considerada o ponto de virada na franquia e a que serviria de modelo para todos os vindouros filmes de 007, assim como seus inúmeros imitadores. Confira abaixo.

Leia também: Dossiê 007 | O Satânico Dr. No (1962) – Conheça o primeiro filme da franquia do espião James Bond

Produção

O Satânico Dr. No (1962), o primeiro filme de 007, havia feito um sucesso moderado, mas foi a sua sequência, Moscou Contra 007 (1963) que cimentou as histórias do espião na cultura pop elevando o jogo. Assim, os produtores Harry Saltzman e Albert R. Broccoli desembolsaram para o orçamento da terceira aventura mais que o valor dos anteriores combinados. Mas um elemento estava desfalcado. Terrence Young, diretor dos dois primeiros filmes da franquia, abria espaço para Guy Hamilton sentar na cadeira de comando. Young, porém, serviria como produtor associado no filme.

A este ponto, esta era a maior investida em um filme de 007, que aqui já galgava assumindo o posto de verdadeiro fenômeno da cultura pop. A intenção era entrar de vez no mercado americano e em Hollywood, e para tanto este foi o primeiro 007 a ter grande parte de sua trama centrada nos EUA, com cenas em Miami, Flórida, e em Kentucky, com as famosas cenas no Fort Knox.

Leia também: Dossiê 007 | Moscou Contra 007 (1963) – Conheça o segundo filme da franquia do Espião James Bond

James Bond

Sean Connery retornava para seu terceiro round na pele do protagonista James Bond. Mas não apenas isso, segundo a maioria dos fãs e especialistas, aqui o ator escocês entrega sua melhor interpretação na pele do herói agente secreto. Essa é a atuação que serviria de modelo para todas as outras, sendo constantemente lembrada e citada. Aqui é onde o espião começou a utilizar verdadeiramente seus gadgets que virariam a marca registrada da série e também utilizava seu Aston Martin DB5 turbinado. Afinal, quem poderia esquecer a cena em que Bond sai da água com seu traje de mergulho, somente para revelar um smoking branco indefectível por debaixo? A cena foi referenciada em True Lies (1994), com Arnold Schwarzenegger.

Dito isso, é muito sabido também que depois de Goldfinger, Sean Connery foi se tornando cada vez mais descontente com sua obrigação com a franquia e a cada filme mais ligado no automático. Então podemos dizer que foi até este terceiro filme que o astro manteve a chamada “alegria de atuação” no papel.

Missão Secreta

Este é um dos filmes em que Bond passa mais tempo nos EUA – o objetivo era apelar ao público norte-americano igualmente. Aqui, o agente secreto precisa ficar na cola de um excêntrico milionário, suspeito de atividades criminosas. Ao contrário dos filmes anteriores, onde tínhamos o antagonismo declarado da agência de terrorismo SPECTRE, 007 Contra Goldfinger quebra este molde pela primeira vez na franquia ao apresentar uma missão paralela, sem qualquer ligação com tal organização. O alvo aqui é Auric Goldfinger, um magnata do ouro, que esconde um esquema em larga escala de dizimar toda a reserva de ouro do Fort Knox nos EUA. O sujeito é dono de seu próprio exército particular.

Bondgirls e Aliados

Aqui temos duas mocinhas que marcaram não apenas o filme, mas a história da franquia em si. A primeira é Jill Masterson, vivida pela britânica Shirley Eaton, o bibelô de biquíni nas cenas do hotel em Miami, que termina tragicamente sufocada ao ter o corpo inteiro pintado de ouro – numa das mortes mais emblemáticas da série. Sua irmã, Tilly Masterson (Tania Mallet), aparece na trama atrás de vingança pelo assassinato, mas termina despachada rapidamente num artifício para demonstrar o poder e precisão do chapéu com abas mortais do capanga Oddjob.

