quinta-feira , 21 novembro , 2024

‘Tuff Turf: O Rebelde’ (1985) | Conheça o Clone de ‘Karatê Kid’ com Robert Downey Jr. e James Spader – disponível na Amazon

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Um jovem se muda para uma nova cidade ao lado de sua família e não consegue se adaptar. No colégio, se torna alvo dos valentões do local. Tudo o que parece impulsioná-lo é a paixão proibida pela garota mais popular da escola. Nessa trajetória, ele desenvolve também um forte laço de amizade com uma figura, digamos, excêntrica. Por esta sinopse grande parte dos cinéfilos poderiam jurar que estou descrevendo o primeiro ‘Karatê Kid – A Hora da Verdade’, sucesso de 1984 da Columbia Pictures, protagonizado por Ralph Macchio e Pat Morita. E bem, não estariam de todo errados, já que as semelhanças realmente são gritantes na base estrutural de ‘Karatê Kid’ e ‘Tuff Turf – o tópico desta matéria.

Para todo “primo rico” é preciso haver um “primo pobre”. E bem, é fácil adivinhar quem saiu “perdendo” entre esses filmes adolescentes de combate ao bullying. Como sabemos, ‘Karatê Kid’ se tornaria um enorme sucesso em 1984. Com orçamento de US$8 milhões, o filme renderia US$91 milhões ao redor do mundo, dando início a uma franquia que dura até hoje – com três continuações diretas (até 1994), uma refilmagem (em 2010), uma série de desenhos animados e uma linha de bonecos de ação. Ah sim, ‘Karatê Kid’ voltou com tudo em 2018 com uma verdadeira reinvenção da roda, graças ao sucesso da ideia ‘Cobra Kai’, uma série de TV que nos reapresenta os queridos personagens agora na meia idade – e tem dado chance a todos os atores originais (ainda vivos) retornarem.



É difícil evitar as similaridades entre ‘Karatê Kid’ e ‘Tuff Turf’, lançados com um ano de diferença.

Cobra Kai’ mantém o universo de ‘Karatê Kid’ vivo na Netflix, onde exibiu sua quinta temporada em setembro passado e promete a sexta e última para algum momento de 2023. Mas engana-se quem pensa que ‘Karatê Kid’ irá acabar depois de ‘Cobra Kai’, pois a Sony já promete um novo filme nos cinemas – que provavelmente deverá levar o universo das telinhas para as telonas. Mas e quanto a ‘Tuff Turf’, o tema da matéria. Bem, basta começar dizendo que ‘Tuff Tutf’ não teve nada disso.

Sim, é verdade que este tipo de roteiro do garoto novo na cidade não era algo original nem mesmo quando ‘Karatê Kid’ estreou, então seria injusto acusar a história de ‘Tuff Turf’ de plágio descarado do filme sobre torneios de caratê. Mas a verdade é que basta uma olhada no clássico cult de 1985, disponível na Amazon Prime Video, para notarmos as inúmeras semelhanças. Segundo filme do diretor Fritz Kiersch, depois de sua estreia com o terror ‘Colheita Maldita’ (1984), baseado no livro de Stephen King, ‘Tuff Turf’ marcou a estreia como protagonista do jovem ator James Spader, então com 25 anos. Ele vive Morgan Hiller, o “Daniel LaRusso” da vez. A diferença principal aqui é que a mãe em ‘Karatê Kid’ era solo, e leva o filho para viver em um conjunto habitacional num bairro “pobre” na Califórnia. Já a família Hiller vem de classe social elevada, isto é, até o pai sofrer um golpe financeiro após perder o emprego e precisar trabalhar como taxista. A família do protagonista aqui desce de classe social, após experimentar um bom status financeiro.

James Spader é Morgan Hiller, cuja família sofre um golpe econômico, em um dos temas de ‘Tuff Turf’ – a mudança na classe social das famílias americanas.

Morgan Hiller (Spader), o filho mais novo da família, é o “rebelde” do título. Ele não está nada feliz com o declínio social e a mudança para um bairro “barra-pesada” na cidade. ‘Tuff Turf’ é como um ‘Karatê Kid’ mais hardcore. Tudo é intensificado. As ameaças não são apenas valentões no colégio, os antagonistas deste filme são verdadeiros delinquentes juvenis, que armam e executam assaltos, roubos a mão armada. O “Johnny Lawrence” da vez é Nick Hauser, papel de Paul Mones (que depois se tornaria roteirista de alguns filmes de Jean-Claude Van Damme). O sujeito possui sua própria gangue das ruas, bem típica dos anos 80, e passa as noites tramando assaltos a figurões bêbados e incautos na saída de bares.

