quinta-feira , 26 dezembro , 2024

EXCLUSIVO | Entrevista com Débora Falabella e Gustavo Vaz, par romântico na tragicomédia Depois A Louca Sou Eu

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Parceiros de trabalho na série Aruanas (2019), da Globo Play, Débora Falabella e Gustavo Vaz começaram um romance na vida real no mesmo ano. Embora o relacionamento tenha chegado ao fim no início de 2021, a sintonia dos dois está registrada no casal Dani e Gilberto da comédia dramática Depois A Louca Sou Eu, em cartaz nos cinemas a partir de 25 de Fevereiro de 2021.

De um lado, Débora Falabella já é a queridinha do público nacional desde a sua estreia em Chiquititas (2000), passando pelas novelas O Clone (2002) e a bem-sucedida Av. Brasil (2012), entre outras. No cinema, ela destacou-se na comédia Lisbela e o Prisioneiro (2003), de Guel Arraes, e seu último trabalho foi como Selminha na adaptação O Beijo no Asfalto (2018), de Murilo Benício



Do outro lado, Gustavo Vaz é relativamente novo no cinema, já que grande parte da sua carreira é no teatro. Seu primeiro longa foi a comédia romântica Divórcio (2017), seguido por uma participação em O Doutrinador (2018) e Maria do Caritó (2019). Seu papel mais famoso é Augusto Soares na série Coisa Mais Linda (2019-2020), da Netflix

Com direção de Julia Rezende (Como É Cruel Viver Assim), a obra apresenta uma complicada e compreensiva relação entre duas pessoas conectadas por suas aflições internas, seja por conta da finitude da vida, seja pelo relacionamento com seus progenitores. Entre risos e lágrimas, Dani (Falabella) e Gilberto (Vaz) são personagens cativantes e representantes dessa geração estressada e angustiada do século XXI. Confira os DESTAQUES do nosso bate-papo sobre os dois. 

Assista também:
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Frases de Débora Falabella

“As pessoas se identificam muito com o filme. Quando você lê aquelas histórias, ou  você já passou por alguma daquelas situações ou conhece alguém que passou. Então, as minhas inspirações vieram muito de pessoas reais”.

Tem cenas que foram divertidíssimas de serem feitas, como a dança com os bichos, com a consteladora [familiar], todas essas terapias que Dani busca. […] As cenas com a mãe também, mesmo que tenham uma carga emocional um pouco maior. [Já] as cenas de pânico eram mais difíceis, porque tinha a questão física para passar a sensação. Eu pude percorrer vários caminhos [como atriz] durante este filme”. 

A montagem desse filme é tão importante, porque vai te levando por uma sensação, um movimento diferente do que eu pensava quando estava gravando”. 

Não somos [loucas], essa coisa do padrão é algo que a gente precisa quebrar, aliás já está sendo quebrado. As mulheres foram colocadas em lugar, que nem é real, a gente não dá conta de sustentar este lugar. Não só as mulheres, mas essa necessidade de felicidade o tempo inteiro, de você está sempre bem mentalmente. Este padrão é irreal, mas claro, ele é alimentado pelo mundo em que a gente vive.”

Confira a entrevista COMPLETA com Débora Falabella:

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Frases de Gustavo Vaz

“O homem violento surge do medo, da ignorância, e o Gilberto, quando ele consegue se vulnerabilizar, ele mostra uma inteligência. Acho que a vulnerabilidade e a inteligência emocional e existencial andam lado a lado.

Gosto muito da cena da crise da Dani dentro do carro na ponte. Eu a acho muito divertida e, ao mesmo tempo, pesada, porque o filme navega em ambos lugares, de forma muito respeitosa e cuidadosa. Apesar de ser um tema delicado, acho que é importante falar sobre para diminuir o tabu na discussão sobre a ansiedade. Nesta mesma cena, a gente consegue passar por esses dois lugares, a gente se identifica, se toca empaticamente e consegue rir da coisa”. 

“O que mais me pegou na trajetória do Gilberto é essa abordagem existencial sobre a vida […]. De questionar, não num sentido negativo, mas de olhar para essa ideia da morte, da finitude que a gente tem, a ideia do que a gente faz aqui e o que estamos deixando”. 

Temos que usar esse lado positivo de ser homem de conseguir nos comunicar pensando no caminho da vulnerabilidade e da escuta. A gente, [os homens],  já falou muito e é importante daqui para frente escutar um pouco mais. E também confiar que ser vulnerável é ser inteligente.”

Confira a entrevista COMPLETA com Gustavo Vaz:

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Letícia Alassë
Crítica de Cinema desde 2012, jornalista e pesquisadora sobre comunicação, cultura e psicanálise. Mestre em Cultura e Comunicação pela Universidade Paris VIII, na França e membro da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine). Nascida no Rio de Janeiro e apaixonada por explorar o mundo tanto geograficamente quanto diante da tela.

