domingo , 17 novembro , 2024

Nebraska

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Todo filmado em preto e branco, Nebraska marca a volta do cineasta Alexander Payne dois anos depois do estrondoso sucesso do drama Os Descendentes, indicado para cinco Oscar (incluindo melhor filme e diretor) e vencedor de roteiro adaptado. Payne é um dos mais talentosos diretores trabalhando em Hollywood atualmente, e seu currículo inclui obras cultuadas pelos cinéfilos como Eleição (1999), As Confissões de Schmidt (2002) e Sideways – Entre umas e outras (2004), todos com prestígio em premiações. Nebraska, seu novo trabalho, entra para o hall de filmes a serem assistidos com o pai. Essa é uma grande homenagem, e uma das grandes obras do cinema sobre o relacionamento entre pai e filho.

O veterano Bruce Dern (Django Livre), de 77 anos, ganha de Payne um grande presente a essa altura de sua carreira, ao ser escolhido para viver Woody Grant, um idoso problemático. O sujeito infeliz cisma que acabou de ganhar 1 milhão de dólares num certificado de uma coleção de livros. Trata-se de um esquema que apenas o idoso, que já não bate mais tão bem da cabeça, não percebe ser uma fraude. Enlouquecendo sua esposa, vivida pela ótima June Squibb (O Grande Ano), ao sair desvairadamente pelas ruas em busca de seu prêmio, o protagonista desperta a preocupação de seus filhos, vividos por Will Forte (Vizinhos Imediatos de 3° Grau) e pelo ator e diretor Bob Odenkirk (da série Breaking Bad).

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Até que para lhe dar paz de espírito, seu filho mais novo, vivido por Forte, decide levá-lo até a tal cidade para recolher seu prêmio. Nessa viagem pelas estradas, pai e filho irão se conhecer melhor, e serão forçados a conviverem, passando por diversas aventuras, e exorcizando seus demônios. Mais adiante, a impagável Kate (Squibb) se juntará a dupla, assim como Ross (Odenkirk), numa reunião familiar hilária. Nebraska consegue ser sensível, emotivo, e também muito engraçado, em seu retrato realístico de uma típica família de classe média, que poderia facilmente ser a minha ou a sua. Pai e filho são pedidos para confrontarem o passado, quando no caminho param na cidade onde o protagonista cresceu.

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Velhos desafetos, antigos amores, e grandes amizades voltam à tona nessa nostálgica obra genealógica. Payne realiza um filme incomum, mas com grande coração, e que se torna a segunda ótima produção do ano em preto e branco, ao lado do único Frances Ha. O humor se faz presente e eficiente na maioria das cenas, principalmente nas interações do alcoólatra resmungão e de poucas palavras vivido por Dern. Numa das melhores cenas do filme, o idoso resolve fazer uma parada na casa do irmão. Em outro momento seus filhos resolvem retratar um mal feito a ele, reavendo um item emprestado e nunca devolvido por décadas, num momento de muita graça.

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Não deixe de assistir:

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Quem também recebe grande chance e destaque é o humorista Will Forte, oriundo do programa Saturday Night Live, cujo papel de maior destaque havia sido na paródia Corra que o Agente Voltou, no qual interpreta uma sátira de MacGyver. Aqui, Forte desempenha seu primeiro papel sério, e se sai bem como o perdedor honesto e de bom coração, David. Mas todos os louros vão para a caracterização e performance implacável de Bruce Dern. O veterano indicado apenas a um Oscar de coadjuvante em 1978, está em sua melhor forma, e é muito provável que seja lembrado em época de premiações. O texto do estreante Bob Nelson, e a direção de Payne criam uma obra ímpar sobra a família, que se torna um dos pontos altos do cinema em 2013.

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O veterano Bruce Dern (Django Livre), de 77 anos, ganha de Payne um grande presente a essa altura de sua carreira, ao ser escolhido para viver Woody Grant, um idoso problemático. O sujeito infeliz cisma que acabou de ganhar 1 milhão de dólares num certificado de uma coleção de livros. Trata-se de um esquema que apenas o idoso, que já não bate mais tão bem da cabeça, não percebe ser uma fraude. Enlouquecendo sua esposa, vivida pela ótima June Squibb (O Grande Ano), ao sair desvairadamente pelas ruas em busca de seu prêmio, o protagonista desperta a preocupação de seus filhos, vividos por Will Forte (Vizinhos Imediatos de 3° Grau) e pelo ator e diretor Bob Odenkirk (da série Breaking Bad).

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Até que para lhe dar paz de espírito, seu filho mais novo, vivido por Forte, decide levá-lo até a tal cidade para recolher seu prêmio. Nessa viagem pelas estradas, pai e filho irão se conhecer melhor, e serão forçados a conviverem, passando por diversas aventuras, e exorcizando seus demônios. Mais adiante, a impagável Kate (Squibb) se juntará a dupla, assim como Ross (Odenkirk), numa reunião familiar hilária. Nebraska consegue ser sensível, emotivo, e também muito engraçado, em seu retrato realístico de uma típica família de classe média, que poderia facilmente ser a minha ou a sua. Pai e filho são pedidos para confrontarem o passado, quando no caminho param na cidade onde o protagonista cresceu.

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Velhos desafetos, antigos amores, e grandes amizades voltam à tona nessa nostálgica obra genealógica. Payne realiza um filme incomum, mas com grande coração, e que se torna a segunda ótima produção do ano em preto e branco, ao lado do único Frances Ha. O humor se faz presente e eficiente na maioria das cenas, principalmente nas interações do alcoólatra resmungão e de poucas palavras vivido por Dern. Numa das melhores cenas do filme, o idoso resolve fazer uma parada na casa do irmão. Em outro momento seus filhos resolvem retratar um mal feito a ele, reavendo um item emprestado e nunca devolvido por décadas, num momento de muita graça.

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Quem também recebe grande chance e destaque é o humorista Will Forte, oriundo do programa Saturday Night Live, cujo papel de maior destaque havia sido na paródia Corra que o Agente Voltou, no qual interpreta uma sátira de MacGyver. Aqui, Forte desempenha seu primeiro papel sério, e se sai bem como o perdedor honesto e de bom coração, David. Mas todos os louros vão para a caracterização e performance implacável de Bruce Dern. O veterano indicado apenas a um Oscar de coadjuvante em 1978, está em sua melhor forma, e é muito provável que seja lembrado em época de premiações. O texto do estreante Bob Nelson, e a direção de Payne criam uma obra ímpar sobra a família, que se torna um dos pontos altos do cinema em 2013.

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