sexta-feira , 22 novembro , 2024

Final original de ‘Não Se Preocupe, Querida’ seria completamente diferente da versão oficial; Confira!

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O texto abaixo contém SPOILERS!

O roteiro original de ‘Não se Procupe, Querida‘ foi escrito por Carey e Shane Van Dyke, netos do ator Dick Van Dyke. No entanto, a ideia da dupla entrou para a infame Lista Negra de 2019.

Para quem não sabe, essa lista faz parte de uma pesquisa anual realizada entre os roteiristas que votam nos melhores roteiros ainda não produzidos que circulam por Hollywood.



Pois bem, quando Olivia Wilde ficou sabendo da ideia, ela se juntou com a roteirista Katie Silberman (‘Booksmart’) para reescreverem a obra, mudando o foco e adicionando vários personagens, o que deu origem ao filme atualmente em cartaz.

Ambientado na década de 1950, ‘Não se Procupe, Querida‘ conta a história de Alice (Florence Pugh), que vive em uma cidade industrial chique chamada Victory, que lembra muito Palm Springs, na Califórnia, EUA.

Seu marido, Jack (Harry Styles), e todos os outros maridos da cidade, trabalha em um misterioso prédio a quilômetros de distância da cidade e é proibido de comentar o que faz lá, dizendo apenas que trabalha em ‘materiais progressivos’.

A cidade é supervisionada por Frank (Chris Pine), um autoproclamado Messias que faz discursos apaixonados sobre desbravar o mundo e como Victory é o reflexo de um experimento bem-sucedido.

Mesmo assim, Alice começa a sentir que algo está errado com Victory quando ela testemunha uma amiga deprimida (KiKi Layne) sendo aplacada com drogas. E ela também começa a ter visões de pesadelo, indicando que algo anda errado com sua mente.

Além disso, Alice é silenciada toda vez que questiona Jack ou mesmo Frank sobre a natureza de Victory, o que acaba levando-a a um tratamento de choque para conter suas suspeitas.

O final

Quando Alice testemunha um avião caindo na colina fora da cidade, ela percorre o deserto a pé para investigar o acidente e não encontra vestígios dos destroços, mas sim um estranho edifício espelhado onde seu marido trabalha ostensivamente.

Quando ela toca a parede do prédio, sua mente é apagada e ela é misteriosamente transportada para casa. Mais tarde, é revelado que o edifício é, na verdade, uma ‘saída’ da realidade artificial na qual Alice foi inserida.

Ao longo da trama, descobrimos que Alice e Jack vivem nos dias atuais, mas suas mentes estão presas em uma simulação que reproduz a antiga cidade enquanto seus corpos estão na cama de um apartamento apertado.

Acontece que Jack sequestrou Alice e a forçou a entrar naquele mundo falso, pois estava descontente com o quanto Alice tinha que trabalhar e com o pouco tempo que tinham um para o outro.

A verdade é que o Projeto Victory não era uma comunidade experimental, mas um programa exclusivo no qual Jack teve permissão para entrar.

Com isso, Wilde tentou fazer uma crítica sobre como os homens procuram controlar e intimidar as mulheres, e como esses homens se voltam para a América do pós-Segunda Guerra Mundial como um momento triunfante para a imagem deles.

Eventualmente, Alice percebe que está dentro da simulação e quebra um copo na cabeça de Jack, levando-o à morte. Mais tarde, sua vizinha, Bunny (Wilde), explica que se alguém morre na simulação, também morre na vida real.

Bunny sabe que Victory é uma simulação e vive daquela forma de boa vontade, pois seus filhos morreram no mundo real e na simulação ela poderia conviver com eles.

O filme termina com Alice fugindo de volta para o prédio de ‘saída’ e abandonando a simulação na tentativa de desligá-la, já que Frank também foi morto por sua esposa e não poderia impedir Alice.

O roteiro original

Em um recente artigo do Insider, os detalhes do final original do roteiro foram revelados, e a versão dos Van Dyke preenchem mais informações, deixando o rascunho original mais explícito em suas críticas.

Por um lado, o personagem de Frank e suas filosofias messiânicas foram invenções de Wilde e Silberman. Elas também minimizaram os papéis dos personagens masculinos, optando por fazer do filme uma história sobre a experiência das mulheres naquele universo.

