domingo , 8 dezembro , 2024

Globo de Ouro 2018 acontece domingo (7); Confira as Surpresas e os Esnobados

A cerimônia de entrega dos prêmios Globo de Ouro 2018 acontece neste domingo, 7 de janeiro, e será exibida na íntegra pelo Facebook.

O Globo de Ouro, prêmio criado pela imprensa estrangeira situada em Los Angeles, tem tanta repercussão e glamour, que fica atrás somente do Oscar quando o quesito é visibilidade.



Por outro lado, em questão de importância, podemos dizer que, embora seja um dos fortes termômetros para o Oscar (repetindo muitos dos indicados), o Globo de Ouro não é tão levado a sério. Explico. Além de uma cerimônia em si mais descontraída e divertida (geralmente chamam comediantes para apresentar e o humor nos últimos anos tem sido bem ácido – não poupando ninguém), as categorias de ator, atriz e filme são divididas entre drama e comédia. Em anos recentes, o Globo de Ouro indicou alguns filmes execrados pela crítica, o que é estranho já que seus votantes são jornalistas. Filmes como Burlesque e O Turista, ambos da cerimônia de 2011. Fato que levantou uma brincadeira que se tornou mito, e diz que os votantes elegem os indicados, todos astros famosos, para terem uma chance ao seu lado na cerimônia, sentados em grandes mesas de jantar.

Uma curiosidade é que em 2012, o Globo de Ouro abriu espaço para seis filmes ao invés dos usuais cinco, na categoria de drama – entraram Os Descendentes (ganhador), Histórias Cruzadas (mais para comédia), A Invenção de Hugo Cabret, Tudo pelo Poder, O Homem que Mudou o Jogo e Cavalo de Guerra. O fato não é novidade, já que em 2008, foram sete filmes indicados na mesma categoria.

Bom, vale dizer também que alguns dos indicados no Globo de Ouro sempre terminam de fora do Oscar, e vice versa. Alguns filmes não indicados aqui, costumam aparecer depois, no maior prêmio do cinema. Desta forma, daremos uma rápida olhada nos filmes que ficaram de fora nesta 75ª edição do Globo de Ouro.

A atriz Amy Adams…, brincadeirinha. Adams se tornou sinônimo de esnobada, cinco vezes indicada ao Oscar e sem vitória. Ano passado com A Chegada, deu origem à brincadeira de que era Leonardo DiCaprio de saia. Como a atriz não tem filme este ano, uma das ausências mais sentidas foi Doentes de Amor (The Big Sick), drama independente sucesso em festivais. Além de não ter aparecido na categoria de comédia ou musical – que seria seu lugar – Holly Hunter, atriz veterana dada como uma das certezas na categoria de coadjuvante ficou de fora da premiação. Em seu lugar parece ter sido enfiada de última hora a tailandesa Hong Chau por sua performance em Pequena Grande Vida (Downsizing), filme pelo qual possuo pouco apreço. Em minha opinião seu desempenho é caricato e quase ofensivo.

Super-Heróis

Lembrando que ano passado, o Globo de Ouro indicou o sucesso Deapool na categoria de melhor filme comédia ou musical e seu protagonista Ryan Reynolds para ator na mesma categoria. Assim, existia esperança dos fãs de que Logan ou/e Mulher Maravilha conseguissem um lugarzinho em alguma categoria. Logan é o filme do gênero mais elogiado do ano, e muitos faziam campanha para Patrick Stewart como coadjuvante. Já Mulher Maravilha é o filme de representatividade feminina do ano, e poderia ter emplacado ainda sua protagonista Gal Gadot e sua diretora Patty Jenkins (esta última merecidíssimo). Mas ambos os filmes ficaram a ver navios.

Falta de Representatividade na Direção

Para saber mais sobre este tópico, clique no link e leia a nota de Georgenor Franco Neto.

Outras três ausências sentidas foram a do drama racial Mudbound, obra aclamada em festivais, que já foi lançada na Netflix nos EUA. No Brasil seguirá o mesmo caminho, mas antes chega às salas de cinema, com distribuição da Diamond Films. A super carismática humorista Tiffany Haddish é o destaque da comédia Viagem das Garotas e levou pra casa o prêmio da crítica de Nova York. E Jake Gyllenhaal gerava burburinho de Oscar por seu desempenho em O que te Faz Mais Forte. Ambos foram ignorados pela imprensa estrangeira.

Menção Honrosa: James McAvoyFragmentado.