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Parceiros de trabalho na série Aruanas (2019), da Globo Play, Débora Falabella e Gustavo Vaz começaram um romance na vida real no mesmo ano. Embora o relacionamento tenha chegado ao fim no início de 2021, a sintonia dos dois está registrada no casal Dani e Gilberto da comédia dramática Depois A Louca Sou Eu, em cartaz nos cinemas a partir de 25 de Fevereiro de 2021.

De um lado, Débora Falabella já é a queridinha do público nacional desde a sua estreia em Chiquititas (2000), passando pelas novelas O Clone (2002) e a bem-sucedida Av. Brasil (2012), entre outras. No cinema, ela destacou-se na comédia Lisbela e o Prisioneiro (2003), de Guel Arraes, e seu último trabalho foi como Selminha na adaptação O Beijo no Asfalto (2018), de Murilo Benício

Do outro lado, Gustavo Vaz é relativamente novo no cinema, já que grande parte da sua carreira é no teatro. Seu primeiro longa foi a comédia romântica Divórcio (2017), seguido por uma participação em O Doutrinador (2018) e Maria do Caritó (2019). Seu papel mais famoso é Augusto Soares na série Coisa Mais Linda (2019-2020), da Netflix

Com direção de Julia Rezende (Como É Cruel Viver Assim), a obra apresenta uma complicada e compreensiva relação entre duas pessoas conectadas por suas aflições internas, seja por conta da finitude da vida, seja pelo relacionamento com seus progenitores. Entre risos e lágrimas, Dani (Falabella) e Gilberto (Vaz) são personagens cativantes e representantes dessa geração estressada e angustiada do século XXI. Confira os DESTAQUES do nosso bate-papo sobre os dois. 

Frases de Débora Falabella

“As pessoas se identificam muito com o filme. Quando você lê aquelas histórias, ou  você já passou por alguma daquelas situações ou conhece alguém que passou. Então, as minhas inspirações vieram muito de pessoas reais”.

Tem cenas que foram divertidíssimas de serem feitas, como a dança com os bichos, com a consteladora [familiar], todas essas terapias que Dani busca. […] As cenas com a mãe também, mesmo que tenham uma carga emocional um pouco maior. [Já] as cenas de pânico eram mais difíceis, porque tinha a questão física para passar a sensação. Eu pude percorrer vários caminhos [como atriz] durante este filme”. 

A montagem desse filme é tão importante, porque vai te levando por uma sensação, um movimento diferente do que eu pensava quando estava gravando”. 

Não somos [loucas], essa coisa do padrão é algo que a gente precisa quebrar, aliás já está sendo quebrado. As mulheres foram colocadas em lugar, que nem é real, a gente não dá conta de sustentar este lugar. Não só as mulheres, mas essa necessidade de felicidade o tempo inteiro, de você está sempre bem mentalmente. Este padrão é irreal, mas claro, ele é alimentado pelo mundo em que a gente vive.”

Confira a entrevista COMPLETA com Débora Falabella:

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Frases de Gustavo Vaz

“O homem violento surge do medo, da ignorância, e o Gilberto, quando ele consegue se vulnerabilizar, ele mostra uma inteligência. Acho que a vulnerabilidade e a inteligência emocional e existencial andam lado a lado.

Gosto muito da cena da crise da Dani dentro do carro na ponte. Eu a acho muito divertida e, ao mesmo tempo, pesada, porque o filme navega em ambos lugares, de forma muito respeitosa e cuidadosa. Apesar de ser um tema delicado, acho que é importante falar sobre para diminuir o tabu na discussão sobre a ansiedade. Nesta mesma cena, a gente consegue passar por esses dois lugares, a gente se identifica, se toca empaticamente e consegue rir da coisa”. 

“O que mais me pegou na trajetória do Gilberto é essa abordagem existencial sobre a vida […]. De questionar, não num sentido negativo, mas de olhar para essa ideia da morte, da finitude que a gente tem, a ideia do que a gente faz aqui e o que estamos deixando”. 

Temos que usar esse lado positivo de ser homem de conseguir nos comunicar pensando no caminho da vulnerabilidade e da escuta. A gente, [os homens],  já falou muito e é importante daqui para frente escutar um pouco mais. E também confiar que ser vulnerável é ser inteligente.”

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Crítica de Cinema desde 2012, jornalista e pesquisadora sobre comunicação, cultura e psicanálise. Mestre em Cultura e Comunicação pela Universidade Paris VIII, na França e membro da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine). Nascida no Rio de Janeiro e apaixonada por explorar o mundo tanto geograficamente quanto diante da tela.

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