quarta-feira , 25 dezembro , 2024

‘Uncharted – Fora do Mapa’ e os Filmes de Aventura e Exploração no Cinema

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Uncharted – Fora do Mapa está em cartaz nos cinemas mundiais, e já se tornou um sucesso de crítica e público. O primeiro blockbuster de 2022 é a nova aposta da Sony Pictures, pegando carona no sucesso do recente Homem-Aranha: Sem Volta para Casa. O novo filme conta inclusive com o mesmo ator que interpreta o herói escalador de paredes: Tom Holland, visando engajar o mesmo público. Uncharted é a adaptação de um famoso game adorado pelos fãs, que narra as aventuras do jovem Nathan Drake, um caçador de tesouros moderno atrás de uma fortuna de 500 anos.

Uncharted faz parte de um subgênero conhecido como “aventuras de matinê”, cujos filmes no cinema datam dos primórdios da sétima arte e tiveram influência de outras mídias, como a literatura. Em geral tais tipos de filmes apresentam exploradores aventureiros atrás de tesouros históricos escondidos, conhecidos somente através de mapas, se deparam com todo tipo de perigo, em especial armadilhas mortais. Essas jornadas ocorrem em lugares exóticos e escondidos do mundo, seja nas pirâmides do Egito, ou nas selvas da América Central ou Latina.



Uncharted é baseado num game, mas sua história pega emprestado deste subgênero da sétima arte. Entrando no clima desta nova superprodução à moda antiga, recomendada para toda a família, resolvemos separar outros treze filmes, entre clássicos e filmes mais recentes, criados nestes moldes da aventura de matinê. Confira abaixo e não esqueça de comentar.

Cidade Perdida (2022)

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Não são apenas Tom Holland e Mark Wahlberg que irão se aventurar no subgênero das aventuras de exploração neste ano. A estrela Sandra Bullock irá se juntar ao sumido Channing Tatum para seu próprio filme de matinê na selva. Aqui, a inspiração parece ser o clássico dos anos 80, Tudo por uma Esmeralda (1984), que veremos mais para frente na lista. No filme, Bullock vive uma escritora de sucesso. Seus livros são justamente obras de tal gênero – aventuras passadas na floresta e em locais exóticos. Ela é recrutada por um milionário que acredita que o tesouro apresentado nos livros da autora exista realmente. Para resgatá-la, um modelo que interpreta o herói dos livros da escritora, papel de Tatum. Cidade Perdida mistura ação e comédia, e estreia em março.

Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida (1981)

Não dá para falar dos filmes de aventura de matinê sem mencionar o maior e melhor deles. O filme de Steven Spielberg revitalizou o subgênero em 1981, e desde então se mantém como referência para todos que vieram depois dele. Antes do primeiro Indiana Jones, os clássicos em preto e branco de Tarzan e Robin Hood não eram muito levados a sério. Mas o filme de Spielberg mostrou que as produções do gênero não eram brincadeira, os elevando a um novo patamar. E pensar que tudo nasceu da vontade do diretor em comandar um filme de 007. O primeiro Indiana Jones foi inclusive indicado ao Oscar de melhor filme. Nas formas de Harrison Ford, o herói gerou mais três continuações (em 1984, 1989 e 2008). Um quinto filme já está sendo gravado para o lançamento em 2023.

Os Goonies (1985)

Quando foi lançado nos EUA, por ter produção do mesmo Steven Spielberg do item acima, Os Goonies foi muito definido como uma versão mirim de Indiana Jones. Afinal, tínhamos um mapa do tesouro, cavernas, pedras que caem e todo tipo de armadilha. Além, é claro, de vilões no encalço dos heróis. Era como se Indiana Jones e E.T. se unissem em um único filme – com uma turminha muito esperta de crianças se metendo a aventureiros exploradores. Com o tempo, o status de culto de Os Goonies foi apenas aumentando junto ao seu público-alvo, ou seja, as crianças – que fizeram do longa um dos mais adorados do gênero. Na trama, um grupo de amigos sai em busca do tesouro desaparecido de um pirata, escondido debaixo de sua cidade. Atrás dos pequenos estão uma família de bandidos.