Surpresas

All the Money in the World

Quando escrevi minha matéria sobre as previsões da categoria de melhor atriz – no Oscar – mencionei que a talentosa Michelle Williams tinha dois trabalhos que poderiam ser lembrados. É claro também que nenhum dos dois poderia emplacar. Mas ao menos com a imprensa estrangeira, seu desempenho no filme de Ridley Scott foi nomeado. Mas a polêmica vem mesmo com a indicação do veterano Christopher Plummer, que ganhou um Oscar tardio, em 2012, por Toda Forma de Amor. Aqui, no longa de Scott, Plummer precisou ser inserido, entrando em cena nos 46 do segundo tempo, e substituindo Kevin Spacey. A menos que você more em Marte, deve saber que Spacey foi acusado de assédio, e além de demitido da série House of Cards, foi deletado deste filme. Plummer entrou em seu lugar e prontamente recebeu indicação. Seria um tapa de luva de pelica na face de Spacey e de todos os assediadores reportados recentemente. O recado foi dado.

Animação

Lego Batman, um dos filmes mais divertidos do ano, ficou de fora da categoria de animação. Em seu lugar, talvez o mais despropositado seja o apenas bonitinho O Poderoso Chefinho.

Um jovem entre Gigantes

O jovem Timothée Chalamet, que até ontem não seria distinguido na fila do pão, recebeu a grande chance de sua vida ao protagonizar de forma muito corajosa o longa Me Chame Pelo Seu Nome. Elogiadíssimo, o rapaz corresponde. E já era uma certeza, inclusive no Oscar (assim esperamos). Mas não deixa de ser curioso vê-lo na categoria de ator dramático ao lado de pesos pra lá de pesados, como Tom Hanks, Denzel Washington, Daniel Day-Lewis e Gary Oldman. Sim, temos certeza que o rapaz também está deslumbrado.

Filme Estrangeiro

Desde que pude assistir ao incrível Eu, Tonya, no Festival de Toronto deste ano, me tornei um forte porta-voz do longa protagonizado por Margot Robbie. De fato, o filme foi o meu favorito no evento (ao lado de medalhões como A Forma da Água, é claro). A felicidade toma conta ao vê-lo indicado em três categorias importantes aqui no Globo de Ouro. Mas não apenas isso. Outra categoria que traz muita alegria é a de filme estrangeiro, na qual mais um de meus favoritos do ano (este saído do festival do Rio, onde se posicionou em primeiro lugar no meu gosto), é o alemão Em Pedaços, com Diane Kruger. Vencedor do prêmio de melhor atriz em Cannes e representante do país no Oscar, aumentam agora as chances do drama por uma vaga nos prêmios da Academia. Igualmente é muito bom ver o representativo e elogiado Uma Mulher Fantástica aparecendo na categoria.

Veja a lista completa dos indicados ao Globo de Ouro neste link. E comente quais são os seus preferidos, quais você achou que foram esnobados e quais foram as suas surpresas também.

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O Globo de Ouro, prêmio criado pela imprensa estrangeira situada em Los Angeles, tem tanta repercussão e glamour, que fica atrás somente do Oscar quando o quesito é visibilidade.

Por outro lado, em questão de importância, podemos dizer que, embora seja um dos fortes termômetros para o Oscar (repetindo muitos dos indicados), o Globo de Ouro não é tão levado a sério. Explico. Além de uma cerimônia em si mais descontraída e divertida (geralmente chamam comediantes para apresentar e o humor nos últimos anos tem sido bem ácido – não poupando ninguém), as categorias de ator, atriz e filme são divididas entre drama e comédia. Em anos recentes, o Globo de Ouro indicou alguns filmes execrados pela crítica, o que é estranho já que seus votantes são jornalistas. Filmes como Burlesque e O Turista, ambos da cerimônia de 2011. Fato que levantou uma brincadeira que se tornou mito, e diz que os votantes elegem os indicados, todos astros famosos, para terem uma chance ao seu lado na cerimônia, sentados em grandes mesas de jantar.

Uma curiosidade é que em 2012, o Globo de Ouro abriu espaço para seis filmes ao invés dos usuais cinco, na categoria de drama – entraram Os Descendentes (ganhador), Histórias Cruzadas (mais para comédia), A Invenção de Hugo Cabret, Tudo pelo Poder, O Homem que Mudou o Jogo e Cavalo de Guerra. O fato não é novidade, já que em 2008, foram sete filmes indicados na mesma categoria.

Bom, vale dizer também que alguns dos indicados no Globo de Ouro sempre terminam de fora do Oscar, e vice versa. Alguns filmes não indicados aqui, costumam aparecer depois, no maior prêmio do cinema. Desta forma, daremos uma rápida olhada nos filmes que ficaram de fora nesta 75ª edição do Globo de Ouro.

