sexta-feira , 13 dezembro , 2024

Elenco de ‘The Last of Us’ fala sobre a experiência de participar da série: “Foi emocionante” [COLETIVA]

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The Last of Us, aguardada adaptação da aclamada franquia de games, chega em breve à HBO e à HBO Max – e os fãs mal podem esperar para ver a produção ganhar vida.

O drama narra um futuro pandêmico que foi devastador para humanidade, deixando os seres humanos à beira da extinção. O vírus transforma pessoas em canibais e se espalha rapidamente com uma simples mordida. Algumas décadas depois, os poucos sobreviventes que restaram vivem viajando ou em quarentenas protegidas por oficiais do governo. Este é o cenário em que acompanhamos Joel, um sobrevivente durão que é contratado para levar a jovem Ellie para fora da zona de quarentena opressiva onde vive. Os dois devem encontrar um grupo de rebeldes paramilitares que se rebelou contra as autoridades. Porém, eles descobrem no caminho que Ellie está possivelmente infectada com o vírus, apesar da jovem não apresentar os sintomas recorrentes da doença. Por conta disso, eles acreditam que a imunidade de Ellie pode ser a chave para encontrar a cura do vírus e potencialmente salvar a humanidade.



Recentemente, o CinePOP teve a honra de conversar com Pedro Pascal (Joel), Bella Ramsey (Ellie), Merle Dandridge (reprisando o papel que interpretou nos jogos, Marlene) e Gabriel Luna (Tommy). O elenco falou sobre as experiências que teve no set de filmagens e de que forma Neil Druckmann, criador dos games originais, e Craig Mazin uniram forças para honrar o material original e garantir que os fãs tivessem a mesma sensação de quando se aventuraram nos jogos.

“Acho que tem sido fascinante para todos nós. Estou sentado ao lado de uma das atrizes originais [Merle], o que é algo que nem consigo começar a descrever. É um tipo diferente de material com que qualquer um de nós tenha trabalhado antes, é um bastante informativo. E acho que, de certa maneira, estávamos todos ‘nascendo’ – é uma ótima palavra essa, ‘nascendo’ [risadas] – juntos. Foi incrível participar da adaptação televisiva do jogo brilhante de Neil, mas pegar peças da obra original… Eu nunca tive a oportunidade de fazer nada como isso antes. Talvez Craig estivesse nervoso que estávamos jogando muito os games e emulando os papéis demais. Eu e Bella talvez tenhamos feito isso em segredo e escondido dele. Mas também foi interessante colocar juntas as diferentes peças do jogo, levando-as para as páginas do roteiro e para a atmosfera que vinha sendo criada”, contou Pascal.

Ramsey complementou: “exatamente, tudo isso. Nós estudamos o gameplay. Nenhum de nós é gamer, então não conseguíamos fazer tudo, mas assistimos e acho que foi tão importante quanto, porque recebíamos os episódios à medida que as gravações ocorriam, não os recebemos de uma vez. Craig teve a tarefa quase impossível de escrever conforme as coisas andavam. E foi muito bom ver o gameplay, porque precisávamos entender a história. Ter o material original é ótimo. Nós rodamos em um período de um ano, sob condições climáticas, e estamos muito orgulhosos do que conseguimos”.

Dandridge também contribuiu com a conversa, explicando as diferenças de dublar Marlene nos jogos e interpretá-la em carne e osso.

“Devo dizer que participar [da história] em uma mídia diferente, com a intimidade de uma nova estrutura, foi o maior desafio para mim. Eu precisava esquecer de várias coisas que sabia sobre Marlene, porque tinha vivido com ela há dez anos. A experiência, a família e os núcleos que eu compreendia sobre este mundo foi completamente diferente – bom, não totalmente diferente, mas como se tivesse sido colocado em um contexto diferente. Tirando a versão em palcos que nós fizemos uma vez, fiquei bastante insegura [com a série]. Como eu iria manifestar isso fisicamente? O mais incrível é que tivemos um time fantástico por trás da adaptação, que amava e se preocupada com a história, os personagens… Todos no show se preocuparam muito em elucidar as coisas mais lindas sobre a narrativa. Ter a oportunidade dessa colaboração e das conversas exaustivas foi uma experiência brilhante. Fui tirada da minha ‘zona de conforto’ e senti como um belo presente. Foi assustador e maravilhoso”, ela disse.