Tudo por uma Esmeralda (1984)

Quando Indiana Jones foi lançado, se tornou uma febre. E em Hollywood, quando um filme faz sucesso, logo todos os estúdios e produtores começam a se mexer para criar diversos outros produtos nos mesmos moldes – é daí que temos esta verdadeira enxurrada de filmes de super-heróis na atualidade. Seja os filmes slasher, ou as aventuras de matinê, quando uma produção acertava no alvo, podemos ter certeza que a fórmula será reprisada. E no início dos anos 80, Indiana Jones mexeu neste caldeirão para a fórmula das aventuras de matinê. Um dos mais famosos “clones” da época foi este longa estrelado por Michael Douglas e Kathleen Turner. A história fala sobre uma escritora de romances aventurescos viajando até uma selva da América Latina para ajudar a irmã sequestrada por criminosos. No local, ela irá se deparar com o aventureiro mercenário Jack Colton. O filme fez sucesso e no ano seguinte, Douglas e Turner reprisavam seus papeis em A Joia do Nilo, aventura que levava o casal desta vez para Oriente Médio.

As Minas do Rei Salomão (1985)

Tudo por uma Esmeralda (1984) pode ser um clone de Indiana Jones, mas é uma “cópia” digna, feita com esmero, com um grande estúdio bancando (a 20th Century Fox) e bons diretores por trás (Robert Zemeckis e Lewis Teague). Mas quando falamos em As Minas do Rei Salamão – embora seja baseado no livro clássico de H. Rider Haggard -, falamos de uma produção da “picareta” Cannon Films, dos primos israelenses Yoram Globus e Menahem Golan. Feito a toque de caixa, com efeitos mambembes até para a época, As Minas do Rei Salomão trazia Richard Chamberlain como o aventureiro Allan Quatermain, e uma jovem Sharon Stone em início de carreira, como sua sidekick Jesse. A proposta, sem papas na língua, era uma cópia deslavada de Indiana Jones. O filme deu certo lucro e dele foi gerado a continuação Allan Quatermain e a Cidade do Ouro Perdido, logo em 1986.

Os Aventureiros do Fogo (1986)

Por falar na picareta Cannon Films, o estúdio apostou forte para ter seu próprio Indiana Jones na década de 1980. Acontece que a esta altura, a produção da LucasFilm e da Paramount já havia gerado dois filmes de muito sucesso, que haviam se tornado fenômenos mundiais. Assim, a Cannon achou por bem investir pesado para tirar da cartola algo tão lucrativo quanto. Depois dos filmes de Allan Quatermain, a proposta do estúdio era introduzir seu menino de ouro Chucky Norris no gênero. O imortal Norris sempre fez filmes policiais ou de guerra com muitos tiros e explosões, mas aqui se aventurava de forma inédita nos filmes de exploração de matinê. Fazendo parceria com o vencedor do Oscar Louis Gossett Jr., a dupla caça no deserto um tesouro maia-asteca-egípcio-apache.

O Fantasma (1996)

Com o fim dos anos 80, Indiana Jones descansava e outros tipos de filmes eram os que arrastavam multidões aos cinemas. Mas alguns produtores ainda viam lucro a ser tirado do subgênero. Aqui, a mesma Paramount resolveu investir de novo na temática ao levar para as telonas pela primeira vez um dos mais antigos personagens de quadrinhos da história: o espírito que anda Fantasma. O herói que é o protetor da floresta foi criado por Lee Falk, e publicado pela primeira vez ainda em 1936. Na forma de uma superprodução, o personagem clássico ganharia as formas de Billy Zane num filme que não atingiu o seu potencial, mas que viraria cult. Esse é um personagem que merecia nova chance, seja nas telonas ou nas telinhas, com uma série moderna.

A Múmia (1999)

Quando falamos em herdeiros de Indiana Jones, talvez nenhum outro filme seja tão querido pelos fãs quanto a franquia A Múmia. Em especial o primeiro filme, de 1999, conseguiu resgatar o espírito das aventuras de matinê trazido ao mainstream por Indiana Jones. Ou seja, definitivamente, A Múmia foi para a geração seguinte, o que o citado filme de Spielberg havia causado nos anos 80. A Universal acertou em cheio, e o diretor Stephen Sommers foi o responsável por recauchutar o clássico de terror da década de 1930, o transformando em um filme ágil, leve e divertido, repleto de aventura à moda antiga, e um tempero de terror de mentirinha. Com efeitos especiais de primeira, A Múmia elevava ainda mais o subgênero o transformando num verdadeiro blockbuster. O longa gerou uma sequência imediata, em 2001 – que não obteve o mesmo efeito -, e uma sequência tardia em 2008. Brendan Fraser se mostrou um herói à altura para filmes do estilo.