A atriz Amy Adams…, brincadeirinha. Adams se tornou sinônimo de esnobada, cinco vezes indicada ao Oscar e sem vitória. Ano passado com A Chegada, deu origem à brincadeira de que era Leonardo DiCaprio de saia. Como a atriz não tem filme este ano, uma das ausências mais sentidas foi Doentes de Amor (The Big Sick), drama independente sucesso em festivais. Além de não ter aparecido na categoria de comédia ou musical – que seria seu lugar – Holly Hunter, atriz veterana dada como uma das certezas na categoria de coadjuvante ficou de fora da premiação. Em seu lugar parece ter sido enfiada de última hora a tailandesa Hong Chau por sua performance em Pequena Grande Vida (Downsizing), filme pelo qual possuo pouco apreço. Em minha opinião seu desempenho é caricato e quase ofensivo.

Super-Heróis

Lembrando que ano passado, o Globo de Ouro indicou o sucesso Deapool na categoria de melhor filme comédia ou musical e seu protagonista Ryan Reynolds para ator na mesma categoria. Assim, existia esperança dos fãs de que Logan ou/e Mulher Maravilha conseguissem um lugarzinho em alguma categoria. Logan é o filme do gênero mais elogiado do ano, e muitos faziam campanha para Patrick Stewart como coadjuvante. Já Mulher Maravilha é o filme de representatividade feminina do ano, e poderia ter emplacado ainda sua protagonista Gal Gadot e sua diretora Patty Jenkins (esta última merecidíssimo). Mas ambos os filmes ficaram a ver navios.

Falta de Representatividade na Direção

Para saber mais sobre este tópico, clique no link e leia a nota de Georgenor Franco Neto.

Outras três ausências sentidas foram a do drama racial Mudbound, obra aclamada em festivais, que já foi lançada na Netflix nos EUA. No Brasil seguirá o mesmo caminho, mas antes chega às salas de cinema, com distribuição da Diamond Films. A super carismática humorista Tiffany Haddish é o destaque da comédia Viagem das Garotas e levou pra casa o prêmio da crítica de Nova York. E Jake Gyllenhaal gerava burburinho de Oscar por seu desempenho em O que te Faz Mais Forte. Ambos foram ignorados pela imprensa estrangeira.

Menção Honrosa: James McAvoyFragmentado.

Surpresas

All the Money in the World

Quando escrevi minha matéria sobre as previsões da categoria de melhor atriz – no Oscar – mencionei que a talentosa Michelle Williams tinha dois trabalhos que poderiam ser lembrados. É claro também que nenhum dos dois poderia emplacar. Mas ao menos com a imprensa estrangeira, seu desempenho no filme de Ridley Scott foi nomeado. Mas a polêmica vem mesmo com a indicação do veterano Christopher Plummer, que ganhou um Oscar tardio, em 2012, por Toda Forma de Amor. Aqui, no longa de Scott, Plummer precisou ser inserido, entrando em cena nos 46 do segundo tempo, e substituindo Kevin Spacey. A menos que você more em Marte, deve saber que Spacey foi acusado de assédio, e além de demitido da série House of Cards, foi deletado deste filme. Plummer entrou em seu lugar e prontamente recebeu indicação. Seria um tapa de luva de pelica na face de Spacey e de todos os assediadores reportados recentemente. O recado foi dado.

Animação

Lego Batman, um dos filmes mais divertidos do ano, ficou de fora da categoria de animação. Em seu lugar, talvez o mais despropositado seja o apenas bonitinho O Poderoso Chefinho.

Um jovem entre Gigantes

O jovem Timothée Chalamet, que até ontem não seria distinguido na fila do pão, recebeu a grande chance de sua vida ao protagonizar de forma muito corajosa o longa Me Chame Pelo Seu Nome. Elogiadíssimo, o rapaz corresponde. E já era uma certeza, inclusive no Oscar (assim esperamos). Mas não deixa de ser curioso vê-lo na categoria de ator dramático ao lado de pesos pra lá de pesados, como Tom Hanks, Denzel Washington, Daniel Day-Lewis e Gary Oldman. Sim, temos certeza que o rapaz também está deslumbrado.

Filme Estrangeiro

Desde que pude assistir ao incrível Eu, Tonya, no Festival de Toronto deste ano, me tornei um forte porta-voz do longa protagonizado por Margot Robbie. De fato, o filme foi o meu favorito no evento (ao lado de medalhões como A Forma da Água, é claro). A felicidade toma conta ao vê-lo indicado em três categorias importantes aqui no Globo de Ouro. Mas não apenas isso. Outra categoria que traz muita alegria é a de filme estrangeiro, na qual mais um de meus favoritos do ano (este saído do festival do Rio, onde se posicionou em primeiro lugar no meu gosto), é o alemão Em Pedaços, com Diane Kruger. Vencedor do prêmio de melhor atriz em Cannes e representante do país no Oscar, aumentam agora as chances do drama por uma vaga nos prêmios da Academia. Igualmente é muito bom ver o representativo e elogiado Uma Mulher Fantástica aparecendo na categoria.

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