Logo na cena de abertura, o “rebelde” Morgan frustra os planos dos bandidinhos, em um dos melhores trechos do filme e também um dos momentos mais empolgantes para o início de um longa do gênero nos anos 80. Quem lembra das reprises de ‘Tuff Turf’ no SBT (ou de sua estreia no canal, de fato) jamais esquecerá a maneira em que o protagonista surge em cena com sua bicicleta e com poucos movimentos muda o jogo para um infeliz, que consegue sair com sua vida e dinheiro do ataque dos criminosos juvenis. O protagonista, é claro, se torna alvo dos delinquentes, mas também desperta o interesse de Frankie (Kim Richards).

Os antagonistas de ‘Tuff Turf’ não são apenas valentões de colégio fazendo bullying, são criminosos juvenis, que assaltam e realizam até tentativa de homicídio.

Agora chegamos em um ponto de grande importância na trama, a participação da belíssima Kim Richards como Frankie, a “chave de cadeia” que todo menino nos anos 80 sonhava em converter – assim como o protagonista. Ela é a “Ali” (Elisabeth Shue) deste filme, mas ao invés de terminar um relacionamento que ela acha que não serve mais para ela, a “mocinha” de ‘Tuff Turf’ faz parte do esquema dos criminosos, sendo parte integral da gangue – assim como as comparsas juvenis do seriado brasileiro ‘Dom’, também da Amazon. Frankie é a isca e atrai as vítimas para os golpes, assaltando-as e levando seu dinheiro e bens.

Ou seja, aqui em ‘Tuff Turf’ o negócio é sério, e não se resume a uma competição de esporte. Aqui podemos dizer que é a vida real, e que tudo possui consequências. No desfecho do filme, por exemplo, até mesmo o pai taxista de Morgan entra na “dança” e sofre um atentado ao tentar evitar um assalto dos criminosos, sendo baleado e indo parar no hospital entre a vida e a morte. A urgência e seriedade são elevadas, como se os responsáveis quisessem aumentar as apostas do mais inocente ‘Karatê Kid’, o misturando ao clássico ‘The Warriors – Os Selvagens da Noite’ (1979). Na luta final, nada de juízes no tatame controlado, ‘Tuff Turf’ coloca os jovens em um prédio abandonado, duelando até a morte, com direito a armas como em um filme de ação e crime.

A bela Kim Richards fez todo adolescente dos anos 80 e 90 sonharem com ela no papel de Frankie, uma “chave de cadeia” convertida a mocinha.

No centro da trama está o amor de Morgan por Frankie. O rapaz consegue ver algo na jovem perdida e sem perspectiva – além da beleza estonteante. Aliás, a personagem Frankie e o retrato de Kim Richards são puro “suco” dos anos 80 – com um figurino que parece ter “espirrado” anos 80 nela. Frankie possui todos os adereços que Madonna ou Cyndi Lauper usaram e abusaram no período, desde as luvas sem dedos, até a faixa na cabeça. Esse seria o papel de maior destaque da carreira de Kim Richards no cinema.

Ah sim, e quanto a Robert Downey Jr., anunciado no título dessa matéria, você pergunta? O ator responsável por elevar a Marvel ao que se tornou nas telonas nos anos 80 era apenas um jovem mancebo, e aqui aos 20 anos de idade ganhava destaque como Jimmy Parker, o melhor amigo amalucado do protagonista. Tudo bem, que Downey estava bem longe de ser um mestre do nível do Sr. Miyagi em ‘Karatê Kid’, e viria só mais tarde em sua carreira a interpretar mentores queridos; mas aqui servia de ombro amigo, aliviando a barra muitas vezes para o problemático rebelde – como na cena final em que sua ajuda é decisória para o embate apresentado.

Robert Downey Jr. dava os primeiros passos em sua carreira, e aqui viveu Jimmy, o melhor amigo do protagonista.