Lara Croft – Tomb Raider (2001)

Antes de Nathan Drake e Uncharted, outro famosíssimo game era criado nos mesmos moldes de Indiana Jones. A personagem Lara Croft foi uma das primeiras musas dos videogames, e ainda hoje mantém este título. A heroína transcendeu os jogos e ganhou imensa popularidade na cultura pop. Mistura de Bruce Wayne e Indiana Jones, Lara Croft é uma milionária herdeira de uma fortuna, que possui como hobby caçar tesouros em países exóticos, se envolvendo em todo tipo de aventura. O game ganhava as telonas pela primeira vez em 2001, numa superprodução bancada pela mesma Paramount (de Indiana Jones e O Fantasma), e protagonizada pela estrela Angelina Jolie (que vestiu a personagem como uma luva). Uma continuação foi lançada em 2003 – sem o mesmo impacto. Em 2008, a personagem ganhou um reboot nas formas da mignon Alicia Vikander.

A Lenda do Tesouro Perdido (2004)

O subgênero das aventuras de matinê foi sacudido novamente nos anos 2000 com o lançamento de Lara Croft – Tomb Raider (2001). Fora isso, os produtores começaram a mexer seus pauzinhos para o retorno de Indiana Jones no fim da década, em 2008. Neste meio tempo, a Disney tirou do papel sua própria versão desta aventura – sem saber que alguns anos mais tarde seria a dona do próprio Indiana Jones. Aproveitando o status de astro da ação de Nicolas Cage – na época um dos grandes nomes do cinema entretenimento -, a Disney lançava este misto de Indiana Jones e O Código da Vinci (2006), com Cage desvendando os mistérios ocultos dentro de seu próprio país, os EUA. O filme gerou uma continuação em 2007, e em breve irá estrear como série de TV na plataforma Disney+, protagonizada por Catherine Zeta-Jones.

Sahara (2005)

Para toda “imitação” de um filme criado com alto nível, temos também os “clones sem-vergonha”, com o perdão do palavreado. Não que esta aventura da Paramount seja sem seus atrativos, com grandes nomes no elenco, cenas de tirar o fôlego e valores de produção de primeira. O que acontece é que o filme veio e foi tão rápido, que muitos rapidamente esqueceram de sua existência, ou talvez nem mesmo lembrem que o filme tenha sido lançado. O Indiana Jones da vez aqui era vivido por Matthew McConaughey, que parece ter nascido para viver este tipo de herói aventureiro canalha e piadista. Steve Zahn é o sidekick perfeito, e a musa espanhola Penélope Cruz também acerta em cheio vivendo a parceira de aventuras do protagonista. Segundo as más línguas, McConaughey e Cruz tiveram um romance na vida real durante as gravações. Este é outro filme que merecia nova chance, ou ao menos ressurgir como cult.

Expedição Kon-Tiki (2012)

Todos os filmes apresentados na lista até agora são obras do cinema entretenimento, aventuras de ação com elementos fantásticos em sua trama. Mas existem também filmes mais sérios que abordam o gênero do cinema de aventura e exploração. E os dois últimos itens desta lista são justamente exemplares deste segmento. Para os que curtem um estilo de aventura mais adulta e realista, Expedição Kon-Tiki é uma grande pedida. Produção norueguesa, o longa foi indicado ao Oscar de filme estrangeiro em 2013. A trama relata a aventura biográfica do explorador Thor Heyerdahl, que viajou 4.300 milhas numa balsa de madeira no Pacífico, em 1947. A jornada fazia parte de um experimento para provar que os sul-americanos foram capazes de colonizar a Polinésia na era pré-colombiana.

Z – A Cidade Perdida (2016)

Dirigida pelo prestigiado James Gray, esta aventura à moda antiga é séria e adulta, e relata a expedição real do explorador britânico Percy Fawcett, vivido por Charlie Hunnam. Em sua jornada na Amazônia na virada do século XX, sua missão era encontrar a tal cidade perdida, que segundo ele mostraria uma civilização avançada que habitou a região. Este ótimo exemplar do gênero, que precisa ser descoberto por mais gente, conta com um elenco renomado – que inclui Robert Pattinson, Tom Holland e Sienna Miller.