A principal Bondgirl aqui, no entanto, é uma cujo nome ficaria para sempre marcado como um dos mais WTF do cinema. Pussy Galore é uma das capangas do vilão Goldfinger, chefe de sua guarda pessoal, que termina mudando de lado ao se apaixonar por 007. A personagem foi vivida por Honor Blackman, conhecida por protagonizar Os Vingadores, famoso programa de espionagem britânico da década de 1960, que ganhou uma malfadada adaptação cinematográfica em 1998 que teve – olhem só – a participação de ninguém menos que Sean Connery como vilão.

Pussy Galore é a primeira Bondgirl durona da franquia, que fazia frente a James Bond, se envolvendo em brigas físicas com ele, e que serviria de molde para outras tantas no futuro da série. Curiosamente, como você já pôde perceber, mesmo para a época, o nome soava, digamos, provocativo demais, e os produtores pensaram em mudá-lo para Kitty Galore, mas terminaram desistindo da ideia. A problemática em torno da personagem não para por aí. Pussy no livro do autor Ian Fleming era lésbica e “mudava de lado” ao conhecer James Bond. Para o filme, o fato foi levemente alterado, dando apenas pistas leves disto. O que diminui, mas pouco, o problema.

Em questão dos aliados de Bond, Felix Leiter – o agente da CIA que ampara o protagonista – retorna após ter tirado uma folga em Moscou Contra 007. Desta vez, porém, ele deixa de ser vivido pelo ator Jack Lord para tomar as formas de Cec Linder. Já “Q”, novamente vivido por Desmond Llewelyn, pode finalmente mostrar o potencial de suas invenções, tendo mais o que fazer na trama.

Vilões

Como dito, o antagonista desta vez nada tem a ver com a SPECTRE. Trata-se do independente Auric Goldfinger, um ricaço do ramo de ouro, que posa de empresário, mas tem objetivos pra lá de escusos e criminosos: explodir com uma bomba todo o ouro do Fort Knox nos EUA, assim aumentando consideravelmente o valor de seu acervo particular. Ou seja, um objetivo meramente financeiro. Goldfinger marcaria por seu estilo e pela icônica cena em que prende James Bond e tenta corta-lo ao meio com um laser. Goldfinger foi interpretado pelo grandalhão bonachão Gert Fröbe, ator alemão que precisou ser dublado em todas as suas cenas por não falar uma palavra sequer de inglês. Foi sua forma física, sua imponência e atuação que cativaram os produtores e diretor.

Em seu corner, Goldfinger possui inicialmente a chefe de segurança Pussy Galore, que comanda um pelotão de mulheres guerreiras. Ela muda de lado ao descobrir as intenções do patrão e se apaixonar por James Bond. Outro vilão bastante memorável é o guarda-costas pessoal de Goldfinger, o ameaçador Oddjob. Vivido pelo havaiano Harold Sakata, ex-halterofilista, o ator foi escolhido devido ao porte físico atarracado e muito forte. Oddjob está sempre bem vestido com ternos, além de contar com um item mortal em seu acervo, um chapéu com abas de lâminas, capaz de cortar a cabeça de uma estátua. Ele o usa para matar Tilly Masterson. Mortal e mudo, Oddjob faria escola para outros capangas na franquia.

Relatório

007 Contra Goldfinger ainda permanece como o melhor filme da franquia 007 na opinião de muitos fãs e especialistas. Foi o filme que moldou o que seriam as formas da franquia. Ou seja, deixava de ter um apelo “realista” para mergulhar de vez na megalomania e na ficção/fantasia, assumindo ares de blockbuster. Fora isso, elevou 007 ao status de febre mundial. É dito que na década de 60 só dava James Bond e os Beatles. Os produtores com este filme atingiam seu objetivo de penetrar no mercado norte-americano. E na época, o sucesso foi tanto que os cinemas tinham que ficar abertos 24 horas para exibições do filme, a fim de acomodar o público que lotava as sessões. De fato, se fosse reajustado para a inflação e valores atuais, 007 Contra Goldfinger seria um dos maiores filmes de todos os tempos em questão de bilheterias, rompendo a barreira do US$1 bilhão.

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