quarta-feira, abril 17, 2024

As 10 músicas mais subestimadas de Lady Gaga

Ao longo de sua carreira, Lady Gaga já é considerada por inúmeros especialistas e historiadores como uma das maiores e mais vibrantes da história, Gaga nos entregou algumas das músicas que definiram o século, como “Bad Romance”“Born This Way”“Poker Face”, bem como incursões que foram redescobertas anos depois como gemas perdidas em meio a tantos sucessos.

Seja por descaso crítico, seja pela falta de apoio dos fãs, certas canções de sua discografia passaram longe do radar mainstream e, de fato, não tiveram o reconhecimento que mereciam – o que é compreensível, considerando a gritante versatilidade de Gaga em migrar entre gêneros, desde o electro-pop ao jazz, do French-house ao glam-rock.

Pensando nisso, preparamos uma breve lista com suas dez músicas mais subestimadas, considerando todos os álbuns, inclusive os colaborativos e a trilha sonora de ‘Nasce Uma Estrela’, para compor as escolhas.

Confira abaixo:

10. “LOOK WHAT I FOUND”, Nasce Uma Estrela (OST)

Quando Gaga foi anunciada como a protagonista do remake de ‘Nasce Uma Estrela’, boa parte do mundo duvidou de sua capacidade de atuação – mas ela não apenas foi aclamada por sua interpretação como Ally Maine, como levou diversos prêmios para casa. E, como se não bastasse, Gaga também assinou a impecável trilha sonora, cuja gema escondida reside em “Look What I Found”, que traz o blues rock à tona em meio às pesadas notas do piano e a uma rendição vocal espetacular.

9. “I LIKE IT ROUGH”, The Fame

Revivendo o electro-pop e o synth-pop com força descomunal, “I Like It Rough” pode ser uma escolha inusitada para a lista, mas certamente é uma das músicas que melhor representa o álbum. Falando sobre vícios e, em particular, sobre um relacionamento masoquista, a canção é uma das melhores entradas da discografia de Gaga por sua indesculpável explicitação.

8. “SO HAPPY I COULD DIE”, The Fame Monster

Não deixe de assistir:

Ao contrário do que muitos gostam de dizer, Gaga sempre teve pleno controle de sua mente artística e do que gostaria de fazer dentro da música. Foi partindo desse princípio que ela deu vida ao revolucionário EP ‘The Fame Monster’, cultivando narrativas sobre medo e superação. Dentro desse microcosmos que inspirou vários artistas com o passar dos anos, temos “So Happy I Could Die”, uma canção inspirada no que Gaga caracterizou como o Monstro do Álcool – um escape que estende suas metáforas para temas sexuais, liberalismo e as nuances do que os narcóticos nos causam.

7. “ANGEL DOWN”, Joanne

Inspirada pela brutal morte de Trayvon Martin, “Angel Down” é a música que mais abrange a dualidade entre caos e ordem, esperança e desconsolação na subestimada produção intitulada ‘Joanne’: mudando bruscamente para o profundo ímpeto do piano clássico, com alguns toques folk (principalmente no tocante aos vocais), Gaga fala sobre a guerra. Não necessariamente referindo-se às grandes batalhas bélicas, mas também abraçando as crises interiores que todos nós temos ou um dia teremos, e como nos sentimos ao perceber que teremos que lidar e enfrentar isso mais cedo ou mais tarde.

6. “DIGGIN’ MY GRAVE”, Nasce Uma Estrela (OST)

Mesmo aclamada pela crítica e se consagrando como uma das favoritas do público, a trilha sonora de ‘Nasce Uma Estrela’ tem algumas das músicas mais subestimadas de Gaga, incluindo a ótima “Diggin’ My Grave”. A cantora até tentou submetê-la ao Grammy de Melhor Colaboração Duo/Grupo depois de ter conseguido a estatueta por “Shallow”, mas não obteve sucesso – o que é bastante infeliz, considerando a explosiva química country e minimalista que ela e Bradley Cooper trazem à tona, em uma narrativa cinematográfica instrumental de tirar o fôlego.

5. “MARY JANE HOLLAND”, ARTPOP

Quando Gaga começou a criar o ambicioso projeto ‘ARTPOP’, partiu de uma complexa premissa que misturaria synth-popelectro-pophouse em uma explosiva jornada anti-warholiana de desconstrução da arte – por essa razão, não sendo feito para a época em que foi lançado. Precursor, ao lado de outras produções, do que viríamos a conhecer como hyperpop, o quarto álbum de Gaga merece ser reouvido em todas as suas minúcias avassaladoras, incluindo a sinestésica, futurista e metalinguística faixa “Mary Jane Holland” (que fala exatamente sobre o que você está pensando).

4. “SCHEIßE”, Born This Way

Guiada pelo icônico alemão-falso que introduz a ode ao electro-pop de ‘Born This Way’Scheiße” pode até ser conhecida pela fanbase de Gaga, mas deveria ter um status maior do que realmente tem no mainstream. A vibrante produção é cortesia de RedOne, um dos frequentes colaboradores, enquanto os versos pungentes variam desde uma antêmica construção feminista até uma afeição pela libertação da sexualidade e pelo empoderamento feminino.

3. “HAIR”, Born This Way

“Hair” perdeu a chance de se tornar um grande single da era ‘Born This Way’, mas, certamente, não ficou de fora nem da nossa lista, nem dos ouvidos dos little monsters. Acompanhando a estética de empoderamento do álbum (considerado o melhor e mais importante de sua carreira), a canção uma história de amor-próprio envolvente, principalmente por sua arquitetura baseada em suaves notas de piano e saxofone clássicos que se mantém até o beat da segunda estrofe, retornando gradativamente para o forte techno-pop e alcançando seu ápice num incrível refrão.

2. “HEAVY METAL LOVER”, Born This Way

“I want your whisky mouth all over my blonde south” certamente é uma das maneiras mais inesperadas de começar uma música – e essa total despreocupação e uma afeição gigantesca pela indesculpável sexualidade que tornam “Heavy Metal Lover” uma das faixas mais intrigantes de ‘Born This Way’ (e que mais ressignificam o próprio título do álbum). A track reverbera electro-rock, servindo como contraponto a “Bad Kids”, e aproveita para se infundir no futurismo do synth-pop que Gaga já vinha explorando desde ‘The Fame’.

1. “BLOODY MARY”, Born This Way

Gaga já falou em diversas entrevistas que a canção que mais gosta é “Bloody Mary” – motivo pelo qual não poderíamos deixá-la de fora do topo da nossa lista. De fato, ela resume (até então) a carreira que teve desde a estupenda estreia em 2008. Mais uma vez abrindo portas para metáforas religiosas, dessa vez em relação ao momento da crucificação de Jesus Cristo na mitologia católica, ela se respalda com força no synth-pop e no electro-rock com irreverência envolvente (e com bizarros versos que se refletem em sua personalidade indestrutível).

BÔNUS: “DANCIN’ IN CIRCLES”, Joanne

retro-country-funk “Dancin’ In Circles” tinha potencial de sobra para se tornar uma das músicas promocionais de Joanne, mas ficou à sombra de outras escolhas da produtora. De qualquer forma, a faixa caiu no gosto popular pela sensual rendição de Gaga e por uma lírica pungente – do jeito que os fãs adoram -, além de ter chamado atenção por seu caráter diabolicamente explícito.

Mais notícias...

Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

Siga-nos!

2,000,000FãsCurtir
370,000SeguidoresSeguir
1,500,000SeguidoresSeguir
183,000SeguidoresSeguir
158,000InscritosInscrever

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

MATÉRIAS

CRÍTICAS