No rascunho original, a saída para a simulação estava escondida dentro de uma casa à venda. Quando Alice (originalmente chamada Evelyn) escapa da simulação, ela ganha plena consciência e se encontra no ano de 2050.

Ela estava de fato mentalmente conectada a uma simulação complexa, mas descobriu que ela e Jack haviam se divorciado há muito tempo.

Ela descobre em uma pesquisa na internet que a simulação foi chamada de ‘Alt-Life’ e foi projetada por homens sexistas especificamente para evitar um ‘mundo controlado por mulheres’. Jack (originalmente chamado Clifford) forjou a morte de Evelyn e a conectou à máquina contra sua vontade.

Reviravoltas

O final original também continha uma série de reviravoltas adicionais…

Em 2050, Clifford acaba descobrindo que Evelyn havia escapado da simulação e a força a voltar para lá e passar por um tratamento de choque para apagar de sua mente tudo o que ela descobriu, incluindo sua fuga.

Aparentemente resetada, ela volta a se enxergar como uma dona de casa feliz dos anos 1950, mas dias depois volta a confrontar Clifford sobre a ‘Alt-Life’.

Clifford então admite que a prendeu na simulação porque não aceitava o divórcio, causado por seu vício em trabalho. Evelyn consegue fugir da simulação mais uma vez, mas logo é forçada a voltar pela 3ª vez e é internada em uma clínica psiquiátrica.

Lá, Evelyn é convencida de que suas visões da vida real em 2050 eram apenas uma fantasia. Ela imaginou um futuro de alta tecnologia em que as mulheres fossem tratadas tão mal quanto na década de 1950. Não houve simulação. Foi tudo um sonho. Um sonho de um futuro onde as mulheres fossem empoderadas. Esse é um final bem contundente.

Então, em uma reviravolta final, Bunny chega para dizer a Evelyn que o hospital psiquiátrico contém outro portal de saída.

O desfecho deixa em aberto se as palavras de Bunny são mesmo real ou se Evelyn estava imaginando isso, como uma vontade subconsciente de tentar escapar mais uma vez.

A trama é encerrada de forma ambígua justamente para fazer o público se questionar, assim como Evelyn.

No fim das contas, a versão de de Wilde e Silberman é apenas um recorte de uma ideia mais complexa.

Wilde manteve os temas de um casamento desfeito por conta de uma mulher que trabalha demais e é independente, mas parece ter deixado de lado elementos que reforçavam a misoginia do marido e seu impulso controlador.

No roteiro dos Van Dyke, o público teria visto explicitamente que Clifford havia sido radicalizado pela vida online, abrindo um paralelo com sites que encorajam abertamente a linguagem mais misógina.

Infelizmente, o filme foi massacrado pelos críticos, e o consenso geral é que nem mesmo a ótima performance de Pugh salva a produção de uma história clichê, pouco inventiva e forçada.

Separamos os trechos das principais críticas:

“É uma história simples e clichê sobre escapar do patriarcado – algo que já foi feito antes e já foi feito melhor.” (Little White Lies)

“O maior problema com ‘Não se Preocupe, Querida’ é que termina de forma errada. O filme poderia ter sido um suspense distópico razoavelmente eficaz, mas se torna uma narrativa sobre o triunfo feminista que parece forçado.” (TIME Magazine)

“A maior falha da Olivia Wilde é a sua imaginação. O filme dela tem uma atuação sólida, e é lindamente construído, mas não é tão perturbador quanto almeja ser. Não há nada para se preocupar.” (Los Angeles Times)

“Um suspense com um conceito ambicioso, mas com uma execução pouco satisfatória.” (Hollywood Reporter)

“Se esse filme realmente é sobre o prazer feminino, odiaria ver a interpretação da Olivia [Wilde] sobre dor feminina. Esse filme já doeu o suficiente.” (IndieWire)

“Se você estiver com o humor certo, ‘Não se Preocupe, Querida’ pode ser divertido – apesar do suspense da Olivia Wilde não conseguir reescrever as regras do gênero de nenhuma maneira significativa.” (Deadline

Confira o trailer:

YouTube video

Na trama, Alice é a dona de casa perfeita, vivendo numa comunidade utópica no deserto da Califórnia, junto com o seu marido Jack. Escondendo suas frustrações, ela acaba fazendo uma descoberta perturbadora que a faz questionar sua realidade “impecável“.