Luna aproveitou o momento para falar de sua história com os games“minha introdução aos games foi em 2013, quando o jogo original saiu. Eu não tinha um PlayStation, então fui à casa do meu amigo, porque ele tinha. Hoje em dia, Austin, no Texas [local onde a história se passa], aparece muito mais na mídia, mas à época, não. Então, foi muito legal ver isso, porque eu sou originalmente de lá. Não consegui terminar, porque era o jogo dele [risadas]. No ano passado, eu descobri que estavam fazendo a série e queria participar. E tive a chance de ignorar minhas tarefas e jogar, minha esposa me pedia para tirar o lixo e eu dizia: ‘querida, não posso, estou trabalhando’ [risadas]. Pude explorar o jogo e aprender sobre o enredo e os personagens. E foi incrível e difícil. Eu tinha que jogar em doses, uma hora de cada vez, por causa da densidade da narrativa e todos os eventos emocionantes que aconteciam. Levou dois meses e meio e eu terminei os dois games. Então vamos trabalhar e eu estava completamente imerso nesse mundo. É uma experiência que transforma seu mundo, eles construíram todas essas texturas e eu conseguia tocar nas coisas. Tem sido arrepiante e espetacular”.

Durante a coletiva, o elenco e os criadores também foram questionados sobre o que os fãs podem esperar da série, considerando que, normalmente, os apaixonados pela franquia original podem se tornar muito protetores em relação à história que aprenderam a amar.

“Eu entendo desse tipo de relação, por ser um grande consumidor de filmes e séries – eu me apaixono por personagens e enlouqueço se conheço os atores que os interpretam”, Pascal comentou. Mas isso foi levado a outro nível, porque é uma experiência imersiva. Eu não tenho ideia se conseguimos fazer isso, mas eles [Neil e Craig] conseguiram. Porque eles amam [‘The Last of Us’] tanto quanto ou ainda mais que os gamers aficionados. Eles estão fazendo isso para vocês, dando tudo de si. Então, não sei, acho que estamos todos em boas mãos”.

“Eu sei”, disse Dandrige. Eu espero que vocês sintam essa paixão que vem de Craig; é como se você fosse entregue por um pai a um guardião legal e confiável. A parceria entre esses dois fez eu me sentir tão acolhida e amada. Vou dizer uma coisa: não acho que eu seja de chorar muito. Mas não teve um dia sequer que não chorei no set, porque eu estava visceralmente tocada por tudo. Eu convivi com este mundo, convivi com esses personagens, e quando coloquei os pés no set, com [Pedro e Bella] nos figurinos, me conectei intimamente com esses personagens. Conhecê-los em carne e osso, conhecer Joel e Ellie, foi muito emocionante para mim. E não foi apenas por talentos incríveis, mas porque [Neil e Craig] estavam trabalhando arduamente para garantir que a história fosse elucidada e elaborada… E não consigo explicar o quão apaixonada fiquei por esse processo”.

E aí? Animados para a série?

Lembrando que The Last of Us estreia no dia 15 de janeiro de 2023.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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Recentemente, o CinePOP teve a honra de conversar com Pedro Pascal (Joel), Bella Ramsey (Ellie), Merle Dandridge (reprisando o papel que interpretou nos jogos, Marlene) e Gabriel Luna (Tommy). O elenco falou sobre as experiências que teve no set de filmagens e de que forma Neil Druckmann, criador dos games originais, e Craig Mazin uniram forças para honrar o material original e garantir que os fãs tivessem a mesma sensação de quando se aventuraram nos jogos.

“Acho que tem sido fascinante para todos nós. Estou sentado ao lado de uma das atrizes originais [Merle], o que é algo que nem consigo começar a descrever. É um tipo diferente de material com que qualquer um de nós tenha trabalhado antes, é um bastante informativo. E acho que, de certa maneira, estávamos todos ‘nascendo’ – é uma ótima palavra essa, ‘nascendo’ [risadas] – juntos. Foi incrível participar da adaptação televisiva do jogo brilhante de Neil, mas pegar peças da obra original… Eu nunca tive a oportunidade de fazer nada como isso antes. Talvez Craig estivesse nervoso que estávamos jogando muito os games e emulando os papéis demais. Eu e Bella talvez tenhamos feito isso em segredo e escondido dele. Mas também foi interessante colocar juntas as diferentes peças do jogo, levando-as para as páginas do roteiro e para a atmosfera que vinha sendo criada”, contou Pascal.