Tuff Turf’ foi o primeiro de uma série de filmes juvenis dos quais Robert Downey Jr. (muitas vezes creditado sem o Jr. no nome) participaria nos anos 80, sendo seguido por ‘Mulher Nota Mil’ (1985), ‘De Volta às Aulas’ (1986), ‘O Rei da Paquera’ (1987) e ‘Johnny Bom de Transa’ (1988); ajudando assim a construir sua carreira como figurinha carimbada na época e a entrada para produções mais sérias e ambiciosas na década seguinte.

Com produção da New World Pictures (estúdio que embalou muitos filmes nos anos 80), ‘Tuff Turf: O Rebelde’ estreava nas telonas dos EUA no dia 11 de janeiro de 1985, chegando ao Brasil no dia 8 de fevereiro do mesmo ano. Em um fim de semana sem muitas estreias significativas, ‘Tuff Turf’ sequer conseguiu adentrar o top 10 das maiores bilheterias de seu fim de semana de lançamento, estreando em 13º lugar. Naquele fim de semana, o ranking ainda era dominado por ‘Um Tira da Pesada’, com Eddie Murphy, seguido por ‘O Rio do Desespero’ (com Mel Gibson), ‘Jogo da Vida’ com Matt Dillon, ‘Minhas Duas Mulheres’ com Dudley Moore, e ‘Trapalhadas na Casa Branca’, com Goldie Hawn – todos filmes ainda de 1984.

Tuff Turf’ fez um pouco mais de US$9 milhões em bilheterias, chegando abaixo de um décimo do que o colega ‘Karatê Kid’ havia feito no ano anterior. ‘Tuff Turf’ não teve continuação, não teve série animada nada TV ou sequer uma linha de brinquedos para os meninos. Talvez a diferença mais gritante entre os dois, que tenha sido fator decisivo é a censura livre de ‘Karatê Kid’, recomendada para todos os públicos, contra a censura de 14 anos de ‘Tuff Turf’, restringindo um pouco os espectadores da época, graças a cenas de nudez e violência mais extrema. O filme se tornou cult nos anos 80, devido às locadoras e as exibições na TV aberta – mas depois disso voltou a sumir. Na era dos streamings, essa é uma boa oportunidade de conhecer o clássico.

James Spader e Robert Downey Jr. voltariam a se encontrar outras duas vezes nas telonas, no thriller ‘Abaixo de Zero’ (1987) e mais recentemente na Marvel como o vilão Ultron e o herói Homem de Ferro em ‘Vingadores: Era de Ultron’ (2015). Quanto a ‘Tuff Turf, numa era de repaginadas a todo e qualquer produto dos anos 80, quem sabe não recebe uma continuação tardia, uma refilmagem ou uma série no estilo ‘Cobra Kai’. Basta querer.

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Para todo “primo rico” é preciso haver um “primo pobre”. E bem, é fácil adivinhar quem saiu “perdendo” entre esses filmes adolescentes de combate ao bullying. Como sabemos, ‘Karatê Kid’ se tornaria um enorme sucesso em 1984. Com orçamento de US$8 milhões, o filme renderia US$91 milhões ao redor do mundo, dando início a uma franquia que dura até hoje – com três continuações diretas (até 1994), uma refilmagem (em 2010), uma série de desenhos animados e uma linha de bonecos de ação. Ah sim, ‘Karatê Kid’ voltou com tudo em 2018 com uma verdadeira reinvenção da roda, graças ao sucesso da ideia ‘Cobra Kai’, uma série de TV que nos reapresenta os queridos personagens agora na meia idade – e tem dado chance a todos os atores originais (ainda vivos) retornarem.

É difícil evitar as similaridades entre ‘Karatê Kid’ e ‘Tuff Turf’, lançados com um ano de diferença.

Cobra Kai’ mantém o universo de ‘Karatê Kid’ vivo na Netflix, onde exibiu sua quinta temporada em setembro passado e promete a sexta e última para algum momento de 2023. Mas engana-se quem pensa que ‘Karatê Kid’ irá acabar depois de ‘Cobra Kai’, pois a Sony já promete um novo filme nos cinemas – que provavelmente deverá levar o universo das telinhas para as telonas. Mas e quanto a ‘Tuff Turf’, o tema da matéria. Bem, basta começar dizendo que ‘Tuff Tutf’ não teve nada disso.