O elenco ainda conta com Chris Pine, Gemma Chan, KiKi Layne, Nick Kroll, Sydney Chandler e Kate Berlant.

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O roteiro original de ‘Não se Procupe, Querida‘ foi escrito por Carey e Shane Van Dyke, netos do ator Dick Van Dyke. No entanto, a ideia da dupla entrou para a infame Lista Negra de 2019.

Para quem não sabe, essa lista faz parte de uma pesquisa anual realizada entre os roteiristas que votam nos melhores roteiros ainda não produzidos que circulam por Hollywood.

Pois bem, quando Olivia Wilde ficou sabendo da ideia, ela se juntou com a roteirista Katie Silberman (‘Booksmart’) para reescreverem a obra, mudando o foco e adicionando vários personagens, o que deu origem ao filme atualmente em cartaz.

Ambientado na década de 1950, ‘Não se Procupe, Querida‘ conta a história de Alice (Florence Pugh), que vive em uma cidade industrial chique chamada Victory, que lembra muito Palm Springs, na Califórnia, EUA.

Seu marido, Jack (Harry Styles), e todos os outros maridos da cidade, trabalha em um misterioso prédio a quilômetros de distância da cidade e é proibido de comentar o que faz lá, dizendo apenas que trabalha em ‘materiais progressivos’.

A cidade é supervisionada por Frank (Chris Pine), um autoproclamado Messias que faz discursos apaixonados sobre desbravar o mundo e como Victory é o reflexo de um experimento bem-sucedido.

Mesmo assim, Alice começa a sentir que algo está errado com Victory quando ela testemunha uma amiga deprimida (KiKi Layne) sendo aplacada com drogas. E ela também começa a ter visões de pesadelo, indicando que algo anda errado com sua mente.

Além disso, Alice é silenciada toda vez que questiona Jack ou mesmo Frank sobre a natureza de Victory, o que acaba levando-a a um tratamento de choque para conter suas suspeitas.

O final

Quando Alice testemunha um avião caindo na colina fora da cidade, ela percorre o deserto a pé para investigar o acidente e não encontra vestígios dos destroços, mas sim um estranho edifício espelhado onde seu marido trabalha ostensivamente.

Quando ela toca a parede do prédio, sua mente é apagada e ela é misteriosamente transportada para casa. Mais tarde, é revelado que o edifício é, na verdade, uma ‘saída’ da realidade artificial na qual Alice foi inserida.

Ao longo da trama, descobrimos que Alice e Jack vivem nos dias atuais, mas suas mentes estão presas em uma simulação que reproduz a antiga cidade enquanto seus corpos estão na cama de um apartamento apertado.

Acontece que Jack sequestrou Alice e a forçou a entrar naquele mundo falso, pois estava descontente com o quanto Alice tinha que trabalhar e com o pouco tempo que tinham um para o outro.

A verdade é que o Projeto Victory não era uma comunidade experimental, mas um programa exclusivo no qual Jack teve permissão para entrar.

Com isso, Wilde tentou fazer uma crítica sobre como os homens procuram controlar e intimidar as mulheres, e como esses homens se voltam para a América do pós-Segunda Guerra Mundial como um momento triunfante para a imagem deles.

Eventualmente, Alice percebe que está dentro da simulação e quebra um copo na cabeça de Jack, levando-o à morte. Mais tarde, sua vizinha, Bunny (Wilde), explica que se alguém morre na simulação, também morre na vida real.

Bunny sabe que Victory é uma simulação e vive daquela forma de boa vontade, pois seus filhos morreram no mundo real e na simulação ela poderia conviver com eles.

O filme termina com Alice fugindo de volta para o prédio de ‘saída’ e abandonando a simulação na tentativa de desligá-la, já que Frank também foi morto por sua esposa e não poderia impedir Alice.

O roteiro original

Em um recente artigo do Insider, os detalhes do final original do roteiro foram revelados, e a versão dos Van Dyke preenchem mais informações, deixando o rascunho original mais explícito em suas críticas.

Por um lado, o personagem de Frank e suas filosofias messiânicas foram invenções de Wilde e Silberman. Elas também minimizaram os papéis dos personagens masculinos, optando por fazer do filme uma história sobre a experiência das mulheres naquele universo.

