quinta-feira, abril 25, 2024

Filmes para entendermos mais sobre um assunto importante: a Surdez

Nessa matéria, acompanhando a data de hoje, onde o Brasil comemora o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez, buscamos referências em nossas memórias cinéfilas pra refletir sobre um tema muito importante mas muitas vezes esquecido por grande parte de nós, a Surdez. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma a cada dez pessoas podem ser afetadas com a perda auditiva até 2050. No mundo mágico do cinema, algumas histórias ao longo dos anos nos fizeram refletir de diversas formas sobre o tema. Pensando nisso, separamos uma lista com alguns belos filmes que possuem grande força em suas mensagens tendo o tema central dessa matéria como mola propulsora para nosso refletir.

 

O Som do Silêncio

This image released by Amazon Studios shows Riz Ahmed in a scene from “Sound of Metal.” (Amazon Studios via AP)

O som é um mero detalhe quando encontramos um novo sentido em nossas vidas. Uma das gratas surpresas dos últimos anos quando pensamos em lançamentos nos streamings é esse fenomenal trabalho dirigido pelo estreante em longas-metragens Darius Marder. O Som do Silêncio (Sound of Metal, no original) é um angustiante drama sobre o silêncio que precede o esporro. Contando a vida de um baterista que descobre que está ficando surdo, seu mundo novo, descobertas, uma nova linguagem, somos testemunhas da importância dos inquietantes barulhos da alma. Uma atuação arrebatadora e emocionante do ator Riz Ahmed, além dos ótimos Olivia Cooke e Paul Raci.

 

Seremos Ouvidas

O cinema tem esse poder de fazer por exemplo a comunidade surda se sentir orgulhosa e representada com uma obra que rompe fronteiras das mais diversas que podemos imaginar. Segundo filme da cineasta Larissa Nepomuceno, Seremos Ouvidas mostra um pequeno recorte do movimento feminista surdo. Informativo e interessante para todos os públicos, o estudo da diretora foi amplo e bastante certeiro, assistiu muito filmes sobre surdez ou pessoas surdas e não perde o quadro, com as mãos e os troncos sempre visíveis para as pessoas surdas quando assistirem poderem entender o filme por completo.

Passando pelo movimento feminista de surdas e a violência que muitas mulheres sofrem, outra forte questão levantada e uma das conclusões que chegamos quando assistimos aos relatos é a de que há muita pouco informação sobre a comunidade surda. Falta acessibilidade, palestras e bom senso. Um filme importante, curto, mas que levanta ótimos debates.

Não deixe de assistir:

 

O Que Não Falam Quando Falam de Amor

Exibido no Festival do RJ de 2013, o longa-metragem da Indonésia O Que Não Falam Quando Falam de Amor, que nunca fora exibido no circuito exibidor brasileiro, dirigido pela cineasta Mouly Surya aborda os dramas e obstáculos que adolescentes envolvidos em relacionamentos complexos buscando novas maneiras de se comunicar e aprender como lidar com suas deficiências. No centro do nosso especial, uma das personagens, que é cega de nascença, tenta chamar a atenção de um médico através de cartas, ele que é surdo.

 

A Vida Secreta das Palavras

Você sabe quando a profundidade se encontra com a solidão? No filme embarcamos na plataforma das emoções. A diretora e roteirista Isabel Coixet consegue reunir pequenos elementos que transformam essa obra em uma obrigação na estante de cada cinéfilo. A personagem principal, interpretada por Sarah Polley, parece viver em um mundo particular a um alcance do botão de seu aparelho de surdez. Em meio a solidão daqueles homens, Hanna começa a se sentir confortável, cada dia que passa vai se abrindo pouco a pouco.  O público percebe logo de início que há muita profundidade com essa não expressão que carrega. Tim Robbins interpreta Josef, a face contrária, a alma gêmea da bela protagonista. Seu personagem é carregado de mágoa, remorso que encontra em Hanna um porto seguro, uma pessoa pra quem pode desabafar toda aquela aflição que guarda dentro do seu coração.

 

A Família Bélier

O que é uma família senão o mais admirável dos governos? O trabalho do cineasta francês Eric Lartigau é uma comédia ao melhor estilo sessão da tarde mas com elementos tão sensíveis que elevam a qualidade da trama a cada frame. Só mesmo um cinema como o francês, que exala qualidade em muitos de seus títulos, para falar com tamanha sutileza sobre os problemas que ocorrem dentro de uma casa. Na trama, conhecemos os fazendeiros simpáticos que fazem parte da Família Bélier. A história gira em torno da jovem Paula (interpretada pela ex-concorrente do The Voice francês Louane Emera), uma estudante que ao entrar por acaso em uma aula de canto do colégio, percebe que tem o dom de cantar. Paula vive com sua família, onde todos são surdos e mudos exceto ela, e se dedica diariamente as afazeres familiares e as inúmeras traduções que precisa fazer para ajudar os membros de sua família a terem uma vida mais tranquila. Tudo isso muda quando Paula resolve tentar a sorte em uma seleção para uma escola de canto em Paris. Essa decisão irá mudar de vez o cotidiano de todos na família.

 

 

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