Sim, é verdade que este tipo de roteiro do garoto novo na cidade não era algo original nem mesmo quando ‘Karatê Kid’ estreou, então seria injusto acusar a história de ‘Tuff Turf’ de plágio descarado do filme sobre torneios de caratê. Mas a verdade é que basta uma olhada no clássico cult de 1985, disponível na Amazon Prime Video, para notarmos as inúmeras semelhanças. Segundo filme do diretor Fritz Kiersch, depois de sua estreia com o terror ‘Colheita Maldita’ (1984), baseado no livro de Stephen King, ‘Tuff Turf’ marcou a estreia como protagonista do jovem ator James Spader, então com 25 anos. Ele vive Morgan Hiller, o “Daniel LaRusso” da vez. A diferença principal aqui é que a mãe em ‘Karatê Kid’ era solo, e leva o filho para viver em um conjunto habitacional num bairro “pobre” na Califórnia. Já a família Hiller vem de classe social elevada, isto é, até o pai sofrer um golpe financeiro após perder o emprego e precisar trabalhar como taxista. A família do protagonista aqui desce de classe social, após experimentar um bom status financeiro.

James Spader é Morgan Hiller, cuja família sofre um golpe econômico, em um dos temas de ‘Tuff Turf’ – a mudança na classe social das famílias americanas.

Morgan Hiller (Spader), o filho mais novo da família, é o “rebelde” do título. Ele não está nada feliz com o declínio social e a mudança para um bairro “barra-pesada” na cidade. ‘Tuff Turf’ é como um ‘Karatê Kid’ mais hardcore. Tudo é intensificado. As ameaças não são apenas valentões no colégio, os antagonistas deste filme são verdadeiros delinquentes juvenis, que armam e executam assaltos, roubos a mão armada. O “Johnny Lawrence” da vez é Nick Hauser, papel de Paul Mones (que depois se tornaria roteirista de alguns filmes de Jean-Claude Van Damme). O sujeito possui sua própria gangue das ruas, bem típica dos anos 80, e passa as noites tramando assaltos a figurões bêbados e incautos na saída de bares.

Logo na cena de abertura, o “rebelde” Morgan frustra os planos dos bandidinhos, em um dos melhores trechos do filme e também um dos momentos mais empolgantes para o início de um longa do gênero nos anos 80. Quem lembra das reprises de ‘Tuff Turf’ no SBT (ou de sua estreia no canal, de fato) jamais esquecerá a maneira em que o protagonista surge em cena com sua bicicleta e com poucos movimentos muda o jogo para um infeliz, que consegue sair com sua vida e dinheiro do ataque dos criminosos juvenis. O protagonista, é claro, se torna alvo dos delinquentes, mas também desperta o interesse de Frankie (Kim Richards).

Os antagonistas de ‘Tuff Turf’ não são apenas valentões de colégio fazendo bullying, são criminosos juvenis, que assaltam e realizam até tentativa de homicídio.

Agora chegamos em um ponto de grande importância na trama, a participação da belíssima Kim Richards como Frankie, a “chave de cadeia” que todo menino nos anos 80 sonhava em converter – assim como o protagonista. Ela é a “Ali” (Elisabeth Shue) deste filme, mas ao invés de terminar um relacionamento que ela acha que não serve mais para ela, a “mocinha” de ‘Tuff Turf’ faz parte do esquema dos criminosos, sendo parte integral da gangue – assim como as comparsas juvenis do seriado brasileiro ‘Dom’, também da Amazon. Frankie é a isca e atrai as vítimas para os golpes, assaltando-as e levando seu dinheiro e bens.

Ou seja, aqui em ‘Tuff Turf’ o negócio é sério, e não se resume a uma competição de esporte. Aqui podemos dizer que é a vida real, e que tudo possui consequências. No desfecho do filme, por exemplo, até mesmo o pai taxista de Morgan entra na “dança” e sofre um atentado ao tentar evitar um assalto dos criminosos, sendo baleado e indo parar no hospital entre a vida e a morte. A urgência e seriedade são elevadas, como se os responsáveis quisessem aumentar as apostas do mais inocente ‘Karatê Kid’, o misturando ao clássico ‘The Warriors – Os Selvagens da Noite’ (1979). Na luta final, nada de juízes no tatame controlado, ‘Tuff Turf’ coloca os jovens em um prédio abandonado, duelando até a morte, com direito a armas como em um filme de ação e crime.