No rascunho original, a saída para a simulação estava escondida dentro de uma casa à venda. Quando Alice (originalmente chamada Evelyn) escapa da simulação, ela ganha plena consciência e se encontra no ano de 2050.

Ela estava de fato mentalmente conectada a uma simulação complexa, mas descobriu que ela e Jack haviam se divorciado há muito tempo.

Ela descobre em uma pesquisa na internet que a simulação foi chamada de ‘Alt-Life’ e foi projetada por homens sexistas especificamente para evitar um ‘mundo controlado por mulheres’. Jack (originalmente chamado Clifford) forjou a morte de Evelyn e a conectou à máquina contra sua vontade.

Reviravoltas

O final original também continha uma série de reviravoltas adicionais…

Em 2050, Clifford acaba descobrindo que Evelyn havia escapado da simulação e a força a voltar para lá e passar por um tratamento de choque para apagar de sua mente tudo o que ela descobriu, incluindo sua fuga.

Aparentemente resetada, ela volta a se enxergar como uma dona de casa feliz dos anos 1950, mas dias depois volta a confrontar Clifford sobre a ‘Alt-Life’.

Clifford então admite que a prendeu na simulação porque não aceitava o divórcio, causado por seu vício em trabalho. Evelyn consegue fugir da simulação mais uma vez, mas logo é forçada a voltar pela 3ª vez e é internada em uma clínica psiquiátrica.

Lá, Evelyn é convencida de que suas visões da vida real em 2050 eram apenas uma fantasia. Ela imaginou um futuro de alta tecnologia em que as mulheres fossem tratadas tão mal quanto na década de 1950. Não houve simulação. Foi tudo um sonho. Um sonho de um futuro onde as mulheres fossem empoderadas. Esse é um final bem contundente.

Então, em uma reviravolta final, Bunny chega para dizer a Evelyn que o hospital psiquiátrico contém outro portal de saída.

O desfecho deixa em aberto se as palavras de Bunny são mesmo real ou se Evelyn estava imaginando isso, como uma vontade subconsciente de tentar escapar mais uma vez.

A trama é encerrada de forma ambígua justamente para fazer o público se questionar, assim como Evelyn.

No fim das contas, a versão de de Wilde e Silberman é apenas um recorte de uma ideia mais complexa.

Wilde manteve os temas de um casamento desfeito por conta de uma mulher que trabalha demais e é independente, mas parece ter deixado de lado elementos que reforçavam a misoginia do marido e seu impulso controlador.

No roteiro dos Van Dyke, o público teria visto explicitamente que Clifford havia sido radicalizado pela vida online, abrindo um paralelo com sites que encorajam abertamente a linguagem mais misógina.

Infelizmente, o filme foi massacrado pelos críticos, e o consenso geral é que nem mesmo a ótima performance de Pugh salva a produção de uma história clichê, pouco inventiva e forçada.

Separamos os trechos das principais críticas:

“É uma história simples e clichê sobre escapar do patriarcado – algo que já foi feito antes e já foi feito melhor.” (Little White Lies)

“O maior problema com ‘Não se Preocupe, Querida’ é que termina de forma errada. O filme poderia ter sido um suspense distópico razoavelmente eficaz, mas se torna uma narrativa sobre o triunfo feminista que parece forçado.” (TIME Magazine)

“A maior falha da Olivia Wilde é a sua imaginação. O filme dela tem uma atuação sólida, e é lindamente construído, mas não é tão perturbador quanto almeja ser. Não há nada para se preocupar.” (Los Angeles Times)

“Um suspense com um conceito ambicioso, mas com uma execução pouco satisfatória.” (Hollywood Reporter)

“Se esse filme realmente é sobre o prazer feminino, odiaria ver a interpretação da Olivia [Wilde] sobre dor feminina. Esse filme já doeu o suficiente.” (IndieWire)

“Se você estiver com o humor certo, ‘Não se Preocupe, Querida’ pode ser divertido – apesar do suspense da Olivia Wilde não conseguir reescrever as regras do gênero de nenhuma maneira significativa.” (Deadline

Confira o trailer:

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Na trama, Alice é a dona de casa perfeita, vivendo numa comunidade utópica no deserto da Califórnia, junto com o seu marido Jack. Escondendo suas frustrações, ela acaba fazendo uma descoberta perturbadora que a faz questionar sua realidade “impecável“.

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