Sucesso! O filme-concerto ‘Renaissance: A Film By Beyoncé‘, que documenta a RENAISSANCE WORLD TOUR, estreou no topo das bilheterias norte-americanas, com sólidos US$ 21 milhões arrecadados em seu primeiro final de semana.
Este é um resultado fantástico para o primeiro final de semana de dezembro – um período notoriamente morno nas bilheterias do país. Para termos de comparação, o longa da Beyoncé quase quebrou o recorde de ‘O Último Samurai‘, que havia arrecadado US$ 24.2 milhões em 2003, neste mesmo período.
Internacionalmente, o longa conquistou US$ 6.4 milhões – totalizando uma estreia global de US$ 27.4 milhões.
O TOP 3 dos maiores mercados internacionais conta com a França (US$1.4M), Reino Unido (US$1.42M) e Austrália (US$400mil).
Além disso, ‘Renaissance: A Film By Beyoncé‘ arrecadou US$ 5.1 milhões em IMAX, tornando-se a segunda maior estreia do formato para um filme-concerto.
No Brasil, a produção será lançada nos cinemas no dia 21 de dezembro.
Confira o trailer:
Movido por uma mistura incrível de house, disco, funk, R&B, dance e tantos outros gêneros, o compilado de originais se tornou um sucesso de crítica (além de entrar para nossas listas de Melhores do Ano e Melhores do Século), bem como alcançou o topo da Billboard 200 em sua semana de estreia. Mais do que isso, Beyoncé abriu oportunidade para uma celebração da cultura afro-americana em uma narrativa hedonista e empoderadora.
Para celebrar o recente primeiro aniversário do álbum, preparamos uma breve lista elencando suas sete melhores músicas.
Veja abaixo:
7. “COZY”
“Cozy” mantém-se fiel ao tropical house, mas abre espaço para o slap e para o deep house através de uma rendição vocal certeira e confiante (que não é muita surpresa, considerando as belíssimas performances que Beyoncé entregou nas décadas passadas). A construção lírica se apoia no empoderamento e na libertação ao discorrer sobre sororidade e sobre autoaceitação.
6. “CUFF IT”
“Cuff It” é infundido em um clássico disco ready-made destinado a levar seus fãs a se divertirem sob um globo de espelhos e pincelados pelos holofotes estroboscópicos das baladas (uma escolha digna de estar em todas as playlists). Apesar de não ter sido lançada como single oficial, a canção caiu no gosto dos fãs e ascendeu de forma impressionante nos charts mundiais e deu origem a desafios virais nas redes sociais.
5. “BREAK MY SOUL”
“Break My Soul” carrega uma importância inegável para a carreira da musicista e para seu reclame da cultura negra. Na track, há várias referências aglutinadas na ótima e concisa abertura dessa nova era da artista, perpassando, por exemplo, a envolvência noventista de Crystal Waters e a nostalgia vibrante de Steve Angello. E, apesar de não sintetizar uma originalidade urgente, Beyoncé não abandona as peculiaridades estilísticas que a colocaram no centro dos holofotes e aproveita para transformar inflexões mercadológicas em uma antêmica e funcional narrativa (você não vai quebrar minha alma, direi a todo mundo).
4. “SUMMER RENAISSANCE”
É muito difícil escolher uma única música como a melhor de ‘RENAISSANCE’, visto que cada uma delas é arquitetada de modo glorioso e cauteloso. Entretanto, o encerramento dessa sinestésica jornada é nada menos que estonteante: intitulada “Summer Renaissance”, cujas conhecidas peculiaridades de Beyoncé são interpoladas pela clássica “I Feel Love”, honrando a parceria entre Summer e o imortal pai do disco Giorgio Moroder, a track é envolta em uma expressividade hi-NRG de tirar o fôlego.
3. “VIRGO’S GROOVE”
“Virgo’s Groove” foi considerada não apenas uma das melhores músicas da produção, mas uma das melhores entradas da carreira de Beyoncé. A construção, movida pela explosão constante de disco e funk, é uma homenagem aos anos 70 e 80 sem se valer de um cansado anacronismo – mas sim de uma originalidade nostálgica sedutora. Os aplausos também vão ao produtor The-Dream, que faz um trabalho memorável na track.
2. “PURE/HONEY”
‘RENAISSANCE’ tornou-se um evento ao finalmente ser divulgado para os fãs de Beyoncé, reiterando, mais uma vez, a versatilidade invejável de uma das maiores artistas da história. E, como já é de se esperar, escolher as melhores músicas dentro deste imaculado e testamentário compilado não é um trabalho fácil; de qualquer forma, é notável como “Pure/Honey” é uma das entradas que nos roubam a atenção por sua construção ostensiva e elegante, pautada no electro-house e neo-disco (que é resumida pelo honrável verso “deve custar um bilhão para parecer tão bem”).
1. “ALIEN SUPERSTAR”
O álbum, primeiro capítulo de uma ambiciosa trilogia sonora, já ascendeu ao patamar dos melhores da década (ao menos na opinião desta que vos fala) e honrou a cultura negra com uma celebração antêmica do house e do disco. E, dentre as várias canções, “Alien Superstar” nos chama a atenção pela produção impecável e pelo caráter explosivo de suas texturas, mergulhando no poder dos sintetizadores, do voguing e dos ballrooms do Brooklyn dos anos 70 e 80 (“olhos em você quando performa, olhos em mim quando eu coloco”).