A bela Kim Richards fez todo adolescente dos anos 80 e 90 sonharem com ela no papel de Frankie, uma “chave de cadeia” convertida a mocinha.

No centro da trama está o amor de Morgan por Frankie. O rapaz consegue ver algo na jovem perdida e sem perspectiva – além da beleza estonteante. Aliás, a personagem Frankie e o retrato de Kim Richards são puro “suco” dos anos 80 – com um figurino que parece ter “espirrado” anos 80 nela. Frankie possui todos os adereços que Madonna ou Cyndi Lauper usaram e abusaram no período, desde as luvas sem dedos, até a faixa na cabeça. Esse seria o papel de maior destaque da carreira de Kim Richards no cinema.

Ah sim, e quanto a Robert Downey Jr., anunciado no título dessa matéria, você pergunta? O ator responsável por elevar a Marvel ao que se tornou nas telonas nos anos 80 era apenas um jovem mancebo, e aqui aos 20 anos de idade ganhava destaque como Jimmy Parker, o melhor amigo amalucado do protagonista. Tudo bem, que Downey estava bem longe de ser um mestre do nível do Sr. Miyagi em ‘Karatê Kid’, e viria só mais tarde em sua carreira a interpretar mentores queridos; mas aqui servia de ombro amigo, aliviando a barra muitas vezes para o problemático rebelde – como na cena final em que sua ajuda é decisória para o embate apresentado.

Robert Downey Jr. dava os primeiros passos em sua carreira, e aqui viveu Jimmy, o melhor amigo do protagonista.

Tuff Turf’ foi o primeiro de uma série de filmes juvenis dos quais Robert Downey Jr. (muitas vezes creditado sem o Jr. no nome) participaria nos anos 80, sendo seguido por ‘Mulher Nota Mil’ (1985), ‘De Volta às Aulas’ (1986), ‘O Rei da Paquera’ (1987) e ‘Johnny Bom de Transa’ (1988); ajudando assim a construir sua carreira como figurinha carimbada na época e a entrada para produções mais sérias e ambiciosas na década seguinte.

Com produção da New World Pictures (estúdio que embalou muitos filmes nos anos 80), ‘Tuff Turf: O Rebelde’ estreava nas telonas dos EUA no dia 11 de janeiro de 1985, chegando ao Brasil no dia 8 de fevereiro do mesmo ano. Em um fim de semana sem muitas estreias significativas, ‘Tuff Turf’ sequer conseguiu adentrar o top 10 das maiores bilheterias de seu fim de semana de lançamento, estreando em 13º lugar. Naquele fim de semana, o ranking ainda era dominado por ‘Um Tira da Pesada’, com Eddie Murphy, seguido por ‘O Rio do Desespero’ (com Mel Gibson), ‘Jogo da Vida’ com Matt Dillon, ‘Minhas Duas Mulheres’ com Dudley Moore, e ‘Trapalhadas na Casa Branca’, com Goldie Hawn – todos filmes ainda de 1984.

Tuff Turf’ fez um pouco mais de US$9 milhões em bilheterias, chegando abaixo de um décimo do que o colega ‘Karatê Kid’ havia feito no ano anterior. ‘Tuff Turf’ não teve continuação, não teve série animada nada TV ou sequer uma linha de brinquedos para os meninos. Talvez a diferença mais gritante entre os dois, que tenha sido fator decisivo é a censura livre de ‘Karatê Kid’, recomendada para todos os públicos, contra a censura de 14 anos de ‘Tuff Turf’, restringindo um pouco os espectadores da época, graças a cenas de nudez e violência mais extrema. O filme se tornou cult nos anos 80, devido às locadoras e as exibições na TV aberta – mas depois disso voltou a sumir. Na era dos streamings, essa é uma boa oportunidade de conhecer o clássico.

James Spader e Robert Downey Jr. voltariam a se encontrar outras duas vezes nas telonas, no thriller ‘Abaixo de Zero’ (1987) e mais recentemente na Marvel como o vilão Ultron e o herói Homem de Ferro em ‘Vingadores: Era de Ultron’ (2015). Quanto a ‘Tuff Turf, numa era de repaginadas a todo e qualquer produto dos anos 80, quem sabe não recebe uma continuação tardia, uma refilmagem ou uma série no estilo ‘Cobra Kai’. Basta querer.

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