sexta-feira, março 29, 2024

10 Filmes Quarentões que Merecem Remake

Refilmagem é uma das palavras de ordem da Hollywood atual – na verdade, desde sempre, porém, cada vez mais constantes. Nós até gostamos da ideia, é claro, se for feita da maneira adequada, com os diretores certos, vide o que os irmãos Coen, Martin Scorsese, Steven Spielberg, David Fincher e tantos outros cineastas talentosos já fizeram com reedições de obras.

Relançar uma marca pré-existente é um forma de deixá-la na memória do público. Mas também pode funcionar para “consertar” o que não deu certo no passado, ou seja, fracassos financeiros/de crítica que tinham (ou ainda têm) potencial para o sucesso.

Assim, aqui no CinePOP pensamos numa nova matéria divertida: apresentar não apenas filmes obscuros ou que foram fracasso, e que mereciam refilmagem, mas também palpitar sobre quem deveria comandar tais remakes, assim como estrelá-los – sempre com bastante informação e curiosidade para você, nosso querido leitor. Vem conhecer.

Como Eliminar Seu Chefe

Comédia sobre três funcionárias planejando dar o troco e eliminar seu patrão machista, egocêntrico, mentiroso e hipócrita. Nos tempos de empoderamento feminino, o remake deste filme viria bem a calhar e poderia render um roteiro de boas sacadas atuais sobre vingança contra um chefe abusivo e tóxico. A trama poderia até mesmo ser movida para os bastidores de Hollywood, quem sabe.

No roteiro e direção, Rian Johnson, de Entre Facas e Segredos, seria uma ótima pedida, acrescentando camadas sociais e elevando a obra para além de uma comédia escapista. No elenco, as estrelas Emma Stone e Jennifer Lawrence já disseram que procuram um projeto juntas, então as vencedoras do Oscar seriam nossas escolhidas.

Completando o trio, a talentosa e promissora Zazie Beetz, que embora não pareça, ainda é mais jovem que a dupla de colegas, e já mostrou que sabe fazer comédia em Deadpool 2. O trio original foi vivido por Lily Tomlin, Jane Fonda e Dolly Parton. Fechando o elenco, na pele do chefe canalha, Keanu Reeves seria uma boa brincadeira, principalmente por subverter sua imagem de bom moço e crush da internet.

Flash Gordon

Verdade seja dita, em seu lançamento, Flash Gordon foi um fracasso retumbante – sendo redescoberto apenas anos depois como obra cult. Após o lançamento de Star Wars, todos queriam uma fatia deste sucesso, e ficções aventurescas espaciais eram a palavra de ordem em Hollywood. Assim foi revitalizada a criação de Alex Raymond para as tirinhas de jornais ainda na década de 1930, sobre um jovem atleta embarcando numa jornada pela galáxia.

A aventura é camp e não se leva muito a sério, portanto, para o remake o ator ideal como protagonista seria Ryan Reynolds – e pela idade do ator, Gordon desta vez estaria com o pé na aposentadoria. Com Reynolds no papel principal, o cineasta mais indicado seria David Leitch, que o comandou em Deadpool 2 e sabe misturar bem ação e humor (tendo no currículo ainda Atômica e o recente Hobbs & Shaw).

Para o vilão supremo Ming (imortalizado por Max von Sydow), a imponência do veterano Sylvester Stallone seria ideal. As beldades talentosas Margot Robbie e Gal Gadot seriam uma atração a mais no remake, nos papeis da namorada de Gordon que viaja com ele ao espaço e o da sedutora filha do antagonista, respectivamente.

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E uma boa mudança de gênero de alguns personagens também seriam indicadas tornando a história mais harmoniosa – com o cientista que leva Gordon para outro mundo agora nas formas da veterana Sigourney Weaver. Os dois príncipes em conflito que precisam ser apaziguados, recebendo upgrades como rainhas, poderiam ser vividos pelas veteranas Viola Davis e Michelle Pfeiffer.

Popeye

Outra criação dos quadrinhos transformada em blockbuster que não atingiu todo seu potencial. O personagem de E.C. Segar é um verdadeiro clássico e tem sua origem datando da década de 1920. No cinema, seu primeiro e único filme em live-action está completando 40 anos, e trazia o saudoso Robin Williams em seu primeiro grande papel de destaque como o protagonista, e direção de Robert Altman – um nome equivocado para o comando, apesar de talentosíssimo.

Para um remake há muito esperado e necessário, o diretor certo seria Jake Kasdan, dos dois novos Jumanji – sucessos surpresa de crítica e público, donos de bilheterias astronômicas. Kasdan criou filmes cartunescos, quase saídos de quadrinhos, mas com muito coração. Com Kasdan no comando, o vilão Brutus não poderia ser outro senão Dwayne Johnson – claro, repaginado com barba e talvez cabelo e um traje no estilo Professor Aloprado (embora um Brutus musculoso para os novos tempos não seja de todo ruim).

No papel do protagonista, Ryan Gosling tem as feições ideais e o físico para se adaptar ao herói marinheiro que adora espinafre. E completando o elenco principal, no papel de sua amada Olívia Palito, a Lisbeth Salander em pessoa, Rooney Mara. Gosling e Mara inclusive já trabalharam juntos em De Canção em Canção, de Terrence Malick (2017), e estão com a química em dia.