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‘Uncharted – Fora do Mapa’ e os Filmes de Aventura e Exploração no Cinema

Uncharted – Fora do Mapa está em cartaz nos cinemas mundiais, e já se tornou um sucesso de crítica e público. O primeiro blockbuster de 2022 é a nova aposta da Sony Pictures, pegando carona no sucesso do recente Homem-Aranha: Sem Volta para Casa. O novo filme conta inclusive com o mesmo ator que interpreta o herói escalador de paredes: Tom Holland, visando engajar o mesmo público. Uncharted é a adaptação de um famoso game adorado pelos fãs, que narra as aventuras do jovem Nathan Drake, um caçador de tesouros moderno atrás de uma fortuna de 500 anos.

Uncharted faz parte de um subgênero conhecido como “aventuras de matinê”, cujos filmes no cinema datam dos primórdios da sétima arte e tiveram influência de outras mídias, como a literatura. Em geral tais tipos de filmes apresentam exploradores aventureiros atrás de tesouros históricos escondidos, conhecidos somente através de mapas, se deparam com todo tipo de perigo, em especial armadilhas mortais. Essas jornadas ocorrem em lugares exóticos e escondidos do mundo, seja nas pirâmides do Egito, ou nas selvas da América Central ou Latina.

Uncharted é baseado num game, mas sua história pega emprestado deste subgênero da sétima arte. Entrando no clima desta nova superprodução à moda antiga, recomendada para toda a família, resolvemos separar outros treze filmes, entre clássicos e filmes mais recentes, criados nestes moldes da aventura de matinê. Confira abaixo e não esqueça de comentar.

Cidade Perdida (2022)

Não são apenas Tom Holland e Mark Wahlberg que irão se aventurar no subgênero das aventuras de exploração neste ano. A estrela Sandra Bullock irá se juntar ao sumido Channing Tatum para seu próprio filme de matinê na selva. Aqui, a inspiração parece ser o clássico dos anos 80, Tudo por uma Esmeralda (1984), que veremos mais para frente na lista. No filme, Bullock vive uma escritora de sucesso. Seus livros são justamente obras de tal gênero – aventuras passadas na floresta e em locais exóticos. Ela é recrutada por um milionário que acredita que o tesouro apresentado nos livros da autora exista realmente. Para resgatá-la, um modelo que interpreta o herói dos livros da escritora, papel de Tatum. Cidade Perdida mistura ação e comédia, e estreia em março.

Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida (1981)

Não dá para falar dos filmes de aventura de matinê sem mencionar o maior e melhor deles. O filme de Steven Spielberg revitalizou o subgênero em 1981, e desde então se mantém como referência para todos que vieram depois dele. Antes do primeiro Indiana Jones, os clássicos em preto e branco de Tarzan e Robin Hood não eram muito levados a sério. Mas o filme de Spielberg mostrou que as produções do gênero não eram brincadeira, os elevando a um novo patamar. E pensar que tudo nasceu da vontade do diretor em comandar um filme de 007. O primeiro Indiana Jones foi inclusive indicado ao Oscar de melhor filme. Nas formas de Harrison Ford, o herói gerou mais três continuações (em 1984, 1989 e 2008). Um quinto filme já está sendo gravado para o lançamento em 2023.

Os Goonies (1985)

Quando foi lançado nos EUA, por ter produção do mesmo Steven Spielberg do item acima, Os Goonies foi muito definido como uma versão mirim de Indiana Jones. Afinal, tínhamos um mapa do tesouro, cavernas, pedras que caem e todo tipo de armadilha. Além, é claro, de vilões no encalço dos heróis. Era como se Indiana Jones e E.T. se unissem em um único filme – com uma turminha muito esperta de crianças se metendo a aventureiros exploradores. Com o tempo, o status de culto de Os Goonies foi apenas aumentando junto ao seu público-alvo, ou seja, as crianças – que fizeram do longa um dos mais adorados do gênero. Na trama, um grupo de amigos sai em busca do tesouro desaparecido de um pirata, escondido debaixo de sua cidade. Atrás dos pequenos estão uma família de bandidos.

