quinta-feira, abril 25, 2024

NiER: Automata – o SUCESSO dos games vai virar anime

Título formou uma legião de fãs em pouco tempo

Recentemente foi anunciado que o famoso hack n slash de 2017, NiER: Automata, é o mais novo game a ganhar uma adaptação em anime, mesmo que sem uma data definida. Entretanto, o que é certo é o nome do estúdio responsável pelo projeto, A-1 Pictures. No passado a empresa foi marcada por entregar ao público sucessos como Black Butler, o dramático Erased e o fenômeno Fairy Tale.

O estúdio é uma subsidiária da Aniplex, que por sua vez está ligada à Sony. Tendo um catálogo recheado de obras consagradas, nada impede a A-1 de entregar uma adaptação fiel ao material base, assim como apresentando uma animação de qualidade contínua. Já a dificuldade está relacionada ao histórico carregado pelo título e aqueles que vieram antes de si na franquia.

A série de jogos Drakengard é consideravelmente antiga, tendo sido criada para o Playstation 2, pelo roteirista de games Yoko Taro, como um exemplar do gênero action role-playing game (segmento conhecido pelo controle ininterruptível que o jogador tem do personagem nos momentos de combate).

Possível estúdio foi responsável por produzir “Erased”

O primeiro título homônimo da franquia veio em 2003 como um exclusivo do console da Sony, trazendo forte inspiração no estilo proposto por Dinasty Warriors anos antes. O sucesso da produção levou a duas sequências em 2005 e 2013 bem como o estabelecimento de um spin off intitulado Nier (com variações de títulos de console para console bem como de mercado japonês para ocidental) em 2010.

O diferencial do derivado é o tempo estabelecido para o enredo, mais de mil anos após a série principal. Dessa maneira, os desenvolvedores têm a liberdade de trabalhar diferentes variações do cenário, bem como consequências, do que é visto na linha numerada. 

A boa aceitação de Nier gerou o incentivo necessário para a produção de uma sequência, essa se mantendo como o spin-off. O projeto foi confiado à desenvolvedora PlatinumGames, um estúdio com conhecida experiência prévia na elaboração de games com foco em combate tais como Metal Gear Rising e Bayoneta.

“Bayoneta” é um dos produtos mais conhecidos da desenvolvedora

Tanto Yoko Taro quanto o compositor Keiichi Okabe voltaram para as funções de diretor e compositor respectivamente. O primeiro tinha o desejo expresso de participar de todas as etapas da produção do novo game da série Nier, o que implicou na sua presença para definir não só o novo combate mais refinado, uma característica da PlatinumGames, como também voltar a trama para um caminho nem tão usual.

O enredo se passa na Terra, mais especificamente no ano de 11945. Muito da raça humana há muito foi eliminada do planeta e os poucos remanescentes da mesma se mudaram para instalações construídas na lua. O motivo de tal cataclismo ocorreu devido à convergência de fatores extremos, porém acima de tudo por uma praga mortal e uma guerra com uma raça alienígena.

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Dessa maneira, o solo terrestre passou a ser habitado exclusivamente por seres automatizados; androides criados pelos humanos restantes para combaterem a ameaça alienígena, batizados de YoRHa, passaram a andar sobre o planeta destruído conduzindo uma guerra interminável contra as máquinas criadas pelos alienígenas. 

Os androides YoRHa são responsáveis pela linha de frente na guerra

Um detalhe a ser ressaltado é que ambos os lados combatentes continuam a receber ordens de seus criadores (humanos e aliens) porém os mesmos jamais são vistos no campo de batalha, relegando a suas criações a responsabilidade de representar seus objetivos no que é, de fato, uma enorme guerra por procuração.

Os androides criados pelos humanos, de um ponto de vista estético, são praticamente indistinguíveis de seus criadores (excetuando sua superioridade física); sendo possível até mesmo inferir a noção de que eles foram “criados à imagem e semelhança” de seus predecessores com o intuito de servir à sua memória. Não à toa seu grito de guerra, para não dizer diretriz primária, é “Glória à Humanidade”, um eterno lembrete a quem eles nasceram para servir.

Em uma trama povoada por personagens cuja razão de existir se traduz pela servidão, o jogo também procura compreender o que é a existência, aos olhos do jogador, por uma sucessão de perguntas que surgem na tela enquanto ocorre o processo de instalação. O protagonismo fica a cargo da androide 2b e de seu “colega”, também mecanizado, 9s.

A dupla protagonista

Ambos demonstram aparência e até exibições contínuas de emoções, essas sendo também bastante suprimidas por diversas vezes. Essa supressão acaba por ser contestada em diversas ocasiões ao longo da trama, no qual a dupla vaga pela Terra desolada para ajudar alguns poucos assentamentos humanos que restaram. 

Mais do que concluir o objetivo final de resgate, ambos têm contato com máquinas feitas pelos aliens que, de uma forma ou de outra, começam a demonstrar tendências a copiar o estilo de vida da humanidade, tanto a nível social quanto emocional. Dessa maneira, Yoko Taro elabora situações em que ele pode propor reflexões filosóficas mais abertamente como ele faz de forma costumeira em seus projetos.

Essa abordagem ainda encontra ecos nas mídias externas aos videogames, como o cinema; mais especificamente a série de filmes Blade Runner (não à toa o título anterior na versão para Playstation 3, NiER: Replicant, referencia diretamente o filme de Ridley Scott), uma vez que o tema central da película é uma reflexão acerca de quão humanas as máquinas podem ser consideradas quando embarcam em uma jornada para se salvarem da morte certa.

Se a futura versão em anime vai honrar as bases profundas do game, apenas o tempo dirá. Todavia, uma vez que o estúdio possui um histórico em produções que lidam com temas pesados e narrativas reflexivas, como é o caso de Erased, não é improvável que o futuro projeto mantenha a fidelidade ao máximo. 

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