Ramsey complementou: “exatamente, tudo isso. Nós estudamos o gameplay. Nenhum de nós é gamer, então não conseguíamos fazer tudo, mas assistimos e acho que foi tão importante quanto, porque recebíamos os episódios à medida que as gravações ocorriam, não os recebemos de uma vez. Craig teve a tarefa quase impossível de escrever conforme as coisas andavam. E foi muito bom ver o gameplay, porque precisávamos entender a história. Ter o material original é ótimo. Nós rodamos em um período de um ano, sob condições climáticas, e estamos muito orgulhosos do que conseguimos”.

Dandridge também contribuiu com a conversa, explicando as diferenças de dublar Marlene nos jogos e interpretá-la em carne e osso.

“Devo dizer que participar [da história] em uma mídia diferente, com a intimidade de uma nova estrutura, foi o maior desafio para mim. Eu precisava esquecer de várias coisas que sabia sobre Marlene, porque tinha vivido com ela há dez anos. A experiência, a família e os núcleos que eu compreendia sobre este mundo foi completamente diferente – bom, não totalmente diferente, mas como se tivesse sido colocado em um contexto diferente. Tirando a versão em palcos que nós fizemos uma vez, fiquei bastante insegura [com a série]. Como eu iria manifestar isso fisicamente? O mais incrível é que tivemos um time fantástico por trás da adaptação, que amava e se preocupada com a história, os personagens… Todos no show se preocuparam muito em elucidar as coisas mais lindas sobre a narrativa. Ter a oportunidade dessa colaboração e das conversas exaustivas foi uma experiência brilhante. Fui tirada da minha ‘zona de conforto’ e senti como um belo presente. Foi assustador e maravilhoso”, ela disse.

Luna aproveitou o momento para falar de sua história com os games“minha introdução aos games foi em 2013, quando o jogo original saiu. Eu não tinha um PlayStation, então fui à casa do meu amigo, porque ele tinha. Hoje em dia, Austin, no Texas [local onde a história se passa], aparece muito mais na mídia, mas à época, não. Então, foi muito legal ver isso, porque eu sou originalmente de lá. Não consegui terminar, porque era o jogo dele [risadas]. No ano passado, eu descobri que estavam fazendo a série e queria participar. E tive a chance de ignorar minhas tarefas e jogar, minha esposa me pedia para tirar o lixo e eu dizia: ‘querida, não posso, estou trabalhando’ [risadas]. Pude explorar o jogo e aprender sobre o enredo e os personagens. E foi incrível e difícil. Eu tinha que jogar em doses, uma hora de cada vez, por causa da densidade da narrativa e todos os eventos emocionantes que aconteciam. Levou dois meses e meio e eu terminei os dois games. Então vamos trabalhar e eu estava completamente imerso nesse mundo. É uma experiência que transforma seu mundo, eles construíram todas essas texturas e eu conseguia tocar nas coisas. Tem sido arrepiante e espetacular”.

Durante a coletiva, o elenco e os criadores também foram questionados sobre o que os fãs podem esperar da série, considerando que, normalmente, os apaixonados pela franquia original podem se tornar muito protetores em relação à história que aprenderam a amar.

“Eu entendo desse tipo de relação, por ser um grande consumidor de filmes e séries – eu me apaixono por personagens e enlouqueço se conheço os atores que os interpretam”, Pascal comentou. Mas isso foi levado a outro nível, porque é uma experiência imersiva. Eu não tenho ideia se conseguimos fazer isso, mas eles [Neil e Craig] conseguiram. Porque eles amam [‘The Last of Us’] tanto quanto ou ainda mais que os gamers aficionados. Eles estão fazendo isso para vocês, dando tudo de si. Então, não sei, acho que estamos todos em boas mãos”.

“Eu sei”, disse Dandrige. Eu espero que vocês sintam essa paixão que vem de Craig; é como se você fosse entregue por um pai a um guardião legal e confiável. A parceria entre esses dois fez eu me sentir tão acolhida e amada. Vou dizer uma coisa: não acho que eu seja de chorar muito. Mas não teve um dia sequer que não chorei no set, porque eu estava visceralmente tocada por tudo. Eu convivi com este mundo, convivi com esses personagens, e quando coloquei os pés no set, com [Pedro e Bella] nos figurinos, me conectei intimamente com esses personagens. Conhecê-los em carne e osso, conhecer Joel e Ellie, foi muito emocionante para mim. E não foi apenas por talentos incríveis, mas porque [Neil e Craig] estavam trabalhando arduamente para garantir que a história fosse elucidada e elaborada… E não consigo explicar o quão apaixonada fiquei por esse processo”.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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