Tudo por uma Esmeralda (1984)

Quando Indiana Jones foi lançado, se tornou uma febre. E em Hollywood, quando um filme faz sucesso, logo todos os estúdios e produtores começam a se mexer para criar diversos outros produtos nos mesmos moldes – é daí que temos esta verdadeira enxurrada de filmes de super-heróis na atualidade. Seja os filmes slasher, ou as aventuras de matinê, quando uma produção acertava no alvo, podemos ter certeza que a fórmula será reprisada. E no início dos anos 80, Indiana Jones mexeu neste caldeirão para a fórmula das aventuras de matinê. Um dos mais famosos “clones” da época foi este longa estrelado por Michael Douglas e Kathleen Turner. A história fala sobre uma escritora de romances aventurescos viajando até uma selva da América Latina para ajudar a irmã sequestrada por criminosos. No local, ela irá se deparar com o aventureiro mercenário Jack Colton. O filme fez sucesso e no ano seguinte, Douglas e Turner reprisavam seus papeis em A Joia do Nilo, aventura que levava o casal desta vez para Oriente Médio.

As Minas do Rei Salomão (1985)

Tudo por uma Esmeralda (1984) pode ser um clone de Indiana Jones, mas é uma “cópia” digna, feita com esmero, com um grande estúdio bancando (a 20th Century Fox) e bons diretores por trás (Robert Zemeckis e Lewis Teague). Mas quando falamos em As Minas do Rei Salamão – embora seja baseado no livro clássico de H. Rider Haggard -, falamos de uma produção da “picareta” Cannon Films, dos primos israelenses Yoram Globus e Menahem Golan. Feito a toque de caixa, com efeitos mambembes até para a época, As Minas do Rei Salomão trazia Richard Chamberlain como o aventureiro Allan Quatermain, e uma jovem Sharon Stone em início de carreira, como sua sidekick Jesse. A proposta, sem papas na língua, era uma cópia deslavada de Indiana Jones. O filme deu certo lucro e dele foi gerado a continuação Allan Quatermain e a Cidade do Ouro Perdido, logo em 1986.

Os Aventureiros do Fogo (1986)

Por falar na picareta Cannon Films, o estúdio apostou forte para ter seu próprio Indiana Jones na década de 1980. Acontece que a esta altura, a produção da LucasFilm e da Paramount já havia gerado dois filmes de muito sucesso, que haviam se tornado fenômenos mundiais. Assim, a Cannon achou por bem investir pesado para tirar da cartola algo tão lucrativo quanto. Depois dos filmes de Allan Quatermain, a proposta do estúdio era introduzir seu menino de ouro Chucky Norris no gênero. O imortal Norris sempre fez filmes policiais ou de guerra com muitos tiros e explosões, mas aqui se aventurava de forma inédita nos filmes de exploração de matinê. Fazendo parceria com o vencedor do Oscar Louis Gossett Jr., a dupla caça no deserto um tesouro maia-asteca-egípcio-apache.

O Fantasma (1996)

Com o fim dos anos 80, Indiana Jones descansava e outros tipos de filmes eram os que arrastavam multidões aos cinemas. Mas alguns produtores ainda viam lucro a ser tirado do subgênero. Aqui, a mesma Paramount resolveu investir de novo na temática ao levar para as telonas pela primeira vez um dos mais antigos personagens de quadrinhos da história: o espírito que anda Fantasma. O herói que é o protetor da floresta foi criado por Lee Falk, e publicado pela primeira vez ainda em 1936. Na forma de uma superprodução, o personagem clássico ganharia as formas de Billy Zane num filme que não atingiu o seu potencial, mas que viraria cult. Esse é um personagem que merecia nova chance, seja nas telonas ou nas telinhas, com uma série moderna.

A Múmia (1999)

Quando falamos em herdeiros de Indiana Jones, talvez nenhum outro filme seja tão querido pelos fãs quanto a franquia A Múmia. Em especial o primeiro filme, de 1999, conseguiu resgatar o espírito das aventuras de matinê trazido ao mainstream por Indiana Jones. Ou seja, definitivamente, A Múmia foi para a geração seguinte, o que o citado filme de Spielberg havia causado nos anos 80. A Universal acertou em cheio, e o diretor Stephen Sommers foi o responsável por recauchutar o clássico de terror da década de 1930, o transformando em um filme ágil, leve e divertido, repleto de aventura à moda antiga, e um tempero de terror de mentirinha. Com efeitos especiais de primeira, A Múmia elevava ainda mais o subgênero o transformando num verdadeiro blockbuster. O longa gerou uma sequência imediata, em 2001 – que não obteve o mesmo efeito -, e uma sequência tardia em 2008. Brendan Fraser se mostrou um herói à altura para filmes do estilo.