Alligator

Um filme sobre um crocodilo gigante saído dos esgotos para aterrorizar uma cidade não dá para ser muito levado a sério. Mas atrás de seu grande fator trash, existe em algum lugar escondido uma crítica aos testes químicos em animais – que é o que transforma o réptil mutante. Com o sucesso do recente Predadores Assassinos, o tópico pode atrair o público. Embora aqui estejamos focando mais em algo do tipo Pânico no Lago (1999).

Assim, a junção destes elementos cairia como uma luva nas mãos de Taika Waititi, que já brincou com o terror em O Que Fazemos nas Sombras. O diretor também é conhecido por brincar e falar sério ao mesmo tempo em suas produções, vide A Incrível Aventura de Rick Baker (2016) e o recente Jojo Rabbit (2019).

E uma vez tendo Waititi no comando, nada mais certo do que indicar Chris Hemsworth para o papel do policial encarregado do caso, um homem caído em desgraça tentando se reerguer. Para o papel da zoóloga ajudando nas investigações, Scarlett Johansson, tão boa no citado Jojo Rabbit.

Rebeldes da Academia

Esta é uma produção obscura, mas bem curiosa. Nos anos 1980, diversas produções sobre jovens ingressando no serviço militar, e seu treinamento, era o tema de filmes cômicos. E esta foi justamente a opção da primeira obra para o cinema apresentada pela infame revista de humor MAD. A ideia era pegar carona no sucesso das produções de outra revista cômica, a National Lampoon, vide Clube dos Cafajestes (Animal House) e Férias Frustradas.

Outra curiosidade é que o filme foi dirigido por Robert Downey, mas não o filho (Homem de Ferro) e sim seu pai, Downey Sr., além de marcar o primeiro trabalho nas telonas do eterno Karatê Kid, Ralph Macchio. Assim, para o remake, poderíamos contar com a produção de Downey Jr., como forma de homenagear o pai, além de, quem sabe, participar também como ator em um papel coadjuvante ou participação especial.

Seria também uma boa forma de apresentar o que foi a revista MAD para novas gerações. Na direção do filme, pensamos num colega de Marvel, Jon Watts, tão eficiente em apresentar o universo adolescente nos filmes novos do Homem-Aranha. E para o quarteto principal, nossas escolhas seriam Julian Dennison (A Incrível Aventura de Rick Baker e Deadpool 2), Jaeden Martell (It e Entre Facas e Segredos) e a dupla com ótima química Asher Angel e Jack Dylan Grazer, de Shazam!

A Ilha

A história sobre um jornalista de Nova York (papel do grande Michael Caine), que parte para investigar uma matéria sobre piratas de uma ilha, e acaba correndo risco de vida ao lado do filho, seria um prato cheio para Steven Spielberg entregar sua versão de Capitão Phillips (2013) mais “aventura de matinê”. E a razão pela escolha do icônico cineasta é simples, A Ilha é baseado no livro de Peter Benchley, o mesmo de Tubarão (1975), então seria um círculo completo para o diretor.

Fora isso, aqui também mudaríamos o sexo do protagonista, transformando-o numa jornalista mulher, para assim criar uma trama de amor materno, e uma ligação forte entre mãe e filho. Brien Larson e Jacob Tremblay, recobrando a química perfeita de O Quarto de Jack (2015), seriam nossas escolhas. A dupla inclusive já mostrou que se sai bem com ação, Larson em Kong: Ilha da Caveira e Capitã Marvel, e Tremblay em Predador.

A Mansão do Inferno

Se o mundo fosse justo, Luca Guadagnino (Me Chame pelo Seu Nome) seguiria pelo remake do segundo filme da trilogia das mães de Dario Argento, após o “horror-épico” Suspiria. A Mansão do Inferno é a segunda parte desta história sobre covis de bruxas, sem muita ligação, e transfere a trama para Roma e Nova York, depois da Alemanha do primeiro filme.

Como o remake de Suspiria, apesar dos elogios da crítica, foi fracasso de público, dificilmente um remake desta segunda parte contaria com o cineasta, mas não custa sonhar. Com Guadagnino a bordo, nada mais natural do que trazer Armie Hammer para protagonizar na pele de Mark Elliot, estudante americano investigando estranhos acontecimentos em Roma.

No papel da irmã do protagonista, Rose, Elizabeth Olsen daria um bom contraponto, no papel da jovem atormentada em Nova York – ambos enfrentando a maldição do covil da Mãe Tenebrarum desta vez. É claro que Tilda Swinton e Dakota Johnson seriam encaixadas em algum papel no longa, tendo interpretado quatro personagens entre elas (três só para Swinton) em Suspiria e serem atrizes recorrentes do diretor.

A Maçã

Primeira grande produção da icônica e picareta Cannon Films, A Maçã foi também um verdadeiro fiasco. Um musical futurista que fala sobre um casal de amantes ingênuos, sendo transformados pelo cruel mundo da indústria musical ao serem alçados ao estrelato, caindo assim em tentações, como as drogas, em sua jornada.