Lara Croft – Tomb Raider (2001)

Antes de Nathan Drake e Uncharted, outro famosíssimo game era criado nos mesmos moldes de Indiana Jones. A personagem Lara Croft foi uma das primeiras musas dos videogames, e ainda hoje mantém este título. A heroína transcendeu os jogos e ganhou imensa popularidade na cultura pop. Mistura de Bruce Wayne e Indiana Jones, Lara Croft é uma milionária herdeira de uma fortuna, que possui como hobby caçar tesouros em países exóticos, se envolvendo em todo tipo de aventura. O game ganhava as telonas pela primeira vez em 2001, numa superprodução bancada pela mesma Paramount (de Indiana Jones e O Fantasma), e protagonizada pela estrela Angelina Jolie (que vestiu a personagem como uma luva). Uma continuação foi lançada em 2003 – sem o mesmo impacto. Em 2008, a personagem ganhou um reboot nas formas da mignon Alicia Vikander.

A Lenda do Tesouro Perdido (2004)

O subgênero das aventuras de matinê foi sacudido novamente nos anos 2000 com o lançamento de Lara Croft – Tomb Raider (2001). Fora isso, os produtores começaram a mexer seus pauzinhos para o retorno de Indiana Jones no fim da década, em 2008. Neste meio tempo, a Disney tirou do papel sua própria versão desta aventura – sem saber que alguns anos mais tarde seria a dona do próprio Indiana Jones. Aproveitando o status de astro da ação de Nicolas Cage – na época um dos grandes nomes do cinema entretenimento -, a Disney lançava este misto de Indiana Jones e O Código da Vinci (2006), com Cage desvendando os mistérios ocultos dentro de seu próprio país, os EUA. O filme gerou uma continuação em 2007, e em breve irá estrear como série de TV na plataforma Disney+, protagonizada por Catherine Zeta-Jones.

Sahara (2005)

Para toda “imitação” de um filme criado com alto nível, temos também os “clones sem-vergonha”, com o perdão do palavreado. Não que esta aventura da Paramount seja sem seus atrativos, com grandes nomes no elenco, cenas de tirar o fôlego e valores de produção de primeira. O que acontece é que o filme veio e foi tão rápido, que muitos rapidamente esqueceram de sua existência, ou talvez nem mesmo lembrem que o filme tenha sido lançado. O Indiana Jones da vez aqui era vivido por Matthew McConaughey, que parece ter nascido para viver este tipo de herói aventureiro canalha e piadista. Steve Zahn é o sidekick perfeito, e a musa espanhola Penélope Cruz também acerta em cheio vivendo a parceira de aventuras do protagonista. Segundo as más línguas, McConaughey e Cruz tiveram um romance na vida real durante as gravações. Este é outro filme que merecia nova chance, ou ao menos ressurgir como cult.

Expedição Kon-Tiki (2012)

Todos os filmes apresentados na lista até agora são obras do cinema entretenimento, aventuras de ação com elementos fantásticos em sua trama. Mas existem também filmes mais sérios que abordam o gênero do cinema de aventura e exploração. E os dois últimos itens desta lista são justamente exemplares deste segmento. Para os que curtem um estilo de aventura mais adulta e realista, Expedição Kon-Tiki é uma grande pedida. Produção norueguesa, o longa foi indicado ao Oscar de filme estrangeiro em 2013. A trama relata a aventura biográfica do explorador Thor Heyerdahl, que viajou 4.300 milhas numa balsa de madeira no Pacífico, em 1947. A jornada fazia parte de um experimento para provar que os sul-americanos foram capazes de colonizar a Polinésia na era pré-colombiana.

Z – A Cidade Perdida (2016)

Dirigida pelo prestigiado James Gray, esta aventura à moda antiga é séria e adulta, e relata a expedição real do explorador britânico Percy Fawcett, vivido por Charlie Hunnam. Em sua jornada na Amazônia na virada do século XX, sua missão era encontrar a tal cidade perdida, que segundo ele mostraria uma civilização avançada que habitou a região. Este ótimo exemplar do gênero, que precisa ser descoberto por mais gente, conta com um elenco renomado – que inclui Robert Pattinson, Tom Holland e Sienna Miller.

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