Para dar uma visão mais feminina a esta história agridoce, que é praticamente toda jornada biográfica de um músico, selecionaríamos a talentosa Greta Gerwig para um novo desafio em sua carreira, em sua primeira superprodução musical. Seria interessante ver o que Gerwig orquestraria sobre o tema em seu roteiro.

Protagonizando no papel de Bibi, no entanto, nada de Saorise Ronan, usual colaboradora da cineasta. A escolhida aqui é a carismática Zendaya, que além de novo sabor à personagem, tem experiência com canto e dança – é só ver O Rei do Show. Fazendo par com a moça na pele de Alphie, o jovem indicado ao Oscar Lucas Hedges, que trabalhou com a diretora em Lady Bird. Finalizando, Catherine Mary Stuart, a Bibi original, faria um papel coadjuvante.

Mercenários das Galáxias

Outra aventura de ficção científica espacial nos moldes de Star Wars, esta obra cult tem direção não creditada de Roger Corman, e foi um dos primeiros trabalhos da carreira do mega diretor James Cameron (no filme atuando como técnico de efeitos especiais). Assim, é claro, Cameron retornaria a este remake para produzir a obra e quem sabe ajudar com o roteiro.

A trama fala sobre um jovem fazendeiro recrutando um grupo de mercenários para salvar seu planeta de um homem poderoso e sem escrúpulos. Esta ideia poderia facilmente ganhar contexto sócio político atual, numa era onde muitos blockbusters chegam com esta carga de luta de classes. E ninguém melhor para comandar um projeto que pode ter este peso do que o recente vencedor do Oscar, Bong Joon Ho, de Parasita, um especialista em ficções com conteúdo – vide O Hospedeiro e O Expresso do Amanhã.

No elenco, pensamos em Robert Pattinson para viver o protagonista fazendeiro. Na pele do Cowboy intergaláctico, o jeito descolado de Jason Momoa cairia bem. Michael B. Jordan seria a escolha ideal para o rico assassino Gelt. E fechando a equipe, Marion Cotillard traria prestígio ao projeto na pele da Valquíria St. Exmin, criando ainda um ar mais internacional para a produção. O vilão Sador ficaria interessante nas formas intensas do ator Sean Penn, astro vencedor do Oscar que quase nunca trabalha em projetos assim, mas com Joon Ho no comando, as coisas mudariam de figura.

A Fórmula

O tópico do nazismo segue forte pelo audiovisual, como o exemplo da recente série de sucesso da Amazon, Hunters, com Al Pacino. Assim, este filme de espionagem sobre uma fórmula de uma nova fonte de energia criada pelos nazistas, poderia ser recauchutada para os dias de hoje. Nossa escolha para o comando seria Todd Phillips, especialista em comédias redescoberto em dramas barra-pesada graças ao sucesso de Coringa.

O diretor traria uma atmosfera de constante tensão e suspense para o thriller. No papel protagonista do detetive investigando o caso, que originalmente foi interpretado pelo vencedor do Oscar George C. Scott, só poderíamos ter outro ator Oscarizado, e o escolhido é Matthew McConaughey, que tem a mistura exata de malandragem e seriedade para o papel.

Já na pele de um magnata do combustível, papel que foi do grande Marlon Brando, um verdadeiro discípulo e fã do astro, Robert De Niro, que inclusive trabalhou com Brando em A Cartada Final (2001). De Niro foi redescoberto ano passado em grandes produções, entregando atuações mais condizentes com sua magnitude, vide o próprio Coringa e O Irlandês. Fechando o elenco principal, na pele da filha de um dos sujeitos envolvidos na intriga, Kerry Washington ficaria bem fazendo par com McConaughey, além de ser uma atriz pra lá de talentosa.

Bônus:

Noivas em Perigo

Primeiro filme da carreira do astro Tom Hanks, este slasher fala sobre um psicopata perseguindo mulheres que estão prestes a se casar e assassinando todos à sua volta, ao mesmo tempo em que é perseguido por um policial obcecado, que teve sua noiva morta. É claro que iríamos querer Hanks produzindo o longa, que receberia um upgrade e passaria de um slasher adolescente, para um thriller mais adulto, voltado a investigação e a psique do matador. Algo que a série da Globo As Noivas de Copacabana fez.

Sendo assim, Hanks poderia inclusive participar num papel menor de coadjuvante. E para dirigir esta história tipicamente urbana, ninguém melhor do que os especialistas em noites sem fim pela cidade, e protagonistas atormentados, os irmãos Benny e Josh Safdie – de Bom Comportamento e Joias Brutas.

No elenco, a jovem Daisy Ridley receberia novo fôlego em sua carreira, após a recepção divisora de opiniões dos últimos Star Wars, num papel mais sério, dramático e intenso, no papel da noiva protagonista em uma produção menor e mais independente. A atriz teria a oportunidade perfeita de mostrar seu alcance performático. E no papel do detetive desiludido e obcecado, Bradley Cooper tiraria de letra, e poderíamos inclusive adicionar o alcoolismo a seu personagem.

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